Não, eles não são todos iguais

Inspirada na coluna da Miriam Goldenberg de ontem, na Folha, decidi somar minha opinião à dela. Ela fala sobre essa mania insuportável de nós, mulheres, reforçarmos certos estereótipos masculinos - e cita vários deles como "homem é tudo galinha" e "homem só quer sexo". Eu também não curto isso (claro que em algum momento de raiva ou decepção, me afogando nas lágrimas, eu já devo ter feito e-xa-ta-men-te isso). Quando o mulherio se exalta de raiva da homarada e começa a dizer essas coisas, sempre fico pensando se é justo tal ataque. Nós não somos iguais, por que eles seriam?

Eu mesma, entre amigos, primos, paixonites e amores, conheci cada peça rara que não se encaixa em nenhuma dessas frases. Meus dois namorados e meu ex-marido estavam bem longe da galinhagem. Conheci um cara que não dava a muita pelota para sexo (uma pena, aliás) e apesar de ter em meu histórico homens com várias características em comum, eles eram todos bem diferentes entre si. Em tudo.

Então, como diz dona Miriam (uma figura, adoro entrevistá-la), bora tomar cuidado com esses chavões? Nós, que brigamos tanto para que o mundo olhasse para a gente de forma mais cuidadosa, podemos retribuir fazendo o mesmo.

Débora - A Separada


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Encarar ou adiar o ódio alheio?

Ultimamente tenho me deparado com discussões a respeito de um difícil dilema existencial (se é dilema, é porque já é difícil né?). Tem gente (normalmente do sexo masculino) que prefere mentir a respeito do que sente para evitar confusões e a raiva alheia. É o medo de ter o dedo apontado na cara. Em uma das histórias, o personagem preferiu trair, mentir, acabou permanecendo com a traída, e provavelmente ela nunca saberá nada a respeito daquele tempo em que dividiu o seu parceiro com outra. Vai continuar considerando ele fofo e perfeito. Mas existe o risco de a parte enganada vir a descobrir tudo um dia. Então me pergunto: É melhor encarar uma possível explosão de raiva por ter sido honesto quanto às suas dúvidas e sentimentos ou empurrar a verdade com a barriga em troca de uma felicidade cercada por hipocrisia?

Pelo tom do meu texto, claro que vocês já devem saber o que eu acho. Eu prefiro que a outra pessoa morra de raiva de mim no calor dos fatos e até possa manter esta mágoa por um tempo. Mas, em compensação, um dia deverá compreender as minhas atitudes ou fraquezas. E até voltar a se relacionar amigavelmente comigo no futuro, reconhecendo que apesar da infidelidade, nunca houve deslealdade. Quanto à outra situação (a de empurrar com a barriga), normalmente acontece justamente o contrário. Uma hora a verdade vem à tona e a mágoa e a decepção vêm com muito mais força e duram para sempre.

A verdade dói, mas é sempre o caminho mais nobre.

Patrícia, A Solteira

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Toda noiva é uma diva



Toda noiva é uma diva. Acho que deve ser por isso que eu gosto tanto de encarnar a personagem. Sim, há aquelas desagradáveis que se aproveitam da situação para espalhar seu mau humor e tirania mundo afora. Não é o meu caso, juro (com direito a muitas testemunhas capazes de depor a meu favor, tenho certeza). O que eu amo nessa condição privilegiada de estar prestes a casar é poder contar com a gentileza e o carinho de conhecidos e anônimos, nas mais variadas situações.

Uma noiva, e somente uma noiva, tem todo o direito de alugar as pessoas com dilemas como qual a cor do esmalte mais indicada para usar na cerimônia sem pagar de fútil ou ridícula (o meu chefe, por exemplo, já disse que prefere um tom mais vinho ao invés do clássico branco). Ou mandar para dez mil amigas uma imagem do penteado que pretende usar, pedindo uma opinião, e receber as respostas mais fofas do mundo em minutos.

Não deu para ir ao lançamento do livro daquele amigo querido? Puxa, você precisava buscar os envelopes dos convites, ele vai entender. Na loja de sapatos, ao pedir uma sandália prata de salto não muito alto e explicar para a vendedora que você não quer morrer de uma eventual queda no dia do seu casamento, o mais provável é ouvir “você é a noiva, que linda, vai casar quando?”. Ao saber que será em outubro, a atendente ainda me disse: “ai que ansiedade!!!”, dividindo comigo a expectativa.

Cores de batom, sabores de doces finos, flores que poderão ser usadas no buquê, os melhores modelos de brinco, os bonequinhos do bolo. Fale e será ouvida com todos os confetes a que você, noiva e diva que é, tem direito.

Aproveitemos. E muito, companheiras rumo ao altar, enquanto é tempo. Viva o momento, adoro ser noiva. E dividir todas essas causações com vocês.

Much love,

Isabela – A Divorciada, A Noiva e, muito modestamente, A Diva

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Os árabes de O Astro



A chiqueteza de Carolina Ferraz já seria suficiente para justificar a minha audiência (gente, que mulher, não? Nasceu para interpretar heroínas elegantérrimas e levemente sofredoras, adoro). Mas O Astro é mais. E ainda tem um núcleo árabe forte na trama.

Assim, por ser noveleira e por escrever para a Agência de Notícias Brasil ÁrabeANBA, divido com vocês a reportagem Os astros das 23h, publicada hoje.

Beijos, beijos, bom domingo, boa semana, boas novelas, boa vida,

Isabela – A Divorciada e A Noiva

PS: Na foto acima, de Rafael França, divulgada pela Rede Globo, o ator Daniel Filho caracterizado como Salomão Hayalla.

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Quais lugares fazem parte do que você é?



