Fazer regime é...


Morrer de inveja das pessoas sem coração que entram no metrô comendo churros. Meu reino por um agora, beeeeeeeem recheado de doce de leite, explodindo de açúcar...

Ser recebida com um “Oi! Uma para agora e outra para viagem?” pelas atendentes fofas do restaurante do supermercado, que agora você frequenta quase que diariamente, para tomar sopa depois do trabalho.

Quebrar a cabeça pensando em alternativas gostosas e leves para os almoços do final de semana, já que, infelizmente, não pode enfiar o pé na jaca como de costume (e como você ADORA).

Esperar ansiosamente para ouvir de Vovô Miguel: “Mas tá muito magrinha, minha filha. Você acha isso bonito, é? Engorde um pouco”. Acreditem: não tem preço.

Sair da mesa querendo mais. Muito mais!!!

Sentir o corpo mais leve. E mais saudável, trabalhando melhor, já no terceiro dia de regime. No meu caso, são três semanas de pura saúde.

Mandar torpedo para a Debs e para Guarda Belo comemorando a pesagem semanal, que até agora apontou pouco mais de dois quilos eliminados da minha silhueta. (Restam quatro, torçam por mim!!!).

Ter muita vontade de se jogar no prato das pessoas que estão comendo filé à parmegiana e batata frita no restaurante, na hora do almoço.

Sentir as roupas caindo melhor!!! E o rosto mais fino nas fotos.

Repetir para si mesma, todos os dias, que, daqui por diante, a vida vai ser um regime permanente de segunda até o almoço de sexta. Para garantir os excessos e as gostosuras do finde. Para viver com mais saúde. Para me sentir mais bonita. E mais feliz comigo mesma.

Isabela – A Divorciada

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3x30 indica: Biutiful


É um dramalhão daqueles. Um conjunto de tramas no melhor estilo 100% desgraça, vou logo avisando. Mas eu adorei. E a Debs, minha companheira de cinema na última segunda-feira, também. Segundo ela, numa observação que eu achei ótima, a gente achou Biutiful um filme “biutiful” mesmo. No sentido mais profundo da palavra.

Dirigida por Alejandro González Iñárritu, de Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, a película mostra o cotidiano dos imigrantes ilegais em Barcelona, na Espanha. E a exploração, a dureza da vida de quem vive assim, à margem da cidadania e dos direitos mais básicos.

No centro do enredo, o astro da trama, Javier Bardem, absolutamente maravilhoso e entregue ao papel de agente do submundo da ilegalidade e pai de duas crianças. Meu voto forever para o Oscar de melhor ator, quero nem saber dos outros indicados, tenho certeza de que não chegam aos pés. Numa interpretação dura, suave, firme e amorosa ao mesmo tempo, ele nos faz refletir sobre muitas coisas. Na minha opinião, principalmente sobre como o amor nos torna mais fortes.

3x30 indica, no cinema mais perto de você. Biutiful, podem acreditar.

Ótimo domingo! Besitos!

Isabela – A Divorciada

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À minha moda


Eu repito sempre esse bordão: não entendo nada de moda. E é verdade. Não me pergunte a tendência desse verão, não me dê um esmalte verde e não fique assustada se eu não reconhecer que sua bolsa é uma dessas que custam uma fortuna e é fetiche da mulherada. Eu simplesmente não sei. Acho o SPFW, que começou ontem, o máximo, adoro alguns estilistas como o Ronaldo Fraga e o Jum Nakao e sou doida por uma lojinha, como toda mulher. Mas acho um porre a afetação, o deslumbre e os preços estratosféricos que a moda internacional e brasileira lançam a cada temporada. Também acho hilário ir para Conchas e ver as mulheres de lá todas vestidas como a mocinha da novela da Globo. Tanto o super irreverente quanto o movimento de massa não me dizem respeito.

Quando morava em Moema, no entanto, descobri meu paraíso. Uma lojinha pequenina, fofa, super feminina, foi aberta ao lado da minha ex-casa. Desde então, virei cliente fixa. O forte da Siricutico são as lingeries. Mas as donas são ótimas em garimpar roupas de ateliês de todo o Brasil que são, no geral, a minha cara: roupas bem confortáveis e que vestem bem uma baixinha acima do peso, vestidos românticos, cortes irreverentes e muito alto astral. O meu ateliê preferido é o Katarina Quer Beijar (adoro esse nome!), mas gosto muito também do Zuê, de Londrina, e Sorte! Fora que as meninas que trabalham lá, Rose, Vivi e Alcione, são umas queridas!
Os preços são meio salgados para o meu budget, confesso. Se eu pudesse, comprava sempre lá. Como não posso, escolho bem as peças e deixo para comprar o resto, o básico, na Marisa mesmo (sem medo de assumir). O gostoso foi perceber que há moda além da moda da TV e da revista hype do momento. E que, com tantas opções, tem para todo gosto.

Débora - A Separada

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Ninho vazio

Está uma barra lá em casa. De repente, ninguém mais se entende e parece que nem se amam mais. Pai, mãe, irmãos, cunhadas, todo mundo se voltando contra todo mundo. Muito difícil entender, já que problema mesmo de verdade não existe. Mas cheguei a uma possível conclusão e queria compartilhar com quem já tenha passado por isso e puder me dar alguma luz.

Estou achando que meus pais estão enfrentando a tal síndrome do ninho vazio. Nem eles mesmos sabem porque de repente passaram a criticar tudo e todos em volta, como se buscassem arrumar culpados para suas angústias. Deve ser mesmo difícil para os pais perceberem que os filhos, depois que crescem e ficam independentes, deixam de levar em consideração suas opiniões e podem viver sem depender nadinha mais deles. No caso, o ninho nem está tão vazio assim, porque um irmão ainda ficou lá (o outro se casou e eu moro em outra cidade), mas ele é igualmente independente hoje nas ideias e atitudes, não admitindo que ninguém se meta em sua vida.

Quanto mais meus pais tentam impor suas ideias, mais reações negativas provocam e mais sofrem por se sentirem sem importância na vida daqueles que um dia dependiam deles até para ir ao banheiro. Acuados, atacam. E a crise se instala. Eu fiquei no meio de um furacão ao visitá-los no último final de semana. Todo mundo tem razão e todo mundo tem culpa ao mesmo tempo. Meus pais estão certos quando dizem que estão sendo ignorados em certas ocasiões ou quando impõem regras na casa por a considerarem seu território. Por outro lado, meus irmãos também têm quando tomam decisões sem consultá-los ou reclamam da intromissão excessiva em seu cotidiano.

O que fiz foi só ficar ouvindo todo mundo e tentando apaziguar, tomando o cuidado para não botar ainda mais lenha na fogueira. Mas voltei para casa triste e frustrada por deixá-los em conflito, como se estivesse virando as costas para as pessoas mais importantes da minha vida. Talvez minha única saída seja esperar que eles enxerguem que a harmonia do dia a dia tenha muito mais valor que as picuinhas. Só rezando mesmo para a paz voltar.

Patrícia - A Solteira

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O processo de separação de um solteiro

Oi pessoal,

hoje é dia de convidada especial!

beijos

O Trio



Toda solteira tem uma história parecida com a que eu vou contar agora: você conhece um cara e começam a sair. Vocês se dão super bem por alguns meses, ele te dá um fora e acaba tudo. Acertei?

Você se pergunta: o que eu fiz de errado dessa vez? Por que eu ainda insisto nisso? E, depois de muito pensar, chorar e tentar entender, conclui com a clássica frase: “Ah, não quero mais saber disso, vou continuar solteira e independente de ninguém. Que venha o próximo!”.

Acontece que toda separação é triste, mesmo que seja de um rolinho gostoso.
Muitas vezes confundimos a frustração de ter sido mandada para escanteio com o sentimento de fato. E é isso que determina se seu sofrimento irá durar meses ou algumas semanas.

Pensando nisso e com base nos últimos “tocos” que levei, resolvi analisar o processo de separação de uma solteira (que leva o fora).

