Doidas e Santas


Adoro Doidas e Santas, livro de crônicas da colunista e escritora gaúcha Martha Medeiros. Tanto que já dei o título de presente para a minha mãe e para duas grandes amigas. São textos leves, curtos, simples, mas cheios de reflexões com as quais eu me identifico muito, a maioria sobre o universo feminino, com todas as nossas alegrias, decepções, neuroses, loucuras. Minha dica de leitura procês hoje.

Para deixar um gostinho, reproduzo aqui um trecho que eu acho super verdadeiro extraído da crônica que dá nome à obra:

“Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.”

Ótimo sábado, doidonas. E doidões também!

Besos, besos,

Isabela – A Divorciada

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Quando não rola

É, tem vezes que não rola. A amizade que se restringe à cor do esmalte. A paixão que nunca passa da página 2, a convivência que não cruza a porta da firma. Da sua parte, até rola um desejo genuíno de ir além. Mas é só conhecer um pouco mais para a ter certeza absoluta de que não rola.

Alguns chamam de intuição, não importa. Quando este estalo acontece convém não ignorar. Jamais force a barra quando não rola. É uma regra básica que deve ser respeitada sempre. Isso vale para o menor comentário enviezado, largado como um petardo na sua direção. É, coisas de se viver em sociedade... Aquele que você finge não entender e só mesmo através da evolução do espírito para deixar para lá. Deixe para lá, nem perca seu tempo. O não rola é o desapego do novo milênio.

Não rola, então bola para frente.

Outro sinal precioso para não entrar em roubada. Beijou, foi mais ou menos, pode escrever: não vai rolar, nem adianta. Explicar isso num post é igual entrar num labirinto de olhos fechados. Enfim, não vai rolar.

Então, faça um retrospecto da sua própria experiência e depois me conte se é ou não é batata? A pessoa pode até ser legal. O problema é que, mais tarde, é exatamente assim que você irá lembrar dela: como uma pessoa legal, e ponto. Lógico, não rolou, não acrescentou nada ou grande coisa.

Qualquer coisa pode ser legal, até o que não rola. Mas é tão melhor quando é legal porque rola. Aí é o zênite. Os amigos que marcam um fim de semana bacana em dois tempos. Pode até fazer tempo feio, frio e chuva. Será incrível e isso é certeza. O mesmo para as relações intensas, nas quais dias, meses e anos são apenas mero detalhe. Falo dos amores de todos os tipos sejam daqueles que nos fizeram quem somos aos que nos desafiam a todo momento. O tempo ali é outro. Não se sente passar e pode ser revivido graças a outro estalo. O das lembranças daquilo que é bom de verdade.

Giovana - está solteira

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Me bate, Fragoloni!


“Me bate! Me bate, Fragoloni! Olha que horrível, me bate. Eu sei que vai doer, não vai ser legal, mas me bate, acaba comigo.”

Foi assim que, no capítulo do último sábado, dia 24, a personagem Jéssica, interpretada pela atriz Gabriela Duarte em Passione, reagiu ao saber que seu marido, Berilo, vivido por Bruno Gagliasso, decretaria uma greve de sexo. Eu estou chocada até agora. Para mim, só não foi pior porque Berilo respondeu o absurdo com um “Eu nunca vou bater numa mulher. Nunca!”.

Gente, num momento em que a Lei Maria da Penha está em plena discussão pela falta de condições de aplicação no país, que os noticiários estão repletos de casos gravíssimos de violência contra nós, que se tenta estimular as vítimas a denunciarem as agressões, como assim uma das mocinhas da novela pede para apanhar? Não se trata de fetiche sexual, nada na linha “um tapinha não dói”, que seja, mas de ser castigada para voltar a ter sexo. Jéssica sabe que é “horrível”, que “vai doer, não vai ser legal”, mas pede para ser redimida pela porrada.

Alô, Sílvio de Abreu!!! Haja vacilo para esse texto ter ido ao ar. Não dá meeeeeeeeesmo. Nem com uma flor. Nunca.

Severas críticas.

Isabela – A Divorciada

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Essa nossa mania de achar que a gente controla tudo...

Foi uma conversa interessante. Um jantar com mais duas mulheres sábias e cheias de vida e um rapaz calado, que só fazia balançar a cabeça concordando ou discordando. E elas queriam me convencer de que uma paixão só acontece quando a gente abre brecha para isso, quando a gente busca isso. Que não existe essa coisa de “aconteceu! Me apaixonei”. Disse que concordo com elas que de fato muitas vezes buscamos isso – especialmente quando estamos solteiros e queremos isso – mas que não é bem assim que funciona. A gente pode até abrir brecha, dar espaço, desejar uma grande paixão e isso acontecer. E que bom que acontece! Desde que estejamos livres. Mas que não temos tanto controle assim sobre as coisas do coração, como diria Raulzito. Que muitos sentimentos escapam ao nosso controle. Que é ilusão achar que a gente comanda o barco. O menino, que não dizia nada, levantou a mão para me cumprimentar e finalmente disse algo: como se fosse possível racionalizar o amor...

Acho que é preciso ter uma certa humildade em aceitar que o nosso controle vai só até um ponto. Depois, é se entregar ao imponderável.

A vida como um todo, ao meu ver, é isso.

Débora – A Recasada

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A certeza do reencontro

O reencontro sempre é precedido pela perda. A ideia me ocorre por causa da morte do filho da atriz Cissa Guimarães, atropelado em um túnel no Rio de Janeiro. Ganha forma quando ouço uma mãe resumir a perda de um filho ou filha como "quando as engrenagens do relógio andam para trás". Na mosca, é isso mesmo. Quem já viveu isso na família sabe do que estou falando.

O curioso é que, dependendo da perda, a certeza do reencontro é algo reconfortante. E ela carrega este sentimento de maneira ainda mais forte neste grupo, no das mães que tiveram que se despedir de seus filhos em vida. Pensando um pouco mais nesta ideia, há também a certeza do reencontro entre os grandes amigos. Esta é livre, solta e gostosa de sentir. Vai acontecer e é incrível que seja assim, quase que por acidente. Neste caso, as afinidades fazem o papel de ímã. Quer coisa mais reconfortante que isso?

Tem aqueles reencontros que desejamos, porém não queremos. Deu para entender? Estes são mais de foro íntimo, complicados de resolver. Simplesmente porque não paramos de imaginar como vamos reagir na hora "H". Aí o pensamento vai longe mesmo, em geral desencadeando um tanto de confabulações inúteis que não levam a nada. Na hora do reencontro, sempre acontece tudo diferente do que se imaginou mesmo....

Há os reencontros que nos fazem perder o sono de tanta felicidade. Já tem hora, local e data marcada. A simples certeza de que irão se tornar verdade muito em breve já funciona como um injeção de ânimo e tanto.

O reencontro como episódio, de um modo geral, carrega consigo um significado de ciclo que se fecha. Ou de um novo período que se inicia. Agora, existem por aí alguns reencontros que tem um quê de "acho que já te conheço de outros tempos". Aquelas de afinidade imediata, grande intensidade e uma boa dose de verdade. Seja lá o que for, são uma grande novidade, sempre à nossa espreita pelas esquinas da vida.