Li isso num livro que estava lendo sobre o Japão. Fechei naquela página, fechei os olhos e comecei a fazer a listagem mental dos meus lugares. O primeiro, e óbvio, é a cidade onde nasci, cresci e vivo. Pode falar tudo sobre São Paulo - e não é difícil criticá-la. Mas essa cidade tão grande e caótica deu os melhores amigos, amores e momentos que eu poderia ter. A segunda é Conchas, cidade da minha mãe. Pequenina pérola do interior paulista. Lá estão minhas raízes, minha família, meus fantasmas, minhas férias da infância, meu descanso de adulta.


Neste ano, sem planejar, fui parar em duas cidades novas para mim que também estão ligadas aos meus antepassados: Treviso, na Itália, e Torre de Pedra, cidade do lado de Conchas - a tal Torre de Pedra que dá o nome à comarca é de uma energia incrível.

Quando fiz 24 anos, saí em busca de respostas pela Espanha, terra de onde vieram os meus familiares do lado paterno. Não achei nada lá. Descobri que a Espanha está no meu sangue. Mas meu sangue não está na Espanha. Não me reconheci ali.

Por outro lado, não tenho nenhuma ligação genética com o Japão, mas sou fascinada por aquela ilha que treme. Tenho um kanji tatuado na minha nuca, pratico arte marcial e sonho um dia em estar ali. Teria isso a ver com vida passada? Ou é só sobre energia?

Não sonhava conhecer a Nova Zelândia, mas minha irmã foi parar lá, minha sobrinha nasceu ali e eu acabei me apaixonando por aquele pedaço esquecido do mundo. Hoje, o país também faz parte do que sou.

A Bela tem seus pedaços de terra que ela tanto zela: Maceió, sua origem, Recife, seu amadurecimento, São Paulo, sua vida. Patrícia defende sua baixada santista com gosto e afinco. Tenho um amigo que até tatuou o mapa da África nas costas. E uma comadre que nasceu num fim de mundo sul-mineiro, mas que descobriu que Roma é seu lar.

E vocês, quais são os lugares que fazem você ser quem você é?

Débora - A Separada

Foto 1: eu, com sono e descabelada, e a torre de pedra
Foto 2: eu em alguma igreja qualquer de Treviso

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Seu Dilema: Dividir a senha é uma prova de amor?

O Dilema de hoje é emprestado, digamos assim, da leitora, querida e blogueira Claudia Tonelli, autora do Impressões Expressas. Quando ela me disse, no Facebook, que escreveria sobre o assunto, pedi para dividir a questão aqui. E fui gentilmente atendida.

Assim, indo direto ao ponto: dividir a senha com o parceiro é uma prova de amor incondicional? Ou uma roubada, já que todo mundo deve prezar pelo próprio espaço em se tratando de e-mails e afins?

O que vocês acham?

Claudia, obrigadíssima por dividir o seu dilema conosco. E por ser nossa leitora. Beijos!

Isabela – A Divorciada e A Noiva

PS: Para ler o post da Claudia sobre o assunto, só clicar aqui.

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Ouvi por aí...

Não sou uma voyeur da conversa alheia. Pelo contrário. Se os vizinhos começam a brigar, fecho a porta do quintal e aumento o volume da TV, para não escutar nada. Me deprime e, honestamente, as DRs deles não me provocam qualquer interesse. Agora, andando na rua, na fila do banco, dentro do metrô, na sala de espera do consultório, não tenho como deixar de ouvir os diálogos de quem fala alto. E, aí sim, muitas vezes, me pego brincando de imaginar como é a vida daquelas pessoas. Na minha ficção, fico pensando no que eu diria para elas naquele exato momento. Aos fatos:

Na porta de um bar, na Vila Mariana: “Amiga, ele já fez muito, aprontou demais. Agora você precisa é pisar, pisar, entendeu?” Concordo em gênero, número e grau: pise!!! Não sei nem o que o cara fez, mas, diante de tamanha ênfase acho que é para pisar geral.

No metrô: “É, porque mulher é assim, né? Elas acham que você tem que dar satisfação para elas toda vez que se afasta a uma distância de dez metros”. Como assim, cara pálida??? Há mulheres e mulheres. Problema seu se escolheu uma psico como parceira.

Numa loja na 25 de Março: “Sei não, mulher quando começa a se arrumar muito, tem que ver, geralmente é esse negócio de amante no meio”. Como diria um tio meu: burro com quatro Rs!!! Já parou para pensar que ela pode estar querendo chamar a sua atenção, imbecil?

No metrô: “É, eu já desisti de ir para Maceió nas férias, fiquei sabendo que lá tem toque de recolher, não dá para ficar até mais tarde na rua, acho que vou para Natal mesmo”. O que??? Gente, foi muito difícil ficar calada e não me meter. Fui firme, coloquei um esparadrapo mental na boca e não disse nada. Mas, para vocês, eu digo: não tem toque de recolher em Maceió!!! Criminalidade zero é algo que não existe em capital nenhuma, mas também não é assim.

No metrô: “Você, sabe, a Paula é escorpiana, e escorpião não esquece, né?” Mas não esquece mesmo, de jeito nenhum!!! Hahaha!!! Manda um beijo para a Paula.

Numa loja de artigos de construção, perto do meio-dia: “Oi, tudo bem? Estou ligando só para mandar um beijo, tô morrendo de vontade de almoçar com você”. Fofo!!! Quer se declarar para ela no 3xtrinta?

No meio da rua, na Vila Mariana: “Mas pelo menos vocês transam, né? E eu, que nem isso tenho, nem me lembro quando foi a última vez”. Mais glamour, por favor: as pessoas atrás de você na calçada não precisam saber a quantas (não) anda a sua vida sexual!!! Me poupe.

