Feliz dia do orgasmo!

Sim, isso existe. E, claro, foi criado com finalidades comerciais - diz a não tão confiável Wikipedia que foi uma rede de sex shop inglesa. Não duvidamos. De qualquer forma, fica a deixa para desejarmos um domingo de muito prazer para vocês.

Que tenhamos muitos orgarmos: mentais, espirituais, sociais e, claro, sexuais. Que a vida tá aí para ser gozada =D

Façamos, vamos amar!

beijinhos do Trio

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Ser noiva é...




Ficar viciada em comprar revistas de noivas. Mesmo aquelas nem tão bem feitas assim, mesmo que o vestido já esteja escolhido, mesmo que elas sejam muito parecidas umas com as outras. É impossível levar para casa uma só.

Jamais ficar indiferente a uma vitrine com roupas de casamento.

Ficar feliz e um tanto estressada ao mesmo tempo, pensando nos detalhes mil da festa. Eu ando à flor da pele. Literalmente: meu sobrenome agora é mulher-alergia.

Se jogar numa degustação de docinhos para a festa em plena quinta-feira à noite. E depois não saber por que engordou um quilo de junho para cá. Ah, esses aquários de frutas vermelhas e chocolate....

Morrer de felicidade por escolher os tecidos para embalar os bem-casados na 25 de Março em companhia das duas noivas que vão dividir o altar comigo. E com os nossos respectivos noivos, que fique claro (meu casamento será triplo: três casais dizendo sim num único evento, para quem não sabe).

Morrer de felicidade ao comprar um sapo que vira príncipe para jogar para as solteiras na hora de buquê (fofo, fofo, fofo, é esse aqui). Também na 25 de Março, claro, que eu adoro inventar uma desculpa para ir lá.

Morrer de felicidade Parte 3 ao contar para as madrinhas que também comprei um Santo Antônio para jogar para as amigas. De pano, lindo, maravilhoso, gorducho, sorrindo, vai trazer muita sorte no amor para quem pegar. Na 25, onde mais???

Levar adiante a “Operação Noiva Sarada”, para estar ótima no vestido. Estou na fase de retomar os trabalhos depois de um breve período de esbórnia, faltam três quilos ainda (ou dois, vá lá). Na verdade, o título original do projeto era “Operação Noiva Sarada e Madrinha Gostosa”, incluindo a Debs, uma das minhas dindas matrimoniais (que na verdade nem precisa disso, já nasceu maravilhosa, como vocês sabem).

Ter sonhos bizarros nos quais algo dá errado, principalmente com o vestido. Eu já sonhei que, quase na hora H, estava usando um modelo decorado com rosas vermelhas e verdes, vejam bem. 100% alokah, claro.

Ser completamente solidária a todas as outras noivas. E se emocionar com elas, e vibrar com as festas delas, desejando nada menos que o melhor enquanto a sua hora não chega.

Isabela – A Divorciada e A Noiva

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Seu dilema: comprar uma casa sozinha ou com ele?

Já fui casada, já quase tive filho, já quase comprei um imóvel com o ex. Após a separação, ao ver todos os projetos desmoronando, foquei na compra da minha casinha - sozinha. Só que aí eu conheci o André. E, após um ano juntos, estamos começando a pensar em morar juntos. O problema é que eu não sei se quero assumir o compromisso de comprar algo tão caro - em parcelas para a vida toda - com alguém que pode não ser o meu companheiro de vida toda (é, não tem jeito, após a primeira separação a gente fica sempre com o pé atrás...).

Ele nunca me questionou sobre isso. Na verdade, nem chegamos a falar disso. Só que é inevitável, uma hora a questão surgirá. E quando surgir, preciso saber o que eu quero. E eu ainda não sei.

Compro minha casa sozinha ou espero um pouco mais?

Obrigada!!

Gilda

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3x30 indica: "Os números do amor"

Quais são as chances de um relacionamento à distância dar certo? Estou mesmo com o parceiro (a) ideal para mim? É verdade que os opostos se atraem? Existe a crise dos sete anos?
Essas perguntas recorrentes sobre o comportamento de homens e mulheres são respondidas com estatísticas no livro “Os números do amor – O que as pesquisas revelam sobre o comportamento humano nas relações afetivas” (Editora BestSeller), da autora Luisa Dillner, que assina a coluna “Love by numbers” no jornal inglês The Guardian.

Ela apresenta um manancial de informações científicas relevantes que ajudam o leitor a entender melhor seus relacionamentos e ser mais assertivo nas suas escolhas pessoais. Ficou curioso? Dê então uma olhada nesta matéria sobre o livro no jornal Daily Mail (está em inglês, porque ele acaba de ser lançado aqui).


Patrícia, A Solteira

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Homens que compram sexo

Hoje tem convidada especial. Fiquem com Paula, A Casada que ainda não chegou aos 30. Thanks pelo texto, baby, ótima discussão essa que você levantou. Volte sempre, a casa é sua.

