As promessas de sempre. E as novas promessas

Ontem, no aikido, fizemos um exercício muito bacana. Ficou todo mundo enfileirado e uma pessoa ficava de frente para essa fila. As pessoas na fila, que representavam 2008, tinham que sair atacando essa pessoa, uma de cada vez. E ela, por sua vez, tinha que sair varrendo todo mundo da frente para poder chegar lá do outro lado da sala, em 2009. Foi bacana ver como cada um fez isso. Uns com mais força, outros com menos. Uns querendo se ver livre de 2008, com muita sede de 2009. Outros com mais delicadeza, como quem reverencia o ano que passou. Alguém foi com tanta sede ao pote que eu saí até com um arranhão na testa!

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Já faz uns cincos anos que eu venho fazendo as mesmas promessas. Eu não aguento mais repeti-las e terminar mais um ano sabendo que não as cumpri. Mas por força do hábito e por uma fé inesgotável de que um dia eu vou conseguir, repito aqui as promessas de sempre:

- Emagrecer - claro, essa tinha que ser a number one. 2009 terá que ser 2000 e 9 quilos a menos. Afinal, acho que venho engordando um por ano desde 2000. BASTA! Vergonha na cara, baixinha! (a vantagem de fazer uma lista de promesas num blog e não mais no diário é que agora a cobrança será coletiva).

- Continuar estudando inglês - essa é tão chata quanto emagrecer. Mas ao menos em 2008 eu fui para a Nova Zelândia e soltei a língua de vez. Mas línguas são línguas. O espanhol aprendido em Barcelona em 2003 já está virando portunhol. Portanto, estudar sempre.

- Tentar entender a depressão da minha irmã mais nova - essa eu acho que vou continuar prometendo até o fim dos meus dias.

- Meditar - essa é ótima. Eu sigo acreditando que sou um ser "meditador". Sigo achando que um dia vou sentar em posição de lótus e sair do corpo. Só esqueço que para chegar a esse ponto, é preciso encarar dor na coluna, respiração pensada e observada, formigamento nas pernas, pensamentos inúteis e aleatórios como "preciso lavar a louça" ou "preciso checar se minha conta tem fundo para aquele cheque". Melhor deixar essa para 2010...


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Agora vamos ao que interessa. As novas promessas!!

- Pintar mais as unhas de vermelho! - me explico, até hoje de manhã, nunca tinha feito isso. Hoje foi a minha estréia e....AMEI!

- Ser mais mulherzinha no geral: fazer minha primeira limpeza de pele, cuidar do cabelo, da mão, do pé, ser mais vaidosa sem sentir vergonha disso.

- Ser menos bundona e transformar as idéias em realidade. Montar a minha tão sonhada empresa CQC! (Custe o que Custar) e leve o tempo que levar. Sem pressa, mas com muito empenho.

- Para isso, estudar, estudar, estudar. Ler muito sobre o tema...

- Escrever o livro do dr. Mair, uma homenagem tardia, mas justa e necessária, a minha querida prima.

- Não me deixar levar pela pressão da galera por um bebê. Tudo no seu tempo...

- Aperfeiçoar meu iriminaguê no aikido (um golpe bem específico).

- Mimar meu Charlie com o kit completo: cama, mesa e banho! aaaaaaah

- Fazer esse blog bombar! O que começa logo em fevereiro, quando estrearemos numa revista brand new!

- Seguir com meu outro blog, meu diário-manifesto.

- Parar com as drogas (chocolate, pão e vinho)

- Mimar muito minha sobrinha Marina!

- Dar mais atenção para as minhas afilhadas Flora e Sofia e para minha afilhada de coração, Isabela.

- Ser menos ansiosa. Ser menos dramática. Ser menos chorona.

- Curtir cada segundinho dessa empreitada doida chamada vida.

Sem mais,

FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!!!

beijossss

A Casada

ps: ficou imenso isso né? 'se' empolguei :-)

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Perdeu, playboy

"Vamos tirar uma foto do seu celular? O meu está quase sem bateria". Ele estava ali, na minha frente. Lindo e feliz por estar comigo. O sentimento era recíproco, eu não podia estar me sentindo melhor, mais leve, mais encantada. Telefone em punho, me dei conta: meu limite de imagens estava preenchido, seria preciso apagar alguma coisa para garantir aquela fotografia. Eliminei o retrato do filho de uma amiga, ele cresceu, está tão bonito maiorzinho agora, faço outra depois. "Tiramos mais uma?" Sim, aquele momento merecia bis. Mas quem ia sair da memória do meu telefone agora? Foi aí que eu deletei você. Mesmo com aquele sorriso de comercial de pasta de dente que você me deu numa dessas madrugadas. A madrugada que veio depois da noite de uma segunda-feira glamurosa. Lembra? Tenho certeza que sim.

Perdeu, playboy. Não me leve a mal, mas dessa vez eu apaguei você.


A Divorciada

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A Famigerada Lista de Natal

Ho ho ho!

Ok, a Ceia já passou. Mas a Famigerada Lista de Natal sempre encontra espaço para persistir. Nunca ouviu falar dela? Duvido! Certamente, você já foi vítima de uma. Ou o autor deste momento tão constrangedor. Nossa amiga Casada, mais recente alvo, ganhou uma raquete elétrica para matar mosquitos!?! Coitado de quem estiver por perto da nossa aikidoca em dias de fúria. Não sobrará pedra sobre pedra.

A Famigerada Lista de Natal não tem dono e escolhe suas vítimas independente de sexo, cor, idade, raça e status social. É quase como um ardil do destino. Quem recebe um presente odioso morre de raiva já que encontra-se impotente em evitar tal infortúnio. Nestas horas, só resta urrar dentro de um saco de pão, de preferência trancado no banheiro. Não há outra atitude que alivie a sensação de injustiça; já que o "presenteador" sempre o faz com a melhor das intenções. No mínimo, acredita piamente não causar mal a ninguém.

Bom, chega de lero lero. Curiosos em conhecer alguns flagrantes da Famigerada Lista de Natal? Que é, sim, com maiúscula como toda a instituição que se preza exige. Afinal, a Famigerada aí está desde os tempos imemorais do Papai Noel. Ou vocês acreditam que o bom velhinho nunca deu uma mancada com as pobres crianças?

Com vocês, a Famigerada Lista de Natal:

- Meias: um clássico famigerado. Típico presente impessoal, que se passa adiante. Adquirido por motivo de pressa e/ou por não se conhecer bem quem será presenteado. Afinal, meias são meias...

- Caixinha de lenços de pano: presente nojento, por isso, famigerado. Quem, em pleno século 21, ainda faz uso deste artifício abominável para limpar coriza, nunca ouviu falar em Kleenex e suas caixinhas divertidas. Lenço de pano é um criadouro de bactérias, pobre bolso de quem os usa! Presente de grego, famigeradíssimo;

- Vale-presente: a cara dos indecisos. Famigerado, pois ao presenteado não restará outra opção diferente de sair de casa e ir na loja escolher algo. Detalhe: sofrendo de ressaca do vinho, do peru, do tender, do panetone, da farofa de frutas secas e tudo mais servido em nome da orgia gastronômica natalina. Ai, que preguiça!! Se for de amigo próximo é ainda mais triste, já que é prova cabal de que a pessoa definitivamente não te conhece.

- Roupas: roupas é roubada. Ou fica grande, ou fica pequena e certamente você terá que trocar. Se ganhar junto com vale-presente aí danou-se. É bateção de perna no shopping, lotado de pessoas com os mesmos problemas que você.

- CD/DVD da Celine Dion: famigerado ataque ao bom-gosto e aos ouvidos. Celine Dion é um fenômeno recente da Famigerada Lista de Natal. Seu congênere brasileiro é Simone. Quem não se lembra da estrofe "Hiróshima, Nágásáqui.." cantado por nossa intérprete no mais puro "sótaque sótérópólitano". Celine não fica atrás. Muitos vibratos, letras melosas, bailarinos alucinados simulando sofrer um ataque de abelhas assassinas no palco, e um telão explodindo em labaredas, numa alegoria ao fogo da paixão de suas músicas. Isso que Celine é canadense; lugar de neve, pinheiro, e agora também de Celine. Credo.............

- Meias: opa, olha elas aí de novo, as meias. Afinal, meias são meias..

- Cuecas: pobres homens! Como se não bastassem as meias, também são vítimas das caixinhas de cuecas, todas branquinhas, enroladinhas iguais toalhas de hotel. Pior que isso só se forem pequenas.

- Óleo de banho fedido: geralmente vendido em farmácias. Vem em caixinhas bonitinhas, mas os aromas são um tanto capciosos. Framboesa com alecrim, Uva com abacate, ou uma enigmática Vanilla... Se diz que sai com enxágue é mentira! O cheiro é enjoativo e gruda no chão do box. Está formada a cena de um homérico tombo no banheiro. Não há o que fazer com este presente a não ser jogá-lo diretamente no lixo.

- Traquitanas chinesas: uma famigerança que cruzou os oceanos. Reloginhos, trolhas que piscam, objetos decorativos de um mau-gosto atroz, acessórios inúteis tipo porta-batons com motivos florais ou de dragão. É sempre um dos dois. Se o orçamento está apertado, não caia nesta cilada. Dê uma rosa vermelha de três reais com um Sonho de Valsa e escape deste vexame tão imenso quanto a Grande Muralha.

Esqueci de alguma coisa? Comentários para este post.

A Solteira

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Promessas de uma divorciada para 2009

Em 2009, eu vou...


