Rodízio de bebê

A hora do bebê é sagrada, e isso também vale para os pais. Depois dos três meses do recém-nascido, na verdade uma fase na qual os pais passam por um teste de sanidade mental, o rebento ri, os dentinhos estão saindo, ele já fica em pé e engatinha pela casa toda. Nesta época a creche já é uma realidade concreta.

Mas, e quando o bebê não está com as tias da escolinha, quem fica com a criança? O pai e a mãe, diriam aqueles que não fazem a menor ideia da encrenca. Sim, é óbvio. Só que mãe e pai também são gente. Que tal ela ter uma horinha para ir ao salão e, por exemplo, cortar o cabelo que está do tamanho da Rapunzel há meses? E o pai? Este também tem o seu quinhão. Que preciosa é uma tarde de sábado na frente do videogame. Sim, porque ninguém precisa ser adulto o tempo todo só por que não usa fraldas faz tempo.

Aí é que entra a ideia salvadora do rodízio de bebê. Conhecem a Supernanny? Aquela babá inglesa que visita lares onde os filhos são um descontrolados e os pais uns bobocas? Pois a Supernanny - nome real, Joe Frost - bota a casa em ordem lançando mão de metas, conversas e umas tabelas básicas do tipo, "quem faz o quê".

Outro dia, vi um casal bem próximo conversando sobre o assunto. De fazer um calendário de revezamento entre eles. Assim, os dois distribuem o tempo de forma justa, curtem o filhote juntos e, também, arrumam um tempinho para si mesmos. Enquanto um fica com a criança, o outro sabe que pode sair tranquilo para fazer um programa só seu. Nem que seja dormir além da conta em casa.

Ouvindo o papo, até já imaginei um calendário com os nomes de cada um, os dias da semana e os horários. Se caiu a carinha do bebê para um, é porque a responsa de entreter o filhote naquele dia e horário pertencerá a um dos dois. E pensar que, não faz muito tempo, tinha muito pai que não sabia nem trocar uma fralda.

Giovana - A Solteira

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Educação


Semana de folga= muitos filmes na agenda desta Divorciada aqui. O último visto no cinema (agora é o DVD que está bombando) foi Educação, minha dica de sábado procês. A fita concorre a três estatuetas no Oscar deste ano: Melhor Filme, Roteiro Adaptado e Atriz (Carey Mulligan, maravilhosa no papel de Jenny). E foi inspirada nas memórias da jornalista Lynn Barber.

A trama é muito simples, mas contada com uma profundidade que faz a gente continuar pensando naquilo quando as luzes se acendem. Trata-se do envolvimento de uma adolescente de 16 anos com um homem mais velho, mas é mais do que isso. Educação discute o amor, a mentira, a ilusão, a decepção. O fato de que nós mesmos nos deixamos enganar às vezes, mas, em contrapartida, ficamos mais lúcidos e mais fortes a cada golpe.

Eu adorei. Super recomendo.

Bom sábado e bom cinema,

Isabela – A Divorciada

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Marina, a noiva

Em duas semanas, mais uma amiga entra para o mundo das casadas. A Marina é uma das criaturas mais fofas que eu já conheci. E linda! O casamento vai ser bem tradicional, com tudo do bom e do melhor, do jeito que ela sempre sonhou.

Pedi licença à Marina para copiar o texto que ela fez sobre eles no blog do casamento. Achei muito bacana a forma honesta, realista e brincalhona como ela colocou que a big festança é o sonho dela – “e o pesadelo dele”. E acho lindo que ele tope fazer algo tão grandioso por ela, já que ele mesmo nem fazia muita questão.

Faço, desde já, votos para que a vida a dois seja tão brilhante quanto o dia festivo (que vai ser porreta, tenho certeza!).

Com vocês, as palavras da noiva.

Em sete anos...

Ele me viu em sua festa de formatura, mas só nos conhecemos numa festa de aniversário. Ele bebia e fumava, eu não. O primeiro passeio foi numa loja da rede Pão de Açúcar. Ele era formado em administração, eu estudava jornalismo. No Carnaval, eu fui para a Baleia, ele para Ubatuba. Ele fazia academia, era magro e moreno. Eu ia para faculdade, fazia inglês e era loira. Ele ia para o Skol Beats, ouvia música eletrônica e adorava um Manga Rosa. Eu ia para o Pucci, ouvia dance music e dormia na casa das amigas.

Me formei. Ele começou a trabalhar. Ganhei flores, cartões e cartinhas. Ele mudou de emprego. Eu comecei a trabalhar. Brigamos. Voltamos. Viajamos. Brigamos. Voltamos. Ele mudou de emprego. Viajou para Nova York. Eu fui para o Kuwait, Dubai e Catar. Nós fomos para África do Sul. Ele não me pediu em casamento. Chorei. Demos risadas. Os amigos começam a casar. Festa. Mais festa. Eu fiquei noiva!!!!!

Começa a maratona. O meu sonho, o pesadelo dele. Eu quero rosa, ele quer cinza. Igreja. Salão. Vestido. Discussões. Doces. Convites. Havaianas. Discussões. Carro. Decoração. Bem-Casados. Discussões. Curso de noivos. Cartório. DJ. Ansiedade. Cabelos brancos. Gordura localizada. Stress.

Ele, Rodrigo. Eu, Marina. Nós, futuros marido e mulher


Débora - A Descasada

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Malditos! Pero no mucho....


Taí um visual para poucas....

Se tem uma coisa que enloquece qualquer mulher é descobrir que a cabeleira começa a ficar branca numa velocidade próxima a da luz. Há as que começaram a pratear bem cedo. Outras só depois dos 30. As do segundo time já devem ter percebido que estes malditos quando chegam, vêm com tudo.

O início é ali pelas laterais... Pouco a pouco, eles vão aparecendo. Timidamente, como quem acaba de chegar numa festa. Não se iludam. Essa turma veio para ficar e chamou os amigos. Todos secos, espigados e muito exibidos.