Giovana - está solteira

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A cada três anos

Eu resolvi estudar tarô. Não foi bem planejado, surgiu de um convite e acabou virando um vício. A primeira coisa que a gente aprende no curso, antes mesmo de estudar os arcanos, é fazer uma continha para descobrir nossos números. O principal deles é a soma da sua data de nascimento. O meu dá três, o que significa que a “minha” carta é a Imperatriz. Gostei dela. Sentadona no seu trono, austera, segurando um escudo, ela faz a ponte entre o espiritual e o material. Outra coisa que a gente aprende é que o tarô é um caminho que se expressa nas 22 cartas chamadas “arcanos maiores”. Nesse caminho há vontade, prazer, dor, livre-arbítrio, provações externas e internas e evolução. O seu número principal define a cada quanto tempo você vai reviver esse ciclo. Então, no meu caso, a cada três anos vivo todo esse caminho.

Pode ser uma grande bobajada, mas fiquei relembrando o que aconteceu na minha vida a cada três anos e não é que fez todo sentido? Aos quinze, comecei a namorar meu primeiro namorado. Marcante. De 17 para 18, o segundo. Aos 21, conheci e me apaixonei pelo Charlie. Diria que foi a fase da minha primeira grande crise pessoal. Fui parar na terapia. Aos 24, realizei meu sonho de ir para a Espanha ficar um tempinho por lá. Aos 27 comecei, sem perceber e sem grande consciência, meu caminho espiritual ao entrar no aikido. E aos 30 eu rompi meu casamento, vivi uma grande história de amor e passei pelo que eu considero agora a segunda grande crise da minha vida. O que vai acontecer aos 33? Sabe-se-lá! Mas possivelmente viverei mais um ponto de virada.

Já descobriu seu número?

Madame Débora – A Recasada

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I love Recife


Eu já escrevi aqui o quanto eu sou louca pela capital pernambucana? Disse que Recife é uma das minhas cidades prediletas? E que eu vivi lá cinco anos maravilhosos, entre 1996 e 2000, o período da faculdade de Jornalismo? Pois é, a terra de Manuel Bandeira é TUDO para mim. Amo de paixão, morro de saudade.

Para expressar parte deste amor, escrevi na semana passada, na Agência de Notícias Brasil Árabe – Anba, uma reportagem de turismo destacando o roteiro das artes no Recife, com parte das lindezas que aquele lugar tem nesse campo. E isso dentro e fora dos museus, viu?

Ficou interessado? Pode ler aqui.

Bom domingo, minha gente. Beijos especiais para todos os leitores e leitoras de Pernambuco, esses privilegiados.

Isabela – A Divorciada

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A Cinderela mudou de ideia


Recebi na redação um livro muito bacana, diria que é a cara desse nosso blog. “A Cinderela mudou de ideia” (Editora Planeta) conta a história de uma princesa muito da moderna. A começar que ela volta tão bêbada do baile que, quando se dá conta, aceitou a proposta de casamento sem pensar muito bem. O sapatinho de cristal não cabe perfeitamente no pé dela – o salto altão e o bico fino a oprimem! (essa parte eu adorei, claro). Mas ela faz de tudo para se encaixar nele e no papel de princesa. Até cozinhar perdizes para seu príncipe glutão, mesmo sendo ela vegetariana e tendo horror à carne, ela faz sem pestanejar. Um belo dia ela diz CHEGA! E eis que a fada do “Chega” – morena, gordinha e peluda – aparece na frente dela. E, pela primeira vez em anos, a “Cindi” chooooora.

Depois do episódio, ela manda o príncipe embora (a parte mais difícil, segundo a própria) e passa a tomar conta de sua própria vida, seguindo de acordo com suas crenças e convicções.

O livro é de duas espanholas, a ilustradora Myriam Camelos Sierra, e a escritora Nunila López Salamero. E a história por trás da história, ou sobre todo o rebolado que elas tiveram que fazer para lançá-lo, também é contada de forma ilustrada. E igualmente divertida.

No final, há um pequeno texto da Nunila contando quando foi a primeira vez que ela chamou a fada do CHEGA e porque, desde então, brigou com ela mesma por causa dessa mania de perseguir príncipes. Até finalmente entrar em paz consigo própria. No final, ela escreve uma coisa que é o resumo do que penso ser o amor. Me senti quase que aliviada por alguém escrever exatamente o que sinto:

“...porque amar não é encontrar sua alma gêmea; amar é cuidar, cuidar de nós mesmos primeiro e depois de todo o resto.”

Amei!

Débora – A Recasada

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Fogo de saudade

Ele está com um brilho no olhar e um sorriso que eu conheço bem. Está encantadíssimo. Ela pensa como ele, sente como ele, projeta a vida como ele. Só que ela não é a namorada dele, é outra mulher. E a mesma razão que o faz sorrir, gera uma crise no peito sem precedentes. Ele fica entre o “fazer o que é errado e pagar para ver no que dá” e o “frear a paixão, esquecer o encantamento e fingir que nada aconteceu”. Afinal, a paixão não elimina o amor pela titular. E isso gera conflito. Para aliviar a alma, foi jantar com uma amiga que o aconselhou da seguinte forma: “O que te faz feliz não pode te fazer mal”. Eu disse que concordo com a frase e também sou de me jogar, mas que completaria a sentença da seguinte forma: “...mas sempre pode ter conseqüências dolorosas, só que isso não deve te impedir de fazer o que você quer. É só ter consciência disso”.

A crise é braba, a culpa é grande e o medo é o que o faz ficar paralisado. No entanto, o sentimento é delicioso. É o que o faz ficar aqui e acolá cantarolando “Fogo de Saudade” no ritmo da Beth Carvalho. E eu reforço, e assino embaixo, quando ela diz: “Quem ama para valer, do amor se fortalece”.

Disso, ah, disso eu não tenho a menor dúvida!

Débora – A Recasada

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'Minha ex está namorando'

Não faz muito tempo, nosso leitor Fernando (nome fictício), de 34 anos, administrador de empresas, morador da muy linda capital baiana, Salvador, escreveu para nós contando que estava se sentindo mal por saber que a sua ex-mulher, de quem ele se separou em agosto do ano passado, após cinco anos de casamento, estava namorando.

Fernando mantém uma boa relação com a ex. E inclusive já tem um novo relacionamento também, mas não nega que ficou baqueado quando soube que ela estava em outra. Ao ler isso, não perdi tempo e propus a ele uma entrevista sobre o assunto, para a gente entender melhor essa história: até que ponto eles se sentem nossos donos após o fim? Abaixo, Fernando responde. Mas, antes disso, eu agradeço super a gentileza de ter atendido o nosso pedido. E de ser nosso leitor. A gente ADORA quando os meninos abrem o coração aqui.

Beijos e boa sorte com tudo,

Isabela – A Divorciada

Como você ficou sabendo que a sua ex estava namorando?

Batíamos papo no MSN. Ela sabia que eu estava com uma pessoa e eu que ela ainda estava só. Um dia, ela começou a falar, contar dois casos de pessoas que estavam dando em cima dela. E eu escutando atentamente. Fiquei meio nervoso, mas me mostrei imparcial, mesmo porque as duas pessoas eram casadas e eu conheço muito bem a mulher com a qual casei. Sabia que eles não tinham a menor chance. O que fez meu coração se acalmar!

Uma semana, depois ela me disse que ia sair com o pessoal do trabalho para uma festa com o grupo Asa de Águia (ela detestava esse tipo de festa quando estava casada comigo). Na segunda, nos falamos pelo MSN. Eu estava com um pressentimento de que alguma coisa ia acontecer.