Beijos do Trio

Sempre me perguntei o que faz um homem pagar para ter sexo com uma mulher. A velha desculpa de que eles sentem mais vontade de transar do que elas pode até fazer sentido, mas se fosse assim, todos os homens do mundo recorreriam a esse expediente, o que não é verdade (né??). Eu mesma conheço alguns rapazes que nunca transaram com uma prostituta. Mas tenho de admitir que eles são artigo raro. O fato é que homens de todas as idades, raças e religiões compram sexo. Mas quem são eles? E porque pagam por uma relação?

Uma pesquisa norte-americana publicada na Newsweek nessa semana traça um perfil dos homens que compram sexo nos Estados Unidos. A maioria tem em média 41 anos e está casado ou em um relacionamento sério. Eles enxergam o sexo como algo dissociado das relações amorosas e consideram as prostitutas “mercadorias”, como disse um deles.

Um dos argumentos de quem paga para transar é “ter um momento gostoso com alguém que está lá para te servir e que te deve obediência total”. Já entre os que não pagam por sexo, a justificativa mais usada é “não quero apoiar um sistema que degrade a mulher”. A pesquisa também revelou algo chocante: compradores de sexo demonstram atitudes agressivas contra mulheres e muitos afirmaram que estuprariam uma mulher, se tivessem a certeza de que não seriam pegos!

Diante dessas constatações, não consigo deixar de pensar em como a visão masculina do sexo pago afeta as relações entre homens e mulheres. Será que todo homem que paga por sexo tem fetiche em dominar a mulher e sente prazer em vê-la submissa, como uma escrava sexual?

Paula – A Casada que ainda não chegou aos 30

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Eu tenho fobia de homofobia

Estou treinando minha corridinha básica em uma academia totalmente gay friendly. Ela é super simples, pobrinha mesmo, mas boa suficiente para mim. Nela, há toda a fauna típica do centro de São Paulo: gays, travecos, michês, garotas de programa e eu. E eu adoro. O clima é tranquilo. Ao menos era, até eu presenciar uma cena horrível. Aquela academia era o último lugar do mundo onde eu achei que ia presenciar um ataque homofóbico.

Um cliente, gay, decidiu entrar na conversa alheia e quase apanha. Ouvindo o grandão falar sobre saunas gays e que ele, que era casado e com filhos, jamais frequentaria um lugar desses, o outro soltou: “E você acha que não está cheio de homem casado, com filhos, na sauna gay?”. O grandão tomou a afirmação como ofensa pessoal e passou a agredir o outro verbalmente com palavrotas que prefiro nem reproduzir aqui. Importante dizer que, antes da discussão, o grandão havia dito que “gays têm desvio de personalidade”. Eu quase vomito na esteira. O que fez a provocação não queria encerrar aquele bate-boca e o negócio foi até um ponto em que o grandão ameaçou a dar uma surra no outro. Clima pesado.

Quando terminei meu treino, suada, cansada e indignada, o grandão veio falar comigo. Me pediu desculpas pelo auê e disse que ele não era homofóbico. “Tenho muitos amigos gays e os amo”, me garantiu. Eu só sorri e disse: “Que bom, porque homofobia é muito feio, viu?”, como se ele fosse uma criancinha. Foi tudo o que consegui dizer. Vai ver fiquei com medo do grandão.

Saí de lá deprimida.

Em tempos em que um pai não pode abraçar o filho correndo o risco de ter sua orelha decepada, que uma lésbica não pode andar tranquila pela Paulista e que um casal gay na novela provoca reações de nojo e raiva nos telespectadores, fico muito mal quando vejo a homofobia se materializar na minha frente.

E é com muito orgulho que digo aqui que nossa foto gay – lembram? – entrou para o vídeo do Projeto #Eusougay. Confiram, divulguem e reflitam.

Vale mesmo a pena se ofender tanto com a forma como o outro ama, vive e é?

Débora – A Separada

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Love is...



Love is a losing game é a minha música predileta da Amy.

Beijos, bom final de domingo,

Isabela – A Divorciada, A Noiva e A Fã


PS: Me contam quais são as prediletas de vocês?

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Meninas jornalistas que correm

Conheci a Fer Borges numa coletiva de imprensa dia desses. Jornalista, como eu. Corredora, como eu. Mais corredora que eu, na verdade, mas temos algo mais em comum: vamos correr a São Silvestre esse ano. Eu, ela e mais milhares de malucos. Ela disse que fazia tempo que se prometia isso, mas que nunca tinha criado coragem. Bem, é o meu caso também. Ela está se dando essa maluquice de presente de 30 anos. E eu, de 32 (mais velha que sou, posso fazer a prova em um tempo maior, há!). A Fer trabalha na Folha de Londrina e, pelo que ela coloca no blog, adora fazer matérias sobre corrida.

Alguém mais aí do Brasilzão afora vai correr a SS? Me escrevam! Vamos formam uma comunidade.

Fer, te vejo dia 31 de dezembro aqui em Sampa! Depois, é só correr para o abraço de 2012.

Beijos e bom sábado

Débora - A Separada e Corredora

ps: tenho cometido uma grande injustiça com meu super personal trainner, estou esquecendo de divulga-lo aqui. Não esqueçam do nome do homem por trás desse milagre, Márcio Torres é o cara!