Nesta hora invejo as louras. Com elas, os brancos são mais camaradas e chegam camuflados, quase que por acidente, pelos fios naturalmente amarelos. Os tonalizantes já entraram na lista de compras faz tempo. Ilusão achar que vão resolver grande coisa. Joga um chocolate que, dali duas semanas, o cabelo castanho por natureza fica com reflexos avermelhados que são o poço da cafonice. "Põe um louro acinzentado pra tirar o vermelho". E lá vai a desesperada seguir o conselho.

O vermelho some, mas o castanho fica apagado e, detalhe, os desgraçados nem sentiram o vento da tinta. Continuam lá, tinindo de tão brancos. Nem Omo deixa mais branco estes inconvenientes.

Em um exercício de projeção catastrófica, você se vê dali mais 30 anos totalmente loura. É estranho pensar nesta possibilidade, porém melhor do que as vovozinhas da nossa infância, que usavam uns roxinhos e violetas ao invés de assumir a cabeleira branca. Repararam que a moda passou? Esperemos que, quando chegar a nossa vez, ela não tenha voltado com tudo e nos transforme em uvinhas da terceira idade.

Bom, se o visual da Meryl Streep em "O Diabo veste Prada" fosse garantia para todas, até que não seria má ideia receber esses brancos com uma dose maior de resignação, certo? Acho que já vou providenciar meu vidrinho de xampu com corante azul... Segundo os entendidos, o azul é que não deixa o cabelo branco amarelar.

Giovana - A Solteira

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Idas e vindas do amor


Nada melhor do que abrir os trabalhos de uma semana de folga como essa minha agora do que indo ao cinema, na sessão das 16h10, para ver um filme leve na companhia de uma boa amiga. Foi o que eu fiz na última segunda, com a queridona da Dora. Vimos Idas e vindas do amor. A fita é mais que leve, chega ser boba, bem bobinha, mas traz sim alguns pontos importantes para reflexão. Sem falar que ver o Ashton Kutcher (na foto acima) na telona, no papel de um florista romântico e fofo, já vale o ingresso. Ele e mais um elenco estelar: até Julia Roberts e Jamie Foxx estão lá.

Em linhas gerais, Idas e vindas do amor mostra vários casais em diferentes situações. O elo entre eles é como todos comemoram, ou não, o Valentine’s Day, o Dia dos Namorados nos Estados Unidos. Para mim, a questão central do filme está no fato de que o amor não é simples, que relacionamentos envolvem conflitos, dores, choros e velas, mas que, mesmo assim, vale a pena lutar por eles. Tentar ser feliz ao lado de quem se ama. Na vida real não é fácil, sabemos, mas, por outro lado, de que adianta não tentar? Abrir mão de buscar a felicidade, mesmo que ela percorra caminhos tortuosos?

Cada um sabe de si, lógico. E tem a medida de onde o calo aperta, de até onde deve ir por uma relação. Eu só sei que, inspirada pela película dirigida por Garry Marshall, essa romântica aqui saiu do cinema ainda com mais vontade de acreditar nos bons sentimentos.

Beijos,

Isabela – A Divorciada

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“Eu sou o cara que liga no dia seguinte”

Zuzu se acha o tal. O conquistador mais competente e sedutor que existe. E carinhoso. Afinal, mesmo depois de uma noitada muito da meia-boca, liga para a mocinha no dia seguinte. “Não custa saber se ela está bem”, argumenta.

Para chegar numa moça, não poupa saliva. E entre seus xavecos, tem um que ele considera infalível: a do “O Corpo Fala”. É simples. Zuzu sabe que toda mulher moderna exige muito de si própria. Querem ser perfeitas no trabalho, em casa, no relacionamento. Então, para chegar naquela etapa em que a moça libera o beijo e, depois, algo mais, ele ataca:

- Você está um pouco tensa...sabe o que eu acho? Que você é uma mulher que se cobra demais.

Encantada com a aguçada percepção do moço de 23 anos, publicitário, capricorniano, 1,80 de altura, a moça se derrete e diz:

- Como você saaaaabe?

E ele complementa com a parte matadora.

- Tem um livro fantástico chamado “O Corpo Fala” que diz muito sobre o que uma pessoa é através da sua comunicação corporal...e o que seu corpo está me dizendo é que...

...Pa-pum! E Zuzu, o psicólogo da night, devora mais uma. Ou mais uma se apaixona por ele.

No fundo Zuzu se acha um romântico. Só que como passou quase seis anos de sua curta vida namorando, sabe que agora é hora de espalhar esse romantismo pelo mundo.

Justo.

O xaveco parece furado. Mas, meninas, eu vi! Num é que funciona mesmo?

Débora – A Descasada

ps: tava me esquecendo de dizer que o menino faz uma caipiroska de abacaxi sensacional!

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O dia do saci

Uma carioca sair num bloco de São Paulo, em plena terça-feira gorda, soa quase a ver um saci saracoteando no meio da rua. Quem vir o espoleta do cachimbo por aí, por favor, avise, porque a carioca quer saber. Chamava "Agora, vai!". Isso, o tal bloco... Convidada por uma amiga, lá fui eu. Não que seja grande fã de Carnaval, mas blocos é algo que curto.

No Rio, eles já são tradição multiplicada por mil. Alguns saem tão cedo por lá que nunca fui. Tentei várias vezes, mas acordar 7h30 da manhã pra sair num bloco não dá... O "Agora, vai!" tinha horário convidativo, 18h. E logo descobri o porquê do nome, levou horas para a massa de gente dar o primeiro passo.

A marchinha deste ano era sobre enchentes, nada mais "em casa" para quem vive em São Paulo. Uma das frases falava em "gases poluentes". Complexo para uma singela musiquinha de bloco. Ah, sim, e não havia onomatopéias de qualquer espécie na canção. Ou você aprendia a letra ou ficava perdido no coro. Hoje entendo a função melodiosa de um "aláláô, eô". É o oásis de quem não tem saco para aprender a música, ou não sabe mesmo. O "aê, aê, aê, ê, ê...ôôôôô" significa inclusão social. Os paulistanos ainda tem muito o que aprender com a Bahia neste aspecto.