Aí ela começou a dizer que a festa foi legal, que ela tomou uma cervejinhas, que tinha ate ficado “altinha” (coisa que quando estava comigo não fazia também) e que tinha encontrado por acaso um aluno (ela é professora) e que ele tinha passado a festa toda conversando com ela. No final, rolou um beijo. Segundo ela, não ia ser nada sério porque ele era muito mais novo. A culpa foi da cervejinha!!!

Nessa época eu a acompanhava no Twitter e via alguns sinais de que eles iam jantar, ao cinema. Um tempo depois, ela assumiu o namoro e eu não a acompanho mais desde então.

Como reagiu diante da notícia? Como se sentiu?

Na hora meu coração parou, a boca secou e eu pensei: putz, fudeu! Perdi a minha mulher para sempre... Ela vai se apaixonar e eu nunca mais vou ter uma chance de novo. Mas respirei fundo e escrevi para ela que estava feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por ela ter voltado a viver a vida dela, que ela estava se recuperando de mais de dois anos de depressão e que isso me deixava extremamente feliz. E estava triste porque sou ex-marido e agora ela está com outra pessoa. Mas que a respeitava muito. Dei força para ela assumir, tentar, independentemente da idade dele.

Não sei o que de fato ocorreu: não senti ciúmes, acho mesmo que senti medo de perdê-la mais rápido do que já estava perdendo, ou de admitir para mim mesmo que já havia perdido. Não era ciúme e sim medo da verdade.

Ficou pensando no assunto depois?

Claro que fiquei, não tem como não pensar a respeito. Ficava imaginando o que podia ter feito de diferente, o que podia ter feito a mais, fiquei pensando no que fazer para reverter a situação, onde foi que eu errei. Mas fiquei só no pensamento. Não tinha como voltar no tempo e desfazer o que já estava feito. E era impossível naquele momento fazer um novo começo. Ela já estava muito magoada comigo.

É verdade que os divorciados, por um bom tempo, se sentem meio donos da ex? Por que?

Se é verdade eu não sei. Até acredito que sim. A idéia de posse é intrínseca a todos nós. É normal, é compreensível quando existe ou existiu amor, carinho na relação. Eu acho aceitável, não sendo patológico, é claro. Mas nunca me senti dono, nunca quis controlar os passos nem a vida de ninguém.

Acha que as mulheres são assim também? Como a sua ex reagiu quando você começou a namorar?

Acho que todos são assim, esse sentimento de posse existe. Mas eu e minha ex pensamos diferente. Quando ela soube respeitou. Ficou bem chateada por ser alguém que fez parte do nosso convívio no final do nosso relacionamento. Mas nunca me disse nada que desrespeitasse a mim ou a pessoa que está ao meu lado hoje. Ela é muito inteligente e sabe que brigar não vale a pena.

Dá para ser amigo da ex? Como você conseguiu isso?

Dá sim. Tenho certeza de que nos tornaremos amigos. Mas para isso precisamos superar algumas coisas. Não tem fórmula e não tem tempo pré-determinado. Mas nos conhecendo e sabendo o bem que queremos um para o outro, sei que de fato isso no fim vai acontecer.

O nosso casamento não acabou por traição, brigas, desentendimento. Até existiram brigas e desentendimentos, mas a motivação foi outra. Ela passou por um longo processo de depressão e fomos nos afastando lentamente. Quando acordamos para a situação já estávamos morando em estados diferentes. Já não nos entendíamos e não conseguíamos nos comunicar. Passamos meses sem diálogo, sem troca de carinho. Não existe um culpado. O que fica para mim de lição é que não podemos descuidar um só minuto da pessoa que amamos.

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Quer ser entrevistado?

Um jornal paulista nos procurou interessado em entrevistar pessoas que se separaram no papel e preferiram nunca se divorciar, ficando anos nessa situação intermediária. Isso pode acontecer por motivos variados, como questões financeiras, emocionais e práticas.

É o seu caso? Conhece alguém que tenha passado por isso? Mande um e-mail para a gente: 3xtrinta@gmail.com. Sua mensagem será encaminhada ao jornalista responsável.

Beijos,

Isabela – A Divorciada

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Alô, alô, caos!

Não, este não é um post sobre "como hoje em dia a vida anda tão corrida". Nem como "trabalhe menos e tenha uma vida". E quando uma coisa é extensão da outra? Bom, este é assunto para outras linhas, melhor nem começar para não desviar do propósito. Há algo de incrível no caos. Olhe para os lados e perceba que a sensação de que o tempo passou voando pode querer dizer que você soube usá-lo fazendo o que gosta.

Nem sentiu os ponteiros percorrerem cada segundo. Já foi. Mesmo que isso signifique fazer bem o que é preciso fazer. Nestas horas, faça o que tem que fazer benfeito com a certeza de seguir logo para a melhor parte, isso vale para tudo. Jogo de cintura é arte que se aprende na prática.

Existe uma tal mentalidade de escravo que impera por aí. Às vezes, caímos nesta esparrela e, sem nos darmos conta, ouvimos e repetimos a ladainha. Afinal, tem tanta gente que gosta de pensar em si como tal. Ouvimos, repetimos e nada fazemos. Tão mais fácil ir na onda dos outros, né? Como você pode curtir uma vida destas, que não para, pensaria um escravo? Lógico que tem algo errado contigo. É...lógico que não.

Por isso, para quê arrumar pelo em ovo? A imagem literal já é repugnante e a atitude não leva a nada mesmo. Por isso, melhor coisa é não ouvir. Se confia no seu caminho, siga adiante e deixe que pensem que você não vive. Seus objetivos estão claros? Você sabe o que quer? Ótimo. Ah, não faz ideia, se sente sufocado? Se sabe o que não quer já é um belo começo para reverter o seu ponto de vista; e depois a situação como um todo.

Curta o seu caos, ele ensina a fazer escolhas. Faça o que é preciso e não deixe de realizar o que gosta. Nunca! Amanhã pode não dar tempo. É só pensar um pouquinho que você arruma um jeito. Use o caos a seu favor e sem dramas. Ele pode ser uma excelente desculpa para você passar uma borracha em que não te acrescenta nada, por exemplo. Quem pode provar o contrário se você realmente não tem mais tempo para certas coisas? Ainda bem... O caos pode lhe abrir muitas portas, colocar muita gente nova no seu caminho. E isso também não é viver a vida? Sim, caoticamente sem sombra de dúvida.

O caótico é centelha para a criatividade, basta não fechar os olhos, é só prestar atenção ao redor. O caos nos faz valorizar os momentos de quietude como recarga de energia. A paz é revigorante, nada entediante. Seu cantinho, família, amigos queridos e alguém especial estão aí para isso. Nada como estar no olho do furacão.

Giovana - está solteira

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Sobre homens gentis

Tem mulher que prefere os tímidos, os coxinhas (vai que é tua, Debs, hahaha!!!), os viris, os durões, os difíceis, os conquistadores. Lendo Tereza Batista – Cansada de Guerra, do Jorge Amado, me dei conta de que o meu fraco é pelos gentis. Pois é, nada me arrebata mais do que ser agradada, cortejada nos pequenos gestos, bem tratada.

No livro, Tereza se redescobre como mulher a partir do contato com um homem que a valoriza, a trata como a dama que ela era e não sabia até então. Um coronel mais velho que lhe oferecia licores finos, trazia rosas, fazia o prato dela antes de se servir (gente, Guarda Belo faz isso comigo também, é o máximo, aprendeu com o avô, que fazia o mesmo com a avó dele). Foi aí que eu percebi: os gentis são os realmente irresistíveis para mim. Aqueles cuja cotação ultrapassa as notas mais altas do ranking mais qualificado dos exemplares mais incríveis do sexo masculino.