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Porque casar de novo



“Mas por que você vai casar de novo? Você já se casou uma vez, para que fazer festa? Gastar dinheiro com isso?”, ouviu uma amiga, divorciada como eu, ao contar para uma colega de trabalho que estava prestes a subir ao altar pela segunda vez.

Na minha opinião, devia receber, na categoria feminina, o Troféu Pessoa sem Noção 2011 (o titulo masculino já foi concedido a um médico que atendeu a Pat, nossa Solteira, dia desses, Confiram aqui). Em primeiro lugar: por que casar de novo? Porque deu vontade, oras, porque a minha amiga se apaixonou outra vez, quer dividir a vida com o atual parceiro. Qual o problema? Divorciados não podem recomeçar? Não têm o direito de celebrar? Acabou, acabou? Uma vez e nada mais? Gente, a idade média é agora, né? Eu fico muito chocada com essas coisas. Respeito é bom e a gente gosta. Já escrevi aqui, mas preciso escrever de novo: estou muito cansada desse povo que se acha no direito de julgar as atitudes alheias assim, tão de graça, sem qualquer compreensão ou conhecimento de causa. Não dá.

Como ficou muito bem registrado na reportagem de capa da Istoé desta semana, assinada pelos jornalistas Michel Alecrim e Rodrigo Cardoso, justamente sobre recasamentos, as pessoas se separam para se casar de novo, ora essa, para viver. Faz sentido abrir mão do amor?

Pois sejamos todos felizes. Sozinhos, acompanhados, na primeira, na segunda, na terceira, na vigésima união. Como bem quisermos, sempre.

Muito amor,

Isabela – A Divorciada e A Noiva

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Seu dilema: "Ele é lindo e amoroso, mas sem um tostão"

O dilema de hoje deve fazer parte da vida de muitas das nossas leitoras trintonas, que já têm uma certa estabilidade financeira, ou, no mínimo, uma carreira. A leitora Maria * (nome fictício) nos conta que conheceu no mês passado em um bar um rapaz lindo, doce, inteligente e ótimo de cama. Eles já saíram algumas vezes e se dão bem.

Mas ela não consegue se imaginar tendo um relacionamento sério com ele. É que, apesar de ele já ter 31 anos, não estudou, é vendedor e ganha praticamente só para comer e pagar o aluguel (um apartamento dividido com outros amigos). Ela se sente culpada por ficar pensando desta forma, mas simplesmente não consegue pensar num futuro ao lado dele. Maria diz que decidiu curtir os momentos bons, tentando não focar no longo prazo. Mas percebeu que ele está se envolvendo, e, por isso, se sente ainda mais culpada, como se estivesse usando o rapaz.


Vocês já enfrentaram situação assim? O que acham que ela deve fazer?


O Trio

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O mesmo amor, doze anos depois

Pessoal, participação especial da leitora Lourdes
Enjoy it!

beijos do trio


Minha história começa pelo fim. Ou melhor, pelo momento atual. Voltei com o meu ex-marido, pai dos meus filhos, por quem me apaixonei há quase trinta anos. Esse retorno aconteceu faz pouco tempo. E foi tudo muito rápido, como tudo em minha vida. Depois de doze anos separados, me dei conta de que eu estava com vontade de voltar. Isso aconteceu depois da formatura da nossa filha Iara. Eu andava sonhando muito com ele naqueles tempos. E ele estava um amor comigo na cerimônia. Fomos todos jantar e percebi que ele combinava com aquele cenário. Tive vontade de chamá-lo para um chope. Mas, por estranho que pareça, não me sentia íntima o suficiente do cara com quem tinha passado 17 anos da minha vida.

Depois disso, decidi escrever uma carta. Fiquei três meses sem resposta. Pouco tempo depois, passamos a trocar e-mails. Num deles, fui incisiva e exigi uma resposta. Ele disse que uma volta estava fora de cogitação, mesmo porque estava com outra pessoa. Enfiei minha viola na sacola e fiquei na minha (na verdade, não foi tão simples assim, mas estou resumindo). Em junho de 2010, acho, ele terminou com a perua. Meses depois, o pai dele faleceu. Fui ao enterro e todos os familiares dele, que eu não via há exatos 12 anos, me trataram como se eu ainda fosse esposa dele. Isso mexeu muito comigo.

Um belo dia, decidi convidá-lo para um chope. Ele topou. Confesso que o meu coração bateu forte quando o vi chegar. Fomos a um bar todo sofisticado e caro. Detalhe: rachamos a conta. Foi muito agradável, conversamos sobre nossos trabalhos, colegas, amigos, como se fôssemos velhos amigos. Depois disso, ele começou a arranjar desculpas para ir em casa. Chegou o Natal e, pasmem, ele me tirou no amigo secreto. No dia seguinte fomos ao cinema em um dia de chuva torrencial. Dividimos um guarda-chuva. Mas nada de beijinho. Ainda. Quando o filme acabou, fomos jantar e desta vez ele pagou. Já em casa, o convidei para um café achando que íamos terminar num rala-e-rola. Mas só ficamos no café mesmo.