O trajeto incluía a subida no Minhocão, um viaduto tenebroso que acabou com a privacidade de vários moradores das rendondezes. Dias depois, vi o local totalmente alagado pela televisão. Carnaval é sabedoria popular.

Havia um grupo de amigos que saiu com um saco de pão na cabeça. Em quantas situações embaraçosas já tive vontade de fazer isso. E olha que não era Carnaval. Mas a estrela deste bloco foi um sujeito vestido de mulher que ostentava a faixa Rainha da Putaria.

Não sei se ele tem namorada, mas quase peguei o telefone do sujeito. Pena que sumiu possuído por algum espírito carnavalesco, nem foto da criatura eu consegui tirar.

Mesmo com toda aquela maquiagem na cara, o rapaz era um gato. E que pernas! Bobo que não é, usava um sapato de salto anabela. Melhorou o equilíbrio, mas não o impediu de cair sentado ao descer uma escadaria sambando. A Rainha da Putaria tinha barba. As bochechas estavam borradas de blush, o batom passava longe do limite dos lábios em vários momentos, e a cabeleira era uma peruca negra a la Perla...

Aos leitores com menos de 30 anos, Perla era uma cantora latina bem baixinha, que tinha um cabelão praticamente do seu tamanho e cantava no programa Silvio Santos, lá pelo final dos anos 70, início dos 80. Bom, mas isso já é outra história que pode virar marchinha de Carnaval.

Giovana - A Solteira

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Viver o presente


“Mas perguntado se tinha saudades de sua terra, não apenas diz que lhe é proibido retornar, como decidiu que tem que viver o presente, que ficar preso ao passado é algo daninho. E acrescenta que quem lhe ensinou isso foi uma mulher que mudou sua vida. Ele vive só o presente.

Há sempre uma mulher mudando a vida da gente”.

O trecho acima foi extraído do livro Perdidos na Toscana, de Affonso Romano de Sant’Anna, que ganhei de presente da minha amiga Adri, de aniversário. Uma lembrança da nossa saga pelo interior da Itália no ano passado. Li ontem e achei tão fofo que quis dividir com vocês. Linda essa ideia de viver o presente. Lindo dois homens admitirem que uma mulher mudou suas vidas.

Pois vivamos o hoje. E deixemos que boas pessoas transformem os nossos rumos sim.

Beijos,


Isabela – A Divorciada

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Em defesa das loiras


Pesquisa feita pela Phillips e divulgada essa semana indica que 60% dos homens preferem casar com morenas. Para os 1,5 mil entrevistados no levantamento, as loiras são menos “confiáveis”. Tem mais: segundo a metade dos rapazes ouvidos, mulheres de cabelo claro são mais adequadas para relacionamentos casuais.

Gente, era só o que faltava, né? Já não basta o estereótipo de burra? Para que tamanho massacre? Estamos falando de mulheres, não de seres classificáveis por uma dada característica física. Nunca tingi o cabelo de loiro, mas gosto quando o meu cabeleireiro deixa uns reflexos mais claros aqui e ali sempre que renova a tintura. Não encarei as luzes californianas que ele me ofereceu muito no ano passado, mas acho divertido ser um pouquinho loira num fiozinho ou outro.

Assim, apesar de querer nascer ruiva na próxima encarnação (como elas são lindas, não?), essa Divorciada aqui repudia qualquer forma de preconceito contra as loirudas. E deseja um ótimo finde para mulheres de todos os tons de cabelo. Especialmente para as “galegas”, como a gente diz lá no Nordeste.

Beijos,

Isabela – A Divorciada

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A carnavalesca apaixonada

OK, OK, a folia acabou. Mas a história da minha amiga e super companheira de viagem Adri é boa e merece ser contada mesmo após a Quarta-Feira de Cinzas. Uma história de amor que começou num baile de Carnaval........Deixo que ela explique tudo procês.


Beijão, Adri. Vida longa a esse namoro!!!!!


Isabela - A Divorciada



Certamente foi o melhor baile de Carnaval da minha vida. Eu estava solteira, minha prima me convidou para ir a um baile de grito de Carnaval lá no clube em que ela é sócia. Haveria uma mesa reservada, minha prima, o marido dela, minha irmã, o meu futuro cunhado e marchinhas. Por que não ir? Por que seria uma vela dupla? Tentei arrebanhar algumas amigas, mas, tudo bem, eu queria me divertir!

Pulei, cantei, dancei, corri, joguei confete e serpentina. Lá pela metade do baile, reparei em um moço com cabelo meio encaracolado fotografando a festa. Achei o rapaz um charme. Estava em uma mesa próxima da nossa. Continuei a dançar, a pular, mas agora só olhando para aquele lado do salão. Ele também dava algumas olhadas, mas timidamente. E fomos assim até quase o fim do baile, quando ele se aproximou e tirou uma foto da minha turma.

Meu cunhado e meu primo estavam para lá de Bagdá após beberem uma garafa de uísque. O primeiro já havia se infiltrado no grupo dos que participavam de um concurso de melhor fantasia. Ele, de bermuda e camiseta, queria ganhar o troféu. Para ajudá-lo a conquistar o prêmio, eu e o meu primo gritávamos: "É o normal (fantasia de gente normal)!". Ele pulava de um lado para o outro para chamar a atenção entre os concorrentes, mas só ganhou vaias. Só nos restou dançar e pular.


Um pouco depois, o fotógrafo charmoso se aproximou e pediu para tirar uma foto nossa. Lógico que deixamos. Depois, ele pediu para tirar uma sozinha minha e... claro, puxei papo. Descobri que trabalhava no departamento de marketing do clube e continuamos conversando. Os foliões indo embora, a minha irmã e minha prima com sono e nós dois no maior papo. Até que o meu primo, encostou e comentou. "Ei, beija logo ela, que as meninas querem ir embora. Ela é facinho."