Conhecer a Itália nas férias, em setembro.
Manter o meu peso (emagreci 9 quilos em 2008 e não vou voltar a ser rechonchuda de jeito nenhum).
Conseguir o título de mestra em Comunicação na PUC (não sem antes me matar de estudar para fazer uma dissertação bacana. Vera querida, se eu tirar 10 vou dedicar o feito a você. E à sua luxuosa torcida).
Fazer alguma aula de dança no segundo semestre (Flamenco? Dança do ventre? Samba? Frevo? Me ajudem a decidir).
Escrever mais para esse blog que, como diria a minha amiga Solteira, é a “nossa cachaça”.
Arrumar tempo para fazer reportagens ótimas para o jornal em que eu trabalho, saindo um pouquinho da edição.
Falar mais com a minha mãe.
Falar mais com a Tia Leda.
Instalar o Skype para bater papo com os amigos que moram longe, da Suíça ao Rio Grande do Norte.
Rever o Recife (Mona, acredite, eu morro de saudades).
Deixar o amor chegar quando ele quiser, como fiz em 2008.
Frequentar mais o teatro.
Continuar me abrindo para o mundo e conhecer pessoas bacanas.
Encontrar mais os meus amigos.
Fazer valer uma lição lida ontem, no livro Para Francisco, inspirado no blog de mesmo nome, indicado na nossa listinha abaixo: “Tenha medo da não-intensidade, do não viver, do sobreviver. Seu pai me mostrou isso em que eu já acreditava. Viver tem que ser muito, inteiro, ou não é vida”.


Feliz Ano Novo. Que 2009 seja incrível, a gente merece.


Much love,


A Divorciada

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We wish tudo de bão!!!


Las Chicas do 3x30 desejam um Natal saboroso e cheio de paz para nossos queridos leitores. E um 2009 com muita energia e alegria!
Pessoal, curtam o Natal de vocês, sem dar presentes toscos. Receber, infelizmente, foge do nosso controle. E lembrem-se, a máxima "não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem com você" vale e muito para este momento natalino. Bom, Feliz Natal pra todo o mundo e um 2009 incrível também.
A Solteira
Feliz Natal, minha gente! Abrace quem você ama - e quem você não ama também! Faça o teste. E que as luzinhas de Natal continuem piscando dentro da gente o aaaaano todo! Um 2009 iluminado e cheio de energia para todos e todas. Que a gente se entenda mais, se ame mais, se perdoe mais e se divirta muuuuuito mais. :-)
A Casada
Que Papai Noel traga um lote reforçado de amor, saúde, paz e homens lindos para todas nós, que a gente merece. Cubram-se de glórias. Feliz Natal e um beijão
A Divorciada

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O Mico Secreto

Responda rápido: qual foi o presente mais ridículo que você já ganhou em um amigo secreto?

- Um par de meias?

- Cabides?

- Brinquinho comprado na feirinha da Liberdade?

- DVD pirata de um show do Revelação?

Pó-pa-rá! Nada, eu disse, NADA, vai superar o presente que me restou no amigo-secreto-ladrão do aikido no domingo passado.

No amigo ladrão, como muitos sabem, os presentes ficam disponíveis e você escolhe o que quiser. Mas, se você é um dos primeiros, corre o risco de perder o seu presente - já que todos saberão de prima o que você ganhou.

No geral, o primeiro a ser sorteado se dá muito mal. E o último faz a festa. No MICO secreto de domingo quem levou a pior foi a terceira pessoa a ser sorteada. No caso, eu.

Minha primeira meta era garantir o presente que o meu xodó, um menino de 12 anos que treina com a gente, queria muito - um raio de umas espadinhas japonesas. Mas aí roubaram as espadinhas japonesas e me deixaram com um mini-samurai-decorativo. Cá entre nós, eu tava me lixando para esse fetiche japonês todo de espadinha, samuraizinho e o diabo-a-quatro. Tava mesmo era de olho nos panetones e caixas de chocolate.

E foi então que aconteceu.

Meu muy amigo Gabriel veio em minha direção - óbvio que ele ia querer aquele God Dam samuraizinho!! - olhou para a pilha de presentes, pegou o que parecia ser uma raquete (já fiquei tensa, pois minha cordenação motora é abaixo de zero), jogou o embrulhão em meus braços e roubou o samurai-de-decorar-recepção-de-restaurante-da-Liberdade.

Expectativa. Todo mundo me olhando. Todos queriam saber o que era afinal, aquela raquete. Como era uma só, otimista que sou, arrisquei: é de squaaaaash!!

Mas era uma raquete de squash um tanto elaborada. Cheia de botões, um plug para carregar a raquete na tomada e...what hell!!!! "É uma raquete elétrica de matar mosquitos!!", esclareceu alguém.

...

Não sabia se ria ou se chorava. Meus amigos solidários não tiveram dúvidas: gargalharam.

"Ma...ma...mas nem tem mosquito lá em casa...", balbuciei, quase chorosa.

Depois do circo, o aMICO secreto continuou e, sabe-se lá porque, ninguém quis roubar o meu presente.

Saí de lá me sentindo aquelas crianças que capricham no presente do amigo secreto da escola e saem com um quebra-cabeça comprado na banca da esquina.

Eu só queria um chocolatinho...

A raquete-que-mata-mosca está ali na sala, jogada num canto. Estou esperando para ver se tenho alguma idéia genial que a faça ter utilidade.

Alguma idéia?

Alguma história de presente que supere a minha? Por favor, me console! Conte a sua história. Pode ser de amigo secreto ou simplesmente de Natal :-)

beijos

A Casada - que vai sair por aí distribuíndo raquetadas

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Data 3x30 informa

- A maioria de nossas leitoras é casada - 38%

- Em segundo lugar, as solteiras! - 33%

- Namoradas somaram - 13%

- Separadas e divorciadas, juntas, são - 10%

- E nossa única viúva representa - 2% (ufa! rs)

O bacana é que a conta não fecha, mas isso é culpa do Blogger e não minha. Tudo bem que não entendo muito de matemática mesmo...

Em breve, uma nova enquete!

beijos

A Casada lesada que não sabe fazer conta e morre de medo de porcentagem

ps: genteeeem, quem são vocês, meninas casadas?? Querem ser minhas amigas? É que todas as minhas melhores amigas do momento são ou solteiras, ou separadas ou, na melhor das hipóteses, namoradas. As poucas casadas estão mega entretidas com fraldas e mamadeiras. :-(

ps2: Não, eu não fui ao show da Madonna. Mas assino embaixo dos textos das minhas amigas de blog e sigo cantando Like a Prayer no chuveiro.

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Madonna é um estado de espírito



Ontem, sábado, fui ao show da Madonna aqui em São Paulo, no Morumbi. E fiquei tão impressionada que decidi adiar um post sobre a não menos incrível Leila Diniz, previsto para hoje, para falar sobre a estrela pop. A maior do nosso tempo, a rainha do show bizz, a cinqüentona mais sarada do mundo, a grande fazedora de hits. Pois Madonna é tudo isso e muito mais. Estamos falando de uma diva.


E Madonna só é diva porque, acima de tudo, se acha e se sabe maravilhosa. A mulher está ali no palco, encenando coreografias milimetricamente ensaiadas, fingindo que canta num play back descarado, desafinando nas vezes em que de fato usa o microfone. E ninguém está nem aí para isso. Nem eu, achei foi bom demais. Como diz um amigo, querer que a Madonna cante não faz nenhum sentido, ela é muito mais que isso. Concordo plenamente. Madonna é um estado de espírito. Uma lição de auto-confiança, uma guru, um sinal luminoso que grita 'eu sou mais eu'.


E, baseada nisso, decidi que Madonna é minha pastora e nada me faltará em 2009. Aliás, já foi assim em 2008. Fui Madonna quando não reclamei da vida ao quebrar uma vértebra e ficar quase quatro meses mais deitada do que em pé (lidando muito bem com a minha própria companhia), quando vi o mau-caratismo de frente e decidi levantar rápido da rasteira que foi o fim do meu casamento, quando me permiti ver o mundo de um jeito novo e livre depois de anos de verdades absolutas, quando me reinventei.


Adorei, Madonna. Um dia ainda vou falar de você para as minhas netas.


A Divorciada

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Minutos de sabedoria no amor

Sabe como são shows em estádios né? Ainda mais um show da Madonna, depois de 15 anos da última vez que a diva do pop pisou por aqui. Muita gente, de todos os tipos, estilos e gostos. Juntos fazendo o Morumbi pulsar por serem fãs desta senhora de 50 anos que bota muita menina no chinelo por "n" motivos.

Mas o post não é para falar do que rolou no palco. A Solteira tava lá. Chegou cedo, reservou seu pedaço de chão numa das cadeiras do Morumbi e ficou ali observando a galera chegando, as pessoas conversando, as turmas de amigos circulando, aquele burburinho pré-show. Até chuva rolou. Fiquei um pinto no lixo, encharcada. Porque 10 reais numa capa de chuva que mais parece um saco de lixo eu não pago não.

Observando essa massa de gente com vontade própria, uma cena me chamou atenção. Era a de um casal. Pareciam recém-namorados. Não, eles não estavam se pegando loucamente em público e que se danasse quem ficasse chocado. Não, não. A maneira dos dois me chamou atenção justamente pelo contrário. Os dois demonstravam um carinho imenso um pelo outro. Tão natural e espontâneo que, quando dei por mim, estava hipnotizada pela cena. Mais especificamente na menina sentada, toda torta no gradil, entretida em fazer cafuné na cabeleira do namorado. Que era mais alto que ela.