Na porta de um banco: “Mas homem é assim, eles não têm tanta sensibilidade quanto a gente”. Concordo. Há exceções, OK, mas eu concordo com você.

Numa avenida da Vila Madalena: “Sabia que na China tem uma outra rede social? É uma que faz muito sucesso na Ásia”. Fiquei curiosa, me conta qual é? Gente, alguém sabe?

E vocês, me contam o que andam ouvindo por aí?

Isabela – A Divorciada, A Noiva e A Ouvinte Acidental

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A sustentável leveza de não precisar ser princesa

Muito se falou estes últimos dias aqui das delícias de se chegar aos 30. Queria destacar uma delas em especial. É a libertação de parar de ser aquilo que esperam de você. No caso das mulheres, deixar de se comportar como a princesa dos sonhos de alguém e ser autenticamente você mesma. E o melhor, perceber que você mesma é muito mais legal e interessante que aquela bonequinha de antes.

Faz um tempo que penso sobre isso. Mas por causa da atual história que vivo é que finalmente pude comprovar que consegui me livrar dessas amarras, parei de encanar com o que a pessoa pode pensar de mim se eu for eu mesma. Hoje penso que, se ele não gostar do que eu sou de verdade, então tudo bem, bola para frente, porque eu me amo assim desse jeito e por mais que a gente tente melhorar sempre, o essencial não muda não. Portanto, mais fácil mudar de parceiro que modificar completamente a nossa personalidade.

Percebi também que nem todos eles idealizam esta princesinha, muitas vezes é a gente mesma que cria esta fantasia toda, nos colocamos em várias prisões, como a da “companheira perfeita” ou aquela de segurança máxima chamada “corpo perfeito”. No momento me sinto leve assim, despretenciosamente deixando acontecer. E, podem ter certeza, dá muito mais certo.

Patrícia, A Solteira

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E estar apaixonado já não seria razão suficiente?

Já abri meu coraçãozinho aqui uma vez – bem mais de uma vez – sobre minha grande paixão que deu tudo errado. Pois outro dia, falando com uma amiga, descobri que ela está vivendo algo parecido. A sorte dela é que o cara tem namorada, o que é bem melhor que o cabra ser casado, com filhos. Mas qual não foi a minha surpresa quando ela me contou que o carinha em questão usa o seguinte argumento para não levar a coisa adiante: “Não tenho motivos concretos para terminar com minha namorada, não brigamos recentemente, não existe DR, só estamos acomodados, o que é normal em qualquer casal”.

Era exatamente essa frase que eu ouvia. Que não existia motivo.

E estar apaixonado já não seria uma razão por si só? Para mim, foi. Eu abri mão de tudo que tinha por amor. Fui meio kamikase, eu sei. Mas estar apaixonada e ter um casamento morno foi, para mim, razão mais que suficiente.

Não existe nada mais broxante aos olhos de uma geminiana intensa como eu que viver no aconchego da zona de conforto.

Às vezes, é claro, “ele só não está tão afim assim de você”. Não o suficiente para se jogar. Mas eu, que já vivi isso e acompanho histórias similares, desconfio que o grande problema é mesmo o medo.

Quanto mais revejo minha história, e ouço outras histórias de amor, concluo que sou a única pessoa que eu conheço que trocou “a segurança do seu mundo por amor”. Só não sei se devo me orgulhar disso ou me sentir uma estúpida.

Corajosa ou idiota, fui coerente com a minha verdade. E faria tudo de novo.

Débora – A Separada

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O Recife além dos guias



Dá licença de indicar, direto do friozinho paulistano neste sábado à noite, uma reportagem minha, na Agência de Notícias Brasil Árabe, sobre o Recife? Publicada na seção de Turismo, a matéria traz dicas da capital pernambucana que não necessariamente estão nos guias de viagem.

Aqui temos o restaurante de 1882 (o delicioso Leite), a torta de morango e chocolate da Sweet’s, a simpatia dos recifenses, o Parque das Esculturas de Brennand, no Marco Zero (na foto acima, de Inaldo Lins, tirada do site da Prefeitura local). Y otras cositas más.

Espero que vocês gostem.

Bom final de semana.

Beijos, saudades do Recife,

Isabela – A Divorciada e A Noiva

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Ter trinta anos é...

Ter amigos solteiros, casados e divorciados.

Se vestir muito melhor que aos 20. Pelo menos comigo foi assim. Mil vezes, no mínimo. Abafa o fato de que eu já fui para a faculdade de bermuda de algodão, camiseta e melissinha, hahaha!!!

Encanar menos com detalhes técnicos como celulite e estria diante do espelho. Afinal, macho que é macho não sabe nem a diferença entre uma coisa e outra.

Morrer de inveja do metabolismo dos 20. E do tempo em que eu me jogava no bife à milanesa dia sim dia também.

Ter amigos maravilhosos dos 20 aos 60. Ou mais, sem problema nenhum.

Começar a pensar mais seriamente no futuro: fazer previdência privada e me perguntar desde já no tipo de velhinha que eu quero ser.

Perder a vergonha de dizer que adora muita coisa que tanta gente diz que detesta, como novela, por exemplo. Ou eu sou a única aqui a não ficar indiferente ao final de Insensato Coração, hoje? (Achei a trama fraca, de modo geral, mas como o Gilberto Braga mandou bem na última semana, não?).

Entender melhor a própria mãe. O próprio pai, a própria tia, os próprios irmãos. A própria humanidade, enfim.

Dizer o que pensa com mais leveza, respeito e tolerância. Sem aquela pretensão insuportável de ser dona da razão que a gente já teve um dia.

Isabela – A Divorciada, A Noiva e A Trintona de 33 Anos

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Seu Dilema: Como dar um chega pra lá no chefe?