Passamos o Ano Novo juntos e, logo após a meia noite, já cansada de enrolação, mandei um torpedo com um trecho de uma música da Marisa Monte e o pedido: quer namorar comigo? A resposta: já pensei nessa possibilidade. Dias depois tivemos uma loooonga conversa colocando todos os pingos nos is. E rolou, então, finalmente o beijo. Mais alguns dias e nossa “first night” após 12 anos. Aos poucos ele foi se mudando para minha casa até entregar a chave e mudar de vez. E agora existe um compromisso consciente de mantermos a chama acesa todos os dias. De mantermos o respeito acima de tudo, o carinho e, claro, muito sexo!

Na verdade, esta história começou há 30 anos, quando nos conhecemos na revisão de um grande jornal. Os dois eram recém-separados. Eu já tinha uma filha. Ele não. Revisão vai, revisão vem, em três meses já estávamos morando juntos. Em 1986 tivemos uma filha, no ano seguinte fomos morar no interior. Em 96 tivemos nosso filho. Três anos depois, separamos. Eu que quis, estava infeliz. Ele levou um susto, mas não chorou. E disse algo de que nunca mais me esqueci: “Casamento, se não for com você não será com mais ninguém”. Ele esperou mais doze anos, mas aconteceu. De novo.

Lourdes - A Recasada

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Expurgando os fantasmas

Estes dias a Débs, A Separada virou pra mim e disse que eu era a pessoa que mais tinha fantasmas que ela conhecia, se referindo a alguns ex (namorados, peguetes e afins). Isso porque vira e mexe comento de alguém do passado que, do nada, reaparece, me procura como se nunca tivéssemos nos separado. Antes que a observação se transformasse em mais uma fonte de caraminhola, me falou fofamente: “Deve ser porque você é inesquecível”.

Mas fiquei pensando nisso... Por que será que certas pessoas não conseguem enterrar o passado, seguir em frente e parar de desenterrar você de tempos em tempos. Tudo bem que tem aqueles relacionamentos informais que a gente sabe exatamente do que a pessoa está atrás, claro. Mas também tem o ex-namorado que inesperadamente te liga pra querer saber como você está e quer combinar um jantar, por exemplo. Lógico que sei que este tipo também está atrás de algo mais, mas, ao mesmo tempo, me pergunto por que ele não vai atrás de alguém novo e esquece quem já passou. É como se essas pessoas necessitassem resgatar o passado em certos momentos da vida, como se precisassem se alimentar de algo que foi bom pra elas no passado para se recuperarem e seguirem em frente. Mas considero um pouco de egoísmo isso, acho uma atitude meio vampiresca ir se alimentar da energia de alguém com este objetivo.

De tempos em tempos, tento fazer uma faxina nas pessoas que já passaram, tipo não atender ao telefone, ou não levar a sério as conversas, mas às vezes me encontro em uma fase ruim e acabo sendo levada pelo que já foi bom um dia, mesmo sabendo que dificilmente será bom de novo. Só que sempre me arrependo, é como se o fluxo do rio da minha vida reduzisse seu ritmo ao passar por troncos encalhados, aí preciso de força redobrada pra retomar a vida normal. Acho que esses vampiros deveriam ir comer ratos por aí em vez de ir atrás do sangue de quem não merece mais levar mordidas.

Patrícia, A Solteira

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O amor de Dona Primavera

Dona Primavera, hoje com 80 anos, ficou viúva cedo. Ali pelos 50, 60, não sei dizer a idade exata. Sofreu, sentiu, penou, mas, quatro anos depois da morte do marido, decidiu que ia viver a vida dançando. E passou a frequentar bailes para a terceira idade. Para quem não sabe, esses eventos são bombadíssimos. E a paquera rola solta como não acontece nas baladas que a gente conhece. Tanto que, um belo dia, nossa protagonista conheceu, numa festa assim, Seu Jacinto.

Foram treze anos juntos. Com direito a muita dança e viagens românticas país afora. Um namoro animado, cada qual no seu canto, dividindo apenas os bons momentos. Eis que Jacinto adoece e...Não resiste. Dona Primavera ficou sozinha outra vez.

Fim de jogo? Jamais. Se só um novo amor pode a saudade apagar, esse atendeu pelo nome de Seu Aristeu, com quem Dona Primavera namora há nove anos. Na verdade, é mais do que isso. Eu acho até que ela descobriu um meio termo bastante interessante entre o namoro e o casamento: de segunda a quarta ela mora com a filha. De quarta a domingo, com Aristeu, na casa dele. O ritmo do casal teve que diminuir um pouco de uns tempos para cá, já que ele anda doentinho. Mas, mesmo assim, a vovó apaixonada não deixa de confidenciar à neta, que me contou essa história, o quando se sente plenamente realizada com o companheiro. Sob todos os aspectos, vocês me entendem.

Pois eu quero ser Dona Primavera quando crescer. E nunca deixar de acreditar na vida e nos relacionamentos. Que aconteça o que for, a gente nunca sabe, nunca vai saber, mas não me falte amor. Muito menos vontade de viver.

Boa semana a todos.