O cara tinha um cabelo lindo, aliás, entendi a menina perfeitamente. O cafuné em questão estava com jeito de ser incrível mesmo, porque o cara ficou paralisado igual réptil no sol. As mãos dela passeavam pelos cabelos de ponta a ponta. Se fosse feito de açúcar, o rapaz já teria sumido da face da terra ali mesmo, derretido com tamanha demonstração de afeto. Os olhos dele, semi-cerrados, revelavam que podia até cair uma bomba do lado. A hecatombe seria solenemente ignorada, pois ele não tinha a menor condição de administrar qualquer outra informação naquele momento. Só o cafuné importava. O cérebro devia estar uma sopa de endorfinas.

E o dela também. Essas coisas, por tabela, são um bálsamo para quem faz. Até me lembrou... bom deixa pra lá. Tive um banzo brabo, mas me peguei sorrindo sozinha. Corta! O show ia começar e ela precisava descer do gradil. Coitada, a menina parecia um "S" há pelo menos 20 minutos.

A descida foi meio desconcertada, engraçada para dizer a verdade. O namorado, claro, fez piadinha do jeito meio pata choca dela alcançar o chão. Mas foi de um jeito tão bonitinho que ganhou um beijo.

É gente, sigamos o exemplo desta menina. Ela parece que sabe o que faz.

A Solteira

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Prêmio Dardos


Recebemos da Shiny Happy Fabiola o Prêmio Dardos como reconhecimento do nosso trabalho bloguístico. Vou copiar do blog dela a explicação do que se trata essa premiação. E deixo esse post em construção para que a gente vá colocando, aos poucos, os 15 blogs que vamos premiar com o selo.

Aí vão as regras do jogo. Valeu, Fabi!!!

beijos

Las chicas do 3x30


"Com o Prêmio Dardos se reconhece os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras."

E possui três regras:

1- aceitar exibir a imagem.

2- Linkar o blog do qual recebeu o prêmio.

3- Escolher 15 blogs para entregar o Prêmio Dardos


Blogs que queremos indicar para receber o prêmio:

Mãe de primeira - as aventuras de um mãe com sua filhota de dois anos.

Por uma vida simples - dicas de uma massoterapeuta para quem quer rir mais e se irritar menos

SP a Pé - causos de uma pessoa (no caso, eu mesma, a Casada do 3x30) que resolveu largar mão do carro em São Paulo. Vale dar o prêmio pra si própria? rsrsrsrsrsrs

Palimpsesto - Literatura em construção. Contos, poemas ou simplesmente posts-desabafo.

Café no Central Perk - Um dedo de prosa com os friends virtuais? Passe lá. A dona do café é uma simpatia e muito bem-humorada.

(continua...)

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Sem a Fera, a Bela ficou bem melhor

Era uma vez...

...uma menina que parecia a Branca de Neve, mas que na nossa história se chamará Bela. A Bela vivia em um reino não muito distante, casada com a Fera. Aqui cabe uma explicação: a Fera era uma besta divertida. Ria muito, brincava com todos, tinha como qualidade o bom humor. Mas era meio feinha para a Bela, coitada. Mas eles se amavam, oras bolas, e o amor nessa vida é quase tudo.

Só que por causa da Fera, a Bela adormeceu. Se dedicava muito ao marido trabalhador, ao seu próprio trabalho e à casa. Sobrava pouco tempo para o resto. Trocava facilmente um café à toa com Cinderela, Rapunzel e Chapeuzinho (a narradora dessa história) para ficar com a Fera.

Um belo dia, a Fera surtou. Com as frases prontas de fim de romance – “meu amor por você é tão grande que até me sufoca” – fez a mala e voltou para seu reino de origem. A Bela não entendeu nada. Era ele a mesma criatura que tinha dito “sim” na frente do padre, dos amigos, da família e de toda uma cidade iluminada? Tendo o céu estrelado e a Chapeuzinho Vermelho como testemunhas?

Como todo baque tem sua função, a Bela logo entendeu a mensagem. E acordou. Não com um beijo de um príncipe, mas de vários. E foi aí que o conto de fada virou o conto da safada. Se o mundo é cheio de homens interessantes – pensou Bela – por que ter apenas um? E eles vieram – a cavalo, de moto, a pé, de carro, de bumba. Um príncipe mais sedutor, charmoso, interessante, inteligente (ou não) que o outro. E a princesa virou mulher.

E muito além dos casos do coração – e do corpo – a Bela percebeu que a vida a dois é uma delícia sim, mas que antes ela precisava fazer um pacto com ela mesma: o de viver mais para ela e por ela. Uma vida mais leve, aberta ao imponderável. Dançar conforme a música, mas também saber com qual música se quer dançar.

O reino ficou muito mais alegre depois que a Fera foi embora. Até o Zangado sorriu e a Bruxa ficou de bem com a vida.

E, nem é preciso dizer, a Bela ficou ainda mais bela.

A Casada

Ps: Qualquer semelhança com a realidade não será mera coincidência


A Bela antes





A Bela depois



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O Inferno interativo

Tenho perfil no Facebook. E no Orkut também. Mas estou encantada mesmo é pelo Facebook. Nossa, tem gente do mundo inteiro lá. Que deslumbramento é conectar-se com pessoas conhecidas em viagens aqui e acolá, com os amigos mais próximos e com os que já não estão assim tão perto. E que inferno que é saber demais da vida dos outros involuntariamente. Principalmente, se no seu grupinho de amigos está o seu possível próximo alvo.

Em nome da interatividade, sempre tão moderna, tão dinâmica, tão admirada por pessoas "fora da caixa" - rápido parênteses contraditório: até hoje, juro, nunca conheci ninguém fã deste termo, fora da caixa, que fosse diferente de um avestruz com a cabeça enfiada dentro da terra. Bem, deixa pra lá porque isso rende outro post...

Voltando a este assunto instigante, a tal "interatividade". Outro dia, entro no meu perfil e vejo a seguinte frase no meu feed de notícias, o tal cerne interativo do Facebook: Fulano de tal agora está solteiro. Gente, não é surreal um programa de computador atualizar os amigos sobre o seu estado civil do momento? Não sabia se ria de deboche ou de felicidade também, pois o tal carinha é um chuchu. Mas, casseta, mora longe. Logo: o que me interessa saber que fulano de tal agora está solteiro? Que faço eu com esta informação? Nada, né.

Outra: que angústia que dá quando você fica uns dias sem entrar. Ao acessar sua página, milhares de updates de notícias já terão rolado. Como será possível administrar tantas novidades que não servem para nada, mas lá estão? Já dá para ficar bem estressada só de imaginar aquelas frases encadeadas uma embaixo da outra, cada uma atualizando um acontecimento diferente vindo de pessoas distintas que lá encontram-se somente porque são suas.... amigas. Interatividade seletiva já!

E as solicitações de amizades de criaturas que você nunca viu mais gordas? Outro dia, um cidadão me manda uma solicitação com o seguinte adendo: Andy Warhol introduced us. Bom, considerando o fato que Andy Warhol morreu quando eu tinha onze anos de idade, só posso concluir que a criatura poderia ser um pedófilo em potencial. Solenemente ignorado.

Conte neste bolo os pedidos de amizades de caras (sim, caras), que também nunca vi mais gordos, e cujas fotos são assustadoras. Ou pelo seu forte apelo ridículo ou por serem potencialmente falsas. Afinal, como acreditar na fotografia de um morenaço de 1,90m, forte, sorridente e com os três botões de cima da camisa abertos? Muito estranho... e cômico. Depois, aceitar estes pedidos de amizade significará triplicar o feed de notícias sobre pessoas que sequer vi em carne e osso. Tô fora!

Mas o que acaba com o cristão é aquela maledetta caixinha de bate-papo. Quem será que está conectado? Será que o tal carinha vai me chamar? Humm, tá conectado, ai meu Jesus... Será que do lado de lá estas perguntas também são feitas? Ansiedades que pulam igual sapos dentro da nossa cabeça num abrir e minimizar de janelas. Melhor tomar um café, enfiar a cabeça no trabalho e deixar pra lá. Ansiedade não costuma ser boa conselheira mesmo.

Há também os amigos são noção. Aqueles que deixam mensagens edificantes que mais parecem um outdoor animado e cafona, com letras volumosas, fofas, quase um marshmallow de cores gritantes, laudeadas sempre por bonequinhos, bichinhos, entre outros "inhos", tudo piscando e brilhando muito. Muuuito. Isso quando não inventam de mandar oração neste formatinho dos infernos. Meu Deus! Numa boa, eu apago todas essas tranqueiras quando recebo. Detesto uma a uma sem exceção. Para mim, é igual vir na minha casa e vomitar no meio sala. Não tem como não ver aquela caca e não limpar.

Tem ainda os que falam tudo sobre suas vidas e em tempo real. Milhares de fotos com legendas fofuxas, sobre coisas que você não quer saber mas que, em nome da "interatividade", você é notificado. Uma a uma. Fora quando te marcam em fotos de terceiros e você está uma monstra. Logicamente esta informação vai estar aparecendo no seu perfil, pois você tem que estar sendo notificado. Assim, todos deverão estar sabendo que você está lá e vão estar vendo o quão monstra você saiu numa foto; que você não pediu para ser tirada e achou que ficaria esquecida no cartão da máquina. Interatividade acima de tudo.

Pelo menos quando você exclui um mala ele não toma conhecimento. Neste caso, os gênios que programaram estes sites tiveram consideração com os que desejam uma relação saudável com a web. Fulano de tal não será notificado que você o exclui do seu grupo. Pôxa, Facebook/Orkut, valeu mesmo por evitar que eu passe o maior carão.