Primeiros sinais: depois um mês trocando SMS, conversas longas ao telefone, MSN e jantares deliciosos, o cara começa a se ausentar. Desculpinhas como “meu celular estava sem bateria” ou “cheguei e capotei” começam a ser muito constantes. Mas você é paciente, não faz pressão, não cobra. Que ótima garota você é.

Segundo ato: a frequência com que você é solicitada por ele diminui de 5 dias por semana para 5 minutos... na semana. Você pensa “fica calma, ele vai voltar a ser como era”. Você não pressiona, mas tenta chamar a atenção do rapaz. Mandar um SMS com uma frase de caminhão que te fez lembrar dele é uma boa pedida? ERRADO! Você sabe que ele já está caindo fora e ainda assim tenta reconquistá-lo. Essa era a sua chance de dar o fora você mesma.

Terceira e última deixa: você está triste, chateada e sem saber o que fazer. Você começa a postar frases feitas e trechos de música no seu Facebook, Orkut e MSN. Ele, que não é bobo, te chama para uma conversa e fala que anda passando por uns problemas e precisa resolver sozinho. Você morre de pena, se oferece para ajudar, mas ele não quer, não precisa de você. Afinal, “não é você, é ele”.

Aí sua ficha cai e você chora, fica com raiva dele, e fuça todas as redes sociais pra saber se existe uma terceira pessoa. O rapaz continua falando com você, como se fosse um primo de longe que você nem gosta tanto, e depois de duas ou três semanas, some por completo.

É nessa hora que você conta para suas 15 melhores amigas tudo que aconteceu. Elas te deixam lá em cima e te chamam pra sair. É claro que você aceita, pois vai conhecer um novo cara e passar por tudo isso de novo.

Nessas horas é bom ser solteira, não ter que assinar papel de divórcio, nem decidir a guarda dos filhos e poder gritar: Neeeext!!!

Olívia - A Vintona Solteira

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Nunca se esqueça de quem você é

Uma amiga minha de longa data está sofrendo. Uma rejeição amorosa a tem colocado à prova. Ela chega a duvidar de si própria. Se questiona se é alguém que vale a pena. Se é alguém por quem alguém lutaria. Está se sentindo desprezada. Eu sei bem como é. Você, provavelmente, também. Eu estive nesse lugar não faz tanto tempo. Numa história bem similar à dela. E lembro de cada detalhe desse sentimento. Um coração destroçado pode fazer misérias com a mente. Eu cheguei a tal ponto em que colocava o homem por quem eu tinha me apaixonado em um pedestal. Ele era o inteligente, lindo, bem-sucedido e firme em suas decisões – afinal, não tinha me escolhido e não voltou atrás. Eu era a qualquer coisa. Uma mulher qualquer, uma amante qualquer, uma jornalista qualquer, uma trintona separada, sem filhos, qualquer. E que não conseguia ser firme: escrevia para ele toda vez que a saudade apertava, mesmo sabendo que ele já não me queria mais. Eu era a derrota em pessoa. Visitei o princípio de uma depressão ao me colocar num lugar tão baixo de uma hierarquia criada por mim mesma.

Um dia, chorando de desespero e de vergonha, peguei meu álbum de fotografias de quando eu era bebê e criança. Vi muitos sorrisos. O meu, o da minha mãe, o do meu pai. Da vovó que já morreu, da vovó que tá viva. Vi minha irmã mais velha me apertando como se eu fosse a bonequinha dela. E vi minha irmã mais nova dependurada em mim. E então, disse para mim mesma: você tem uma história, você é importante para essas pessoas, você tem uma origem. Nunca se esqueça de quem você é. A partir de então, aos pouquinhos, comecei a voltar à superfície. Hoje, olhando para trás, não sei como me deixei cair naquele buraco de tão baixa auto-estima. Mas, como tudo, foi de grande valia. Nem que seja para poder, agora, dizer isso para você: Se um dia duvidar de si próprio, pegue um álbum de fotos e reconte, em voz baixinha, sua história. Por pior que pareça a dor, nunca esqueça de quem você é.

Débora – A Separada

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3xSãoPaulo



São Paulo é o principal cenário das aventuras e desventuras destas três blogueiras aqui. A terra da Debs, a única nativa do trio, o lugar que a Pat (made in Bauru) e eu (maceionse, sim senhor) escolhemos para viver. A nossa cidade. Abaixo, numa homenagem aos 457 anos da maior metrópole brasileira, comemorados hoje, os nossos roteiros e cantinhos prediletos na capital paulista. Salve Sampa!

Isabela - A Divorciada

Sinto às vezes que soa até ofensivo para os meus amigos caiçaras que eu me sinta tão feliz morando em São Paulo e que nunca reclame dos inconvenientes da cidade. Mas é que para mim alguns transtornos são apenas detalhes diante do que ela me oferece. Gosto principalmente do "tudo junto e misturado", como um bar GLS na rua de uma igreja, um restaurante caro ao lado de uma sex shop, uma mulher fina fazendo compras na 25 de Março ou uma alfaiataria em frente ao shopping center. E me faz muito bem presenciar o inesperado, como beijos apaixonados na roleta do metrô, uma passeata na paulista, uma reportagem na Rua Ipiranga e um ensaio fotográfico no Minhocão. São só 14 meses por aqui, mas já me emociono quando desço na Estação da Luz, olho para o Edifício Itália, observo a imensidão do Ibirapuera, me deparo com a grandiosidade da Catedral da Sé ou vejo as nuvens refletidas nos prédios espelhados da Berrini. Surpreendo a mim mesma enxergando tanta beleza urbana, seja cruzando o Viaduto do Chá, caminhando pelo Anhangabaú, percorrendo as ruas agitadas da Vila Madalena e até decifrando os grafites dos muros dos cemitérios. Vejo muita coisa triste também. Muita. Mas meu amor por São Paulo já é tão grande que me flagro otimista, pensando que tudo isso logo vai passar e só a beleza irá ficar.

Patrícia – A Solteira

Tenho 31 anos de vida. Todos vividos em São Paulo. A maior parte deles passei no pacato bairro Parque Continental, coladinho em Osasco. Ali passei infância e adolescência, bem à vontade na minha rua sem saída, numa região só com casas e árvores. Não entendia bem porque as pessoas de fora achavam minha cidade insuportável. Aí, aos 23, comecei a rodar e entendi melhor a má fama. Morei com dois amigos em Pinheiros, bairro com o qual simpatizo muito. Um ano depois, fui morar numa avenida horrorosa, a Jaguaré, mas que me proporcionou ótima qualidade de vida: fiquei dois anos indo a pé para o trabalho. E então casei e virei dondoca, fui morar em Moema. Foram cinco deliciosos anos vividos ali. No processo de separação, muitas mudanças, novos bairros. Uma rápida passagem por Higienópolis, uma volta meteórica para o Continental e, atualmente, vivo no olho do furação: Praça da República. Amo o Centro de paixão. A fauna local é das mais interessantes. Mas, confesso, para a menina criada no “interior” da capital, faz falta a vida de bairro. Quem sabe minha próxima parada não é a Vila Mariana, vizinha da Bela?

Débora – A Separada

Foi em 2004 que eu, definitivamente, encontrei meu oásis paulistano. Na cidade de todas as caras e estilos, é na Vila Mariana que eu sou mais feliz. Nada contra Pinheiros e Paraíso, meus endereços anteriores, adoro ambos, aliás, mas a combinação de charme de bairro com tudo o que a gente precisa ali pertinho me fisgaram para sempre. Daqui não saio, daqui ninguém me tira. Ou dá para abrir mão do luxo das ruas arborizadas, do ‘bom dia, Bela’ do jornaleiro, da minha rua ter várias casas pequeninas, dos dez cinemas do shopping a 600 metros do prédio, do metrô que me leva para o Centro em 15 minutos, das luzes do Ipiranga que vejo na janela, do capuccino mais doce do mundo, servido na cafeteria da sala de cinema mais fofa e exclusiva do mundo, lá no Museu Lasar Segall (como se só as obras do próprio não valessem a visita....). Não tem preço o galeto do almoço de domingo sem a fila de espera típica dos restaurantes mais badalados. Nem estar a 20 minutos de caminhada do Ibirapuera e ver, quando em quando, um beija-flor sentado numa das folhas do cactus do meu irmão, na varanda. Só na Vila Mariana, só na minha Vila. Só no bairro predileto, da cidade predileta, que eu escolhi para mim.

