Um tchau que é até logo

Queridos leitores,

aqui é a Gio e hoje é meu último dia no 3x30. Me despeço neste dia 30 de setembro - novamente um 30, que coincidência mais curiosa - e, a partir de amanhã, o blog estreia novo visual e uma nova integrante, a Patrícia; que vem integrar o trio trazendo as suas histórias, impressões e pensamentos para vocês.

Me despeço levando a felicidade de ter participado deste projeto incrível que, hoje comprovo isso, transcende a qualquer uma de nós três que o integramos até este dia. Prova disso é que saio e o blog continua o seu caminho em plena transformação. Isso é típico das boas ideias que são cultivadas com sinceridade e personalidade.

Me encontro naquela fase na qual encerramos um bom trabalho e começamos a maquinar os próximos capítulos. O 3x30 me inspirou a escrever mais e a descobrir a alegria de ter quem nos lê do outro lado. Num primeiro momento, lendo os comentários. E depois imaginando aqueles que não comentaram, mas será que levaram as nossas palavras no pensamento? Fica aqui o meu desejo sincero de que sim.

Mais do que fazer deste espaço um divã para si mesmo, espero que os textos aqui postados tenham contribuído para inspirá-los sempre da melhor forma, e a olhar para si mesmos. Os textos são como espelhos de quem os escreve, sem dúvida. Mas, uma vez públicos, não nos pertencem mais. São de vocês, leitores, e a interpretação que cada um atribui a eles é um retrato sobre seus valores e crenças.

Bom, inspirações para uma nova ideia não faltam, tem de sobra. Assim como o guarda-roupa que precisa ser renovado, agora é necessário aquele tempo para arrumar o novo espaço e decidir como ocupá-lo novamente. Durante este processo, o 3x30 será fundamental. Passarei a acompanhá-lo como mais uma leitora. Terei o privilégio de passar para o outro lado da história.

Obrigada por nos acompanhar, comentar e pensar sobre o que colocamos aqui até hoje. Patrícia, sucesso nesta sua nova empreitada, estou curiosa para te acompanhar por aqui. Dé, obrigada pelo convite e, por favor, continue rindo sempre. Bela, parabéns pela dedicação ao blog e aos e-mails dos leitores. Te desejo sabedoria para lidar com questões tão especiais que nos chegam pelo e-mail.

A todos um beijo carinhoso e nos lemos em breve! Gio

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Programando mudanças

Não há termômetro melhor que o guarda-roupa para sinalizar mudanças em pleno processo. Sim, há os cabelos, há o peso, há a mudança de emprego, de cidade e de estado civil. Mas nada oferece resultados tão imediatos como o guarda-roupa. O primeiro passo é se desfazer do que não lhe serve mais, mesmo tendo sido importante um dia. Aquele sapato que era a sua cara mas, coitado, já está pelas tabelas. E hoje também não tem mais nada a ver contigo.

Aquela blusa linda que, faz tempo, foi promovida para sair do armário somente durante aquelas idas ao supermercado no final de semana. A calça jeans de mil e uma utilidades que, hoje, de tão puída, só serve para ir até a esquina e voltar. Agora, tudo isso ocupa espaço precioso onde não devia mais. É preciso botar esta energia para circular. Experimente encher sacolas e sacolas do que não lhe serve mais. A cada peça de roupa encostada que você se desfaz, um piano sairá das suas costas. Faça o teste.

Faça e exerça o desapego na sua totalidade. Não usa mais e está em bom estado, doe ou pendure num brechó se a peça tiver bom corte e etiqueta de grife. Uns caraminguás para coçar a carteira não fazem mal a ninguém. Renovar o guarda-roupa é divertido e faz a gente divagar sobre outros aspectos que também estão ali, parados, quase virando entulho; sejam eles roupas, sentimentos ou relações.

Guarda-roupa revirado é bom indicativo para confusão mental. Sabem aquelas pessoas que nunca acham nada? Será que elas já se acharam ou vivem engolidas num suceder de fatos sobre os quais não detém o menor controle? Há também aquelas que, de tão organizadas, devem adorar uma ilha quadrada. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Nada como aquela bagunça organizada no canto das calcinhas. Pode estar uma bagunça, mas ali só podem haver as suas calcinhas. Pronto, já é um bom começo.

O guarda-roupa é o reflexo do que acontece com a gente. É a melhor sessão de análise a custo zero, basta um olhar apurado e uma boa dose de auto-crítica. Toda a vez que se mergulha nele e se desfaz de boa parte podem estar certos de que a roda vai girar mais rápido; e a seu favor certamente.

Giovana - está solteira

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Conselhos de uma separada veterana

- Você vai com essa saia no joelho?

- Vou, por quê?

- Tem uma coisa que você precisa saber sobre quando a gente se separa...