Numa dessas sextas de bebedeira, na casa de um amigo, conheci Daniel. Blá-blá-blá- blá – ti-ti-ti-ti e ele demonstrando estar interessado, o que seria muito bom, não fosse Marisa, uma querida amiga, apaixonar-se loucamente pelo cara.

Percebendo isso, retirei o corpeto (corpo porpeta) da pista. Não respondia as mensagens/e-mails de Daniel, deixando o caminho livre para ela, que acabou namorando o moçoilo. Ficaram seis meses juntos, mas o romance não vingou.

Muitas reticências depois, cá estou, trabalhando com Daniel. Hoje, meu chefe. O que me faz gastar boa parte do salário em Neosaldina: o mala continua mandando mensagens de amor para Marisa, mas também pesa na minha, declarando-se muito apaixonado.

Como dar um chega pra lá no chefe, que, apesar de tudo, quebrou vários galhos e no fundo, é boa gente, apesar da falta de bom-senso?

E para Marisa, devo contar o que acontece?

Anônima

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Uma ode aos 30 anos

Como a vida é gostosa aos trinta anos! Hoje, dia 17, comemoro meu aniversario de 30 anos. E, ao olhar para trás, vejo, pela primeira vez, que estou dando importância para o meu aniversario. Conheço muitas pessoas que adoram datas comemorativas, e eu nao sou uma delas. Natal, ano novo, carnaval e aniversário, para mim, são dias comuns. Fazer 18, como todo adolescente almeja, foi mais do que normal. Mas é engraçado perceber como fazer 30 está mexendo comigo.

Com os meus 30 anos veio a realização de muitos sonhos. Alguns de longo, outros de curto de prazo. Estamos em um mundo muito competitivo, um país que não dá muita oportunidade para os pequenos, e em uma época onde todos são obrigados a terem ensino superior, 3 línguas, MBA...E eu finalmente consegui ser dono do meu próprio nariz! Depois de anos de estudo, de luta, de erros, de aprendizado em todos os sentidos possíveis, sinto-me capaz de gerir uma vida: a minha.

Nao acho que eu tinha maturidade o bastante aos 20 anos para saber que aquela namorada era a mulher da minha vida, mas eu achava. Ou que a minha pequena empresa seria o maior sucesso em 6 meses, e eu me danei. Ou que comprar um apartamento perto do meu bairro predileto seria simples, e estou indo para longe.

Hoje, aos 30, vejo que tudo o que fiz me formou como pessoa para errar menos, almejar o possível, ser mais realista e poder ter um relacionamento sério e maduro sem as inseguranças de uma vida insegura.

Com 30 anos, sou finalmente independente financeiramente, mesmo com um padrão mais baixo que o dos meus pais. Com 30 anos, me casarei com a mulher que tenho certeza que nao é apenas uma transa e uma paixão inesquecível, e sim um amor com enorme companheirismo e compreensão. E aos 30, finalmente, tenho certeza de que ainda errarei muito, mas que cresci com meus erros passados e que estou mais preparado para encarar as frustrações que a vida nos traz todos os dias.

Viva os 30!

Ricardo - O Noivo Trintão

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Galinhas, cuidado


Diz o senso comum que os homens trocam mais informações sobre elas do que elas deles. O motivo seria aquele outro senso comum de que as mulheres disputam e eles cooperam. Mas tenho observado uma mudança nisso aí. Sinto que as mulheres trocam mais informações hoje sobre suas vidas e “queimam” as opções do mercado sem dó, se necessário. Estamos aprendendo a cooperar também neste jogo, o que me parece bastante saudável.

Prova disso aconteceu no final de semana. Uma amiga de uma amiga se queixava do comportamento estranho de um “ficante”. Ele andava ligando de madrugada para querer vê-la ou nas noites de domingo, numa clara demonstração de estar aplicando a teoria “não peguei ninguém então vai você mesmo”. Foi aí que uma terceira entrou na conversa, perguntando quem era o dito cujo. E não deu outra. Ela já conhecia o sujeito, ou seja, há muito tempo ele já vinha aplicando o “golpe” na praça. E disse: “Sai fora que esse aí é traste”. Se ela já pensava mesmo em dispensá-lo, passou a ter certeza.

Portanto, cuidado homens-galinha, porque diferentemente de vocês, a informação entre nós voa.

PS: Feliz Dia dos Solteiros (comemorado ontem) atrasado.

Patrícia, A Solteira

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3xmadrinha

Sabe, eu não sou de uma turma que casa muito. Estudei em colégio alternativo, virei jornalista e conheço muitas mulheres que têm alergia até mesmo à palavra "casamento". Outras acham lindo, mas não fazem questão do protocolar - como eu. Outras ficaram no sonho, que abriram mão por causa do parceiro. Caso da minha mãe, que se casou vestindo uma calça boca de sino azul, no civil, em 1977.

E agora, quem diria, serei 3xmadrinha. Sou dinda de duas meninas lindas e doidinhas -Flora e Sofia. Mas nunca abençoei nenhum casamento. De repente, foi uma avalanche. O primeiro convite veio do Ricardo (com a Ritoca). Será o casamento do meu melhor amigo. Mas o dele ainda demora um pouco. Logo depois dele, veio um convite muito especial: o da nossa belíssima Divorciada e Noiva. No primeiro casamento dela, fui uma espectadora (muito bêbada e feliz). Mas, agora, vou participar ativamente. É uma honra saber que estarei ali depositando todo meu afeto na Bela e em seu Guarda Belo. Por fim, há duas semanas, fui pega de surpresa ao ser convidada para o casamento do meu amigo, flatmate, irmão da minha amiga Claudia e tio da minha afilhada Sofia. Em janeiro, lá estarei eu de novo num altar.