Much love,

Isabela – A Divorciada e A Noiva

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Projeto São Silvestre: amigos que correm X amigos que comem



Viver em São Paulo é ter uma vida social de muita comilança. Aqui, para ver e rever amigos, come-se. E bebe-se. E muito. Todo encontro, momento de descontração ou celebração passa por alguns chopes e porções generosas de petiscos. E haja estômago e contagem de caloria. Depois que entrei para a categoria “solteira”, piorou. Tanto que no começo dessa minha empreitada eu enchia a cara um dia à noite e corria, mal, bem mal, no dia seguinte. Tomei até bronquinha do coach.

Para minha sorte, tenho uma compensação dos amigos que comem: os amigos que correm! Sei que volta e meia posso contar com algum deles. Nessa categoria estão a Pat, a Solteira (com quem ultimamente eu mais como que corro), o Ricardo, meu parceiro de corridas de rua (segunda foto) e o supermásterultramaratonista: Alexei (o primeiro), o cabra que eu conheço que mais corre nessa vida. Para vocês terem uma ideia, ele faz corridas de mais de 300 km que duram um fim de semana inteira. Um doido de pedra, mas que morre de tesão pelo que faz (ah, ele também escala montanhas com neve e é mestre de aikido).

Portanto, se você quer se dedicar mais às pistas ou fazer alguma grande besteira como correr a São Silvestre, minha dica é: tenha amigos que correm por perto. Pode ser útil.

Débora - A Corredora

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Hoje é dia do homem!

Eu confesso que sequer sabia que essa data existia. Até dei uma googlada para saber mais e descobri que o mundo todo comemora o macho no dia 19 de novembro, só nós que somos do contra. Aparentemente, a data serve para promover a saúde masculina (justo!) e equilibrar a questão dos gêneros - hum...ok.


Eu decidi aproveitar a data e fazer essa minha singela homenagem aos cabras que eu acho que representam bem a 'catiguria' - em termos de lindeza, é claro. Por que se eu fosse colocar a lista dos homens que eu admiro, ela seria longa e bem menos bonituda (taí a ideia de um bom futuro post!).







Se a data surte efeito, não sei. Acho que a maioria sequer sabe da existência desse dia - como eu. Mas se ela existe, bora celebrar! Dê uma cervejinha de presente pro teu bonitão. Ou uma flor mesmo, se ele segue a linha fofa.

Eu mesma vou é aproveitar a lua que fica cheia hoje e caçar algum dessa espécie por aí! Auuuuu!

Débora - A Separada

ps: Marcelo, o melhor de todos, in memorian

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Seu Dilema: "Ele não se separa"

Moro no Rio de Janeiro e comecei a namorar com o homem da minha vida há um ano, quando ele estava quase saindo de casa, bem na reta final do casamento dele com a ex. Era uma relação horrível, com muitas brigas. Estamos juntos e felizes. Sei que ele me ama também.

Acontece que ele saiu de casa há oito meses e, até agora, não assinou os papéis. Ou seja, não oficializou a separação. Ele diz que prefere dar um tempo, para que tudo fique mais calmo, evitando brigas. Mas isso me deixa insegura.

Será que ele ainda gosta dela? Que não sabe se quer ficar comigo? Por que tanta demora?

Me ajudem. Obrigada!

Beijos para o Trio, esse blog é maravilhoso,

Anônima

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Wabi-sabi, apreciando a imperfeição

Me deparei duas vezes com essa expressão no domingo. Ao acaso. Numa revista de decoração e num livro sobre um viajante canadense no Japão. Foi paixão a primeira e segunda lida. Só mesmo os japoneses para conseguirem dar tantos significados a duas palavrinhas justapostas. Wabi-sabi significa apreciar o imperfeito, o impermanente e o incompleto. Foi incorporado pelos decoradores por ser uma linha estética que valoriza a assimetria, a aspereza, o natural e a simplicidade.

É uma grande lição de vida apreciar a imperfeição. Afinal, por mais que nos esforcemos em fazer tudo perfeito, no final, sempre falta algo. Perfeição só existe na nossa imaginação.

Mal sabia eu que adotar o mais novo lema seria fundamental para a semana que ia nascer. Após três semanas ouvindo diversas pessoas para uma matéria difícil, passei uma segunda-feira tomando pedradas de alguns deles, desgostosos com o rumo que a pauta tomou. Justo. É do direito de cada um gostar ou não. Só que o ataque afetou minha auto-estima e as minhas crenças. Fiquei arrasada. Me sentindo incapaz, limitada, quase-burra. Imperfeita.

E foi aí que a expressão japa saltitou na minha frente de novo: wabi-sabi. Impossível fazer algo perfeito e que agrade a todos. Sempre haverá um lapso, um algo-por-dizer, um pensamento inacabado, uma ideia que não é a sua e alguém desgostoso.

Tem gente que acha que o mundo é injusto. Prefiro pensar que ele é imperfeito – e lindo assim mesmo.

Ainda bem que depois da chateação veio a lucidez. Deixei o momento “eu sou uma coitada” para trás e fiquei satisfeita em saber-me tão inacabada.