Foi um beijo delicioso, que me encantou. E só me fez querer mais. Tanto é que neste ano teve repeteco, mas no próprio sábado de Carnaval. Desta vez com as minhas duas irmãs e os cunhados, meus pais, a mãe dele e o namorado. Faltou apenas o meu primo, que deu o ponta pé inicial desse namoro maravilhoso. Ah! Neste ano, o meu cunhado tentou ganhar o prêmio de melhor fantasia, mas foi ignorado (tem até registro em foto). No entanto, ficamos em segundo lugar como melhor bloco.



Adriana - A Carnavalesca Apaixonada

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Quer dar porrada?

Brincadeirinha! Mas se quiser fazer um curso supimpa de defesa pessoal, clique aqui.

O próximo curso de defesa pessoal feminina acontece no dia 21 de Março. E, garanto para vocês, o instrutor é o melhor de todos!!! =D

(Mais um momento "propaganda no blog" e "serviço de utilidade pública para a mulherada")

beijocas e boa quinta

Deb - A Descasada

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A odisséia de Ana

Essa é a história da mãe de uma leitora super querida do blog. Quis dividir com vocês por se tratar de um exemplo de como tudo na vida acontece. E, principalmente para os divorciados como eu, uma prova de como o segundo casamento pode ser especial, melhor do que o primeiro, por que não? Sigamos em frente.


Ana (nome fictício) enfrentou uma separação difícil: foi traída pelo marido com a babá de seus filhos, com quem, aliás, ele se casou logo depois. Precisa dizer o quanto ela sofreu com isso? Pois bem, o tempo passou, ela mudou de emprego e, nessas, conheceu Álvaro. Não demorou muito para as afinidades aparecerem. E a atração também. Acontece que Álvaro era casado.....E, por isso mesmo, demorou para admitir o fim daquela relação e assumir seu amor por Ana. Quando finalmente se decidiu, descobriu que sua mulher estava grávida e optou por ficar com a família. Ana sentiu muitíssimo, mas, claro, respeitou aquela resolução. Relações rompidas, o casal se afastou. Até que, dois anos depois, Álvaro bateu na porta de Ana. Estão juntos até hoje, cinco anos depois do rompimento.


Juntos e felizes, eles cuidam da casa e da família. Para as duas filhas dela, ele é como um pai dedicado e amoroso. Um padrasto gente boa que, todo sábado, aumenta o volume do som e dança com a mãe delas até de noitinha. Um homem que fica agoniado quando chega em casa e não vê a mulher. Tem ciúmes dela. E ela dele. Enfrentaram muitas barreiras para chegar onde chegaram. E sabem que não conseguem mais viver separados.


Um beijo para esse casal. E para a leitora querida que me contou essa odisséia. Que sejam todos muito felizes.


Isabela - A Divorciada

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Uno e o jogo da vida

Nesse carnaval eu fiz de tudo o que eu gosto: bebi, dancei hits do Carnaval de 1914 como a “Dança da Manivela”, não vi desfile na TV, tomei sol, entrei na piscina e li bastante. Até sair no bloco maaaais empolgado de Conchas, o Kaveira, eu saí – e fazendo parzinho com a prima nos chifrinhos e no tridente. Mas a grande novidade mesmo foi que eu aprendi a jogar Uno. Alguém aí já jogou? Parece um jogo besta, que não exige nenhuma grande habilidade com as cartas. Tão besta que a gente começou a jogar às 15h e só terminamos 22h. Viciante.

O jogo consiste em se livrar das cartas. Os jogadores começam com sete e quando sobra uma gritam “UNOOOO”. Coisa que eu aprendi pela “dor” já que me esqueci de dizer e fui obrigada a comprar mais duas cartas. Em um primeiro momento parece que é só uma questão de sorte. Você tem as melhores cartas, os outros só baixam as cores que você tem em mãos e – voilá – você ganha. Depois de jogar 32 partidas eu fui percebendo que tem sim toda uma estratégia. Você segura uma carta para um momento melhor, você descarta uma boa antes da hora para se antecipar e por aí vai.

Só que aí...bem, aí sim entra o fator sorte – o destino. Você pode até tentar conduzir o jogo, manipular, espiar as cartas do vizinho, blefar, pedir uma cor querendo a outra e, ao final, quando só te resta uma carta, se ver obrigado a comprar meia dúzia de cartas e ver tudo recomeçar.

Uno é mesmo como a vida. A gente até acha que tem o controle sobre tudo. Mas quem dá as cartas mesmo é o destino.

Débora - A Descasada

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Eu e a Sapucaí


Aconteceu em 2003. Sem planos para o Carnaval, fui convidada por uma amiga para ir para o Rio. E desfilar na Sapucaí. Como assim, desfilar, planejando tudo a menos de um mês da festa? Nunca achei que fosse possível, mas foi só comprar a fantasia numa das alas ainda não preenchidas na Tradição, simples assim. E lá fomos nós, num grupo de quatro desbravadoras do mais famoso endereço do samba do país.

Para mim, a cidade maravilhosa tem sempre clima de festa. Uma sensação que triplica nos dias de Momo. Nas ruas, o zunzum é geral, com bares e restaurantes lotados de cariocas e turistas, isso para não falar da praia. À tardinha, a caminho do metrô, passageiros fantasiados, levando os acessórios para o desfile debaixo do braço, são quase maioria. E conversam muito entre si, em papos que começam sempre com "Qual é a sua escola?". Um clima bom, de simpatia, que eu nunca vi nem em cidade do interior.

E a Sapucaí? Na concentração, para a minha total surpresa, o ambiente é praticamente familiar. Mulheres lindas, seminuas, para lá e para cá? Ainda não, elas usam roupão até a última hora. E eu não vi ninguém sequer dando cantada ou olhando demais. Isso para não falar que por ali também circulam crianças, idosos, estrangeiros ansiosos para a festa começar. E ela começa ao primeiro sinal da bateria. Nunca ouvi nada mais arrepiante na vida.