- ?

- A gente precisa renovar o armário! Você tem alguma roupa de balada?

- O que é roupa de balada?

- Sainha curta, blusinha brilhante, saltão, essas coisas.

- Não...por hora, vai ser essa saia no joelho mesmo.

- E maquiagem?

- Batom serve?

- Não! Tem que passar uma base, sombra, lápis. Se não vai ficar com essa cara apagada aí!

- Muito trabalhoso isso de ser solteira...

- Ah, falando nisso, tem mais uma coisinha que você precisa saber sobre ser solteira.

- O quê?

- As camisinhas têm prazo de validade. Sabe aquela que você me deu? Então, tava vencida. É sempre bom dar uma checadinha...

- =O

Débora – A Neo Separada

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Eu, Miguel e a Cláudia Raia




“Diz aí, Miguelito, eu tô gorda? Sei que você é sincero, pode falar”.

“Não, você não está gorda. Você está Cláudia Raia, assim, forte. Eu acho bonito”.

Tenho certeza de que o meu irmão mais novo já tinha chegado a essa conclusão muito antes que eu o perguntasse pela minha gorduchice (amei a generosidade masculina dele neste campo, mas tenho consciência de que estou acima do peso e preciso emagrecer). Aliás, cada vez mais me impressiono com a capacidade de observação dele, que não à toa se transformou num psicólogo dos bons, um estudioso que agora se prepara para fazer mestrado, chiquérrimo.

Queria aproveitar o dia de hoje, niver dele, para dizer ao próprio e a vocês como me deixa feliz o fato de descobrir no meu caçula, para mim um bebê lindo e ruivo até um dia desses, um grande companheiro. Um homem bom, de valores sólidos, parceiro diante das minhas escolhas. E isso passa, inclusive, por este blog, do qual ele é leitor, tendo ajudado a divulgar e nos dado leitoras vips como as amigas dele (beijos Jacy, Lívia e Nat!).

Feliz Aniversário, Miguelito. Para você, só o melhor.

Beijo grande, saudades de você,

Isabela – A Divorciada e A Irmã Mais Velha

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Quem quer dar entrevista?

Gente, preciso entrevistar gente que se encaixe nessas duas categorias aí abaixo:

- Homem que sai para dançar só para pegar mulherada (e que dance bem, de preferência).

- Mulher que admira os homens bonitões, mas que sempre prefere saber mais sobre o cara (independentemente da beleza dele).

É o teu caso? Me escreve! Manda e-mail pro 3xtrinta@gmail.com

Obrigadíssima!

Beijos

Deb

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Aviso

Lindonas e Lindões,

Talvez fiquemos fora do ar por alguns instantes neste finde, hoje ou amanhã. Nossa super designer vai precisar fazer alguns ajustes para que possamos colocar no ar, muito em breve, as novidades dos nossos dois anos de 3xtrinta, a serem comemorados agora em outubro. Prometemos voltar logo. E com muita bombação, claro!!!


Beijos, bom descanso para todos,


Isabela - A Divorciada

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Na tristeza, sim. Na alegria, nem sempre

É batata. Fique triste e terás um mundo de amigos. Fique feliz e tente entender porque a felicidade afugenta algumas pessoas. Todo mundo diz que felicidade contagia – e eu acredito piamente nisso. Outro dia, faz mais de mês já, a ruiva me disse que tava gamada. Rapaz, eu gamei junto! Uma amiga mui querida me disse que tinha acabado de marcar o casamento, quase saí correndo para comprar o presente. Minha maninha mais nova descolou um bico de iluminadora, achei aquilo o máximo porque ela estava achando aquilo o máximo. Até fico discretamente feliz quando o São Paulo ganha e isso faz meu amigo Ricardo mais contentinho (mas eu não conto pra ele). Se tem uma coisa que me faz feliz é ver o outro feliz. É claro que não é sempre que a gente está 100% para vibrar junto, mas nessas horas entra em ação o “esforço amigo”.

O que eu não entendo é porque nem sempre isso acontece comigo. Já tomei cada patada por causa da minha alegria. Por rir demais, por exemplo, conforme já postado. E eu não sou a única vítima. Uma amiga minha foi acusada de ser sorridente demais e atrair gente mala. Outra, de ser “irritantemente simpática” para o ambiente de trabalho. Outra, feliz da vida com seus quilos a menos, ouviu de uma colega que “ainda era pouco”. E, por fim, teve uma que foi expulsa da casa de uma amiga sem mais nem menos logo após ter conseguido vários feitos que a deixaram muito feliz: a volta de uma viagem longa, um emprego novo, uma cidade nova e grandes expectativas.