Curiosamente, nenhum dos três é em igreja, o que me deixa bem mais confortável. Com todo respeito aos religiosos, não sou muito chegada em "casas do senhor". E os três serão celebrados por conhecidos do casal, o que eu acho super bacana. Padres, no geral, não sabem muito de nossas vidas.

Tirando a parte dos vestidos, presentes e horas agendadas no salão, ser 3xmadrinha está me trazendo uma nova visão da cerimônia. Acho que começo a entender porque as pessoas celebram o amor publicamente. Minha irmã casou escondidinha lá nas Ilhas Fiji e só avisou a gente depois. Achei o máximo - e corajoso. Mas confesso que acho ainda mais corajoso fazê-lo na frente dos parentes e amigos. É uma forma de dizer: "vocês fazem parte disso, obrigada!".

um beijo no coração

Débora - A Separada e Madrinha

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Foi o que meu pai me ensinou


- Fumar é horrível, mas beber nem tanto
- Casar e lhe dar netos seria bem legal, mas ficar em casa com ele também é
- Ganhar dinheiro é importante, mas nada que impeça a dormidinha no meio da tarde
- É possível fazer raiz quadrada e porcentagem de cabeça em segundos
- Trabalhar honestamente, seja no que for, nunca é vergonha
- Recomeço não tem idade
- Mudanças podem ser emocionantes, de cidade, de casa, de emprego
- Basta querer algo de verdade que o universo te dá
- Homem pode chorar à vontade
- Fazer média com os outros é muito chato
- Papear no boteco traz grandes aprendizados
- E que às vezes a gente tem sim que pensar só na gente

Ele tem muitas chatices, claro. É teimoso, acha que pode continuar comendo torresmos e gordura de picanha, reclama quando sai da rotina, se recusa a comer em restaurante por quilo, demora séculos para contar uma curta história. Mas é a pessoa mais de bem com a vida que eu conheço, que sorri fácil, e que chora também, até com desenho animado. Ele morre de orgulho de mim e é sim o meu grande herói até hoje.
Em outubro, o “seu” Gerônimo faz 70 anos, e continua me ensinando.

Te amo paizinho.

Bjs da Solteira a todos os papais

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Tico tico no fubá

Uma conversa entre mãe e filha em frente ao computador ligado no Facebook.


- Mãe, olha só quem eu encontrei na internet, aquele nosso vizinho de quando eu era pequena.

- Nossa, é ele mesmo. Tá igualzinho. É casado?

- Não sei, vamos ver... Ah, é divorciado.

- E você é o quê filha? Porque você não casou na igreja, aí se separou, e agora é o quê?

- Solteira!

- Ah, você é "tico tico no fubá"! (PS: num tom de orgulho, não de reprovação)

(Adorei meu novo estado civil, porque, como este blog prega aí do lado, os estados civis mudam, por isso o que importa é o estado de espírito)

Bjs da Solteira tico tico

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Seu Dilema: Ela só quer dançar

Moro em São Paulo, tenho 33 anos, sou comprometida há muito tempo. Tem uma coisa nesta vida que aaaamooo fazer: dançar. Sem grande talento até, mas, com uma satisfação tão grande que fico sorrindo por dias após uma boa balada.

Na pista, frequentemente, fecho os olhos e... saravá! Meu interesse é mesmo dançar, não vou pra paquerar. Acontece que, às vezes, nem o maridão nem as amigas estão disponíveis para me acompanhar. E aí vem o dilema: dá pra uma garota ir sozinha na balada??? Já vi homens que fazem isso, mas parece que rola um estigma, do tipo "tá lá pra sair acompanhado".

Claro que existem mil preconceitos de minha parte, tenho consciência disto, mas também tenho medo. Queria muito não ter que me reprimir nesta questão, mas, ao pensar a respeito, acho que vou me sentir constrangida, não sei como funciona... Se vocês já tiverem experimentado, por favor, me ajudem!!! Meu coração dançarino agradece!!!

Beijos,

Anônima

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Seja bem-vindo, Leonardo

O post do dia é especial. Em primeiro lugar, porque hoje é aniversário da autora, Alynne, minha amiga-irmã Bob (quer saber o que é Bob? Só clicar aqui). Em segundo, porque, nas linhas a seguir, a minha querida conta como está sendo a sua espera por Léo, meu sobrinho, que chega para causar e abalar na próxima segunda, dia 15.

Please, me ajudem a dar parabéns para ela. E a desejar boas vindas para o fofucho.

Parabéns, Amiga. Só o melhor sempre.

Muito amor,

Isabela – A Divorciada, A Noiva, A Tia do Leonardo e A Bob


Lembro da minha adolescência quando, nos papos com minha amigas-irmãs Bobs, a gente conversava sobre o futuro. Havia aquelas que sonhavam em se casar, aquelas que sonhavam em ser mães e aquelas que sonhavam com a realização profissional. Eu sempre ficava no meio termo, nunca sabia dizer se seria capaz de abrir mão de uma coisa em função de outra.


Adulta, organizei minha vida com a racionalidade que sempre me foi peculiar: fazer faculdade, namorar, conseguir um bom emprego, casar e ter filhos. Tudo o que dependia só de mim, modéstia à parte, eu consegui. Só esqueci que parte deste plano de vida envolvia terceiros...


A parte do casar e ter filhos demorou um pouco mais do que eu pretendia, mas chegou. A Bela já escreveu aqui sobre o lindo reencontro que eu tive com meu marido. Realizar o desejo de ser mãe só faz sentido por ser com este homem que está ao meu lado para tudo e provou, durante estes nove meses, o quanto eu posso contar com ele sempre.


Minha gravidez não foi fácil, fiquei em repouso absoluto desde a 18ª semana de gestação e farei um parto cesareana no próximo dia 15, quando estarei com 38 semanas completas de gestação. Foram vinte semanas recheadas de muitos sentimentos: medos, alegrias, conquistas, ansiedade, irritação, mas nunca arrependimento.