Próximo passo, a avenida. A Sapucaí nem é tão grande assim, mas suas luzes fazem da experiência de atravessar aqueles 650 metros de pista uma experiência especial. É como se todos os brilhos, aplausos e sorrisos nas arquibancadas e camarotes fossem só para você. E são. Tanto que ficarão guardados, para sempre, na ala do coração dedicada aos grandes carnavais.


Salve o Rio de Janeiro. Ótimo Carnaval procês.


Beijos,


Isabela - A Divorciada

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Histórias de Carnaval

Qual a sua melhor história de Carnaval? Pode ser de amor, de farra, de causação!!!!!

Seja como for, pode dividir com a gente. Publicaremos nos próximos dias. É só escrever para o 3xtrinta@gmail.com

Beijos, com votos de uma ótima folia para todos vocês,

O Trio

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A força de uma micro-paixão

Eu discordo desse papo de que um amor perdido só se cura com um novo. Amor é amor. E sendo único, tem o tempo certo para ser esquecido. Só que enquanto ele não vai embora, é bom que se viva a vida. A não ser que você seja masoquista e curta sofrer o máximo de tempo possível. Num primeiro momento, beijar uma outra boca que não é aquela desejada é um tanto sem graça. Você abre os olhos e se dá conta de que não adianta imaginar nada, não é ele quem está ali.

Passada essa primeira fase, vem a que eu mais gosto: a das micro-paixões. É quando você beija uma outra boca e diz a si mesma “Opa! Isso é bom”. E, quando abre os olhos, reafirma: “Oh, isso é mesmo bom!”. E se o beijo for apaixonante, o papo ajudar, o olho brilhar e a serotonina correr solta, dá para ir um pouco mais além. E terminar a noite com a certeza de que aquele homem é o homem da sua vida! Naquela noite.

Vitória! Você não pensou mais no falecido enquanto beijava ou transava com outro. Esse homem que te fez esquecer o amor da sua vida ao menos por uma noite merece um lugar de destaque na galeria dos notáveis. E assim a vida segue. O amor continua lá. Mas, a cada dia e a cada beijo, cada vez mais distante. Até virar uma imagem esfumaçada e sumir de vez com o tempo.

Débora - A Descasada

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De qualquer idade

Ela devia ser cinquentona. Magra, alta, loira, pele boa. Bonita, era a primeira a chegar na aula de ginástica localizada, aquela que fazia todos os exercícios até o fim, sem enrolação. Seria um exemplo de mulher para todas nós se eu não tivesse visto o que ela fez naquele dia, no final da malhação. Admirando o próprio corpo diante do espelho, ela deu um tapinha na bunda e disse: "agora eu quero ver ele me trocar por duas de vinte".

Tinha eu 14 anos de idade quando presenciei a cena. Lembro-me dessa mulher até hoje, como um símbolo da opressão da ditadura da magreza e do machismo, dois fardos a que nós mesmas nos submetemos muitas vezes. Quer dizer que ela se dedicava tanto à ginástica principalmente por medo de ser trocada? E não pelo prazer de ser tão bem cuidada e bonita? Não para ser saudável?

Pouco tempo depois, vi uma foto dela com o marido, numa coluna social da Gazeta de Alagoas, de Maceió. Um senhor comum, nem bonito era, tenho certeza de que não estava matriculado em nenhuma academia. E ela ali, entregando a autoestima baixa naquele comentário. Ao me deparar com aquela foto, deu vontade de abordar aquela mulher e dizer para ela deixar de ser besta. Se ele a trocasse, quem arrumava fácil dois namorados, e de qualquer idade, era ela.

Isabela - A Divorciada

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A sogra

"Que raios uma solteira pode falar sobre sogras".... Ué, solterice não é sinônimo de imunidade a essas figuras tão marcantes. Afinal, algumas já passaram pela sua vida quando se tem mais de 30. Se você vive um momento "com sogra", já prestou atenção nela? Esta mãe postiça pode ser a senha do seu futuro. Eu sou você amanhã, sabem? Olhe para ela e tire algumas conclusões sobre quem você tem ao lado...

Às mulheres, sua sogra é uma segunda mãe e concorrente ao mesmo tempo. Aliás, sogra é mãe em primeiro lugar e você, querida, ocupa lugar de destaque no coração do filhinho. Para algumas isso é quase um sacrilégio, sofrido em silêncio e adicionado de boa dose de culpa. Um dilema existencial. Portanto, se sua sogrinha não faz o tipo megera, cuidado para não ferir seus sentimentos com tamanha gana de mulher independente. Ela sempre vai achar que você deveria dar uma passadinha na camisa do filhote; o dela, claro. Ou fazer um almocinho. Não por prazer, por obrigação mesmo...

E que tal uma tragédia de proporções titânicas, como o fim do seu casamento? O sinal disto pode ser um singelo domingo atípico, provocado por algum compromisso de trabalho que te fez sair de casa cedo, enquanto o queridão dormia igual criança. Ela não vai entender essa nova dinâmica de um casal e pensará bobagem.

Aos homens, a sogra é, em muitos casos, uma cartomante ambulante. Quando diante de uma dessas com habilidades mediúnicas, muita atenção: ela diz o tempo todo como será o seu futuro, basta ler nas entrelinhas. Nestes casos, não adianta a tática da distância segura; nem tão longe para ir de mala, nem tão perto para te alcançar a pé. Ela é o seu amor amanhã, comprovado em carne e osso. Vai encarar?

Às vezes, elas mostram que vale a pena assumir os riscos em ambos os casos. Tomara que seja o seu.

Giovana - A Solteira

PS: escrevendo este post, me lembrei do filme Mamãe é de Morte (Serial Mom). Humor negro dos bons! Na ilustra, Kathleen Turner, a mamãe que não deixava barato no filme.

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É dos coxinhas que ela gosta mais!

“Porra, Dé! Até nessa festa cheia de descolados, com cabelo desgrenhado e estilos dos mais alternativos, você mira no único coxinha do recinto?”