Isabela – A Divorciada

PS: Acima, a Vila Mariana retratada por Guarda Belo, meu fotógrafo favorito. Com as nossas sombras numa das muitas caminhadas que fazemos por essas paragens.

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A incrível história de Alynne e Marcos


Alynne tinha terminado um namoro não fazia muito tempo quando conheceu Marcos num congresso em Paripueira, Litoral Norte de Alagoas, perto de Maceió. Ela psicóloga, alagoana, ele, paulista, trabalhando no estande de uma empresa no evento. A conexão foi imediata. Nos dias seguintes, conversaram, se conheceram melhor, ficaram juntos. Se despediram, afinal, ele precisava voltar para São Paulo. Nunca mais se esqueceram. Começaram um namoro à distância. Foi assim até que o ciúme lançou sua flecha preta. E eles terminaram tudo.

Passa o tempo. Sabe aquele ex-namorado, o do começo do texto, com quem ela tinha acabado? Voltou à condição de titular. E passou a ser marido pouco tempo depois. Contato com Marcos? Nunca mais, já era. Ele seguiu sua vida também, arrumou outro alguém para amar, como aconteceu com ela.

Dois anos depois, Lynne tornou-se a primeira divorciada do Comando Bob, como chamamos o nosso grupo inseparável, absoluto e maravilhoso de amigas (eu fui a segunda descasada do time). Para brindar a neo-solteirice, uma viagem a Buenos Aires com a Mel, outra Bob com B maiúsculo. Com direito a pit stop em São Paulo. Detalhe importante: ao se separar, nossa protagonista voltou a conversar com Marcos pela internet, com aquela forcinha das redes sociais. Ele estava sozinho, como ela. E nunca tinha deixado de acompanhá-la, mesmo que à distância. E em silêncio.

Pois bem: uma vez em São Paulo, ela aceitou o convite dele para jantar. Num restaurante charmoso, nos Jardins. Como diria Jade na reprise de O Clone, “maktub”, estava escrito. Nunca mais se desgrudaram. E, seis meses depois, em fevereiro de 2008, Lynne se mudava para a capital paulista.

O casamento, na linda Maceió, foi em 24 de janeiro de 2010, faz um ano hoje. Mas o presente de aniversário de casados no papel veio um pouco antes, no último dia 24 de dezembro, quando Lynne descobriu que estava grávida. Vocês acreditam nisso? Não é demais alguém saber que está esperando um bebê no Natal? Fiquei sabendo da novidade ao mandar um torpedo de Merry Christmas para ela, que já estava no aeroporto, prestes a voar para Alagoas. A resposta, com o anúncio da vinda do meu sobrinho, me fez arrepiar de emoção. E começar a chorar feito louca em plena casa da sogra. Na frente de uma tia de Guarda Belo que eu tinha acabado de conhecer. Na hora, dividi a notícia com todos, que ficaram emocionados comigo. Foi para espalhar emoção, aliás, que eu contei para vocês agora.

Parabéns, Lynne, parabéns, Marcos. Muito amor!!!

Beijos, beijos, beijos,

Isabela – A Divorciada, A Bob, A Cunhada e A Tia

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Banheiros pinks!!!


Foi a minha amiga Dora, sempre antenadíssima e chiquérrima, quem me deu a dica, ao me encaminhar uma reportagem sobre o assunto. Os banheiros pinks, meu objeto do desejo, estão na moda. E, depois de bombar nos anos 1950, voltaram com tudo nos Estados Unidos. Tanto que já existe até um site sobre o assunto: Save the Pink Bathrooms. Não é demais? Eu amei. E divido a descoberta com vocês. Com direito a curiosidades sobre os toaletes cor-de-rosa:

Vocês sabiam que o tom era o mais comum dos banheiros norte-americanos logo depois da Segunda Guerra? A estimativa é a de que no mínimo um em cada quatro ambientes do tipo eram pinks nesse período.

A ex primeira-dama dos States, Mamie Eisenhower, conhecida como “Mamie Pink”, foi a primeira famosa a divulgar o uso da cor. Ela chegou inclusive a redecorar os quartos da Casa Branca de rosa. Por conta disso, a residência presidencial passou a ser chamada, na época, de “Palácio Pink”.

Depois dos WCs, as cozinhas eram os cômodos mais escolhidos pelas donas de casa para receber a mais feminina das cores.

TUDO, né? Entre nós: espero, muito em breve, realizar o sonho do banheiro pink próprio. Conto tudo procês, torçam por mim.

Um domingo cor-de-rosa para nós todos!!!

Beijos, beijos,

Isabela – A Divorciada

PS: A foto acima foi extraída do Save the Pink Bathrooms

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3x30 indica novo blog

Pessoal,

tem blog novo na praça. O Moderno é feito pela Claudia, amiga de labuta minha e da Patrícia. Super jornalista, fashion, feminista das boas e mãe do Chicão.
Valeu a pena passar por lá =)

beijos

Deb, the Separated

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Sozinha no motel

Dizem que existe muita competição entre as mulheres. Falácia. Na minha opinião, a competição é entre todos e todas, desde que o mundo é mundo, por uma questão de sobrevivência. Sexismos à parte, quero dizer que tenho grande admiração pelas minhas amigas, que vivem me surpreendendo com o modo prático de enfrentar a vida.

No último final de semana, uma delas me contou mais uma peripécia que vale registro. Ela passava três dias em uma cidade vizinha a trabalho e acionou algumas amigas de lá para dormir na casa delas. Acontece que, na última noite, a amiga escolhida optou na última hora por sair com um casinho. Então ela, para não atrapalhar o programa, disse que iria dormir em outro lugar.

Foi então que decidiu entrar em um motel, em vez de fazer check in em hotel. Teve uma noite
maravilhosa, com ar condicionado, cama espaçosa, banho de banheira e, para completar, um super café da manhã. Chegou fresca e renovada ao trabalho. “Pra quem já teve de rachar ou até pagar motel, não senti constrangimento algum de pagar só pra mim, minha noite foi ótima”, comentou. (Mulheres, aliás, acham o fim ter que pagar motel, e normalmente nem querem ver mais a fuça do parceiro depois disso, mas isso fica para outro post).

O único mico da noite foi, ao estacionar, ficar pulando para tentar abaixar a porta da garagem, até descobrir que, para isso, bastava apertar um botão na parede. “Pô, eu nunca tinha prestado atenção nisso”, justificou.

Na hora de sair, os atendentes foram educados e agiram com naturalidade como se deve ser. Apenas perguntaram: - “Mais alguém vai sair do quarto?”. - “Não, eu vim sozinha. Quanto deu?”.

Patrícia - A Solteira

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Sobre casamento

A Fá, do A Doçura do Mundo, pediu e eu resolvi atender. Afinal, desde que me separei pela segunda vez de um mesmo homem, o blog ficou carente de uma visão fixa sobre casamento. Claro que logo, logo uma de nós três casa de novo e isso será devidamente suprido. Enquanto arroz não chove em nossas cabeças, vai aí minha breve reflexão.

Fiquei pensando sobre o que penso de casamento. E me flagrei esboçando um sorriso. É gostoso perceber que apesar de termos seguido por caminhos diferentes, tenho um carinho imenso não só pelo meu ex como também pelo que vivemos juntos. O casamento é difícil. Quando você percebe, está minando o amor com coisinhas mundanas como louça, grana e programação de fim de semana. Uma coisa é fato: nós, mulheres, cedemos muito mais. Vamos muito mais à casa da sogra, assistimos muito mais jogo de futebol com eles que eles novelas e séries americanas com a gente, lavamos MUITO mais a louça e a roupa e nos preocupamos muito mais com a casa que eles. Pode ser o casal mais moderno do mundo, sempre haverá um tiquinho de desequilíbrio.