Claro que a tal relação saudável é sempre sucetível a alguns ataques de ansiedades (controláveis). Nada que uma saída com os amigos, um bom filme e uma viagem não resolvam. Nada que a vida real, sempre mais interessante, não consiga se sobrepôr. Pôxa, mas bem que o gatinho podia ter me chamado para um tête-a-tête? Ou: humm, bati com papo com o carinha. Bom, muito bom!

É, essa tal de interatividade é uma foda mesmo....

A Solteira

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Casal noveleiro



Charlie and I somos super noveleiros. Mas andamos meio irados com o rumo que a Favorita tomou nos últimos tempos. E alguns personagens em particular nos irritam profundamente. Pensando nisso, fizemos a quatro mãos uma lista dos nossos candidatos favoritos a próxima vítima da maligna Flora. Afinal, casal que é casal não vê novela junto. Interage com ela. Leva a trama bem a sério.

Os favoritos da nossa chacina:

Cilene – porque com a desculpa de que queria proteger o filho só fez merda até agora. Meteu os pés pelas mãos – sempre com aquele zoião arregalado – e complicou a vida de muita gente. Injustamente, segue viva.

Cassiano – porque nos irrita essa pose de bom moço acima do bem e do mal. Fora que aquela musiquinha que o tornou famoso na trama é muito pior que a musiquinha do Victor e Leo que a novela ajudou a emplacar.

Irene – porque é a ‘coió’ máster da trama. Sem mais. Flora, acaba logo com ela!

Damião – canalha de marca maior, come a mulher do melhor amigo seguidas vezes e ainda paga de vítima. Como se um homenzarrão daqueles pudesse ser violentado seguidas vezes por uma mulher. Tadinho...ele não queria!! Fora que ele é desses homens que separam a “mulher para casar” da “mulher para trepar”. Afinal, ele quer a Gracie para que, hein? Para lavar as cuecas rasgadas pela Dedina? Tsc tsc...

Rosana – a extraterrestre abandona um filho para fugir com um cueca – o que por si só já renderia o paredão – volta, mente mais, e ainda quer passar o pito na família toda. Ah, Flora, manda essa pro espaço!

O autor – porque subestima nossa inteligência, testa nossa paciência e ainda tem uma péssima visão sobre as mulheres – vai ter personagem má, ardilosa, burra, traíra assim lá em Triunfo!

O diretor – que fez só cinco takes de São Paulo. Os mesmos que passam desde o começo da novela.

Eu ainda incluiria o Léo (marido da Catarina), a mala da Yolanda, o Romildo e mais um monte de gente porque eu gosto de ver sangue jorrar na tela. Mas o Charlie acha que esses aí são uns coitados. Ok...vou dar essa chance para eles.

Flora, faça sua parte.
A Casada

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Quando menos se espera

Pois é, chegou a minha hora de escrever para a Fabíola, nossa leitora. E a pergunta é: como mudar de estado civil, passar de solteira para casada? Em primeiro lugar, eu assino embaixo do que já escreveram a Solteira e a Casada: não existem fórmulas prontas, o negócio é viver e, principalmente, gostar de si mesma acima de tudo, que a gente é nada sem amor-próprio. Agora, na condição de “solteira ainda mais experiente”, como definiu a minha amiga Single, acho que posso abordar alguns outros pontos.


O mais importante deles para mim: abaixo qualquer tipo de ansiedade. Aprendi na minha neo-solteirice que a gente pode ser feliz de qualquer jeito. Os oito meses vividos desde a separação foram de longe os mais intensos da minha vida. Para vivê-los de novo, juro, eu até encarava todas as pancadas que levei na cabeça durante o divórcio. Ou seja, quero dizer que você não precisa se preocupar com a pura e simples troca de estado civil. Ser casada é ótimo (eu também achava quando era, sem ressentimentos). E solteira também. O importante é se divertir.

Até porque, é quando a gente está de alma leve que o melhor acontece. Quando menos se espera. Eu já tinha ouvido isso antes, sem dar muita bola. Mas, pensando no que escrever para você, voltando a fita dos melhores momentos, percebi que, no meu caso, essa teoria teve uma eficácia de 100%. Eu não procurava nada quando encontrei. Quando topei com os homens mais incríveis que eu já conheci na vida. Não, eu não estou pensando em casar com ninguém agora. E está ótimo assim.


Simplesmente saia da toca, Fabíola. Relaxe, permita-se. E acredite em Chico Buarque em Futuros Amantes: Não se afobe não, que nada é pra já, o amor não tem pressa, ele pode esperar...

Arrasa, estou torcendo por você.


Um beijo,


A Divorciada

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A Fórmula do Amor

Amiga Solteira solicitou e cá estou a refletir sobre o último post dela. E já que estou do outro lado da Força , vou tentar passar a visão de quem tem o estado civil desejado pela leitora que fez a pergunta.

Enquanto lia o post anterior, ouvia a música do Kid Abelha, Fórmula do Amor. Me chamou atenção aquela parte que diz:

Eu tenho um bom papo e sei até dançar
Não posso compreender, não faz nenhum efeito
A minha aparição será que errei na mão
As coisas são mais fáceis na televisão

Mantenho o charme, alguém nem vê
Nada acontece, não sei porque
Se eu não perdi nenhum detalhe
Onde foi que eu errei

Perdoem a referência “so pop”, mas acho que a música explica um pouco o que eu penso: que não existe fórmula do amor! E menos ainda a fórmula do amor para casar.

Não tem truque de sedução e nem manual de revista feminina que faça o amor acontecer. O caminho é bem o contrário, ele simplesmente acontece. E daí para casar ou não, é outro processo tão natural quanto o primeiro.

E digo mais: quando acontece, é tão forte, que abala até as nossas convicções. Ou você acha que a casadinha aqui tinha planos para se casar tão cedo? (aos 26 anos).

Outra coisa que eu acho interessante é que namoro tampouco é meio caminho andado para o casamento.

Me lembro de quando meu ex-namorado falava em casamento. Arrepiava a espinha, me dava pânico. Ele dizia: quando você acabar a faculdade, a gente casa. E a minha vontade era a de esticar a faculdade ao máaaaximo. Namorada em fuga. A palavra casamento me lembrava mais o menos uma prisão de segurança máxima numa ilha isolada do mundo.

Um belo dia aconteceu. E eu vi que ser casada é muito melhor do que eu imaginava. Agora, imaginem se eu fosse uma moça que sempre tinha sonhado em casar e tivesse topado a proposta do ex? Teria uma outra visão de casamento. Muito provavelmente estaria infeliz.

Portanto, cada coisa no seu tempo. E sem regras. Como disse nosso amigo-leitor Divorciado em seu comentário: “Não vá a procura. Apenas saia, sinta-se bem e à vontade com você mesma.”

O resto acontece.

A Casada

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"Trago o seu amor em 3 dias". Não, obrigada

Este post é uma tentativa de resposta a uma das nossas leitoras. Vamos ver se me saio bem. A Fabíola é solteira e sugeriu, num de seus coments à solteira aqui, que falasse como devem fazer as single girls que pretendem mudar de estado civil. De solteira para casada. Fiquei dias pensando no assunto e digo, sem medo de errar, que não há receita para isso.

Podia chegar aqui e dizer um monte de coisas como sair mais, aproveitar as oportunidades, não ser tão rígida consigo mesma e com os outros, usar um decote femme fatale... Mas acho que ficaria parecendo aquelas dicas de algumas publicações, só que com as palavras trocadas. Porém, dizendo sempre as mesmas coisas um tanto quanto inúteis da maneira como são colocadas; ou seja, típicas receitas de bolo "válidas" e "infalíveis" à toda a população feminina do planeta.

Também concluí que ainda bem que não tem receita. Assim, a gente não precisa ficar imaginando que fazendo A, B ou C vai atrair alguém que nos interessa. Pelo menos podemos continuar sendo nós mesmas e deixar a vida rolar. Já sabem do que eu estou falando né? Me refiro ao acaso.... que para uns não existe, mas e daí? Acaso ou destino certeiro, está fora do seu controle cruzar com alguém interessante, determinar dia e horário para isso.

Nestes assuntos, eu sou fã do acaso (ou do destino). Daquelas situações que acontecem sem data nem hora marcada, nos pegam de surpresa e, quando vemos, nos coloca diante de uma pessoa incrível. Claro que, se somos muito críticas com a gente mesma, sempre vamos achar que não estávamos tão interessantes, a roupa não era a melhor, o dia muito menos. Mas, aconteceu de conhecer alguém e vocês se curtirem.

É simples assim. Nem sempre uma história que começa desse jeito vai chegar ao ponto de fazer você mudar de estado civil, mas isso não tira o brilho da experiência, que é o que importa. Numa dessas, vai que é você quem decide não mudar de estado civil? Nunca se sabe.

Acredito que adotar uma prática relaxada em relação a isso, tocar a sua vida normalmente, sair porque quer se divertir e ver seus amigos costuma ser a melhor coisa. Se tivesse que dar uma dica, acho que seria a de gostar da sua própria companhia em primeiro lugar. Se você não se aguenta, quem te aguentará? O resto, rola!

Bom, depois disso tudo, fiquei pensando também se não seria uma boa idéia perguntar às amigas Casada e Divorciada o que elas acham disso tudo. Afinal, uma está do outro lado da Força e a outra foi e já voltou. E vale lembrar que uma divorciada é uma solteira ainda mais experiente. Fabíola, vale ouvir a opinião das outras parceiras de blog. Meninas, me dão uma ajuda?