E isso não se aplica só aos nossos parceiros amorosos não, viu? Uma dádiva ter um pai que tira a minha mala do carro quando vai me levar no aeroporto (por mais que eu insista que eu posso tirar, pensando na coluna dele) e que não sai do terminal enquanto eu não passo pelo check in (mesmo que o meu voo seja às 3h30 e ele precise acordar às 7h), um avô que vai para a cozinha fazer baião de dois e carne de sol na brasa sempre que eu vou a Maceió (um dos meus pratos prediletos, delícia, delícia), um irmão mais novo fofíssimo, Miguel, o belo, que atende a minha vontade sem pestanejar quando eu digo que estou com desejo de tomar sorvete às 2h30 da madrugada, voltando do boteco com ele, que não só acha uma sorveteria aberta como me ajuda a devorar um cascão daqueles (Sonho de Valsa e morango, tem combinação melhor?).

Eu simplesmente não resisto. E deixo aqui o meu salve a todos os homens gentis, maravilhosos e arrebatadores que fazem parte da minha vida. Eu sou uma mulher melhor por causa de vocês.

Beijos, beijos, much love,

Isabela – A Divorciada

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Melhor aos 31

Não sou quem estou dizendo. É a pesquisa! Não sei também se os britânicos são uma boa referência quando o assunto é beleza – afinal, convenhamos, eles são bem feinhos. Mas vamos aos fatos: um estudo britânico feito com 2 mil pessoas mostrou que as mulheres entre 27 e 30 anos são mais atraentes que as de 18 e 19.

Além disso, os participantes votaram em fotos de mulheres famosas de várias idades. E as 31 levaram a melhor! ÊEEEEE!!!!

E o que faz uma mulher de 31 que, como eu, está mais gordinha que aos 20, com ruguinhas dando seus primeiros sinais e fios brancos atrevidos espetados na cabeleira, ser considerada mais bonita?

Os próprios participantes deram uma explicação ao responderem à seguinte pergunta: “Para você, o que torna uma mulher bonita?”

Para 70% dos entrevistados, ser bonita é ser confiante.

Com toda minha confiança e um cadinho de charminho, tenho até maio de 2011 para aproveitar o auge de beleza da minha vida.

=P

Débora – A Recasada

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O melhor do eu, leitora


Posso indicar um livro super bacana, que eu terminei de ler na semana passada? Lá vai: O melhor do eu, leitora – Depoimentos reais publicados pela Marie Claire. Trata-se de uma compilação dos textos com histórias de mulheres publicados na revista de mesmo nome.


Estão lá o relato da nadadora que conquistou sua primeira medalha de ouro aos 60, a mãe que abriu mão de um amor porque sua filha se apaixonou pelo mesmo cara, a moça que deu brilho novo à vida de um doente terminal, a casada que tem fetiche por motoristas de ônibus e táxi (e sai por aí fazendo sexo casual com eles), a solteira convicta que explica que é feliz assim, sem nunca ter tido vontade de casar.


Histórias para todos os gostos, mas que têm o comum a coragem com que essas personagens encaram a vida. Uma lição de amor-próprio e determinação a cada capítulo. Super recomendo.


Beijos,


Isabela – A Divorciada

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Cássio Reis - O Divorciado


Eu sempre achei o Cássio Reis meio sem graça. Apesar de lindo, ótimo modelo, achava forçado o cara querer ser ator, viver assim meio na sombra da sua agora ex-mulher, a atriz Danielle Winits. Isso até ler a entrevista com ele na última edição revista Contigo, na qual fala, pela primeira vez, de seu divórcio. O que me surpreendeu? A delicadeza e força de vontade para dar a volta por cima. Dizem as más e as boas línguas que Cássio foi traído (a sua ex já estaria na companhia do ator Jonatas Faro quando a separação foi anunciada). Mesmo assim, ele foi elegante ao dizer que a vida amorosa dela não mais o interessa e que responde por si próprio quando afirma que investiu tudo para a relação dar certo. E, sem perder a ternura jamais, deu pelo menos uma alfinetada, de leve, em Danielle (cá entre nós, ela merece, hahaha!!!). A seguir, os trechos da entrevista de que mais gostei:

Sobre a fama de traído: “Isso nunca passou pela minha cabeça. Nenhuma reação minha com tudo o que aconteceu não foi espontânea. O que mais me chamou a atenção foi ver quantas pessoas já passaram pelo que passei e que, infelizmente, as coisas não são como a gente quer. Não depende só da gente. Graças a Deus, sou muito respeitado pelas pessoas e isso é motivo de orgulho para mim. Eu sempre respeitei todo mundo”.

Sobre a nova fase da vida: “Ainda desejo casar, ter mais filhos, adotar...Minha vida não acabou por causa da separação. Continuo querendo tudo igual antes, mas agora com outra pessoa. Não adianta forçar alguém a ter aquilo que não quer”.

A paternidade: “Nasci para ser pai e só não amamentei porque não tinha peito. Faço tudo pelo meu filho”.

O amor: “Quero ser feliz com transparência, honestidade e amor. Aprendi que não se pode programar uma relação. Temos de viver, passar por cima dos obstáculos e corrigir os erros”.

OK, OK, vocês podem até achar que ele mentiu. Mas, otimista que sou, prefiro dar a todos, antes de mais nada, o benefício da dúvida. E acreditar que o Cássio Reis é um divorciado com D maiúsculo.

ADOREI a entrevista.

Beijos e bom finde para todos,

Isabela – A Divorciada

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Ele nunca disse que me amava

Hora de falar dos dilemas das nossas leitoras. E quem conta a sua história hoje é a Júlia (nome fictício), de 30 anos, que mandou um e-mail para a gente. Namorando com Paulo (nome fictício), de 33 anos, há um ano e cinco meses, ela se sente apaixonada e em ótima companhia. O nó da relação é o fato dele nunca ter dito que a amava. Quando ela se declara, ele solta frases como “Eu também” ou “Também te adoro”. E se mostra inseguro, assim digamos, meio fechado para o amor.

O que acontece é o seguinte: antes de namorar Júlia, Paulo viu terminar um relacionamento de forma traumática. A ex dele o traiu quando eles já faziam planos de casar e, para completar, ficou grávida do fulano três meses depois do fim deles. Nossa leitora imagina que, por conta disso, ele tenha se tornado “um homem frio, travado” e que “não consegue se entregar, não consegue ser espontâneo, não é muito romântico, nem muito atencioso”. Apesar de tudo, diz Júlia, ele já melhorou “uns 60% nessas questões de frieza desde o inicio do namoro”.

Há poucos dias, Paulo teve uma crise. Após chegar de viagem, ficou distante da namorada, que percebeu a mudança de comportamento. Foi quando ele abriu o jogo e, aos prantos (até então ela nunca o tinha visto chorar), disse que estava confuso, que eles vinham falando muito em casamento e filhos, que ele não sabia se queria isso ou preferia ficar para sempre namorando, mas vivendo em casas separadas. Para completar, contou ainda estar desiludido com tantas histórias tristes sobre casamentos, que acha que “todo mundo trai todo mundo” e que, apesar dela passar toda a confiança ele morre de medo que ela apronte quando eles estiverem casados. E ainda arrematou dizendo que não tem certeza do que sente por ela.