Tem momentos, no entanto, que valem o descompasso, as briguinhas tolas, as brigas sérias e o peso silencioso da rotina. É muito bom ter alguém com quem compartilhar o dia, é muito bom ter alguém para ouvir nossas besteiras, sonhos e ideais logo no café da manhã. É maravilhoso fazer planos com alguém, mesmo que depois eles não se concretizem. É bom saber que tem alguém que está sempre pensando e se preocupando com você. É delicioso poder chorar no colo do marido tal qual criança quando tudo dá errado. É essencial ter alguém que te lembra sempre das qualidades que você esquece que tem. É gostoso sentir aquela aproximação safada e inesperada no meio da noite. A lista é imensa. E cada casamento tem as suas particularidades.

Mas acho que todos os casados, e os que já foram casados, concordam que o lado bom do casamento é essa grande parceria amorosa, esse trabalho de construção de duas vidas em um só espaço. Que é, também, bem difícil de manter. É regar plantinha todo dia. Enquanto existe amor, é uma das melhores experiências que uma pessoa pode viver.

Portanto, solteiras, não se assustem muito quando a gente começa a dizer que casar é encrenca e que a vida só piora. A gente carrega um pouco na tinta, principalmente logo depois que se separa. Mas a maior prova de que é bom é que ta cheio de reincidentes por aí. Conselho de ex-casada? Casem, casem, casem! (E me mandem o convite, plis!)

Débora – A Separada

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Com a corda mi ...



O texto de hoje é assinado pela Camila, uma querida, uma amiga, uma chiquérrima, noiva do Sérgio, o não menos especial primo-irmão do Guarda Belo, my boyfriend, como vocês sabem. Aqui, Camis conta a história da sua aliança, lindamente instalada em sua mão direita desde o dia 26 de dezembro. Leiam, leiam. E se emocionem com eles como eu me emocionei.

Camis, obrigada pelo texto, amei. Sérgio, arrasou. Todo mundo merece um noivo romântico assim. Muito amor procês.

Beijos, beijos, segue o texto,

Isabela – A Divorciada

Nunca vou me esquecer daquela tarde de 26 de dezembro. Eu e o Sérgio estávamos numa estrada de terra, em uma cidadezinha do interior, a caminho da capital.

Ele estava dirigindo e eu contemplando a paisagem, quando Adoniran Barbosa entoou a sua Prova de Carinho: “Com a corda mi, do meu cavaquinho, fiz uma aliança pra ela, prova de carinho...”

Sem nem desconfiar do que estava pra acontecer, comecei a cantarolar com Adoniran: “... quanta serenata, eu tenho que perder, pois meu cavaquinho já não pode mais gemer, quanto sacrifício eu tive que fazer, para dar a prova pra ela do meu bem querer...”

Durante a canção, comentei com ele pela milésima vez que achava aquela letra lindíssima, ainda mais, pelo fato de Adoniran realmente ter feito uma aliança para a sua amada com a corda do seu cavaquinho.

Então, quando a música terminou, a surpresa: com uma mão no volante e a outra segurando uma caixinha de fósforo, Sérgio me entregou a caixa, na qual ele havia escrito “Minha prova de carinho”. Nesse momento, meus olhos se encheram d água.

Quando abri a caixinha, ali estavam elas, as nossas alianças de noivado. “Está vendo este fio prateado que envolve as alianças?”, disse ele. E eu só conseguia fazer sinal com a cabeça, pois não conseguia emitir nenhum som diante de tanta emoção. “Então, é a corda mi de um cavaquinho”, completou.

Só consegui parar de chorar quando já tínhamos deixado a estrada de terra para trás para seguir viagem por um caminho cheio de mis, fás, lás ...

Camila - A Amiga da Isabela

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Desculpem casados, mas a gente tá solteiro

Hoje vou ser politicamente incorreta. Se você é casado (ou tem uma vida de), por favor, tenha mais paciência com nós, solteiros. Juro que fazemos um mega esforço para estarmos em todas as datas especiais de família, como nascimentos, batizados, aniversários, casamentos, chás de panela, de bebê, chá bar e até bodas. Por isso é muito duro ouvir o tempo todo “Você nunca vai na minha casa”. Primeiro, foram vocês que deixaram de ir para a balada, de beber até vomitar e de viajar de turma no Carnaval. A gente não ligaria nem um pouco se vocês às vezes saíssem da rotina cinema-restaurante-motel e fossem com a gente pra um lugar cheio de gente e música alta. E até acharíamos bonitinho vê-los na pista dançando de conchinha.



Acontece que vocês ficaram afastados um tempão por causa do fogo inicial da paixão. Aí quando a vontade de se devorar diminuiu, começaram a olhar para os lados de novo e a sentir falta dos amigos. Aí decidiram convidar a galera para uma reuniãozinha em casa numa sexta à noite, regada a potes de frutas secas e proseco. Não estranhem se só os acompanhados comparecerem. Acontece que os solteiros adoram sexta à noite e saem correndo pro bar mais próximo, melhor se tiver bastante gente barulhenta e bêbada conversando sobre qualquer coisa que não seja séria.



Mas se mesmo assim a gente for (provavelmente saindo mais cedo pra correr pro tal bar), desculpem a nossa falta de paciência com o lustre novo, o tapete combinando com a cortina ou a nova moldura com a foto da última viagem de vocês. É que, para a gente, casa é só o depósito dos nossos pertences, onde a gente faz a higiene pessoal e dorme um pouco de vez em quando (bem pouco, por sinal). Um lugar frequentado geralmente por pessoas que nem reparam se tem tapete, na cor da cortina, que o interruptor de luz está quebrado ou que a pessoa na foto é você.
Aí, à medida que o fogo entre vocês começa a beirar à normalidade, combinam que nos sábados à tarde vão sair sozinhos, cada um com seus amigos, pois acham isso saudável para a relação. A casada já começa a chamar as amigas na segunda-feira anterior para um brunch ou chá da tarde.



Não se irrite se um dia antes a gente ainda não tiver confirmado. Não é porque a gente não gosta de você. É que só decidimos o que vamos fazer no sábado quando acordamos no... sábado. Porque a gente nunca sabe o que vai ser da nossa sexta-feira. Caso a solteira não tenha queimado a largada na primeira noite do final de semana, ainda têm outro porém. A gente vai estar super ocupada com alguns dos nossos programas preferidos aos sábados. Entre eles, ir ao salão de beleza, tomar sol, fazer drenagem, malhar ou comprar uma roupa nova. Tudo pra ficar linda nas duas ou três horas do evento da noite. Há sempre um evento sábado à noite. Se possível, ainda damos uma dormida à noitinha pra ficar ainda mais fresh. Por isso, a gente não vai ter muito tempo. Desculpem mesmo, seria ótima uma tarde assim... mas é bem difícil pra gente mesmo.



Jantares, normalmente só vamos muito de vez em quando, no caso de ser aniversário de uma amiga de infância. Solteiros não saem para comer, mas comem para sair. Afinal, a gente precisa ficar magra pra enfrentar a concorrência e preferimos comer em casa para economizar e ter grana para entrar em uma balada bacana ou para comprar aquele sapato maravilhoso. Sobraram os almoços de domingo. Isso também pode se tornar uma tortura pra gente. Pra começar, é muito provável que o solteiro tenha chegado amanhecendo o dia, por isso, já acordou depois do almoço. Mesmo que tenha acordado cedo, estará de ressaca, às vezes não só física como moral também. E morrendo de dor de cabeça. Por isso, não vai aguentar uma tia ou sogra de não sei quem fazendo perguntas do tipo “Como uma moça tão bonita e inteligente está solteira?” (aliás, é difícil entender por que as pessoas acham que quem tem este perfil não tem o direito de ser solteiro). Sem falar nas crianças gritando e te puxando, fazendo sua cabeça pesar toneladas a mais. Outra possibilidade é que pode rolar um esquema com aquela pessoa que você conheceu na noite anterior. Assim, mesmo com toda a rebordosa, você vai passar o domingo se preocupando em estar linda e fresca até o anoitecer, à base de muita água, quase jejum, chá verde e corretivo.