É verdade, eu adoro um coxinha. Preciso confessar. Sabe como é o homem-coxinha? Aquele tipinho arrumadinho, engomadinho, topetinho com gel, camisa Lacoste para dentro da calça e Nerd nas alturas! O coxinha, ao contrário do Mauricinho, não é playboy, não gosta de carrão e de loiraças, nada disso. É só um nerdinho, certinho e, no geral, muito ligado à tecnologia. Sempre inteligente e um pouco tímido. E, via de regra, adora fingir que não é tão certinho assim. Gosta de dizer que tem algum vício muito estranho ou uma atividade pouco convencional só para deixar claro que não caminha com as massas.

E eu, depois de 15 anos de vida amorosa, cheguei à brilhante conclusão que é desse tipo que eu gosto. Fui casada com um jornalista, é verdade. Mas tive a manha de me casar com o mais coxinha dos jornalistas. Como dizia meu cunhado (também da categoria coxa, mas um pouco diferente): Parece que a avó dele que penteia o cabelo dele, né?

Meus amigos têm me massacrado por causa dessa minha obsessão pelo tipo. Acham que está na hora de eu tentar algo diferente: um alternativo, um intelectual (detesto!), um aventureiro (não tenho fôlego!), um canalhão. Mas não adianta vir com empadinha para mim, nem esfiha, nem pastel (afe!) – é coxinha que eu quero comer.

Acho que gosto de um homem-coxinha porque curto dar uma desarrumada naquele cabelo certinho, uma amassada naquela camisa impecavelmente passada. Gosto de colocar um pouco de caos nessas vidas tão alinhadinhas.

E, cá entre nós, quando a gente descobre do que a gente gosta, fica tudo mais fácil.

Em tempo: dei umas bitocas no único coxinha da festa, claro.

Débora – A Descasada

ps: achei esse texto muito bom sobre homem-coxinha!

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O falso retorno

Queridas e queridos leitores,

preciso de sua ajuda! Estou fazendo duas matérias para uma revista feminina e procuro gente que tope falar sobre os seguintes temas:

- O falso retorno: quando o ex volta cheio de amor para dar e grandes promessas de que "agora vai" e, passadas algumas semanas ou até meses, termina de novo. Preciso de mulheres que tenham passado por essa situação e de homens que tenham feito isso com suas ex. Tem que topar falar e mostrar a cara (só as mulheres serão fotogradas). E tem que ter entre 20 e 35 anos. Alguém se habilita?

- Final não tão feliz: quando o casamento de papel passado parece não trazer lá muita sorte ao casal e este se separa poucos meses depois do casório. Conhece alguém que conhece alguém que tenha passado por isso?

Quem topar, please, me mande um e-mail no maquinacao1@hotmail.com

Obrigada!

Débora - A Descasada

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A taxista e o meu esmalte

Nas próximas linhas, um diálogo que tive, na semana passada, com uma taxista gente boa chamada Helena. A conversa começa no exato momento em que cheguei ao meu destino, quando a motorista parou o carro.


- Posso te pedir um super favor, aproveitando que você é mulher? Estou com o esmalte descascando em duas unhas e quero morrer quando isso acontece. Será que você pode retocar para mim?


- Claro, inclusive eu já fui manicure, sabia? Passa o esmalte.


- Ai que ótimo, obrigada. Você não imagina como eu fico incomodada quando isso acontece.


- (Risos) Eu tô achando engraçado porque, em 15 anos rodando com o táxi, você foi a única passageira que me pediu uma coisa assim, diferente.


- Obrigada de novo, viu? Hoje eu realmente entrei no táxi certo. Até a próxima.


- Obrigada você, tchau.


Bom domingo e boa semana, gente. E que só pessoas simpáticas como a Helena cruzem o caminho de vocês.


Beijos,


Isabela - A Divorciada

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O kit completo

O texto de hoje foi escrito por uma leitora fofa, chamada Evelin. Uma querida que mora em Belém, no Pará, terra que eu sou louca para conhecer. Abaixo, ela discute os nossos mil papéis. E as escolhas que fazemos na vida.

Obrigada, baby. Por ser nossa leitora e por ter escrito para a gente. Aproveite Belém por mim!!!!

Beijão,

Isabela - A Divorciada

Hoje, a mulher tem que ser um kit completo: boa mãe, boa esposa, boa dona de casa, boa profissional, boa de cama e boa de corpo - estar em forma. Uma amiga casada, que tem um relacionamento estável há 16 anos, disse que, se não for assim, “ele escolhe outra”. Quer dizer, tudo isso para que o cara não pular fora... Somos cada vez mais independentes, mas não independemos de um companheiro que, na maioria das vezes, só vem para aumentar as nossas responsabilidades.

Existe uma frase muito interessante daquele filme, O Diabo Veste Prada: “me avise quando sua vida pessoal estiver pegando fogo, significa que você será promovida!” Ora, não dá para ser 100% em tudo. Mas, se não for assim, a mulher “está fora do mercado”, pelo menos para ser casada, pois no mercado mesmo, o que importa é sua produtividade. E nada mais!

Algumas situações: tive uma amiga de trabalho que era mãe solteira. Toda vez que a filhinha dela, de 8 anos, ligava com febre, ela saia correndo da empresa. Podia ter sido demitida por se ausentar muito e/ou faltar o trabalho. O outro caso envolve uma amiga de faculdade, casada e com dois filhos. Certa vez, estávamos na sala aguardando a aula, íamos apresentar um trabalho. O marido liga para ela dizendo que a filhinha deles estava com muita febre e que ele não sabia o que fazer. Sorte a dela que esse trabalho foi passado por uma professora, que disse: “entendo porque sou mãe também”, deixando ela resolver isso depois. Por fim, outra amiga, saindo de casa para o trabalho, disse ao marido que desse a mamadeira às 16h para a bebê deles. Quando voltou, encontrou a filha no colo do pai, angustiada de tanto calor, e perguntou: “porque não deste banho nela?”. Adivinhem a resposta: "Você disse somente para dar a mamadeira!”