Júlia ficou zonza, claro, mas conseguiu deixar claro para ele que pode até aceitar não casar, mas que não quer estar do lado de quem não tem certeza do que sente por ela. Depois desse turbilhão, o casal fez uma viagem a dois no final de semana, para simplesmente relaxar e curtir. Deu certo, correu tudo muito bem. Tanto que Paulo disse a ela que era exatamente daquilo que estava precisando, de ficar ao lado dela para comprovar quão maravilhosa era aquela companhia. Agora, nossa leitora está confusa. Teme acabar um namoro que considera bom, mas também não quer se sentir “abrindo mão da própria dignidade aceitando alguém que não tem certeza do que sente”.

Situação difícil, não? Mas deixa eu dizer o que eu achei: o discurso dele realmente deixa claro que esse homem ficou com os dois pés atrás ao ter sido traído por uma mulher com quem planejou casar. Mas, por outro lado, a boa convivência entre vocês, um ano e cinco meses depois, já deveria ter feito com que ele se soltasse mais. É lógico que cada um tem um tempo, um jeito de digerir as coisas e superá-las, mas, digo isso por experiência própria, quando o amor acontece de novo na vida da gente, quando nos arrebata de verdade, a gente se entrega, não tem jeito. E, mesmo com todo medo do mundo, dá um passo adiante e diz “Eu te amo” para o novo eleito. Além disso, ele afirmou, com todas as letras, estar confuso. Foi bacana ao não esconder isso de você, eu achei.

Para fechar, só posso te dizer para deixar o radar ligado, observando muito bem as atitudes de Paulo daqui por diante, isso além de ouvir com carinho a sua própria intuição. Não tenha medo de nada, querida. Não precisa. Assim como ele, há outros mil homens maravilhosos no mundo, muitos dos quais querem casar, acredite. Ele pode ser incrível, mas, se vocês não estão em sintonia em relação a questões tão importantes, é o caso de pensar duas vezes mesmo. Observar melhor a relação e então decidir. Só me prometa que não vai abrir mão dos seus sonhos, da vontade de dividir a vida com alguém morando na mesma casa, por que não? Eu sou romântica, que nem você. Te entendo perfeitamente. E torço pelo melhor para os dois.

Amigos leitores, agora é com vocês. Opiniões, experiências e força para a Júlia nos comentários.

Beijão, Júlia. Be happy.

Much love,

Isabela – A Divorciada

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Você me incomoda, logo eu te elimino


Três casos, duas mortes, um estupro. Três vítimas mulheres. Não consegui ficar indiferente. Os dois primeiros todo mundo tá até às pampas de ouvir.Caso Bruno e caso Mércia. É verdade que ninguém foi condenado. Ainda. Mas ao que tudo indica, Eliza e Mércia foram assassinadas por seus respectivos namorados/amantes/parceiros - seja lá o que eles foram delas. E por qual razão? No primeiro caso, porque a moça estava "atravancando" o caminho do goleiro. Um verdadeiro incômodo esse papo de amante com filho pedindo pensão e enchendo o saco. Para que reconhecer o filho e pagar uma pensão se é mais fácil eliminar o problema? Tão óbvio, né?

O segundo, ao que parece, foi um namorado que não suportou tomar um pé na bunda. Se sentindo rejeitado ou humilhado, foi lá e fez desaparecer o que tanto lhe causava raiva. Fez seu problema submergir nas águas de uma represa.


O terceiro caso não está sendo noticiado, só corre via blogs e afins. E a razão é “nobre”: um dos acusados é filho do dono de um “poderoso grupo de comunicação do sul do país”. Três adolescentes da high society de Floripa violentaram brutalmente uma menina de 13 ou 14 anos após aplicar um “boa noite, cinderela” nela. Motivo? Porque a menina teria rompido o namorico comum dos três estupradores. Detalhe: o menino rejeitado que se vingou da ex convocando os amiguinhos para a farra é filho de um delegado. Algo me diz que essa história nem será apurada...


O que mais me choca nas três histórias é incapacidade de uma pessoa resolver conflitos internos, de não conseguir dialogar com o outro e de aparar as pendengas da forma mais selvagem. Se somos a única espécie dotada de consciência, sentimentos e uma incrível capacidade de dialogar, por que tanta gente se comporta dessa forma? E de todas as classes sociais – dos meninos endinheirados da ilha ao menino pobre que não suportou o peso da fama e da grana. Violência, qualquer ela que seja, é repugnável.

Débora – A Recasada

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Um casal, um estúdio, uma sogra

Essa é uma história para guardar na série “Sogras demoníacas”. Aconteceu com uma grande amiga minha, uma pernambucana fofa que vamos chamar de Capitu, nome fictício que ela mesma escolheu. Aos fatos:

Capitu está de casamento marcado com Carlos (nome também fictício), naquela fase gostosa, mas também trabalhosa e dispendiosa dos preparativos. A mãe da minha amiga, gentil e generosa,está bancando a festa. Eis que, um belo dia, Carlos comunica que Odete, sua mamy, decidiu ajudar e pagar o fotógrafo da cerimônia, exatamente o serviço que os noivos estavam pesquisando naquela semana. Minha amiga não se conteve de felicidade. “Deus tocou o coração da sua mãe, Carlos, que bom, fico feliz em saber que ela está fazendo isso por nós”.

Oferta de presente aceita, lá foram Capitu, Carlos e Odete visitar alguns profissionais. Nada demais ela acompanhar, ainda por cima se estava pagando a conta. Tudo certo. Eis que, no dia seguinte à escolha do serviço, o noivo de Capitu a acorda com a seguinte proposta: “Amor, minha mãe pediu para perguntar se ela não pode nos acompanhar no dia das fotos que vamos fazer no estúdio, antes da cerimônia. Ela quer aproveitar e sair ao meu lado em alguns cliques, como lembrança. Tem algum problema para você?”

É isso mesmo que vocês leram: no dia das fotos do casal, feitas no estúdio com o objetivo de revelar um pôster para enfeitar o local da festa, um momento íntimo e divertido dos dois, a sogra não só vai junto, para urubuzar, como ainda exigiu algumas imagens para ela posar ao lado do filhote.

Depois de gelar e ficar sem fala, minha amiga fez a coisa mais inteligente que poderia ter feito, ao responder: “Não Carlos, não tem problema nenhum. Ela pode ir”. Capitu é um amor de pessoa. E uma mulher sábia e esperta, já aprendeu que tudo o que Odete quer é desestabilizar a harmonia dos dois nessa etapa da vida. Não conseguiu. Nem vai conseguir, já que, para sogra mala, não há melhor remédio que a paciência e a inteligência de nunca, jamais, cair na tentação de permitir que a megera se faça de vítima.

Beijo grande, Capitu. Arrepia, tô adorando a sua fase noiva. E relaxa, viu? Deixa essa bruxa para lá.

Much Love,

Isabela – A Divorciada

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Toda menina é


"Elas são vaidosas?" Perguntei à mãe, mulher de um primo meu, quando vi Rafaela e Isabela, de 8 e 6 anos, respectivamente, fazendo juntas um colar com florzinhas vermelhas, naturais (uma habilidade que eu, aos 32, nunca tive nem nunca terei).


Enquanto a mãe ria e balançava a cabeça dizendo sim, minha xará, sem tirar os olhos do adereço, sentenciou:


"Toda menina é".