Tem que descansar pra conseguir encarar o salto alto de novo e organizar as ideias pra manter um papo agradável. E, se isso não acontecer, pode ter certeza que o domingo à noite reserva outro “evento”, onde o solteiro deposita suas fichas de encontrar um grande amor e, assim, poder deixar de ir às baladas, de beber até vomitar e reconquistar o direito de ficar em casa no Carnaval.


Patrícia - A Solteira

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3x30 no teatro

Se tem uma coisa legal em nós três é que cada uma ri de um jeito. Ah, sim, é verdade – também escrevemos de formas bem diferentes. Mas voltemos à risada. Fomos, o trio parada dura, mais minha irmã mais nova, conferir a estreia da peça “Por que os homens mentem”, com o grupo Nós Mesmos e texto inspirado no Veríssimo. O nome chamou atenção, claaaro. Afinal, faz parte do nosso metier.

A verdade é que o texto, apesar do autor de peso, é cheio de clichês e a interpretação dos cinco atores, quando vestidos de mulher, é aquela coisa caricata. Mas não vou negar: rimos do começo ao fim (os caras são bons!).

Vou tentar descrever como cada uma ri. Comecemos pela lôra. A Patrícia ri alto, segura o braço de quem está do lado (no caso, a Bela) e repete, beeeem alto, a última frase que acabou de ser dita no palco. Tinha horas que eu ria era dela. A Bela é lady, mocinha mesmo, ri com classe. Exibe seus belos dentes brancos num sorrisão, mas emite pouco som. Eu sou escandalosa. E pior: dou gargalhada na hora que ninguém achou graça. Sou a vergonha alheia do blog.

O programa das 3x30 começou com pizza antes do teatro e terminou comigo, a motorista de todas as rodadas, levando as crianças para casa no meu portentoso Sebastião. E decidimos que vamos, em nome da nossa amizade e do blog, fazer mais programas do gênero para depois dar a dica aqui.

Em tempo: a esquete que eu mais gostei foi a da mulher com o cara brocha. E vocês, 2x30, do que gostaram mais?

Beijos

Débora – A Separada

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Qual é a música da sua vida?


Inspirada no cineasta Eduardo Coutinho, que vai dirigir um filme sobre o assunto, e na Debs, que teve a ótima ideia de organizar o post coletivo com os votos de todos vocês para 2011, lanço eu uma pergunta a todos:

Qual a música da sua vida? Ou seja, que canção, por algum motivo, marcou você de modo especial? Traduz seu estilo, seus caminhos, suas escolhas?

Difícil, né? Eu também acho!!! Mas já estou pensando na minha. Espero as respostas de vocês para a gente fazer um texto lindo a muitas mãos. Aqui nos comentários ou no 3xtrinta@gmail.com

Beijos, beijos, ótimo domingo,

Isabela – A Divorciada

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Bonequinha de Luxo


Posso indicar um filme para o sábado? Um velhinho (de 1961), porém maravilhoso e, me mostrou Guarda Belo quando eu o apresentei à película, há pouco tempo, profundo também. Bonequinha de Luxo, de Blake Edwards, é leve, porém reflexivo. E diz muito sobre nós, mulheres, e sobre o amor. Sobre o estar-se preso por vontade, sabe? Sobre escolher, mas também sobre deixar a vida acontecer.

Isso tudo sem falar na Audrey Hepburn, linda, musa total, um dos maiores ícones de elegância feminina de todos os tempos, passando para lá e para cá a esbanjar glamour. Mostrando para a gente que uma mulher não precisa mais do que um vestido preto simples e um par de sapatilhas para ser chiquérrima. Atitude é a palavra. Vejam o filme e me digam se eu não tenho razão.

Ótimo finde procês!

Beijos ao som de Moon River, o tema do clássico cinematográfico em questão,

Isabela – A Divorciada

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O diagnóstico de doutor Gonzáles sobre o final do meu casamento

Plano de saúde é uma encrenca em todos os sentidos. É caro, os médicos te atendem como se fosse o SUS (porque eles ganham uma miséria por consulta, eu sei) e na hora que a corda aperta no teu pescoço você descobre que não, eles não cobrem esse seu novo problema. Tem ainda aquele lance de você escolher um médico no livrinho pela proximidade de endereço somada à simpatia pelo nome dele ou dela. Eu fiz isso essa semana. E eis que conheci o doutor Gonzáles. Quando o vi, pensei em me fazer de louca e sair correndo. Mas era tarde, eu já estava na sala dele já.

Gonzáles é espanhol e deve ter quase oitenta anos. Trabalha ainda não sei bem porquê. Sua sala não tem computador nem nada que remeta à tecnologia – pelo contrário, tem uma balança de pesar bebê que deve ser de 1914. Ele usa um avental digno de profissional de hospício da década de 30, abotoadinho na lateral, bem justinho. A consulta durou uma hora - uma raridade, hei de convir. Mas nessa uma hora, praticamente só ele que falou. No final ele não conseguiu explicar bem a minha dor no peito, mas certamente achou a causa do fim do meu casamento. Segue o diálogo:

- Quantos anos você tem?
- 31
- Tá passando da idade, hein?
- ...
- De ter filho! Até os 30 anos vai bem, depois fica difícil...
- ...
- Mas você no parece muito preocupada...
- ...
- No quer casar, tener família, essas cosas?
- Já fui casada.
- Como es?
- Já fui casada...
- E que pasó?
- Acabou...
- Sabe lo que acho? Que aqui en Brasil os homens son muito matchiiistas. Querem mandar nas mulheres. No?
- Não era o caso dele...
- Pirataria dele, hã? Saía com outras?
- (risos) também não é o caso.
- Sé...quanto tempo vocês namoraram antes?
- Cinco anos.
- Ah! É isso! Por isso não deu certo! Siempre digo para minhas pacientes: namoro longo, casamento curto. No, no, no...no puede! Tenho 56 anos de carreira. Tem mulher de cinquenta que eu comecei a atender com 5 anos. Rosalinda é uma delas. Namorou 15 anos! Um dia descobriu que o namorado tinha outra família. Resultado: é solteirona até hoje. No puede...
- Pode ser, viu, doutor, pode ser...

Débora - A Separada

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Presidenta, sim!

Gente, divido com vocês um texto que acabei de receber sobre o uso de PRESIDENTA ao invés de A PRESIDENTE, tema do meu post de hoje no blog. O autor é o linguista Marcos Bagno e quem me mandou foi a minha amiga e profunda conhecedora do nosso idioma Lole Moraes, a chiquérrima.

Beijos,

Isabela - A Divorciada

Presidenta, sim!

Marcos Bagno

Se uma mulher e seu cachorro estão atravessando a rua e um motorista embriagado atinge essa senhora e seu cão, o que vamos encontrar no noticiário é o seguinte: “Mulher e cachorro são atropelados por motorista bêbado”. Não é impressionante? Basta um cachorro para fazer sumir a especificidade feminina de uma mulher e jogá-la dentro da forma supostamente “neutra” do masculino. Se alguém tem um filho e oito filhas, vai dizer que tem nove filhos. Quer dizer que a língua é machista? Não, a língua não é machista, porque a língua não existe: o que existe são falantes da língua, gente de carne e osso que determina os destinos do idioma. E como os destinos do idioma, e da sociedade, têm sido determinados desde a pré-história pelos homens, não admira que as marcas desse predomínio masculino tenha sido inscrustada na gramática das línguas.

Somente no século XX as mulheres puderam começar a lutar por seus direitos e a exigir, inclusive, que fossem adotadas formas novas em diferentes línguas para acabar com a discriminação multimilenar. Em francês, as profissões, que sempre tiveram forma exclusivamente masculina, passaram a ter seu correspondente feminino, principalmente no francês do Canadá, país incomparavelmente mais democrático e moderno do que a França. Em muitas sociedades desapareceu a distinção entre “senhorita” e “senhora”, já que nunca houve forma específica para o homem não casado, como se o casamento fosse o destino único e possível para todas as mulheres. É claro que isso não aconteceu em todo o mundo, e muitos judeus continuam hoje em dia a rezar a oração que diz “obrigado, Senhor, por eu não ter nascido mulher”.