Ter o Leonardo aqui dentro de mim, ouvir seus batimentos cardíacos, sentir os primeiros movimentos, ver o rostinho dele pela primeira vez na ultrassom 3D, comemorar o ganho de peso, vibrar com a chegada do sétimo mês e sentir a vitória de chegar ao nono mês de gestação impossibilitam qualquer sentimento de arrependimento.


Soube que estava grávida no dia 24 de dezembro, foi meu presente de Natal. Completo 34 anos hoje e meu presente de aniversário chegará cinco dias depois, às 12h30 da tarde. O melhor presente da minha vida.


Amigas Bobs, me perguntem novamente sobre trabalho, casamento e maternidade. A resposta é uma só: pelo Leonardo eu abro mão de tudo e recomeco do zero sem precisar pensar duas vezes. Pela felicidade de ter meu filho nos meus braços, eu hoje já não estou mais em cima do muro, sei exatamente o que é prioridade e do que eu abriria mão.

Falta pouco, muito pouco, para minha realização se tornar completa.


Seja bem vindo meu leãozinho, você já é um vitorioso. Mainha e painho te amam muito.

Alynne - A Casada, A Mãe do Leonardo e A Bob

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Foi dada a largada! Mulher separada procura...

Entrevistadora: Mais de 30 ou menos de 30?


Separada: Mais de 30 (é o ápice sexual do homem!)


E: Engenheiro ou maconheiro?


S: Engenheiro maconheiro?


E: Só vale um...


S: Engenheiro...


E: Engenheiro coxinha ou cineasta que nunca fez nenhum filme?


S: Engenheiro coxinha é pleonasmo...


E: Ok, ainda no engenheiro. Metaleiro ou reggaeiro?


S: Reggaeiro.


E: Reggaeiro ou pagodeiro?


S: REGGAEIRO FOREVER!


E: Reggaeiro ou jornalista?


S: Reggaeiro...


E: Petista ou tucano?


S: Apolítico.


E: Escolhe...


S: Ok...petista.


E: Petista ou PV?


S: Se não for ecochato, fico com o verde.


E: Alcoólatra ou abstêmio?


S: Namorei quatro abstêmios. Desce duas ampolas, por favor!


E: Cinéfilo (leia: Godard, Lars Von Trier e Fassbinder) ou cinema americano?


S: Seriado americano. Com pipoca.


E: Surfista ou jornalista?


S: Surfista.


E: Surfista ou comerciante da 25 de Março?


S: Comerciante da 25 de março!!! Encheria a Bela e a Larissa (minhas amigas nordestinas amam a 25) de presentes!


E: Comerciante da 25 de março ou policial do GOE?


S: É namoro ou fetiche?


E: Namoro...


S: Comerciante da 25.


E: Japonês ou negro?


S: Mulato mestiço.


E: Quer seu diagnóstico?


S: Mas ca-la-ro! Te chamei para isso mesmo.


E: Você procura um mestiço-engenheiro-maconheiro, de 35 anos, que ouve muito reggae, transita entre o PT e o PV, cujo pai tem uma lojinha na 25 e curte ver House com você. Até atura seus momentos Truffaut e Antonioni. Ele também sabe surfar. E se veste de policial quando você quer. Ou seja...


S: Ele está chegando!!


E: Não, ele não existe. Já viu alguma mistura como essa aí acima?? Você vai acabar é namorando um jornalista – de novo. Sinto muito...


S: =/



Débora – A Separada

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Isabela que era mulher de verdade

“Ele sempre diz que vai lavar os pratos, mas depois, mais tarde. Aí demora, eu fico irritada, acabo lavando, fico puta e brigo com ele”.

Foi assim que uma amiga me descreveu, dia desses, uma situação de conflito que vivencia com o marido no que se refere à divisão de tarefas domésticas. Gente, eu era igual com o meu ex. Igualzinha. E foi com prazer que contei a ela que agora, com Guarda Belo, não é mais a mesma coisa. E sabem por que? Quando me dá ataque de arrumar tudo logo depois da refeição, eu, que não gosto de pia suja, arregaço as mangas e resolvo o problema. Sem frescura e sem encher o saco de ninguém. Serve como exercício para os braços. E ajuda a queimar as calorias do almoço ou do jantar. Simples assim.

Sou plenamente a favor da cooperação entre os sexos em casa, isso não se discute, mas, numa boa, não precisamos levar tudo tão a ferro e fogo. Na hora de tirar aquelas caixas enormes da mudança, não são eles que vão lá, fazer o serviço, enquanto você espera sentadinha? Quem instala o gás do fogão na sua casa? E checa a fiação daquela lâmpada chata que fica dando mal contato? Guarda Belo, Guarda Belo e Guarda Belo (tenho a sorte de ter um ninja total para esses assuntos ao meu lado, ele é mega habilidoso com todas essas coisas). Assim sendo, eu vou fazer confusão por causa de uma louça aqui e outra ali?

Vou não, quero não, faço não. Foi-se o tempo. Isabela que era (é) mulher de verdade é um ser infinitamente menos complicado, thanks God.

Isabela – A Divorciada, A Noiva e Aquela Que Encara A Pia Sozinha Se For Preciso Quando Tem Ataque de Lavar Tudo Na Hora

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3xtrinta indica: O Vestido de Noiva




Esse é mais um post da série casamenteira forever. Faço questão de indicar porque acho fofo demais. Escrito por Harriet Worsley, O Vestido de Noiva (Publifolha) traz um histórico do traje, destacando estilos, mudanças, modelos que marcaram época, como os de Diana e Grace Kelly, para citar apenas dois clássicos. Ao todo, são mais de 300 opções, com foto.