Debi-wabi-sabi – A Separada

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Conversa de ultrassonografia

Enquanto ele introduzia seu instrumento besuntado de gel em mim, perguntou se eu tinha filhos. Até aí, normal o médico que está fazendo em você uma ultrassonografia transvaginal (um exame mais do que constrangedor que toda mulher precisa fazer anualmente) querer saber se você já procriou na vida. Mas ele foi mais longe:

- Quantos anos você tem?

- 36.

- Está acabando o tempo nhein!

- Eu sei...

- Por que não teve?

- Porque...

- Não encontrou o príncipe encantado?

- Hum... eu... é que não deu certo com o príncipe encantado, preciso encontrar outro.

- Não existe príncipe encantado, só sapo! Eu parei de procurar uma princesa e me casei com a bruxa.

- Mas... é... talvez... eu sei...

- Pronto, pode se vestir...


Patrícia, A Solteira

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A virginiana que existe em mim





Até bem pouco tempo eu achava que essa história de ascendente não era para mim. Escorpiana demais, queria identificar vestígios de outras partes do zodíaco nos meus caminhos, até para dar uma equilibrada na intensidade deveras intensa dos nativos de Scorpio. Há poucos dias, quando me peguei lavando na mão um lençol branco, por pena de jogar na máquina, às 23h, em pleno quintal, achei o que procurava. Afinal, nativos de que outro signo além de Virgem fariam isso à noite, em pleno frio do inverno paulistano? Como diria Katylene: alokah, né???

Daí foi só puxar da memória e fechar a equação: sou super organizada com as minhas coisas, gosto de estabelecer metas e cumprir, faço listas de compras até para ir à farmácia, me sinto a pessoa mais feliz do mundo depois de jogar papéis inúteis fora, tenho como meta de vida me aperfeiçoar quando Virgem é um dos signos que mais se relacionam com o aprimoramento pessoal. Tudo a ver. E isso para não citar a minha astróloga, que me disse uma vez que eu escrevia por causa de Virgem, segundo ela o signo dos escritores. Coisa bonita, não? Eu achei.

Lado B: pelo que pude apurar, virginianos podem ser chatinhos consigo e com os outros por causa dessa mania de fazer tudo nos conformes. Podemos ser beeeeeeeeeeem críticos e rígidos, afinal, queremos o melhor. Tudo a ver elevado à quinta potência. Vejam vocês o signo que eu fui arrumar para neutralizar a dureza do Escorpião, hahaha!!!

Enfim, é assim que eu também sou.

Amigos virginianos, me abracem, me acolham, me contem tudo. Estou nessa com vocês.

Beijos, beijos, beijos,

Isabela – A Divorciada, A Noiva e A Escorpiana com ascendente em Virgem




PS: Não é demais a Barbie Virginiana? Amei essa série zodíaco e, para variar, quero para mim!!!

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Projeto São Silvestre: meditação em movimento

Faz um tempo já que eu tento meditar. Sou ainda uma aprendiz, preciso me disciplinar e lembrar que dez minutos diários são melhores que nada. Aprendi alguns conceito básicos de algumas linhas de meditação, mas a que eu mais gosto é a Shambhala, da qual eu até participei de um treinamento no fim de semana passado. O que muitas linhas dizem é que após meditar do jeito tradicional – sentado, com olhos abertos, semi-cerrados ou fechados, postura ereta e concentrado na respiração – você começa a perceber que consegue meditar de outras formas.

Eu tenho feito isso correndo.

Depois de já ter ajustado a velocidade, a freqüência cardíaca, a passada e de ter me ambientado com o local – seja na esteira ou num parque – eu entro num moto contínuo que é um estado de quase transe. É como se o mundo, por um segundo, sumisse. E eu só corresse. Como na meditação, corrida é também foco constante em respiração. E lá vou eu sentindo o barrigão crescer e esvaziar, limpando os pulmões, as vias respiratórias e os pensamentos. Correr dá leveza à mente.

Beijos, bom fim de semana

Débora – A Separada corredora

ps: espero conseguir meditar ao longo dos 15km da São Silvestre...

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O beijo, segundo um homem de 30

“Consigo ver que amadureci quando penso, por exemplo, no beijo.
Na minha infância, eu beijava com os lábios. Quando fui ficando mocinho, naquela fase em que a volúpia transborda até pelas orelhas, passei a beijar com os lábios e com a língua.
Agora, já superada a idade da razão, com trinta e poucos anos, beijo bom é aquele que envolve os lábios, a língua e a alma, ficando o corpo, a mente e o mundo prostrados diante da intensidade do momento. Assim, acredito que, pelo menos beijando, já consegui evoluir um pouco, não acha?”

Não é lindo? Foi escrito por um amigo de longa data, em uma de suas reflexões existencialistas.

Quem disse que eles não podem ser sensíveis? E que, pelo menos alguns, também buscam a evolução de espírito?

Muitos beijos assim para todos neste final de semana.

Patrícia, A Solteira

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Seu Dilema: "Me apaixonei por outro"

Acho que estou num momento de desabafo, me sentindo bem confusa. Sou casada há apenas um ano e quatro meses, mas estamos juntos há mais de oito anos. O problema é que conheci uma pessoa e me apaixonei cinco meses depois do sim.