Isabela está certa. Em maior ou menor grau, nem que seja um pouquinho só, toda menina é vaidosa. Ou deveria ser. Para se amar mais, ser mais bonita, se divertir com um colar de florzinhas vermelhas, viver com mais graça, ser mais feliz.


Isabela - A Divorciada




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Beijo roubado

Era só olhar com atenção para cara do Iker Casillas. Os olhos dele diziam tudo, só enxergavam a boca da Sara Carbonero e nada mais. Como tudo iria terminar estava na cara. Depois dele, chegava a vez dela entrar em campo para cumprir o seu dever. Porém, apesar de aparente segurança, Sara parecia meio sem graça, reticente. Bem diferente da versão inquisidora que fuzilava perguntas ao namorado, na busca de explicações depois da derrota espanhola para a Suíça.

Alguém esqueceu de lhe avisar para limpar as duas bandeiras pintadas uma em cada bochecha. Como levar a sério quem entrevista o namorado, campeão do mundo de futebol, com duas bandeiras da Espanha no rosto, igual uma torcedora?

Ele queria dar um beijo nela e ponto. E ela deixou e gostou do que aconteceu. E foi engraçado. E ele saiu correndo, feliz igual adolescente que fez besteira. E ela encerrou a entrevista quase tão vermelha quanto a camisa da seleção espanhola.

Naquela rápida entrevista, havia dois namorados separados pelo microfone. A tensão sexual era óbvia. Num momento de êxtase como aquele, não há microfone, câmera e protocolos que impeçam uma reação instintiva. E a prova disso circulou igual rastilho de pólvora via you tube e sites de notícias.

O final teve aplausos. Mas será que esse beijo vai ficar amargo com o passar do tempo? Tenho a impressão que a reação de Casillas por mais sincera, honesta e apaixonada - quem não gostaria de estar no lugar da Carbonero? - teve o mesmo efeito de um pênalti perdido, só que para ela. Nunca mais será possível desconectá-la deste fato. Para um jornalista, quando a tênue linha entre pessoal e profissional deixa de existir e se mistura, os resultados podem ser catastróficos.

Confira a entrevista aqui.

Giovana - está solteira

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A bicicleta


Dia de dar dicas de leitura. E a boa de hoje é a crônica A bicicleta, escrita pelo super jornalista Joel Santos Guimarães, o poderoso diretor da Meios Agência de Comunicação e editor-chefe da Agência de Notícias Brasil Árabe – Anba, que por acaso vem a ser meu chefe (quem quiser que me chame de puxa-saco, muito antes de trabalhar com ele eu sempre disse a todo mundo que ele era super. E é mesmo).

Em tempo: o texto conta a história da primeira decepção da vida de um menino, num relato super forte. Para ler, basta clicar aqui.

Bom domingo, gente. Bom domingo, chefe. Obrigada por ter liberado a crônica para nós.

Beijos,

Isabela – A Divorciada

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Em modo desligado

Dizem as más línguas que os similares tecnológicos dos cientistas britânicos estão prestes a desenvolver um jeito de fazer o celular funcionar durante os voos. De coração, meu desejo é que este dia não chegue nunca. Caso contrário, jamais teremos sossego no último reduto que nos resta, o céu. Quando este dia chegar, enterraremos de vez a máxima de que qualquer pobre alma encontra paz só quando chega às alturas; mesmo que ainda em vida.

Será que estes caras não tem mais o que fazer? Será que eles, bem lá no fundo, não sentem uma pontinha de alívio de ter uma desculpa que pesa toneladas, tem asas e cruza oceanos para poder ficar algumas horas em modo desligado? Com certeza este time de gênios ainda não percebeu a roubada em que vai meter todos nós e eles mesmos.

Sim, porque quando este dia chegar, vou desejar muito que um deles, durante um voo cansativo após uma jornada frenética de trabalho, seja perturbado por chamadas incessantes no celular. No celular deles, bem entendido. Ou no do vizinho de poltrona também. O que pode ser pior do que despertar graças a um telefonema que nem é para você? E tomara que o aparelho do vizinho tenha um toque bem irritante, daqueles que grudam nos neurônios igual sucesso de Carnaval baiano.

Mas aí também o erro já terá sido cometido. Adeus soneca sentada na poltrona com pescoço torto. Tchau repescagem do lanche que você perdeu por que estava apenas dormindo. Beijo e me liga por não tomar conhecimento da chamada de um mala que você precisa atender, mas não quer. No avião não dá e, até pousar, quem sabe o baú que te persegue não encontrou outro para importunar? Sem fazer esforço, você se livrou de uma bela dor de cabeça. Ah, nada como os motivos de força maior.

No avião, o celular não precisa funcionar. Afinal, o que você pode resolver atada a uma poltrona flutuante, respeitando os avisos de não fumar e tendo a sua vida nas mãos de alguém que nunca viu na vida?

Giovana - está solteira

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Dona Rosa e seus quatro maridos

Eu sei que essa semana eu já falei de divórcio duas vezes, mas é que, divorciada que sou, não consigo deixar de me emocionar com o relato de mulheres bravas, que deram a volta por cima e concederam uma nova chance ao amor após a separação. É o caso de uma senhora chamada Rosa Huzak, cujo relato está na Cláudia deste mês (infelizmente, a reportagem não está disponível no site da revista, pelo menos eu não achei).

Aos 84 anos, Rosa vive as delícias do início de seu quarto casamento com um senhor chamado Luiz, um viúvo que ela, também viúva, conheceu num clube de aposentados. Na primeira vez em que se casou, Rosa ficou 17 anos ao lado do marido, que faleceu. Na segunda, colocou o mala para fora de casa ao descobrir que, com 30 anos de matrimônio, ele a traía. O terceiro foi um mágico uruguaio que ela conheceu num hospital, mas morreu também.

Para mim, o trecho mais bonito da história da vovó casadoira foi ela dizer que adora “beijo no pescoço” e que é “a prova de que o amor pode aparecer a qualquer momento, aos 10 anos ou aos 80”. Querem mais? Dona Rosa ensina: “Nasci para amar e vou morrer amando. A vida sem amor não tem graça”.

Eu assino embaixo.

Much Love,

Isabela – A Divorciada

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O distraído

Em dúvida sobre como ser detestável? Que tal seguir o exemplo do técnico da Alemanha, Joachin Löw? Você, pessoa antenada, já deve ter se ligado no que estou falando.

Se ainda não, uma pista: o assunto deste post tem tudo a ver com a expressão popular que diz "limpando o salão" quando alguém resolver agir como uma criança de cinco anos; ainda descobrindo o mundo. Nem que seja o mundo dentro de seu próprio nariz.

Entre as cenas memoráveis desta Copa, incluem-se o estilo do nosso técnico Dunga - e entendam isso de uma forma bem ampla - e também as cenas de Joachin literalmente tirando meleca do nariz, embrulhando a catota num pacotinho e depois saboreando aquela obra de si mesmo. A sequência de horror escatológico vai entrar no rol das cenas mais dantescas desta temporada futebolística.

Ao pesquisar imagens para ilustrar o texto, percebi que o hábito do técnico, lançado ao estrelato por causa de vídeo específico, não era um ato isolado. Ele já fez isso para qualquer um ver várias vezes. Tem uma época na vida da gente, que tirar uma melequinha é encarado como algo puro. "É a criança descobrindo seu Universo". Mas não demora muito para perdermos esta desculpa e entrarmos no senso comum que veta qualquer demonstração pública dessa atitude que rompe barreiras, ou narinas. Independente da idade, limpar o salão no sentido nasal é nojento, tchan!