Sabemos que a participação das mulheres na política ainda não é muito expressiva. Seria pedir muito que vida política entrasse no kit? Acho que sim. Ou você é política ou “mulher kit”. Mas essa movimentação ia fazer grande diferença na sociedade, não acham? Poderíamos participar mais da elaboração e aprovação das leis que definem a sociedade. Veja a questão do aborto. Homens dizem não. Mas as mulheres dizem sim! Juntando aquelas que já fizeram pelo menos uma vez, dá para formar uma nação!

Eu mesma tenho o sonho de ser prefeita da minha cidade, mas o de ser mãe é muito maior. Muitas dirão: dá! Mas eu sei que não, pois falharei como mãe, isso não tenho dúvida. Trata-se de uma escolha, mesmo que eu saiba que, enquanto optarmos pela família prioritariamente, a sociedade brasileira, criada pelos homens, continuará do jeito que está.

Evelin

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Não sob o mesmo teto

Um comentário da nossa queridíssima leitora Nina no post Esperando o homem perfeito me fez pensar sobre um ponto além de como escolhemos os nossos pares. Ou melhor, me fez refletir sobre o que devemos fazer com eles: casar ou não casar, eis a questão. Segundo Nina, com quem eu concordo plenamente, existem vários arranjos possíveis no campo amoroso, sendo o casamento apenas um deles. É verdade, a vida pode sim ser uma delícia se a gente namora eternamente, cada um no seu espaço, com a sua casa, as suas coisas, o seu mundo em paralelo à rotina comum. Como costuma dizer a minha amiga Erilene, não existe nada melhor do que namorar. Mas, como isso se dá na prática? Vocês conhecem experiências bacanas assim?

Lembro da história da filha de uma senhora que fazia espanhol comigo no Recife. Uma mulher que namorava há 18 anos o mesmo cara e tinha com ele uma relação de casada, mas sem morar junto. Um namoro longevo, digamos assim. E feliz. Lembro que esse relato me chamou muito a atenção, mas também me deixou curiosa: nunca deu vontade de dividir o mesmo teto? E se eles quisessem comprar uma TV de plasma, daquelas lindonas, para ver filmes juntos, onde ia ficar? Não dá trabalho dividir as roupas entre a casa dela e a dele? E se ela acordasse com vontade de usar aquela saia roxa com o sapato vermelho, sendo que esse ficou na outra residência? Será que, em nenhum momento da relação, nenhuma das partes fez cobranças a respeito?

Não reparem que eu sonhe com uma vida a dois que inclua um endereço apenas. A felicidade vem de vários jeitos, eu sei. E tenho toda a admiração pelos espíritos livres que sabem amar acima de qualquer convenção. Só queria entender melhor como funciona. Vocês me explicam?


Beijão e um ótimo final de semana para todo mundo,


Isabela - A Divorciada

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Sobre mulheres-maravilha

Outro dia, num compromisso de trabalho, esbarrei numa pessoa que conheceu Gisele Bündchen ainda no começo da carreira. Elogios não faltaram quanto ao profissionalismo da garota que, além de linda, parecia saber o que queria - e o que estava fazendo - desde cedo. Ponto pra ela!

Gisele criou um estilo próprio de entrar na passarela. Deu tão certo que, até hoje, muitas tentam imitar em vão. Não adianta. Carisma e beleza juntos, num mesmo pacotinho, é coisa rara. Adicionados de disciplina estóica para o trabalho então, nossa, aí é praticamente um fenônemo da natureza. Bem, esta é outra forma como muitos se referem à top...

Não feliz de carregar tantos atributos, eis que o nosso orgulho nacional no mundo fashion surge linda, maravilhosa e magra para sua primeira entrevista depois de dar à luz ao seu primeiro filho. Pelas minhas contas, o papo foi realizado pouco mais de um mês depois de ter o bebê. Uma recuperação rápida e o corpo enxuto em tempo recorde não são exclusividade da modelo. Muitas mulheres também já retomaram a antiga forma rapidamente depois da gestação. Tudo bem que não voltaram à ativa no jet set da moda.... Aí também já é outra história.

Mas, como não bastasse ser linda, talentosa e bem sucedida, Gisele conta no tal bate-papo que teve seu filho dentro da banheira de casa, de parto normal. Disse que precisava estar ciente de tudo o que lhe acontecia, por isso, a escolha tão natural de receber o filho no mundo. Já vi parto nestas condições. Não ao vivo e, sinceramente, não desejo isso para ninguém que não esteja no papel de protagonista desta situação. Só mãe gosta disso. Tem algumas que ainda pedem para o coitado do pai acompanhar. Que aflição! Esta parte da entrevista da Gisele eu não lembro, acho que a minha memória me poupou este detalhe, ufa...

Sei lá, nestas horas me lembro da Madonna. Patinho feito, dente separado, começo de carreira claudicante, voz medíocre, filhos depois dos 36 anos, muita malhação para ficar perfeita. Mesmo assim, esta criatura é o que é. E, melhor de tudo, não fazemos a menor ideia como ela teve seus filhos. Eles nasceram, e pronto. Sim, porque se a Madonna teve seus filhos igual a Gisele, o que nos resta? Melhor não saber...


Gisele, tá bom...

Giovana - A Solteira

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Esperando o abraço perfeito – parte II

Conforme prometido, destaco aqui a frase de um dos personagens citados no livro “Diferentes formas de amar”. A autora do livro, Susana Balán, o descreve como um sociólogo francês trintão. E diz que ele é um típico “sincrético afetivo”. Ele confessou a psicóloga o que espera do amor:

“(...) um jogo de adultos, entre adultos, em um terreno bem diferente, em outra escala temporal, uma de tempo contínuo em lugar de estático. Um jogo a construir, um jogo profundo entre gente disposta a reconhecer-se entre si, a aventurar-se, a desnudar as almas, a experimentar viver a fundo. Um jogo maravilhoso, único. Difícil encontrar a contrapartida. Muitos nunca a encontram. Encontram substitutos. Personagens semelhantes, mas sem gosto nem sabor.”