Eu não sei bem a razão disso. Mas arrisco um palpite com base nos meus profundos estudos psicológicos (de araque) d’alma humana: a tristeza do outro nos faz fortes. Somos capazes de consolar, proteger e ajudar a fortalecer o outro. Para os possessivos, é uma forma de controlar a quem se ama. Já a felicidade gera independência do outro. Quem está feliz quer comemorar, chamar o outro para a celebração – e não para pedir ajuda . Isso coloca o outro num mesmo patamar ou até abaixo. E se o outro não estiver lá muito satisfeito consigo próprio, se deixa afetar pela felicidade alheia de forma negativa.

A grande maioria nem percebe quando dá uma dessas. É um ato inconsciente provavelmente impulsionado por alguma frustração muito íntima. No linguajar popular, é inveja mesmo. Mas eu sigo acreditando na força contagiante da felicidade.

=D

Débora – A Separada

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Ele é casado...

Nos últimos dias, coincidentemente, duas leitoras escreveram para desabafar sobre um mesmo dilema: estão enroladas com homens casados. Tanto que eu pedi a elas, duas fofas, simpaticíssimas, queridas, para escrever um texto só. Devidamente autorizada, começo agora as duas histórias. Falarei de uma de cada vez, sim? Ah, como sempre, as duas querem ouvir vocês nos comentários. Lá vai:

Gilda (nome fictício) mora em Salvador, Bahia. E em 2007 foi apresentada ao Sr. Casado por meio de uma amiga em comum. Ele caiu matando, ela não deu muita bola. Em 2009, voltaram a se encontrar por acaso. E ele atacou novamente. Não rolou nada, mas Gilda também não perdeu a chance de viajar para a cidade dele por ocasião de um congresso. Foi com umas amigas e pensou em encontrá-lo, por que não? Ao ligar para avisar a novidade, ouviu a bomba: “sou casado e minha mulher está grávida”.

Ela ficou arrasada, mas viajou mesmo assim. Iria com as amigas, tudo bem. Ele foi atrás dela, que não resistiu. Passaram três dias juntos. E depois ele foi a Salvador visitá-la. Ficavam assim, se vendo de quando em quando. Até que ela se apaixonou. E começou a ficar mal com a situação. Segundo Gilda, ele “não fala em se separar em momento nenhum”. Arrasada, ela terminou tudo com ele há pouco tempo, mas está sofrendo muito.

Nossa amiga Bianca (nome fictício) vive em Vila Velha, no Espírito Santo, e tem 29 anos. Há três anos, começou a ser assediada por um colega de trabalho, Cláudio (nome também fictício). Um belo dia, na hora do almoço, foram dar uma volta na praia. Ele pediu um beijo. Foi quando tudo começou. Algum tempo depois, ele mudou de emprego, mas o caso continuou. Falavam-se diariamente por MSN, torpedo, telefone. E se encontravam durante a semana. “Ele nunca abria mão da vida dele por mim”, contou Bianca.

Quando cobrou dele uma atitude, para saber se ele planejava se separar, já que a história deles crescia e que a “química” entre eles era “perfeita”, nossa leitora ouviu que ele “nunca havia pensado nisso”. Hoje, ela não consegue se afastar. E sofre ao vê-lo sendo pai (ele tem um filho), trocando de carro, reformando a casa, fazendo planos com a titular. No último encontro, numa conversa sobre eles, ouviu dele que “o que tiver que ser será”.

Lindonas: vocês são adultas e sabem o que devem ou não fazer. Mas eu não posso deixar de dizer que o meu radar para homens malas captou vibrações fortíssimas de roubada lendo as histórias de vocês. Ambas são mulheres batalhadoras, esclarecidas, românticas. Merecem mais, muito mais. E sabem do que? Sr. Casado e Cláudio têm ao menos uma virtude: não estão iludindo vocês, não dão esperanças, são honestos nesse ponto.

Diante disso, é ter força e seguir adiante. Não estou dizendo que é simples terminar, nem quero julgá-las, mas, sinceramente, não vejo outro caminho. Torço por vocês, viu? Fiquem bem. E me escrevam para contar de novos e melhores amores depois. Arrepiem, como diria o meu queridão Nivaldo.

Beijos, beijos, beijos para as duas,

Isabela – A Divorciada

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Vestido de noiva











Alguma coisa acontece quando a gente se veste de noiva. Como vocês sabem, eu já fui noiva um dia. E seria de novo com a maior alegria, com direito a escolher um modelo mais caprichado e mais bonito do que o anterior. Muito mais! Aliás, ia achar uma delícia sentir de novo a sensação de que o mundo parou para me ver de branco. Até eu parei para me ver duas vezes, quando fui ao banheiro e me deparei com aquele vestido refletido no espelho, de tão bonito que achei.