Entre as observações que mais me chamaram a atenção, está o fato de que, segundo a autora, o vestido de casamento é, para as que casam, normalmente a roupa mais cara e elaborada que elas vão usar na vida. Sendo, por isso também, tão especiais.

Sei bem do que a autora está falando. E mal posso esperar pelo meu primeiro encontro com o meu wedding dress, em setembro, para a prova. De renda renascença, caprichado. Há de me deixar bonita. E dividir comigo ótimos momentos. Chegue logo, companheiro!

Beijos a todos, much love,

Isabela – A Divorciada e A Noiva

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Tá de TPM?

O cara largou essa logo após eu dispensá-lo pela centésima vez. A história não tinha mais por onde e sequer havia espaço para a amizade. E ele insistindo. E eu sendo fofa, mas dispensando. Aí dei um basta em tanta fofice e pedi que ele me esquecesse. A resposta imediata foi essa: Nossa, tá de TPM? E na seqüência veio a matadora: Ou nasceu de TPM? Bem, isso só confirmou meu desejo de que ele sumisse da minha vida em definitivo. Mas fiquei caraminholando sobre essa frase.

A primeira reflexão foi a de que alguns homens dificilmente entendem o nosso sinal de que não queremos mais saber deles – mas ficam putos quando as mulheres não entendem que eles não querem mais.


A segunda reflexão me tomou mais tempo. Por que catso mulheres não podem simplesmente ficar bravas, nervosas, brutas ou incomodadas com uma coisa pontual sem que estejam no período pré-menstrual ou menstruadas? Por que existe essa patrulha hormonal para cima da gente? É como se ainda esperassem que a gente fosse só doçura, pura compreensão, total acolhimento. E que qualquer ruptura com esse pacto de meiguice tivesse somente a ver com sangue. Como se um chefe, um colega, um assédio abusado na rua não pudessem nos tirar do sério.

Nunca vou me esquecer de uma vez em que a Marta (Suplicy), então candidata à prefeitura de São Paulo, disse que toda vez que ela surtava, era chamada de histérica. E que quando o falecido (Mario) Covas dava seus pitis, era visto como um cara de fibra.

Nós não podemos ser bravas. Não podemos falar duro. Não podemos dar uma cortada num cara inconveniente. Temos que ser doces. Quando acontece de falharmos, ah, tudo bem, é só um período do mês, uma explosão de hormônios por causa da gravidez ou da menopausa. E esse discurso é perigoso porque deprecia o que nos faz fêmeas – o sangue que corre todo mês, o sangue que jorra no parto, o sangue que cessa com a idade. Por que temos que nos envergonhar dele?

Prefiro que me chamem de histérica de vez.

Débora – A Solteira

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Seu dilema: É possível ter esperança nos homens?

Toda mulher, quando criança, sonha com seu príncipe encantado. Sempre vemos eles, os homens, como nossos lindos heróis. Os amores de nossas vidas: todos os contos de fadas, filmes e novelas nos fazem acreditar que isso realmente existe.

Crescemos e descobrimos que isso não é verdade! Me desculpem as apaixonadas de plantão, cedo ou tarde, em algum momento, ele vai te decepcionar!!! Seja seu pai, seu namorado, seu marido... resta saber por quem vale a pena chorar e quem vale a pena perdoar!!!

Sim, não sou perfeita... e infelizmente não sou nenhum tipo de espírito evoluído que consegue perdoar de todo o coração. Eu sinto dor, choro, me descabelo, me levanto e sigo em frente.

Tento não levar toda a frustração de uma velha relação para uma nova, mas, confesso, que está começando a ficar difícil.

Mais uma decepção para minha coleção! Tivemos momentos bons? Sim, vários!!! Mas hoje isso não me basta, me sinto traída, humilhada e por aí vai....

Hoje eu não quero ser a princesa, estou mais para a madrasta! Acreditando que é muito mais fácil os príncipes se tornarem sapos do que o contrário...Amanhã será assim também e depois também...

Com o tempo, espero que a ferida cure e eu volte a acreditar que há possibilidade de existir algum homem digno nos dias de hoje (solteiro e disponível, claro!). Assim, reinicia-se o ciclo para esse coração burro!!! Rs!

Esse é meu desabafo!!! E o meu dilema: é possível ter esperança nos homens?

Tati - A Solteira Cansada de Homens com "h" Minúsculo

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A ex e o Facebook

Diálogo 1, entre duas amigas e eu:

- AMIGA 1 - Ai que saco, não dá para entrar nesse Facebook sem ter raiva.

- AMIGA 2 - Que foi?

- AMIGA 1 - Olha aqui, a ex do Carlos, fica deixando recado na página dele. Até aí, tudo bem, mas ela sempre escreve o apelido da época do namoro deles: gatinho.

- EU - Ai que vaca, muito ridículo.

- AMIGA 2 – A ex do Leonardo também está no Face dele....

Diálogo 2, entre duas anônimas. Ouvi no metrô, na semana passada:

- ANÔNIMA 1 – Você viu o que ela fez? Escreveu lá no Facebook dele hoje, perguntando se ele não queria tomar um chopp.

- ANÔNIMA 2 – Ela fez isso?

- ANÔNIMA 1 – Fez, menina. Teve essa capacidade. Na casa do seu pai tem internet? Vou te mostrar quando a gente chegar lá.

Esse é um post em defesa da noção nas redes sociais. Fico passada em ver como as pessoas são capazes de agir desse jeito. Como diria uma amiga minha, toda mulher tem o direito de lutar pelo homem que quiser, OK. Quer investir? Cair matando? Caia, pode cair. Agora, tenha o mínimo de respeito e educação. De dignidade. Disso, na minha modesta opinião, ninguém devia abrir mão.