Beijos,

A Solteira

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Dez coisas que ela adora em ser separada com filha pequena

Uma de nossas leitoras fiéis adorou essa história da lista das "dez coisas" e pediu para ser convidada especial. Deixo que ela mesma se apresente.

beijos

A Casada

Como leitora assídua deste blog, e muito amiga de uma das autoras, resolvi me meter a convidada especial. Prazer, eu sou a separada com uma filha pequena. Tem muitos assuntos que eu gostaria de abordar, mas, como adoro listas, resolvi contribuir mandando uma sobre as 10 melhores coisas de ser separada e com uma filha pequena.

1 - Estar, todos os dias, com alguém por quem você é completamente apaixonada, e não ser um homem (a menos que você tenha um menino).

2 - Ter alguém para abraçar, beijar, apertar. E receber todo esse carinho de volta de forma completamente espontânea.

3 - Ter alguém que te faz rir todos os dias. E que, às vezes, te faz chorar. Mas, na maioria das vezes, é de emoção.

4 - Poder escrever, desenhar e pintar. Com a Faber Castell ou qualquer outra marca.

5 - Alguém com quem você gosta de cantar e dançar pela sala.

6 - Alguém que faz você cometer loucuras e micos de amor. E você se sentir completamente satisfeita e realizada com isso.

7 - Se sentir a Mulher-Maravilha ao dar conta de tudo praticamente sozinha: uma casa pra cuidar, uma filha pra criar, um trabalho a cumprir. Tudo isso numa cidade como São Paulo.

8 - Ter uma filha mulher e sentir que você faz parte de uma espécie de irmandade, o que me enche de orgulho e de uma sensação de que nós somos, sim, poderosas, glamourosas, as rainhas do funk.

9 - Saber que essa pessoa, independente de qualquer coisa, é uma parte de você e fará parte da sua vida pro resto da sua vida.

10 - Poder dividir a guarda com o pai, e ter tempo livre para poder deixar de ser mãe por alguns instantes.

A Separada com filha pequena

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Dez coisas que eu adoro em ser solteira

Demorou mas aí vai. Acharam o quê? Que ser solteira não tem lá as suas vantagens? Pelo menos 10, tem. Olha aí:

1 - Andar pelada pela casa depois do banho. E poder usar aquela calcinha de algodão (bege) horrorosa, porém super-megablaster confortável sem olhar de recriminação de ninguém.

2 - Fazer pé e mão na sala, vendo TV. Com direito a algodãozinho no meio dos dedos e óleo secante.

3 - Ver (e rever) aqueles vídeos idiotas do You Tube e literalmente rachar o bico, sem assustar ninguém. Exceto os vizinhos, claro. Este, por exemplo, é um dos meus favoritos. Assista e pense mil vezes antes de mudar seu estado civil e de espírito. Caso eles sejam iguais ao meu, claro. Solteira e sem filhos.

4 - Ter uma pilha de shampoos, condicionadores, óleos para banho, sabonetes líquidos, esfoliantes (deixa ver se esqueci mais alguma coisa.... eh, não!), TUDO!, num cantinho do box e milimetricamente arrumado para não acumular água. E ninguém mexer!

Será que sofro de TOC? :o/

5 - Cozinhar para você mesma e ficar uma delícia. Segundo você mesma, claro.

6 - Ter uma cama queen size e dormir na di-a-go-nal!!!! Isto é a glória.

7 - Ter uma cama queen size, dormir na diagonal E sem ouvir roncos nem levar chutes. Isto é alcançar os píncaros da glória.

8 - Acender dois incensos diferentes de uma só vez. E dali duas horas, acender outros dois diferentes de uma só vez, com aromas totalmente distintos dos dois primeiros.

9 - Aumentar o som para ouvir dentro do box com o chuveiro ligado. Para dançar e cantar até de touca...

10 - E só lembrar que domingo é dia de futebol ao ouvir uns fogos aqui e ali e outro vizinho bem longe gritar o nome do seu time de coração...humpf! Sempre tem um mala around...

E tem mais! Sugiro uma segunda rodada: + 10 coisas que eu adoro em ser solteira. Casada? Divorciada? Vamos nessa?

PS: não falei em ser livre para sair com quem quiser, bláblábláblá, porque isso é mais que óbvio na vida de uma solteira, né gente?

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Tô Possessa e Mala


Tem dias em que eu acordo me perguntando por que não nasci homem. Isso acontece alguns dias por mês, todo mês. Quando eu tomo aquela pílula mágica que me faz desmenstruar, eu desmonstruo junto. Mas como ela me dá muita dor de cabeça, fico sempre na dúvida sobre o que é menos mal: as crises de enxaqueca com ela, ou as cólicas abomináveis e a TPM crônica sem ela. Um debate que venho tendo comigo desde os 13 anos. Muito antes de iniciar minha vida sexual eu já tomava pílula. Era ainda uma menininha já tomando remédio de mulher.

Ontem topei ir ao cinema com Charlie mesmo sabendo que eu não estava 100%. Gosto muito desses convites inesperados dele e tento não perder a chance. O filme foi demais, o Queime Depois de Ler, dos irmãos Coen. Uma comédia.

Mas na volta, veio o drama. Charlie perguntou se tinha algo para comer em casa. Eu disse que não. Ele não disse absolutamente nada. Mas eu comecei a me justificar dizendo que tinha ido ao supermercado várias vezes na semana, mas que a casa tava precisando era de uma compra master, e que eu comprava muita comida que estragava, e que eu não sei administrar uma casa e que...aí eu já estava chorando, claro.

E continuei. Comecei a dizer que eu era uma incompetente, que ficava o dia inteiro em casa e que deveria saber o falta na cozinha, que sou péssima profissional porque ainda não consegui achar o ponto de equilíbrio da vida de frila, que sou péssima dona de casa porque não fiz as compras direito e que sou péssima esposa porque atormento meu marido quando estou de TPM.

Charlie ignorou porque me conhece e sabe que uma crise dessas passa cinco minutos depois. Mas aí aconteceu o ponto alto do dramalhão.

Ele me pediu para ajeitar o espelho do lado do passageiro. Comecei a mexer no botão interno, mas o espelho não se movia. Aí ele, meio nervoso: mexe por fora! Ele tá dobrado!! Eu fiquei tão nervosa, mas tão nervosa, que não achava o botão para a abrir a janela e quase abri a porta do carro em plena marginal. Aí, ele, puto da vida, abaixou meu vidro, passou por cima de mim e deu um tapa no espelho, fazendo voltá-lo ao normal.

Nossa. Fiquei histérica. Chorei feito um bebê. Céus, o que foi aquilo? Tenho TPM há anos, mas parece que só piora com o tempo. E eu simplesmente detesto perder o controle da situação. Ontem eu perdi.

Charlie foi muito bacana comigo depois. Me consolou, me abraçou, me beijou, me colocou para dormir. Mas eu ainda estou meio zureta.

Acordei cedo pacas e fui ver Bom Dia Brasil. Chorei vendo a notícia do policial que foi absolvido após ter matado aquele menininho de 3 anos, no Rio. Tive vontade de abraçar os pais. E não paro de chorar com o livro que ganhei ontem do Charlie, Para Francisco, livro que começou de um blog lindo.

Nessas horas, só me resta implorar para a TPM virar M logo e parar de me torturar.

Ah, como é chato ser mulher nesses dias...
A Casada

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Convidada Especial: A Noiva

Gente, vamos dar as boas-vindas à nossa primeira convidada especial: A Noiva. No texto abaixo, a nossa amiga Noiva fala sobre as agruras da organização de um casamento. E da chatice que é aguentar o povo que acha que casar com festa não tem nada a ver. Seja bem-vinda, um beijo e obrigada pelo texto. Em tempo: quer ser convidada ou convidado especial você também? Escreve para a gente: 3xtrinta@gmail.com
Much love,
A Divorciada
CASAR NÃO ESTÁ FORA DE MODA

Quem pensa que casar com festa, vestido e tudo mais está fora de moda está bem enganado. Antes de eu entrar neste "mercado" para preparar meu casamento achava que poucos eram os casais que ainda queriam tudo como manda o figurado. Estava redondamente desinformada. Tenho amigas que comentam que isso é coisa do passado. É porque elas não estão acompanhando de perto essas coisas.
Não pra mim, que tenho uma lista de convidados e familiares que caberia no Parque do Ibirapuera. Já que é para fazer uma festa, vamos fazer bem feita, sem gastar horrores com supérfluos. O mercado "casamentício " está tão intenso que já está super difícil encontrar datas livres de sábado em igrejas e buffets. Agora já tem gente marcando com quase dois anos de antecedência. Fora isso, também fiquei impressionada com os detalhes que um evento desse tipo pede. Uma coisa é fazer um casamento grande e outra coisa é fazer um casamento grande com os melhores e mais chiques fornecedores de São Paulo. Também não precisa pensar no vale-coxinha... escolhi um mediano: chique porém sem muitas marcas famosas.

Eu nunca pensei em fazer um casamento muito grande, apesar de ter uma família imensa. Só de tios, tenho 8 de um lado e 9 do outro. No total, são 35 primos de primeiro grau e todos moram muito perto e temos contato constante. A família do meu noivo nem é grande, ele só tem um tio, mas o que tem de amigos muito próximos já me alcança em número de parentes. No início, pensávamos em fazer algo pequeno, só para os "mais chegados". O problema é que os "mais chegados" são muitosss. Nem queríamos uma cerimônia convencional, mas queríamos uma festa muito legal. Enfim, acabamos fechando uma festa para 350 pessoas em setembro passado. A lista de convidados tem 400 pessoas, tudo bem que a maioria é parente, mas mesmo assim é gente demais! Me caso em 1 de novembro de 2009. Não vou casar em igreja.