Agora, querem saber o que me deixou arrasada neste embroglio todo? É que até achava o cara charmoso, uma figura intrigante. Como alguém pode ter cabelos tão negros, tão lisos, tão corte estilo cuia e, ainda assim, ter uma aparência agradável? Agora, fico pensando se ele não encera aquela cabeleira com as tranqueiras que tira da própria narina.

Tem gente que, quando quer ser desagradável, é mal humorado e antipático. Vale experimentar a tática do sequestro de catota em público. É líquido (eca!) e certo.

E para encerrar, veja o vídeo, até o final se conseguir, aqui.

Giovana - está solteira

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Divórcio é contagioso?

Reportagem enviada para mim ontem, por Guarda Belo, sempre ligadíssimo nas notícias, dizia que o divórcio pode ser contagioso. A tese é resultado de uma pesquisa com mais de 12 mil pessoas, realizada pela médica Rose McDermott, da Universidade de Brown, nos Estados Unidos. Segundo Rose, cada casal que decide se separar provoca um efeito cascata entre seus pares, que passam a ter 75% mais chances de ver a relação terminar.

Por que isso acontece? É simples: a desilusão do próximo faz com que os demais passem a questionar a própria felicidade conjugal. Seria um efeito parecido ao de estudos de obesidade que apontam que conviver com pessoas magras influencia quem está acima do peso a emagrecer.

Faz sentido? Não sei dizer, mas, coincidência ou não, depois que me divorciei, quatro amigas minhas se separaram também, pouco tempo depois. Mais do que dar crédito à tristeza em cascata, aproveitamos para dar força uma para a outra, o que foi muito bom.

Bem, já que posso ter provocado uma onda de matrimônios desfeitos, espero muito que o inverso aconteça no dia em que me casar novamente, levando comigo vários queridos e queridas a darem uma chance ao coração, à vida a dois, espalhando amor mundo afora.

Que os anjos digam amém.

Much Love,

Isabela – A Divorciada

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As divorciadas e o preconceito

Este é um daqueles posts-protesto que eu faço de vez em quando. Um texto em nome de todas as divorciadas que um dia já se sentiram discriminadas devido ao seu estado civil. A ideia de abordar o assunto surgiu numa conversa, por e-mail, com a nossa leitora Sílvia, que me contou a sua história.

Separada há cinco anos, por decisão dela, Sílvia até hoje se vê diante dos “olhares de piedade” de muita gente. Principalmente porque o ex dela já refez a vida dele ao lado de outra pessoa. Diante disso, ela não para de ser questionada se já tem um companheiro também, pergunta quase sempre emendada com um “mas o fulano já casou, né?”. Ou seja, uma cobrança do tamanho do mundo, como se ela não pudesse estar bem, vivendo a vida dela simplesmente, com saúde, com energia, com mil fontes de realização além do amor romântico entre duas pessoas.

Questiono, logo existo: por que homens divorciados são frequentemente tidos como colecionadores de corações, pegadores seriais, incríveis, indomáveis, enquanto mulheres na mesma condição são fracassadas emocionalmente? E só teremos redenção se, rapidamente, tivermos alguém para chamar de nossos? Por que ninguém tem “pena” dos divorciados? Para que vitimizar as divorciadas?

Eu já devo ter dito isso aqui em algum momento. E vou repetir: divorciados são pessoas que um dia se casaram e um dia viram terminar esse relacionamento. Simples assim. Que podem ser felizes de novo se quiserem. Seja no segundo, no terceiro, no quarto, no décimo casamento. O importante é não deixar de acreditar no amor. Nunca, jamais, se colocando como vítima dos fatos. Cada um na sua, cada um no seu tempo. Sem preconceito, minha gente!

Deixem as divorciadas em paz. E tenho dito.

Isabela – A Divorciada

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Dez músicas de novela que eu adoro


Eu não tenho problema em assumir que gosto de novela. Mesmo que algumas situações sejam ridículas, fora da realidade, que alguns textos sejam breeeeeeeeegas e alguns atores sejam péssimos. Até porque, na cena seguinte, a gente sempre pode topar com a Fernanda Montenegro, o Tony Ramos ou a Aracy Balabanian, isso para ficar apenas em Passione, a atual das 21h na Globo. Assim sendo, divido com vocês as minhas memórias musicais novelescas. Incluindo algumas beeeeeem velhinhas, hahaha!!! Os critérios de seleção incluíram a minha simpatia pelas canções e a adaptação das mesmas às tramas. Lá vai:

Vereda Tropical. Eu redescobri o tema de abertura do folhetim de mesmo nome, de 1984, há bem pouco tempo, quando ganhei de Guarda Belo um DVD do Ney Matogrosso com a própria no set list. E fiquei viciada!!! Gente, essa música é linda, maravilhosa, fala de um amor perdido, que deixou saudade, que corta o coração. E ainda é cantada em espanhol, para arrebatar ainda mais. O máximo.

Tieta. Vem meu amor, vem com calor, no meu corpo se enroscar....Quem não se lembra dessa batida, também tema de abertura da trama homônima, de 1989, cantada por Luiz Caldas? ADORO!!! Aliás, que novela, não? Oscar de melhor atriz forever para Joana Fomm como Perpétua, gritando “keeeeeeenga!!!” na televisão. Às vezes, tenho vontade de fazer igual a ela quando topo com certas piriguetes por aí. Alguém me empresta uma bengala? Hahaha!!!

Dona. Trilha de ninguém mais, ninguém menos que a Viúva Porcina em Roque Santeiro (1985), grande interpretação de Regina Duarte. Dona, desses traiçoeiros, sonhos, sempre verdadeiros....Dá-lhe Roupa Nova!!!

De Volta Pro Aconchego. Roque Santeiro again. A melodia que embalava o protagonista, se não estou enganada. Muito fofa: Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade...Elba Ramalho, musa total.

Amor Selvagem. Eu amava Pantanal, um gol de placa da finada Rede Manchete em 1990. E essa música, do Marcus Viana, era a minha predileta da trilha. Quem quiser que diga que é brega, eu adoro: Estrelas são as lágrimas dos anjos, a chorar, por não terem o corpo e a vida. E por não saberem o que é amar.

Me chama que eu vou. É claro que eu não ia deixar o Sidney Magal, meu ídolo máximo, de fora dessa lista. Esse lambadão aqui embalava a abertura de Rainha da Sucata, em 1990: Hei, Eh-ô, Eh-ô, Eh-ô, Me chama que eu vou! AMO!!!

Você me incendeia. Tema da Tina Pepper, personagem de Regina Casé em Cambalacho (1986), cantado pela própria. Eu morro de rir até hoje quando ouço, hahaha!!! Grande interpretação, outro novelão, minha gente: Você me incendeia, seu corpo serpenteia, e me deixa louca, quando água na boca...

Palpite. Tô com saudade de você, debaixo do meu cobertor, de te arrancar suspiros, fazer amor...Essa música não é bonitinha demais? Cantada por Vanessa Rangel, era o pano de fundo das cenas de romance entre Carolina Ferraz e Eduardo Moscovis em Por Amor (1998).