Parece algo irreal. Mas quem já experimentou um abraço desses, mesmo que por pouco tempo ou por tempo insuficiente, sabe que isso existe. E fica sempre aquela sensação boa de que pode a vir acontecer de novo – e, quem sabe, dessa vez para valer.

Débora - A Descasada

ps: deixo aqui os parabéns para meu querido ex, Charlie, que foi meu abraço perfeito durante muitos anos =D, feliz aniversário!

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Esperando o abraço perfeito

Me permitam um contraponto ao post da Bela, Esperando o homem perfeito. Terminei a leitura de um livro, desses que caem em nossas mãos na hora certa, e passei a entender melhor a mim mesma e a muitas amigas minhas. Segundo a autora do livro “Diferentes formas de amar”, a psicóloga argentina Susana Balán, as mulheres nascidas nos anos 70 (nós, trintonas!) somos, salvo exceções, filhas de mulheres que descobriram o mundo do poder ao explorarem o universo profissional. Elas, por sua vez, são filhas de mulheres que se anularam em nome da família. E nós, somos resultado disso tudo.

Assim sendo, somos complexas e confusas afetivamente. Tememos ser só más ou só boas, tememos parecer fracas quando dizemos “te amo”, mas morremos de medo de nunca dizer “te amo” de verdade. E esperamos nada mais nada menos que um amor que seja verdadeiro, inteiro e cujo abraço seja aquele que se encaixa nos nossos braços. Essas mulheres, que Susana chama de “sincréticas afetivas”, buscam sim um amor para toda a vida, mas se esse amor virar algo burocrático e tedioso, não temem dispensá-lo. Essas mulheres querem alguém que dance com elas. Não querem admirar ou ser admiradas. Querem um homem que seja protagonista com elas. Não buscam o pai perfeito dos filhos, o príncipe encantado padrão-global de beleza ou o poderoso. Mas tampouco se conformam com qualquer sapinho gentil. Não mendigam amor.

O problema, segundo Susana, é que até entenderem isso e até se entenderem como complexas, as sincréticas afetivas vivem os “amores partidos”, “amores inconvenientes”, entre outros. Os “partidos” são aqueles um tanto pela metade, no qual há desequilíbrio, quando só um ama ou quando só um se esforça para dar certo. É o famoso “não tem tu, vai tu mesmo”. O famoso amor do medo de ficar sozinha. Já os amores inconvenientes são aqueles que elas sabem que não vai dar certo – ou porque o homem é casado, drogado, alcoólatra, desempregado convicto e outros do gênero. Nesse tipo de amor, a sincrética afetiva se entrega. Se apaixona e ama sem medo de temer parecer fraca porque sabe que é um amor que acaba logo.

Quando as sincréticas afetivas finalmente se entendem e percebem que tudo bem ser assim, param de buscar o “homem perfeito”. Mas não param de buscar o abraço perfeito – perfeito para elas. No geral, de acordo com a autora, elas encontram esse abraço nos homens que também são sincréticos afetivos. Susana diz que muitos homens da nossa geração também são assim. Só que disfarçam porque foram criados para ser aquilo que se espera de um homem: socialmente forte. E homem que busca “abraço perfeito” não se mostra forte. Então, queridas amigas, eles estão por aí disfarçados de fortes, mas também sedentos pelo abraço perfeito.

Queria colocar aqui uma frase linda de um dos personagens do livro ouvido pela psicóloga. Mas como esse post já ficou deveras grande, deixo esse adendo para o “Esperando o abraço perfeito – parte II”. Termino apenas dizendo que a autora compara esse amor que as sincréticas afetivas buscam com o tango. O nome do livro em espanhol, aliás, é “El abrazo preciso – dos para el tango”.

Débora - A Descasada

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Ambição de Barbie

Loira, alta, magra, tipo modelo. Os olhos são de um azul piscina translúcido e o sobrenome, bem, o tal sobrenome era um daqueles com mais de três sílabas, italiano, e cheio de letras dobradas. Namorada de um piloto de corrida, a bonitona é o destaque das festas e tem um álbum coalhado de cliques, sempre ao lado do às do volante, em todos os cenários possíveis e imagináveis. Savanas, montanhas nevadas, rios selvagens, cachoeiras paradisíacas. Pense num destino, e o casal já esteve lá.

"Pôxa, que bacana essa foto, onde é?", pergunto. Logo soube que é numa cidadezinha cravada nas montanhas austríacas, cenário de uma foto dos dois; bem sorridentes enquanto curtem a alta estação da neve no hemisfério norte.

"Como ela chama mesmo?", continuo o inquérito, e descubro o tal sobrenome de mais de quatro sílabas. "Faz o quê, é modelo?", arrisco. Não, não é....

Fico intrigada.... "Mas o quê essa moça faz da vida?". A resposta não poderia ser mais surrealista. Resumindo, a loira, alta, magra, tipo modelo tem como profissão namorar o tal piloto. Sua agenda é estar perfeita para frequentar as melhores festas, cuidar dos compromissos dele para que as viagens e as responsabilidades profissionais do campeão jamais se interceptem, e nunca faltar a nenhuma corrida. Afinal de contas, o beijo apaixonado após cada vitória sempre rende uma boa foto.

"Mas ela só faz isso? Não é possível!", comento, totalmente impávida. Todas aquelas viagens, as festas, tudo gira em torno do tal relacionamento. Se amanhã os dois terminarem, outra loira, alta, tipo modelo irá ocupar a vaga deixada pela atual, e tudo continuará sendo a mesma coisa. Uma secretária de luxo, uma gatinha para levar a tiracolo... Uma ambição que cabe dentro do sapato da Barbie, a boneca.

"Festas, viagens, eventos....Vida boa essa, né?", comentam ao redor.

"Humm, prefiro o meu cérebro", respondo.

Giovana - A Solteira

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