Agora que temos uma mulher na presidência da República, e não o tucano com cara de vampiro que se tornou o apóstolo da direita mais conservadora, vemos que o Brasil ainda está longe da feminização da língua ocorrida em outros lugares. Dilma Rousseff adotou a forma presidenta, oficializou essa forma em todas as instâncias do governo e deixou claro que é assim que deseja ser chamada. Mas o que faz a nossa “grande imprensa”? Por decisão própria, com raríssimas exceções, como CartaCapital, decide usar única e exclusivamente presidente. E chovem as perguntas das pessoas que têm preguiça de abrir um dicionário ou uma boa gramática: é certo ou é errado? Os dicionários e as gramáticas trazem, preto no branco, a forma presidenta. Mas ainda que não trouxessem, ela estaria perfeitamente de acordo com as regras de formação de palavras da língua.

Assim procederam os chilenos com a presidenta Bachelet, os nicaraguenses com a presidenta Violeta Chamorro, assim procedem os argentinos com a presidenta Cristina K. e os costarricenses com a presidenta Laura Chinchilla Miranda. Mas aqui no Brasil, a “grande mídia” se recusa terminantemente a reconhecer que uma mulher na presidência é um fato extraordinário e que, justamente por isso, merece ser designado por uma forma marcadamente distinta, que é presidenta. O bobo-alegre que desorienta a Folha de S.Paulopresidenta ia causar “estranheza nos leitores”. Desde quando ele conhece a opinião de todos os leitores do jornal? E por que causaria estranheza aos leitores se aos eleitores não causou estranheza votar na presidenta?


Como diria nosso herói Macunaíma: “Ai, que preguiça…” Mas de uma coisa eu tenho sérias desconfianças: se fosse uma candidata do PSDB que tivesse sido eleita e pedisse para ser chamada de presidenta, a nossa “grande mídia” conservadora decerto não hesitaria em atender a essa solicitação. Ou quem sabe até mesmo a candidata verde por fora e azul por dentro, defensora de tantas ideias retrógradas, seria agraciada com esse obséquio se o pedisse. Estranheza? Nenhuma, diante do que essa mesma imprensa fez durante a campanha. É a exasperação da mídia, umbilicalmente ligada às camadas dominantes, que tenta, nem que seja por um simples -e no lugar de um -a, continuar sua torpe missão de desinformação e distorção da opinião pública.

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PRESIDENTA!!!


Não gosto desse negócio dos principais jornais e revistas do país se referirem à petista Dilma Rousseff como “a presidente” e não “a presidenta”. Eu sei, as duas formas estão corretas, mas alguém me explica a preferência pela primeira? É assim na Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Veja, Época e Istoé. Do que tenho visto, apenas a revista Claudia escreve “presidenta”. Detalhe: no site oficial da Presidência da República, o cargo de Dilma está no feminino também.

Tenho ouvido que “presidenta” soa estranho, que é feio até. Por que? Por acaso é esquisito escrever advogada? Historiadora? Professora? Arquiteta? Marinheira? Pedreira? Engenheira? Bailarina? Imagino que a estranheza de muitos venha do fato da palavra ser pouco usada mesmo. É a primeira vez que temos uma mulher ocupando o cargo mais alto da administração pública no Brasil, afinal de contas. Os 39 antecessores de Dilma eram homens.

Escrever é produzir sentido. Mais um motivo para preferir “presidenta”. Para mim, essa é uma forma de reforçar o significado que a eleição de Dilma tem para o país. Não acho mesmo que, por ser mulher, ela será melhor administradora do que foram os outros. De forma alguma, isso independe de sexo. Mas vejo sim uma oportunidade incrível para diminuir a desigualdade de oportunidades entre os gêneros por aqui. A gente não merece ganhar, em média, 40% menos que os homens pelas mesmas funções. Nem enfrentar tanto preconceito, nossa cultura ainda é machista demais, vamos combinar.

Assim, para afirmar o nosso espaço e em respeito a nós todas, eu vou seguir o exemplo das jornalistas de Claudia. E optar pelo substantivo feminino para citar a Dilma nos meus textos. Para mim, é isso que ela é: a primeira PRESIDENTA do Brasil.

Isabela – A Divorciada

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Você pode ser boazinha

De: coração partido
Para: Débora
Assunto: =(

Dé,

Eu estou me sentindo burra de novo. Tô sentindo ele se afastar...e dessa vez eu tô sentido que é sério. Que saco. Eu errei de novo, não é possível! Tô triste, chateada, com vontade de chorar de raiva de mim...
Eu sou muito boba, me entrego fácil, entendo tudo errado. Eu preciso de um curso pra ficar mais inteligente! Faz três dias que ele fala o necessário comigo, nem me dá tchau e não cria expectativas nenhumas de um dia pra gente se ver. Por que eu sou tão idiota a esse ponto? Por que eu acredito tanto no q eles dizem? Aiiiiiiiiii que vontade de chorar...

Desculpa, mas precisava desabafar!!

O Zé e o Jorjão me disseram pra eu ser mais difícil, pra eu me valorizar mais, porque eu perco a graça logo, porque eu sou muito boazinha. Não entendo isso, por que ser assim???

E você? Como tá?!

Bjo bjo bjo

De: Débora
Para: Coração partido
Assunto: =)

Você é intensa, minha linda! Você é assim! Não adianta você ser do jeito que os meninos acham que deveria ser. Não acho que você deva ser menos boazinha e nem se entregar menos. O que eu acho que pode te ajudar é você sempre trabalhar com o lance das expectativas. Saber que às vezes um caso é só um caso. Ou que pode até ser amor, mas um amor de mês e meio.

Em algumas histórias é difícil levar dessa forma porque são paixões arrebatadoras. Aí demora mais até se digerir o tal do toco. Mas na grande maioria dos casos é só ter em mente a máxima budista que fala que o presente é mesmo nosso maior presente. E pensar: talvez só dure por hoje...e por hoje tá bom!

Não que seja fácil. Não é não. Venho praticando isso, em relação a todos os temas da vida, faz uns 4 anos. Para a vida profissional já funciona bem. Para relacionamentos, menos. Afinal, a gente nunca quer sentir o gosto amargo da rejeição. A gente não quer um luminoso na nossa mente nos lembrando "ele não me quis mais...". Principalmente se esse alguém fez a gente se sentir especial, nem que tenha sido por um tempinho...

Mas não pense "errei de novo". Pensei: “ok, eu estava afim, disposta e fiz o meu melhor”. Ele não. Portanto não é ele. E go ahead que vc é bonita, gostosa, inteligente e animada demais para ficar com raiva de si própria!!

E a gente acredita no que eles dizem porque naquele momento faz sentido. E é o que a gente quer ouvir. Não se culpe tanto. Você é só...MULHER!!

O que eu acho chato, nisso tudo que você disse, é esse silêncio, esse "afastar-se". Eles podiam ser mais honestos, não enrolar tanto. Mas, de resto, é mais do mesmo, né? Nada que a gente não conheça...

Minha nêga, pode desabafar quantas vezes for preciso!!! A gente tá nessa vida para se ajudar e para se amar!!

baccio, minha linda!

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Sobre como matar um amor

Hoje cheguei e fiquei horas olhando para o nada.
E concluí que o motivo que não quero te ter é porque não suportaria te perder.
Não te olho de perto para não ter que sentir a dor te ver ir ao longe.
Contento-me com o nada ao pouco.
Renego seu beijo ao chegar para não dar o da despedida.
Prefiro sua ausência à saudade da sua presença.
Antes esquecer seu cheiro a senti-lo até nos sonhos.
Mil vezes nunca mais te ver do que a angústia de estar ao seu lado sem poder te tocar.
Escolho o silêncio porque não ficaria satisfeita com menos que “eu te amo”.
E é no silêncio que deixo os planos ao seu lado.
Opto por nunca te encontrar para não sofrer o vazio da espera.
Não te ligo, assim não arrisco ouvir a caixa postal.
Escuto uma música qualquer, só para não sentir o timbre da sua voz.
Neste momento fico, portanto, com o medo, e deixo a razão ditar os rumos do meu coração.