O namoro acabou e você continua amiga dele? Tudo bem, mas, precisa chamar o cara de “gatinho” na página dele? Convidar para tomar um chopp na cara dura, assim, para todo mundo ver? Numa boa, eu preferia cortar a minha mão a dar bandeira desse jeito para um homem que já está noutra.

O mundo definitivamente seria um lugar melhor se algumas pessoas gostassem mais de si mesmas.

Isabela – A Divorciada e A Noiva




PS: Já aconteceu algo parecido com vocês? Me contam? Quero saber.




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Por que pé na bunda é afrodisíaco?

Frequentadores homens deste blog, me respondam uma coisinha: Levar um fora é instigante?

Eu sei que tem muitas mulheres assim também, que quanto mais levam porrada, mais se tornam apaixonadas. Mas posso afirmar com conhecimento de causa que isso se aplica ao sexo masculino também. Então gostaria muito de contar com a visão do sexo oposto sobre este assunto.

Isso anda me intrigando ultimamente porque em apenas um mês foram duas histórias com este ingrediente na minha vida. Vamos aos fatos.

Reencontrei um antigo casinho. Não nos víamos havia seis anos. Na época, recém-separada e completamente perdida em meio a sentimentos conflituosos, não quis dar continuidade àquela história. E, assim, como é de praxe entre os homens, simplesmente sumi, sem dar muitas explicações. No reencontro mês passado, percebi que ele ainda tinha um forte sentimento por mim. E fiquei surpresa ao saber que guardava na memória todos os detalhes daquela época, enquanto eu tive que fazer um esforço grande só para me lembrar de seu nome.

O outro episódio desta novela que é minha vida sentimental aconteceu com um estrangeiro que conheci em São Paulo quase dois anos atrás. Na época, eu estava chegando na cidade, iniciando em um novo emprego, procurando apartamento para morar, então também não consegui dar muita atenção ao dito cujo. Além disso, desconfiava que ele era comprometido. Apesar do meu distanciamento, a pessoa sempre me contatava quando vinha para cá (tem negócios aqui, por isso vem de quando em quando). Eu não dei muita trela repetidas vezes. Até que recentemente resolvi ceder e encontrá-lo. E, assim como na história anterior, percebi a imensa curiosidade dele e uma grande ansiedade em marcar um novo encontro. Até fez o papel dito de mulherzinha, como perguntar por que eu não fiquei com ele no passado e mandar torpedos todos os dias mandando beijo.

Esse comportamento deve ter a ver com aquele ditado de que "Quem bate esquece, mas quem apanha..."

Então será que eu deveria agir com indiferença quando realmente me apaixonasse por alguém?

Patrícia - A Solteira

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Seu Dilema: Ele é bi

Comecei a namorar o Luiz faz oito meses já. Ele é inteligente, atencioso, simpático e companheiro. Um gato! Do jeito que eu gosto. O que está pegando é que ele nunca me escondeu que era bissexual. Tava tão cansada de ficar sozinha, e tão apaixonada, que aceitei. De uns tempos para cá, ele começou a me falar de um namorado, um rolo com um homem que ele vinha levando.

Fui ficando com muito ciúme do cara. Até aceitei participar de uma transa a três, com os dois, só para ver qual era, para conhecer de perto o meu concorrente. Tinha a ilusão de que, na hora, meu amor ficasse mais na minha, sabe? Mais para o meu lado. Não foi o que aconteceu, fiquei péssima. Ele realmente gosta de meninos e meninas, curte os dois do mesmo jeito.

Não sei o que fazer. Gosto dele, queria continuar o namoro, mas acho que não vou aguentar. Me ajudem, meninas! Esse blog é maravilhoso, leio todos os dias.

Se alguém puder me ajudar, agradeço.

Beijinhos,

Anônima

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Eu não sei, mas sei aprender

A autora da frase acima tem dois anos e oito meses e ainda nem aprendeu a falar direito. É a minha sobrinha Marina, que também atende por Nina. Alguém perguntou se ela sabia imitar um cavalo, ou algo assim, e ela deu essa resposta. Além de ter achado muito fofo – afinal, tudo o que uma criança de dois anos diz, trocando o “r” pelo “l”, é fofo – achei sábio. Minha pequena filósofa mostrou que não tem medo de dizer que não sabe. E melhor, que tem disposição para aprender. Uma grande mestra para todos nós, especialmente para os bonitinhos da geração Y que, por terem crescido dentro do computador, acham que já aprenderam tudo.


Faço um parêntese para lembrar uma exceção: Silvioca, minha prima torta, que tem 21, mas não tem o menor medo de perguntar aquilo que não sabe. Admiro. Às vezes tiro um sarrinho, mas ela sabe que no fundo eu admiro esse eterno ar de menina questionadora. Sou de uma área profissional na qual todo mundo sabe tudo. Até quando não sabe. Às vezes cansa.


É demais esperar que a Marina continue assim para sempre. Afinal, um dia a adolescência chega e com ela a arrogância de não querer ouvir a opinião alheia. Depois vem os 20 e poucos anos e a necessidade louca de provar que já somos adultos, profissionais e vomitamos conhecimento. Depois vem os 30 e a pretensão de achar que já viu de tudo nessa vida e de que não se surpreende com mais nada (ha ha ha). Não posso falar pelos 40, 50, 60 etc. Mas garanto que todos vocês conhecem muita gente que continua metida à sabichona independente da idade - inclusive eu mesma nesse post.


Arrogância não tem idade. E disposição de aprender algo novo, fresco, também não. Saber dizer que não se sabe algo ou que desconhece um assunto não é sinal de ignorância. É coragem.


Obrigada, Ninoca, por mais essa lição.



Débora - A Separada

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