Outra coisa que fiquei chocada foi como os fornecedores exploram os noivos. É só falar que é casamento e os preços inflacionam uns 500%. Outro dia fiz um teste. Escolhi um modelo simples de vestido de noiva, sem brilhos nem cauda, na cor cinza, e falei que era para uma formatura. O primeiro aluguel sairia por R$ 800. Em outra ocasião, estava passando na porta da filial da loja e entrei para perguntar do tal vestido, só que em branco para noiva. Para minha surpresa, o primeiro aluguel do dito cujo pulou para incríveis R$ 5.600! Ahh porque a renda é francesa ou porque tem bordado fulano. Acho que noiva tem cara de trouxa mesmo.

Meu irmão se casou em 2006. Ele pagou R$ 2 mil pela decoração da igreja e do buffet. Fui cotar lá agora, sem o detalhe da igreja , e fulana teve a coragem de me cobrar R$ 6.400! Argumentou que "tudo" subiu neste mercado. Sei, sei... Me recusei a ser tão explorada.
Bom, meu casamento vai sair do jeito que planejamos, vamos convidar todos que queríamos e não vamos gastar os tubos. Para quem acha que é besteira, paciência. Cada um vive as fase da vida em épocas diferentes. O engraçado é que muitos criticam as noivas por gastarem tanto, mas por que será que ninguém apedreja um casal que gasta R$ 4 mil no buffet de um aninho de seu filho que não tem um terço de convidados de um casamento? Pra mim dá na mesma... só é explorado quem quer. Nós queremos uma festa legal para comemorar um dia especial, afinal, já são 8 anos juntos...

A Noiva

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A maçã podre do cesto

Dizem que as mulheres andam muito masculinas. Mas, ao mesmo tempo, o Mundo canta aos quatro ventos o desejo de resgate da feminilidade. Não soa curiosa essa movimentação de fluxos tão opostos, com a mesma intensidade e num mesmo momento? Acho que as mulheres já foram mais masculinas.

Muitas quarentonas e cinquentonas ainda carregam essa prerrogativa, já personificada no visual yuppie dos anos 80 e na postura carreirista a qualquer custo - que inúmeras ainda teimam em adotar sem perceber ser este um jargão caricatural, esfarrapado e infeliz que não remete a idéia de Força, pelo contrário. Não esqueçamos jamais das odiosas ombreiras num terninho de corte "barril". Sua tia certamente usou um desses.... :O/

Acredito que as trintonas estejam levando as coisas de forma mais leve e inteligente, se permitindo serem mais femininas ao adotar simples práticas como a de acreditar no casamento, conjugar filhos e trabalho, ou pelo menos ter vontade de tentar, curtir cada momento de cada vez e desconstruir o Príncipe, vê-lo como ser imperfeito que é. Graças a Deus que é, né?

Ou seja, empunham independência e atitude mesmo que sobre um salto, de maneira persuasivamente (e deliciosamente) feminina. Nos últimos tempos, só há uma coisa que venho ouvindo de forma recorrente nos papos delas e que, confesso, me deixa um pouco ressabiada. O tal Pau Amigo.

A questão não é a existência dele. Quem não teve o seu que atire a primeira pedra; sem querer ou naturalmente, mesmo que só tenha se dado conta disso depois do caso acabado. ;O)

O que me encana é a forma como a coisa vem sendo instituída. O tal Pau Amigo, grosso modo desculpem o trocadilho, é aquele carinha gostoso, gato, que você sabe que não vai dar em nada (e daí? Dane-se!), meio cabeça oca mas que é uma delícia para passar o tempo. Leram bem a definição? Agora, troquem o gênero onde necessário, carreguem um pouquinho mais nas tintas e imaginem um homem falando.

Desculpem, mas o Pau Amigo é a instituição mais machista em essência surgida nos últimos tempos. E pior, é uma emulação do pensamento masculino em sua forma mais rasa.

Quando vejo as trintonas da vida replicando a mais nova instituição do pedaço do jeito que vem fazendo, me sinto rodeada por um bando de estivadores, de saias. Geralmente, os atributos físicos do gajo são os que ocupam a maior parte do tempo. São as pernas, a barriga tanquinho, as costas incríveis e o sexo maratonista que inundam o papo em detalhes, numa enumeração frenética e escalafobética das vantagens de sair com o cara.

Sempre noto nestas horas uma necessidade imensa das meninas em ficar enumerando, classificando, justificando, se demoraaaando nesta parte. Me parece uma tentativa desesperada para fugir da afirmação óbvia e simples que é "Merda, estou transando com um babaca".

Vejo brilho nos olhos pelo que me soa ser mais fantasioso que realista. Na verdade, estamos falando de uma simples trepada. Só que aos trinta e bolinha a gente sabe, ou deveria saber, que transar apaixonada - que seja ainda encantada pelo conjunto da obra sem saber direito qual é a da situação - é mil vezes melhor. Então, porque se contentar com um simples "tanquinho" classificado de Pau Amigo? Já imagino algumas dizendo: "Mas é melhor do que ficar sozinha", "O que tem de errado? Tem que ser mais aberta!". Pergunto: É? Tem certeza? Desse jeito?

Outro dia vi uma peça, A Alma Imoral, baseada no livro do rabino Nilton Bonder. Em determinado momento, a atriz interpreta um trecho no qual fala da mulher, que ela é a que traz o conhecimento, ilumina a consciência do homem e nunca deveria ter aberto mão deste papel. Pôxa, nunca mesmo. Concordo. Mas convenhamos: iluminar a consciência de um par de coxas é praticamente missão impossível. Logo, o que há para se vangloriar?

Há pouco tempo, uma grande amiga começou a sair com um gênero P.A. O cara era bem mais novo, rato de academia e os amigos faziam exatamente o mesmo estilinho. Pareciam saídos da mesma fábrica de brinquedos. Ela, sempre que me falava do assunto, repetia como um mantra o tal rótulo e mais os 1.001 atributos (físicos) do cara. Praticamente um Bombril do sexo.

Quando conheci o moço pessoalmente, ele estava com os amigos. Quase tive um ataque de riso, um deles até parecia o Falcon, aquele boneco que seu irmão já teve na infância e que possuía uma alavanca na nuca para mexer os olhos, além da barba milimetricamente desenhada. Fui salva de tamanho constrangimento da gargalhada incontrolável ao me concentrar em cortar o beirute do jantar. Ali, entendi o discurso em looping que ela fazia toda a vez que conversávamos a respeito. Era necessário muito mantra para fugir da verdade inexorável.

Ok, quer ter P.A.? Então, dispense os detalhes, não repita mil vezes as "vantagens" querendo convencer a si mesma e aos outros de que está vivendo uma incrível história de amor (mulheres...). Seja como eles em sua pior versão. Use e jogue fora. Lavou, tá novo. Não há o que falar porque não é nada extraordinário. E ponto. Abandone a prática do disco furado de histórias sobre homens que não significaram nada. É perda de tempo. Resolva suas necessidades e bola pra frente.

Ah, sim, quanto a amiga... Tempos depois a história terminou. "Tivemos uma conversa, ficou tudo bem", resumiu. Parecia que estava comunicando fim de namoro. Não resisti à piadinha: Ué, mas Pau Amigo fala?

A Solteira

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Dez coisas que eu adoro em ser casada

1- Acordar de manhã e ver meu branco dormindo profundamente. Tão sereno e tranqüilo. Levanto feliz e com a certeza de que o amor dorme ao lado.

2- Fazer uma comidinha que ele adora. E comer a especialidade dele na cozinha: beirute! haha

3- Assistir A Favorita juntos xingando a Flora por ser má demais e a Donatella por ser pastel demais. Ele praticamente dialoga com os personagens.

4- Ter um restaurante predileto, uma trilha sonora de namoro, Everything she does is Magic, e um filme “do casal”, Domicílio Conjugal – gostamos tanto que tem até um pôster do filme na cabeceira da nossa cama.

5- Saber que ele respeita meu espaço e minha liberdade. E que me apóia em tudo, até mesmo em ir passar três meses na Nova Zelândia. E, uma vez lá, ser surpreendida com a notícia de que ele resolveu ir até o outro lado do mundo me encontrar ao final da minha temporada!!

6- Saber o quão importante é cada um ter seus próprios amigos, seus próprios hobbies, seus gostos particulares e seus momentos de introspecção.

7- Ouvir dele: “Larga esse emprego chato, vai viver de frila e investe nos seus projetos. Eu te ajudo.”

8- Perceber que mesmo após aaanos juntos – três deles vivendo debaixo do mesmo teto – e mesmo eu estando uns sete quilos mais gorda que no começo do namoro, ele ainda pára de falar e fica embasbacado olhando para meu corpo toda vez que eu tiro a roupa.

9- Fazer uma strip ao som de I touch myself sem ter a menor vergonha. E morrer de rir do ridículo que é fazer strip sem ter o menor medo de “quebrar clima”.

10- Não usar aliança, não ter assinado papel algum, não ter uma data comemorativa e saber que o compromisso está ali, dentro da gente, do lado esquerdo do peito.