Meu marido é a pessoa mais maravilhosa que já conheci, eu não tenho uma única queixa dele: é ótimo filho, ótimo marido, ótima pessoa, simplesmente me baba o tempo todo, vive dizendo que me ama, pensa sempre em mim antes de tomar qualquer decisão. Entretanto, há quase uma ano essa outra pessoa não me sai da cabeça.

Ele se diz apaixonado por mim, mas, é claro, eu sou casada. Se me apaixonei por alguém, imagino que algo esteja errado no meu relacionamento. Caso eu me separe e namore esta pessoa, pode dar certo ou não, mas, se eu não me separar, fico imaginando que, a qualquer momento, vou me apaixonar por outro. Apesar de ter um marido maravilhoso, acredito que isso já não é tudo.

Essa outro homem não me sai da cabeça. E eu penso: meu Deus, como eu faço? Se me separo, para onde vou? Fiz trinta anos agora no começo de julho, estou ficando velha, vou ficar sozinha para o resto da vida? Choro, fico confusa, penso na outra pessoa, penso no meu marido, e assim os dias vão passando, a vida vai passando.

Acho que tenho medo de me arrepender. E também de fazer alguém que acreditou tanto em mim infeliz.

Gostaria de ouvir vocês, obrigada.

Beijos,

Anônima

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"Eu já transei com um michê"

Senhoras e senhores, no post da Debs de ontem, nos comentários, eu perguntei se alguma leitora do blog já tinha contratado os serviços de um michê. Pois bem, a Senhorita Anônima, uma querida, atendeu o meu pedido e mandou seu depoimento para nós.

Fiquem com ela. Obrigada, Anônima. Beijão procê, corajoso de sua parte dividir a sua experiência conosco, arrasou.

Isabela – A Divorciada e A Noiva

“Eu já transei com um michê.

Foi assim: Sempre tive vontade de experimentar sexo com dois homens, até que meu PA resolveu fazer. Não queria envolver conhecidos, por isso ele contratou um garoto de programa.

Começamos só nós dois pra eu ficar mais a vontade, até que o garoto entrou no quarto. Foi uma experiência nada agradável. Primeiro, há o inconveniente de não beijar na boca e, ora, se não há esse mínimo sinal de intimidade, fica difícil relaxar e deixar vir o tesão pelo outro. Depois era estranho ele me tocar e eu não sentir absolutamente nada. Me refiro ao contato da pele, uma coisa totalmente fria e mecânica, tanto da minha parte quanto da dele, eu presumo.

Até procurei relaxar e partir para a penetração. Em vão, não senti absolutamente nada com ele. Por mais que houvesse esforço da parte dele pra me proporcionar prazer, não tive como me envolver naquilo, acho que por pura falta de intimidade, afinal, eu estava na cama com um completo desconhecido, com quem eu não tinha trocado sequer duas palavras!

Eu e o PA chegamos a procurar outro michê pra ver se seria mais bacana o menage, mas a coisa não mudou muito.

Por mais que não tenha sido esse o intuito de eu ter procurado um garoto de programa, mesmo para sexo descompromissado é preciso o mínimo de afeição entre o casal, porque a partir daí é que se relaxa, rola intimidade, desejo, tesão, curtição mesmo.”

Beijos,

Anônima

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Não é tão simples assim...

Quem nunca ouviu de um amigo a seguinte frase:

- Para vocês, mulheres, é bem mais simples conseguir sexo. Basta estalar os dedos e...

Além de um bocado machista, a frase é totalmente equivocada. Machista porque pressupõe que a gente não tem gostos, preferências e vontades próprias. Que, “se está afim”, aceita qualquer um que te queira e pronto. Também pressupõe que qualquer cara gostaria de transar com a gente. O que nem sempre é verdade. Sexo é bem mais complexo que um simples querer de ambas as partes.

E equivocada porque é exatamente o contrário: para nós, mulheres, conseguir um sexo descompromissado é um suplício. Duvida?

Aos argumentos, por favor:

1- Comprar sexo
Alguma de vocês aí já saiu com um michê? Acredito que uma minoria bem minúscula. Primeiro porque o mercado de michês é quase que exclusivamente gay. Segundo porque mulher já é medrosa para transar com desconhecidos, quanto mais com um desconhecido cuja profissão é transar.

2- Amigos
Transar com amigos é um risco imenso. Você pode perdê-lo ou ganhar um namorado. Pode dar certo como um romance, mas não como sexo descompromissado. Fuja, como diabo da cruz, dos amigos que são casados ou têm namorada e que ficam só à espreita, esperando uma brecha sua. Um porre.

3- PA:
O PA, ao meu ver, tem dois grandes problemas. O primeiro é que a chance de ele arranjar uma namorada é sempre grande. E o segundo, e mais grave, é que só eles podem te contatar. O contrário é visto como desespero de causa, vontade de namorar, chicletismo. Oras bolas, como se não fosse lícito querermos só transar.