Patrícia - A Solteira

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Ajude a construir o nosso futuro


Queridas e queridos,

Estamos, desde já, pensando nas mudanças e novidades para o terceiro ano do 3x30. E ninguém melhor que vocês para palpitar no que a gente deve ter a mais ou a menos no nosso cantinho.

Algumas críticas e sugestões já foram devidamente anotadas - como os textos em quadradinhos, que muita gente reclamou. Mas queremos saber mais. O que vocês acham que a gente poderia colocar a mais? O que falta? O que dá para tirar? O que vocês adorariam ler/ver num blog de comportamento como o nosso?

Palpite!

Obrigada!!!

Beijos,

O Trio

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O blog da mãe solteira


Tem blog novo na praça. E a autora é a fofucha da Flavia Werlang, jornalista, leitora, amiga da gente. A ideia de criação do espaço virtual veio depois da publicação do post Ser mãe solteira, aqui no 3xtrinta. A partir de então, várias leitoras entraram em contato com a nossa querida, que decidiu continuar a escrever sobre o assunto. Ótima iniciativa, não?

Pois anotem aí: Grávida, estado civil mãe (solteira). Arrepia, Flavia! Beijos para Luna, aquela lindona (como vocês podem conferir na foto acima!).

Ótimo finde para todos,

Isabela – A Divorciada

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Sabedoria de mãe

É engraçada a relação que nós mulheres temos com nossas mães. De um estado de completa dependência nos primeiros anos de vida, passamos a negá-las e até desrespeitá-las na adolescência. Mais tarde, e depois de algumas cabeçadas, somos obrigadas a morder a língua e voltar a dar razão para elas sobre um monte de coisa e, inevitavelmente, admirar a força e a sabedoria dessas mulheres. Com a minha mãe também foi assim. E a cada dia a admiro ainda mais, seja recapitulando coisas que ela me disse ou atitudes que teve no passado, seja pelo que ela diz e faz hoje.

Quando decidi ir dividir o mesmo teto com o meu então namorado, ela não me recriminou nem deu sermão, apenas disse com toda a sua simplicidade e experiência: “Olha, só quero que você saiba que não existe pressão aqui em casa para você casar. Você pode ficar aqui o tempo que quiser, eu vou sempre lavar e passar suas roupas, fazer almoço...”. Eu não dei ouvidos, no alto da minha arrogância de “mulher” de 25 anos. Só depois da minha separação fui entender o que de verdade ela quis dizer: “É cedo para você se casar”.

Quando descasei e voltei com o rabinho encolhido para casa, mais uma lição de sabedoria. Ela foi uma das únicas que não me fizeram aquelas clássicas e idiotas perguntas que todo mundo faz nestes casos, do tipo “Por que vocês se separaram?” e “Não tem volta?”. Sinto arrepios ao me lembrar da quantidade de vezes que ouvi esses questionamentos. Aliás, ela nunca me perguntou absolutamente nada, apenas disse: “Aqui continua sendo sua casa e por mais que a gente goste dele, minha filha é você”. Ao longo dos anos e a medida que as feridas se cicatrizavam, fui soltando a conta gotas a história do meu relacionamento com ela. Sem pressão, sem julgamentos ou ressentimentos.

Na minha atual “carreira” de solteira, ela tem reações que, na minha opinião, diferem das da maioria das outras mães por aí. Em vez de temer que sua única filhinha não construa uma família, fala de boca cheia sobre minhas vitórias profissionais, viagens, aventuras e rede de amigos. Não que ela não queira que eu me relacione, mas consegue ver felicidade numa vida diferente daquela que ela teve: vive até hoje com o pai dos seus filhos. Um dia, estava eu batendo papo animadamente com duas outras amigas à beira de uma piscina e ela vem com uma pérola que vale registro: “Que bom ver vocês três assim felizes conversando e dando risadas. Por que será que quando os namorados estão, as meninas ficam borocoxô, de bico, não conversam, parecem deprimidas?” Foi um coro de risadas.

“Prefiro te ver sozinha do que ao lado de um traste” é uma de suas frases favoritas. Garanto que muitos pais de mulheres de 30 prefeririam vê-las casando com qualquer um e até se envergonham de uma filha trintona caminhando para o cargo de “titia”. Para minha mãe não. “Quero que meus filhos sejam felizes, não importa como”, sempre repete. Esse jeito leve dela me torna uma pessoa mais tranquila com a minha vida também. Porque quando a pressão para se encaixar em modelos parte de casa, tudo fica ainda mais difícil do que já é. Dona Valdecy, o que você diz, eu assino embaixo. Te amo, mãezinha.

Patrícia - A Solteira

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Do lado direito do cérebro


Minha prima me deu um livro que saiu faz uns anos já. Se chama “A cientista que curou seu próprio cérebro”, da neuroanatomista americana Jill Bolte Taylor. Comecei a ler despretensiosamente – o tema parecia árido para uma pessoa avessa à ciência como eu – e me pegou pelo KI (pelo ventre, digamos assim). Ela conta como ela se recuperou de um derrame raríssimo que teve aos 37 anos. As duas coisas que mais me chamaram a atenção foi a descrição dela de como é viver sem o lado esquerdo do cérebro operante e a percepção sobre a energia das pessoas.

Como foi no hemisfério esquerdo que ela teve uma hemorragia, ela se via constantemente em um dilema entre a paz imensa que viver só com o lado direito proporcionou a ela – já que o esquerdo é um tagarela e muitas vezes um repressor – e o medo de perder absolutamente todas as funções coordenadas pelo lado canhoto. Se ela se deixasse se levar pela sensação inebriante, corria o risco de não se recuperar.

A questão da energia é ainda mais interessante. E serve como ensino para todos que têm alguém doente na família ou que trabalham com saúde. Ela percebeu que ela gastava muita energia para lembrar o significado de uma palavra simples como “atum”. E que o corpo demorava a responder quando ela tentava fazer movimentos banais como pegar uma colher. De forma que toda economia de energia era fundamental. Além de dormir muito para repor as reservas, ela passou a se poupar de quem lhe sugava a energia. Uma enfermeira mal educada, um médico que gritava, um amigo ansioso ou um parente com má vontade – com esses, ela não fazia nenhum esforço para mostrar progresso. Sabiamente, ela se guardava. Aos carinhosos, que falavam baixinho, que lhe afagavam o braço, que contavam histórias fofas, que respeitavam sua condição, ela respondia com pequenos sucessos diários que a levaram à total recuperação após oito anos.

E, aqui entre nós 3x30, não é preciso que alguém esteja doente para que seja tratado com carinho, não é mesmo? Tento, agora, descubrir a paz do lado direito do meu cérebro (sem precisar passar pelo que ela passou). E ficarei mais atenta aos que precisam de atenção especial.
Muita paz e energia para todos!

Débora - A Separada
(Crédito da foto: Kip May)

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Dr. Amor responde


Conforme pedidos, o psicólogo Thiago de Almeida responde algumas perguntas da mulherada.

Qual é o maior medo dos divorciados que se casam pela segunda vez, além do receio de que acabe de novo?

Pela minha experiência em consultório com pessoas que passam por isso, posso dizer que elas não se casam novamente pensando no pior, mas sim no melhor. Aos que optam pelo segundo casamento é bom verificar os próprios pontos fortes e falhos, seja em uma relação, seja enquanto indivíduo. Tem ainda aqueles que resolvem dar uma segunda chance a um mesmo amor, aproveitando a maturidade para consertar o que estava inadequado.