(Só podem dez?? rs)

A Casada

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Dez coisas que eu adoro em ser divorciada

1) Ser livre para conhecer todos os homens incríveis que a monogamia não me deixou conhecer.
2) Não saber, na sexta, o que fazer no sábado à noite. E, no domingo, suspirar lembrando que a noite de ontem foi uma das melhores da minha vida (como eu estou fazendo agora, cá entre nós).
3) Planejar as próprias férias sozinha!!!!!!!
4) Encher o carrinho do supermercado de Bono sabor chocolate (meu biscoito predileto) sem ter que ouvir ninguém dizendo que eu preciso me alimentar de forma mais saudável. Até porque, se eu fosse mais saudável, morreria de saúde, hahaha!!!!
5) Ouvir Edson Cordeiro sem ninguém perguntar "será que a gente pode mudar o CD agora?" na terceira música do disco. E com direito a repetir Barbie Girl cinco vezes seguidas se der vontade.
6) Ter mais tempo para me dedicar às minhas amigas. As mesmas que me fizeram descobrir, quando eu mais precisei, o quanto eu estou cercada de amor por todos os lados.
7) Receber um e-mail fofo, de um homem lindo que mora muito longe, com quem eu não conversava há uns três meses, dizendo que nunca me esqueceu...
8) Receber um e-mail fofo, de um homem lindo que mora perto, com quem conversei ontem. De quem eu não esqueci...
9) Dormir sozinha, no meio da cama, de camisolão rosa claro com bolinhas, sem afetar a libido de ninguém.
10) Redescobrir o quanto eu sou apaixonada por mim mesma. E, em consequência disso, ouvir de tanta gente que eu nunca estive tão bonita e de bem com a vida.
A Divorciada

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A dengosa


Solteira está com dengue. Febre chata, dores alucinantes, cabeça explodindo, enjôos, um saco. Fazer qualquer coisa é um sacrifício físico atroz. Tá assim, numa fase dengosa.

Fase dengosa.... que coisa mais engraçada. Essa palavra, dengosa, tem uma conotação bem diferente para mim. Tinha, melhor dizendo. Não me lembrava dor, apatia, essas chatices de quando a gente tá doente. Me lembrava, assim, "fulana é muito dengosa", "faz muito charminho", "é cheia das vontades", essas coisas.

Pois é, e tem muita mulher por aí que adora ser dengosa, né? E tem cara que se amarra neste jogo! Bom, o assunto me faz lembrar uma conhecida minha, que é casada. Aliás, nunca ficou solteira na vida e é a típica dengosa. Tá sempre com uma história de problema de saúde para sacar do bolso quando a encontro. Nossa, é uma cantilena de lamúrias. Acredito que já tenha sofrido de tudo em termos de saúde. Só não perdeu membro nenhum. Pelo menos até a última vez que a encontrei, ela não tinha caído de nenhum avião, nenhum trem ou carro tinha passado por cima dela também, raio na cabeça ainda fora da lista, ufff... Quase uma pessoa de sorte para quem reclama tanto da vida, né?

Voltando ao dengo: já tive a oportunidade de sair para jantar com o casal. Comida é algo enjoativo para ela, salvo exceções. Vira, revira, vira o cardápio e nada agrada a dengosa. "Tô enjoada", emenda com frequência, para não dizer sempre. O papel de vítima, em tudo, é o enredo mais corriqueiro na vida de uma dengosa. Se fosse hoje num restaurante acho que teria essa reação. Mas eu estou com dengue. Ela é dengosa, ou seja, foi mordida pelo mosquito antes de nascer. Ui! :0/

Ah, sim! O marido, ela que não me ouça, é tipo foRfo, sabe. Mas de bom coração, porque casou com a dengosa. Coitado, tenho pena dele. Mas acho que sofre feliz. Ou então pensa que nem sofre. Para o rapaz, ela é uma dengosa cheia de charme. Vixe! Mas, cada um com seu cada um, ou melhor, cada um no seu quadrado...

Putz, aturar dengosa e dengoso exige muito, muito, muito saco. E santo forte. Gente assim do lado é capaz de fazer o teto da casa cair na cabeça, de buracos abrirem-se sob nossos pés, enfim, melhor manter distância.

Raramente falo com a dengosa. Evito grandes contatos. Ainda mais ultimamente. Nestes dias meu lado dengoso está afloradíssimo demais para minha paciência. Nem eu estou me aguentando. Quero fazer mil coisas e o corpo, dengoso, só reclama. Vejam só que abusadinho:

_"Não! Pra quê ir andando ao médico? Tá pensando que é a Mulher-Maravilha? Pega um táxi! Ah, é? Vai teimar comigo. Então, vou fazer a sua cabeça explodir de dor e suas costas travarem. Só vai passar quando você deitar e dormir".

_ "Ah, vai trabalhar de casa? Só em pensamento, fofa. Estou revirando seu estômago pra você ficar bem enjoadinha e parar de ficar inventando moda. Como cozinhar uma comidinha caseira, por exemplo. Liga pro delivery! E nada de congelado gordurento porque vou te fazer enjoar 10 vezes mais. Nem vem, quero comida saudável, variada e boa. E providencia tudo logo porque tô com fome. E você sabe, com fome, eu te faço ficar ainda mais, MAIS enjoada"

Nunca tive o desprazer de conviver tão intimamente com um dengoso(a) como agora. Espero que meu corpitcho desista de ficar fazendo charminho, resolva logo essa questão e me deixe voltar para o rock and roll. Parece aqueles maridos chatos de que já ouvi falar. Pelo menos, esse não usa cuecas. É isso aí. Em breve, aviso a reestréia.

PS: ok, não suporto dengosas. Dengosas, definitivamente, jamais chegarão a divas. Pronto, falei!

A Solteira

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"Fábio Jr. salvou meu casamento"

Ana C. é a minha depiladora. E eu sou a psicóloga dela. Aliás, ela nem deveria me cobrar o serviço porque, no final das contas, fica elas por elas. Enquanto ela manda ver na cera quente na minha virilha, desata a falar sobre o casamento meio falido, meio a razão de viver dela. Vamos aos fatos introdutórios: ela tinha 19 anos e ele 16 quando começaram a namorar. Agora ela tem 30. Eles têm um filho fofo de cinco anos. Ela é uma mulata dos olhos verdes linda que só. Até mesmo quando está naquele macacão de frentista (sim, porque ela é depiladora nas horas vagas). O marido é um negão que também não fica atrás. É motorista de ônibus.

Pois um belo dia ela chegou aqui outra pessoa. Estava inconformada. Tinha descoberto que o bonitão tinha uma amante. E já fazia mais de ano. Ficou arrasada. Se sentiu uma idiota de ter investido tanto no cara. De ter comprado tanto presente caro nos muitos dias dos namorados que passaram juntos, de ter bancado a casa enquanto ele torrava o salário dele em tênis de marca, de ter deixado de ser vaidosa porque não sobrava dinheiro nem tempo para isso.

Um mês depois, ela chega aqui em casa toda serelepe. Achei que ela tinha dado um pé no cara e descoberto que ela era mais ela. Ou então que o bonitão tinha feito algo muito nobre para ter conseguido o perdão da bela Ana C. Que nada. Ela simplesmente tinha ido ao show do Fábio Jr. E aquilo tinha mudado a vida dela.

"Depois de muito tempo fazendo tudo por ele, resolvi fazer algo por mim. Comprei o ingresso do show, que custava quase R$ 100, peguei um ônibus e fui sozinha. E nem disse para o marido onde eu estava indo. Chegando lá, sentei num lugar que dava para olhar bem para o Fábio. Quando ele entrou no palco, minha pele arrepiou. E, de repente, ele olhou para mim. E cantou para mim. E disse, olhando nos meus olhos, que eu era a pessoa mais importante da minha vida. Não tinha mais ninguém lá. Só eu e o Fábio. E eu entendi o recado. No ônibus de volta para casa, pensei sobre minha vida e decidi que não ia ser mais daquele jeito".

E não foi mesmo. Isso já faz um tempão. Quase um ano, acho. Hoje Ana C. compra sabonetinho de presente para o bonitão. Não mais uniformes carésimos do time dele. Não mais tênis e camisas de grife que ele tanto gosta. Ela comprou uma máquina de lavar porque se recusou a continuar esfregando as cuecas dele no braço. E o obrigou a pagar a escolinha do filho, porque educação de filho é coisa séria. "Meu filho não será frentista e nem motorista", diz sempre. O bonitão ganhou de presente de Ana C. um grande desprezo. Mas não por vingança ou por maldade. Mas porque ela aprendeu com o Fábio Jr. que ela precisa é gostar dela antes de tudo.

Mas afinal, por que não separar do bonitão, se o figura é tão egoísta e só pensa em gastar dinheiro com ele mesmo?

- Ah, porque ele é um bom pai...

Mas Ana C., se ele é bom pai, continuará sendo separado de você.

- Ah, porque só com o meu salário não dá para me manter...

Mas Ana C., quantas mulheres com salários tão baixos como o teu não criam filhos sozinhas porque os machos reprodutores sumiram do mapa? E ele terá que continuar te ajudando, pois o filho é dois dois.

- Tá bom! Tá bom! É porque eu amo aquele filhodaputa!!

Ah bom. Amor é mesmo um troço difícil de se trabalhar racionalmente.

De qualquer forma, Fábio Jr., o cara que não consegue ficar casado mais que um ano, salvou o casamento de Ana C. Ainda que desse jeito meio torto e meio "cada um por si", ela anda feliz da vida com a vida conjugal dela. E, principalmente, com ela mesma.