4- O apaixonado
Transar com aquele cara que você sabe que vai grudar em você, aquele cara que insistiu muito, que te persegue faz anos, que não vai sossegar enquanto não te levar para cama, é ter a certeza de que a perseguição só vai fazer crescer. Um caminho é não ser muito performática e deixar uma lembrança bem broxante na memória dele. Ainda assim, é um risco.

Conclusão:
O jeito é sair caçando novidades. E nunca ligar para elas de volta.

Acredito que só haverá igualdade entre homens e mulheres, de fato, quando a gente puder ligar para qualquer cara atrás de um sexo casual sem nenhuma paranóia da parte deles. Enquanto isso não acontece, vamos fazendo a princesa. Mesmo que a Cinderela só queira tomar um porre com o príncipe antes de virar abóbora.

Débora - A Separada

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Projeto São Silvestre: Eu, não robô

Correr me fez perceber que eu sou mesmo um Dino. Não lido bem com tecnologia. Eu já sabia disso, claro. Meu amigo supertramp e o primão não me agüentam mais tirando dúvidas básicas sobre o mundo windows, sobre iPods, câmeras, celulares e afins. Mas ao treinar três vezes por semana, percebi que além de ser ruim em matemática, sou péssima com as máquinas – das mais inofensivas, como o relógio, até as grandes, como a esteira. Por exemplo, meu coach que teve que ajustar o super Polar que eu ganhei de presente de aniversário dos meus amigos. E se ele desregular, danou-se. Levo de novo para ele mexer.Foi ele também que me fez perceber que eu estava usando a minha esteira de maneira um bocado equivocada. Um dia ele perguntou qual velocidade eu estava correndo. E eu respondi, toda orgulhosa: 6km/h! Ele ficou passado. “Isso é muito pouco!”. Cinco segundos depois, ele me diz: “Hum...não seriam 6 milhas?”. Fiquei orgulhosa ao saber que isso equivale a quase 10 km por hora, mas quase morri de vergonha ao descobrir que a minha esteira fala somente inglês após dois meses de uso.

O lado bom disso tudo é que correr melhora não só minha resistência, minhas pernas e meu corpo, mas também minha inteligência: além de me tornar menos jurássica, ando fazendo até contas e conversões de cabeça (uau!). Mais uma prova de que exercício físico só traz benefícios ao ser humano.

Aproveitem, hoje é sábado: mexam-se.

Ótimo fim de semana!

Débora – A Separada

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As três perguntas irritantes na hora do xaveco

Após algum tempo na “pista”, você já consegue desenvolver uma incrível capacidade de traçar o perfil de um pretendente com base nas primeiras perguntas que ele faz. Tudo bem meninos, eu sei que é difícil se aproximar de uma mulher e iniciar uma conversa e que vocês ficam meio nervosos às vezes. Este é só o meu ponto de vista e não uma crítica geral à categoria.

Eu só acho que algumas perguntas que vocês consideram essenciais no primeiro encontro poderiam ser adiadas o máximo possível. O nome não tem jeito, vai ter que perguntar. Mas nem essa precisa ser a primeira, senão fica óbvio demais. Adoro quando alguém se aproxima de mim falando alguma banalidade ou me fazendo rir, em vez dos clássicos: “Está sozinha?”. “Vem sempre aqui?”. “Como é seu nome?”.

Bom, mas o nome está perdoado. A primeira perguntinha irritante é “O que você faz?”. Vocês podem defender que é algo básico a se perguntar, mas é justamente do básico que fujo. Por que, afinal, a gente tem que ser o tempo todo apresentado como fulano, jornalista; ou ciclano, engenheiro? A segunda é um complemento dessa: “Onde você trabalha?”. Nesta hora, se alguém estiver me observando, vai notar na hora minha linguagem corporal mostrando desinteresse. E a terceira: “Onde você mora?”.

Vocês devem estar se perguntando o porquê de coisas tão simples me irritarem na hora do xaveco. É porque quando me fazem estas perguntas, eu tenho a sensação de estar passando por uma entrevista de emprego sabe? Como se o cara quisesse checar se eu me encaixo nos seus requisitos para me “contratar”. Porque, sabendo onde eu trabalho e em que bairro moro, ele pode fazer uma boa avaliação da minha classe social e das minhas "capacidades". Ele demonstra não estar interessado em compartilhar aqueles minutos ou horas de uma forma agradável, conversar pelo simples prazer de conhecer alguém novo. Ou seja, perde a naturalidade e se torna desinteressante.

Mas há uma coisa pior ainda a se fazer quando vocês conhecerem alguém. Vomitar em alguns minutos tudo que você faz e tem. Uma vez, em meia hora, até a marca do carro e a propriedade na praia ele deu um jeito de me contar. Eu só dizia, ironicamente: "Nossa, que legal nhein". Senti minha inteligência e caráter subestimados. Eu sei que tem muita mulher que valoriza este tipo de coisa acima de tudo. Se for esse tipo que vocês procuram, ok, estão no jogo certo. Senão, melhor mudar o discurso. Do contrário, como uma amiga costuma dizer: X ELIMINADO.

Patrícia, A Solteira

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