O que pode colocar em risco o segundo casamento é cometer os mesmos erros que fizeram romper a relação anterior. Geralmente, há uma tendência à comparação: o divorciado, por exemplo, compara a nova esposa com a ex e sempre que tem problemas ou brigas, lembra do passado, impondo padrões que são difíceis ou impossíveis do outro desempenhar. Minha dica é deixar o passado para trás e criar novos referenciais com o atual.

Lembre-se sempre que casamento é construção diária. Mesmo que haja divergências, as discussões são sempre voltadas para acordos e harmonia. Assim, é possível colocar um ou mais tijolos nessa construção a cada novo dia, edificando mais e mais as bases do relacionamento a dois.

Terminei meu noivado há mais ou menos 2 anos e, desde então, não consegui me apaixonar de novo, não sinto mais confiança e não consigo me entregar como fazia antes. Decepção amorosa tem prazo de validade?

Decepção amorosa tem prazo de validade sim, mas o prazo varia muito de acordo com cada um. Tem gente que encontra logo um novo amor. Tem gente que encontra nela mesma o que buscava no outro e se descobre feliz sozinha. Tudo vai depender do jeito que você maneja para seguir a tua vida sem a pessoa que até pouco tempo atrás compartilhava da tua intimidade. Se empenhar novamente no trabalho, nos estudos, sair com amigos, viajar, visitar familiares, enfim, fazer programas que te deixem feliz e relaxada são para lá de bem-vindos nesta hora. Não devemos nos esquecer: sentimentos são efêmeros, sejam positivos ou negativos. Assim, é bom nos lembrarmos de que sentimentos ruins vão embora! Decepção amorosa é uma situação chata, mas não é o fim do mundo. É uma questão de tempo. O tempo ajuda a amenizar a dor e o vazio que sentimos. Depois, você pode conhecer outras pessoas que te deixarão realizada e apaixonada. Ou pelo menos amizades memoráveis. A vida é feita de momentos. Decepção amorosa tem prazo de validade sim e, se você der muita importância a esta situação, a data de validade se prolonga. A escolha é tua.

A autoestima masculina é maior do que a feminina? Ou eles sabem disfarçar melhor?

Será que a autoestima masculina é maior do que a feminina? Sinceramente, acredito que nenhuma das duas supere uma a outra. Pessoas diferentes, homens e mulheres, almejam coisas diferentes. Logo, acredito que a autoestima varie de pessoa para pessoa e independa do sexo. Ela está ligada ao histórico de vida da pessoa e a forma como ela encara os acontecimentos da vida. Talvez a gente tenha essa impressão porque são as mulheres que se expõem mais. Os homens, devido a nossa cultura machista, tendem a esconder os sentimentos.

Geralmente a mulher tem baixa autoestima por se achar feia, gorda, por achar outras mulheres mais bonitas que ela ou porque algum homem não a quer. Já o homem, em geral, sente sua autoestima rebaixada pela falta de dinheiro, falta de emprego ou por não se sentir homem suficiente para a mulher amada - ou até mesmo por ter menos mulheres do que outro homem.

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Um amor para Lavínia



Lavínia (nome fictício) é a leitora que mais posts protagonizou neste blog. Uma fofucha que mora em Fortaleza, Ceará (adoro, adoro, adoro). Na primeira vez, foi para contar como era turbulenta a sua relação com Breno (nome também fictício), então seu namorado. Na segunda, no último Dia dos Namorados, ficamos sabendo que, poderosa, ela estava resolvida a começar um namoro “consigo mesma”, se amando como nunca antes. Já na terceira, ela andava aflita porque, mesmo após o fim da relação, Breno continuava ciscando, marcando território.


Pois bem, na semana passada, recebi um e-mail de Lavínia. Fiquei tão feliz com o conteúdo da mensagem que resolvi escrever o quarto texto com ela aqui. Qual o assunto agora? Depois de algumas tempestades com Breno, ela está apaixonada outra vez. O eleito é um affair “maravilhoso” e que vem fazendo a ela “um bem danado”. Segundo a própria, foi “Papai Noel quem trouxe”.

Este mês ainda, o gato de Lavínia se muda para uma capital do Norte do país, para assumir um cargo que conseguiu ao ser aprovado num concurso público. Feliz que está, ela pensa apenas em viver o hoje, em aproveitar. No que está certíssima, na minha opinião.

Viva, Lavínia, viva. Você merece tudo. E o que pode ser melhor do que sentir o coração aberto ao amor outra vez?

Beijos (para ela e procês),

Isabela – A Divorciada

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Ode à tattoo

É apenas um desenho na costela, mas me trouxe mais sensações boas do que podia imaginar. Primeiro que a minha tatuagem vinha sendo adiada havia quase duas décadas. Eu tinha uns 17 ou 18 anos e um amigo meu dava seus primeiros traços em suas primeiras “vítimas”. Apesar do incentivo, fui adiando, em parte por medo, outra pela dificuldade de encontrar uma figura que merecesse repousar eternamente sobre a minha pele.

Alguns anos atrás, a vontade voltou com força e o desenho surgiu na minha mente como algo mais do que óbvio. Era a borboleta que certa vez havia pousado na minha mão em uma cachoeira e virou uma foto de cartão postal. Era uma 88, aquela que tem esse número nas asas. Para meu espanto, estava eu dias atrás fazendo faxina na papelada velha e me deparei com ela de novo dentro de uma agenda. Era uma daquelas fotos de bicho que vinham no chocolate Surpresa, lembram? A surpresa maior foi constatar que o ano da agenda era de antes da foto da cachoeira. Era o “sinal” que faltava... Depois de toda essa sincronicidade, catei o desenho já amarelado do chocolate e aterrissei no estúdio. O tatuador foi ninguém menos que o meu amigo de infância, hoje um profissional dos mais respeitados e famosos.

A minha 88 ficou perfeita e é indescritível a sensação de ter conseguido materializar uma ideia que ficou ruminando por anos na minha cabeça. Sempre me sentia frustrada quando falava do assunto. Como não conseguia me organizar para fazer uma simples tatuagem? Ano após ano e nada...

Para as outras pessoas, não passa de um desenho. Mas, para mim, vê-la com “vida” todos os dias aqui na minha pele me faz lembrar que, sim, é possível realizar tudo que a gente sonha, dos pequenos projetos, como este, aos grandes. O mecanismo é o mesmo: dar um passo, depois outro e outro...

Que 2011 seja de transformação, inspiração, liberdade e cor para todo mundo que sonha.

Beijos.

Patrícia - A Solteira

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Eu só vou fazer o que eu quiser antes de morrer


Eu já achei esquisito quando me deparei, pela primeira vez, com o livro 1000 Lugares para conhecer antes de morrer, de Patricia Schulz. De cara, achei bem opressor. Como assim 1000 lugares para conhecer antes de morrer? Quem és tu, Patricia Schulz, para determinar meus roteiros de sonho? Amo viajar, mas tenho os meus próprios desejos e preferências. Se um dia estiver à procura de ideias, posso muito bem pedir dicas a amigos que viajam muito, recorrer à internet, percorrer livrarias para tentar achar guias maravilhosos, uma infinidade de opções. Não preciso que ninguém me diga o que fazer nesse campo. Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós.

O que eu não sabia, no entanto, é que essa história de 1000 coisas para fazer antes de morrer viraria uma praga nas prateleiras das melhores casas do ramo. Vocês acreditam que já existem os similares 1001 discos para ouvir antes de morrer, 1001 livros para ler antes de morrer, 1001 filmes para ver antes de morrer e, o pior de todos, na minha opinião, 101 lugares para fazer sexo antes de morrer??? Gente, tem coisa mais íntima e pessoal do que a escolha de um local inusitado para transar? O que vale para os autores do livro vale para o resto da humanidade? Show de horror!!!

Falando em horror, alguém já fez uma análise do discurso básica no título dessas coisas? Olha como eles são ditadores: 101 lugares PARA fazer antes de morrer. Ou seja, não se trata da oferta de dicas e sugestões, mas de uma imposição. É PARA fazer o que eles recomendam. Quem quiser que faça. Eu estou fora. E só vou fazer o que eu quiser antes de morrer.

Isabela – A Divorciada

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