A Casada

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Hora de mudar o disco

Que músicas ouvir logo depois de uma separação? Taí uma questão que nunca tinha me passado pela cabeça. Até eu me separar, claro. Como não sei viver sem trilha sonora, escolhi, de cara, Edson Cordeiro. Eu podia estar péssima, mas ele estava lá, parceiro, cantando I will survive e Dancing Queen para mim. Endorfina da boa, na veia. Melhor que chocolate. Mandei bem na escolha. Até que chegou a hora de mudar o disco.


Quem veio depois? Chico Buarque, o incrível. Sabe quando você sente saudade do que ainda não viveu? A ponto de ficar completamente emocionada, chorando sozinha, mas não de tristeza? Eu juro pela minha mãe: não era saudade do meu ex. Era nostalgia futura. Tenho certeza de que ainda vou me apaixonar perdidamente embalada pelo Chico. Mesmo que, por ora, não entenda ainda "O que será que me dá". Fiquei uns 15 dias nessa toada. Até viajar para Montevideo, numa história já contada aqui no post O melhor do Uruguai... Pois é, mudei o disco outra vez.


E deixei Caetano Veloso aliviar as minhas saudades dos melhores momentos da minha primeira viagem sozinha, em agosto. "Fina Estampa, caballero". Eu não cansava de escutar. "Contigo en la distancia, amado mío, estoy". E fiquei até que a trilha sonora mudasse de novo.


Senhoras e senhores, no palco, Roberto Carlos. Melhor não dar "Detalhes tão pequenos de nós dois" de como esse repertório surgiu na minha vida um dia. Só digo que tive bons motivos para não enjoar do Rei por um tempo. E, além do mais, "Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi". Foi ótimo. Até que chegou a hora de trocar o disco.


E dessa vez eu mudei mesmo. E coloquei ninguém mais, ninguém menos, do que Madonna, a Diva (gente ela está chegando!!!!), no topo da parada. Tô assim desde sábado. Tem coisa melhor que querer cantar o tempo todo "When you call my name, It's like a little prayer, I'm down on my knees, I want to take you there"? Acho que vou precisar freqüentar o Viciados em Madonna Anônimos se quiser parar de ouvir Like a Prayer, hahaha!!!!!!


Ai, ai.... Só sei que eu mal posso esperar pela próxima trilha sonora. E pelos hits que vão bombar no som da sala daqui para a frente.



A Divorciada

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Tourinho, menininha ou "o cara"?


O post anterior, da amiga Solteira, me fez refletir sobre a minha pessoa. E como esse blog nos faz economizar uma fortuna em terapia, resolvi dividir com vocês essa minha postura anti-Diva. Quero entender se sou assim porque assim é o meu estilo ou porque não quero crescer. Vamos aos fatos:

Cena 1. A tourinho

Pelo menos uma vez por semana eu vou à padoca após meu treino de aikido. Como em qualquer outra arte marcial, a proporção entre homens e mulheres é algo como seis machinhos para cada donzela. E os papos na padoca volta e meia descambam para conversa de borracharia. Pois um dia, um grandão lá disse que tinha medo de lutar com algumas meninas temendo parti-las ao meio. Mas que comigo não, porque apesar de baixinha, eu sou "um tourinho". Tudo bem que chamar mulher de tourinho é o mesmo que dizer, tipo assim, que ela está meio gordinha. Minhas amigas ficaram horrorizadas quando eu contei essa história. Mas eu achei divertido.

Cena 2. A menininha

Duas semanas atrás saí com meu marido correndo para levá-lo ao médico. Consulta de emergência, coloquei qualquer roupa que vi pela frente mais meu tênis e minha fiel parceira, a mochilinha. Chegando lá, marido me apresenta para médico. Esposa espera na recepção. Quando Charlie sai da consulta, diz assim para mim: "O dr. disse que você não parece uma 'esposa', mas uma menininha". Também! Eu tava parecendo uma colegial saíndo da escola com aquele visu. Mas achei simpático.

Cena 3. O Cara

Faz uns dois anos já. Ou mais. Estava numa mesa de bar falando um monte de besteira com um amigo de trabalho. Baixaria pura. Devo ter falado também de futebol (coisa que absolutamente não entendo, mas em mesa de bar a gente entende de tudo) e mal do chefe. E devo ter falado também sobre as mulheres que eu achava gostosona. Nem lembro mais o que eu falei. Mas lembro o que eu ouvi do 'culega': "Parceirão, voce é O cara!" Putz. Essa era para eu me achar a encarnação da Cássia Eller! Mas também não fiquei ofendida.

Ofendida mesmo eu fiquei mês passado, quando eu estava num salão com uma amigona, e desabafei com ela e com a biba-amiga-cabelelelelelêra de que com essa coisa de chegar aos 30, eu não sabia ao certo qual seria o momento de abandonar a maria-chiquinha. A biba-amiga nem esperou eu terminar:

- QUERIDÁAAA, JÁ ERA PARA TER ABANDONADO FAZ TEMPO!!

Magoei.

Minha depiladora Ana C., a quem eu devo um post, não se conforma comigo. Acha que eu sou um desleixo, mas que tenho salvação. A teoria dela é a de que eu vou mudar radicalmente depois de ter filho. Faz sentido. Tenho uma amiga que também era "o Cara" e virou um mulherão depois da maternidade. Resolveu mostrar mais o corpo e ser mais vaidosa. Foi um processo natural.

Pode ser. Às vezes sinto falta de ser mais assim, Diva. De mostrar mais o corpo, deixar os cabelos mais soltos e passar um batom. Mas coloco um vestido sexy e batom vermelho e já me sinto encarnando um personagem. Simplesmente não combina comigo. Acho que vou ser uma espécie de Fernanda Takai, que aos quase 40 anos segue usando os vestidos infantilóides de Ronaldo Fraga (ADORO!!). Ou então ainda encontro uma maneira de ser mais Diva sem deixar de ser eu mesminha.

Afinal, quanto disso é estilo e quanto disso é medo de virar mulher?

A Menininha Casada - mas pode me chamar também de Tourinho

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O manual da Diva...

... mas pode chamar de qualquer coisa que te levante o seu astral e evita algumas besteiras desnecessárias para piorar ainda mais o seu dia de fúria

Nada como um final de semana dos infernos para inspirar um post deste. Não, não tomei fora de nenhum fofo (de foRfo, muito menos). O resto tá indo bem também. Mas ficar de molho por causa de um febrão logo num final de semana de sol é para se sentir a última das mulheres.

Segundona bate no relógio, hora de acordar cheia de disposição para mais uma semana locomotiva. ARRRRGHHHH! Que olheiras são essas? Porque esse andar pata-choca, com a mão "nos quartos", tipo caí-de-um-prédio-e-a-mão-de-Deus me salvou? E esse cabelo medonho? Sim, ninguém é incrível 24h por dia. Mas, convenhamos, os momentos baranga só deveriam ser testemunhados por nós mesmas.

Então, vamos a ele, O MANUAL DA DIVA! Bateu o carão no espelho de manhã e tomou um susto? Use maquiagem. Voz insossa: "ahh, não goxxxsto". Gosta sim! Sair com olheiras até o joelho é pior, provoca pena nas pessoas. Falo por experiência própria. Já ouvi até um "andou chorando?" Ah... se fosse a Ana Paula Arósio e ficasse linda derrubando lágrimas assim, até diria que sim, e muito. Infelizmente, não é o caso. "Ahhh, mas eu não sei passar maquiãããzem". Na boa, aprenda.

Para aniquilar o cabelo medonho prenda ou lave o dito cujo. "Ahhhh, mas se eu lavar eu tenho que secar e fazer chapinha". Cachos estão na última moda e tá cheio de guapos que curtem mulheres com ar natural. Esse lance de chapinha é coisa de mulher de pensamento iônico. Assuma sua natureza e ponto. Se seu cabelo exige religiosamente "fritar" os neurônios numa prancha de cerâmica, mude o corte e de cabeleireiro. Chega de ser escrava! Você é Diva, querida.

Pelamordedeus, nada de pegar a primeira coisa que vir no armário por-que-tá-com-pre-gui-ça. Mete um vestido fofo, daqueles que não tem erro, e vai nessa. Qualquer salvação que entre pela cabeça e "tá vestida". Coisa que tem que combinar muito, calça apertada, salto (olha o andar pata-choca aí gente!) num dia de espírito baranga costuma ser um tiro no pé.

Quanto às atitudes, adote um estilo Greta Garbo. Dê oi, bom dia e abrace o lema I want to be alone. Fica na sua pelo bem da humanidade - e pelo seu! Qualquer interação desnecessária num dia de ovo virado pode resultar em mandar um Lloyd brasileiro diretamente para o Inferno. As pessoas continuarão aqui (tá pensando que o dono do tridente é bobo?), não vão esquecer a situação e, de quebra, olha só que roubada: você ainda vai ficar com fama de bruxa. Nada a ver com uma diva, confere?

Bom, se o momento monstra envolve um gato, desculpa, vou ter que pensar melhor. Vem aí o Manual da Diva, parte II. Mas este eu faço quando melhorar. O termômetro tá marcando 38,5 neste momento e não é por causa de nenhum amasso. Com essa, a Diva recolhe-se em sua caverna ursa e vai tratar de ficar boa com o sono da beleza.

Bons sonhos!

PS: se você mora com um gato ou o lindo dormiu na sua casa logo neste dia, é simples não matá-lo de susto: saia da cama debaixo do cobertor, tal qual Primo Itt, tranque-se no banheiro e direto para o chuveiro. :O)

A Solteira

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