Aguenta Coração. Essa é brega com B maiúsculo, mas não posso fazer nada se, em 1990, aos 13 aninhos, eu não perdia um capítulo de Barriga de Aluguel e cantava com José Augusto: Agora aguenta coração, já que inventou essa paixão, eu te falei que eu tinha medo, amar não é nenhum brinquedo...

Samba de Verão. O melhor das novelas do Manoel Carlos, para mim, são as trilhas, cheias de bossa nova e clássicos da MPB. Essa aqui, cantada pelo Caetano Veloso, era de Laços de Família, de 2000, lembram? Você viu, só que amor, nunca vi coisa assim...

Gostaram da minha seleção? Espero as pérolas folhetinescas de vocês, hahaha!!!

Beijos,

Isabela – A Divorciada

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As Meninas


Hoje é o último dia para conferir, em São Paulo, no Teatro Cultura Artística Itaim, a atual temporada de As Meninas, escrita por Maitê Proença (ela mesma, a atriz) e Luiz Carlos Góes, com direção de Amir Haddad. Imagino que, saindo daqui, o espetáculo excursione pelo país. E logo volte à capital paulista, como costuma acontecer com as encenações de maior repercussão.

Quis registrar aqui por ser essa uma dica cultural que tem tudo a ver com este blog, conosco. Trata-se de uma peça delicada, feminina, leve e profunda ao mesmo tempo, levada adiante por um elenco de cinco atrizes, encabeçado pelas ótimas Sara Antunes, Vanessa Gerbelli e Patrícia Pinho (na foto acima, da esquerda para a direita).

A ação se passa num velório, cenário em que são debatidos temas como casamento, ciúme, medo, fidelidade, vaidade, perdas, amizade, amor e muito mais. E tudo isso em situações e diálogos simples, verossímeis, que ficam na cabeça da gente.

Posso registrar uma fala bem bobinha, bobinha mesmo, que fora do contexto vocês vão achar idiota mas que é maravilhosa dita em cena? Pois é a seguinte frase, dita por uma amiga para a outra, que se encontra numa situação difícil: “Você é feito a Bela Adormecida. A vida pode até ter te amaldiçoado com uma praga, mas quem te olha vê que você nasceu para viver uma vida de princesa”.

Fofo demais. Fofo e bom. Super recomendo.

Beijos, beijos, ótimo domingo,

Isabela – A Divorciada

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Recaídas calculadas

O ritmo para se recuperar de uma recaída varia de pessoa para pessoa. Como tudo na vida. Assim como tem gente que nem sente um resfriado, outras caem de cama por terem levado um golpe de ar frio. Vai ver são os anticorpos, que aqui fazem o papel das experiências pregressas, ou a forma como a criatura sempre cuidou das suas escolhas.

Sabe aquela coxinha maldita que você sabe que vai te fazer entrar na calça com mais dificuldade no dia seguinte? Mas que você come feliz mesmo assim, aproveitando cada instante sem culpa? Depois, não vale achar que vai passar incólume no teste da calça jeans no dia seguinte. Sim, porque parar em uma coxinha só também é desafiador. É igual aquela galera que jura que só come "um pedacinho de bolo"... O resto da história vocês conhecem bem.

Mais uma vez, a gastronomia é metáfora para amor e desejo. A correlação dos assuntos é perfeita porque todos eles são movidos a necessidade, vontade e uma boa dose de imaginação. Pensar no seu prato favorito, do nada, tem o mesmo efeito de um contato prosaico, e sem querer, com alguém do passado. Um reacende a fome. O outro reacende outro tipo de fome e, deste ponto em diante, dá uma vontade danada de ter uma recaída.

Mas será que vale a pena? Aí é com quem se faz esta pergunta. Pode valer muitíssimo a pena sim, desde que você deposite a exata expectativa no que um brigadeiro pode te proporcionar. Confundir brigadeiro com quindim, xi, sei não.

Mas tem uma coisa que uma recaída não perdoa, insistir no erro. Recaídas fazem parte do roteiro mas não dá para seguir a guia com as mesmas ideias e atitudes na cabeça e no coração. Do contrário, lá vai você de novo para o conserto ou encarar mais uma vez aquela calça jeans que não fecha o botão como quem aponta "não te disse?".

Giovana - está solteira

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Paixões tóxicas – Parte I

Na semana passada eu recebi alguns depoimentos para uma matéria que estava fazendo sobre “paixões tóxicas” (leia aqui). No final das contas, acabei nem usando na revista. Pedi às autoras para publicar aqui no blog. Elas só me pediram em troca o anonimato. Justo! Pois aí vai o primeiro relato, sobre uma relação de “sexualidade tóxica”.

Enjoy it!

Beijos,

Débora – A Recasada

Um raio cai sim - três vezes no mesmo lugar!

A primeira vez foi tal qual chuva de verão. Aos 19 anos, um namoro cheio de ternura, no sofá da sala e repleto de desejo. Foi a minha primeira transa.Tensa, cheia de culpas, mas povoada de delícias. Terminou porque surgiu alguém mais próximo aos meus sonhos.

A segunda vez veio tal qual tsunami. Aos 48 anos, o mesmo namorado ressurge, mal casado, assim como eu. E foi o fogo na palha, ardeu até queimar, virou obsessão. Qualquer situação era motivo para sexo em estado puro. Atravessava a cidade com pães para um café da manhã a dois na cama. A webcam assistia cenas eróticas jamais imaginadas. Após uma reunião de trabalho, sexo no carro em plena luz do dia. No aeroporto houve atraso de voo, mais tempo para um café ardente no quarto do hotel . Na praia, amor dentro d´água até causar hipotermia. Ginástica na academia? Logo um banheiro podia nos acolher. E tantas situações... até começar a beirar o perigo. Corta.

A terceira vez foi quando ele rompeu comigo. Doeu nos ossos, doeu na alma, mas minha paixão – doentia - não percebia a loucura dele. Um vampiro de almas, que sugava o sangue das vítimas e quando estava satisfeito partia para a próxima. Bendita hora em que acabei ficando livre - apesar de estar no fundo da cratera - voltei à superfície e me preparei para, afinal, deixar brotar a relva que o raio havia queimado.

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Onde está você, Fátima?


Foi a Eliana, que trabalha comigo, quem me chamou a atenção para o fato. Estávamos conversando sobre relacionamentos. “Mas veja só o William Bonner e a Fátima Bernardes. Agora, na Copa, os olhos dele brilham, ele sorri quando fala com ela da África, é demais”.

Passei a prestar atenção. E percebi que a Eli estava certa. Ele sorri mesmo! Fica todo feliz quando chega a hora de perguntar: “Onde está você, Fátima?”. Lembro que, no colégio, tinha uma amiga que era apaixonada pelo William Bonner. A ponto de se perguntar que grave defeito aquele homem poderia ter, já que par perfeito assim não poderia existir. A principal hipótese levantada por ela era ele ser broxa. “Tem que ser”, dizia, brincando.

Eu não sei que defeito o âncora do Jornal Nacional tem. Espero, sinceramente, que broxa ele não seja (ninguém merece, hahaha!!!). E aproveito a deixa do flerte televisivo para registrar aqui o meu salve a todos os casais que, mesmo após muitos anos juntos (acho que quase 20, no caso deles), ainda conservam o brilho nos olhos sempre que se dirigem ao outro.

Much love,

Isabela – A Divorciada

Para as minhas amigas divorciadas: Sabiam que o Bonner é o segundo marido da Fátima Bernardes? Pois é, meninas, vejam vocês como o segundo casamento pode ser melhor que o primeiro!!!

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