Todas essas reflexões vieram à tona depois que Júlia (nome fictício), uma grande amiga de Maceió, me mostrou o desenho de seu vestido de noiva, há bem pouco tempo. Romântica e apaixonada, como eu, ela não consegue ficar muito tempo sem tirar aquele papel da pasta em que o guardou. Só para ficar alguns minutos sonhando, esperando a hora de usá-lo. Júlia se casa em 2011. Estarei lá para prestigiá-la, mas, enquanto isso, deixo aqui o meu salve a todas as noivas leitoras deste blog. E fotos de alguns dos meus vestidos de casamento prediletos (me digam se eles não são lindos, maravilhosos).

Much love,

Isabela – A Divorciada

PS: De cima para baixo, os vestidos de Magda Cotrofe (Ela mandou bem, né? Achei super elegante), Stephany Brito (A Stephany é linda e o figurino que ela escolheu era um desbunde. Deixemos o Pato breguérrimo de lado, sim?) Carolyn Bessete Kennedy (Simples e chique. Perfeito com John John a tiracolo) e Jasmine (personagem do Aladim, da coleção fofa de noivas da Disney. Adoro!).

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O meu riso nervoso

Depois de dez anos ele me contou. Logo que me conheceu, um amigo muito próximo dele se incomodou com minha mania de rir. “Quem ri tanto assim deve ter algum problema”. Vejamos: tenho sim, vários. Um pai que desenvolveu uma espécie de autismo para se proteger das agruras dos tempos de criança. Uma mãe que construiu uma serenidade forçada para lidar com o peso de uma infância roubada. Uma irmã mais velha que até hoje não superou meu nascimento. E uma irmã mais nova que ainda não sabe a que veio. Não, o inferno não são os outros. Sou eu mesma. Eu cresci medrosa. Temia o fiasco, a rejeição, a bronca pública, o desamor. Cresci temendo ser mulher porque ser mulher me parecia o mesmo que ser fraca. Para não me intimidar e me fechar no meu casulo, eu comecei a rir. E foi um riso gostoso, largo, demorado. Uma gargalhada que me fez encontrar meu lugar no mundo. Um riso de alívio, de arrancar lágrimas dos olhos, de saber-me debochada e de fazer troça do que parece sem jeito.

O meu riso nervoso foi a minha libertação.

Problema na família quem não tem? – questionaria Chico. Você, ele, ela, nós. Eu.

Mas eu preferi rir disso tudo.

Débora – A Separada

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Flávia não consegue esquecer

Vamos começar a semana ouvindo a história da Flávia? Ela nos escreveu falando de sua relação com Marcus, um ex-namorado. E pede as nossas opiniões.

Deixa conosco, queridona. Obrigada por ser nossa leitora e por ter escrito.

Beijo grande, fique bem,

Isabela – A Divorciada

Meu nome é Flávia e eu moro em Goiás. Há quatro anos conheci Marcus. Começamos a namorar e tudo era meio lúdico. Sempre amei a liberdade, mas sempre sofri com os ciúmes de outros namorados. Ele deixava meu espírito livre. Ríamos muito. Todos gostavam de nós dois juntos. Como li uma vez num livro: nós dois nos divertíamos mais numa fila de banco do que qualquer casal em lua de mel. Foi uma relação intensa. Como ele não me cobrava, acabei me dando em dobro. Era eu mesma com ele e ele comigo.

Isso até o dia em que eu percebi que ele era instável. Tinha oscilações de humor aqui e acolá, colocava nosso relacionamento na berlinda. Isso foi gerando um medo enorme em mim. Não queria perdê-lo. Quando ele sorria, era como se o sol nascesse de novo, independentemente da hora. Nunca havia sentido e nunca mais senti de novo isso por ninguém. Nossa "lua de mel" não durou muito. Logo ele foi transferido do emprego pra São Paulo, onde ficava a matriz da empresa. Meu medo de perdê-lo aumentou as dúvidas dele. Ele viajou, mas continuamos juntos. Poucos meses depois, ele terminou. E mais uns 15 dias já estava com outra. Lembro do dia em que descobri isso, não sabia sequer com que pernas andar. Sofri muito. Já faz dois anos.

Tentei me refazer, viajar, conheci outras pessoas, mas nunca parei de pensar nele. Me culpo por nunca tê-lo esquecido. Tive vários relacionamentos antes dele. Uns se perderam no tempo, outros viraram amigos, mas todos ficaram bem resolvidos dentro de mim. O Marcus, não. Às vezes, tenho a sensação que permanecerei sempre com essa lembrança. Essa semana sonhei com ele duas vezes, sempre sonhos bons e calmos. Sonhos que nunca me deixaram. Comecei a namorar faz dois meses e quero investir nisso, mas fico pensando se não estou me enganando. E se é possível ainda amar alguém que já me fez sofrer tanto.

Flávia

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Mais sensíveis e românticos

Essa semana eu comprei o exemplar número um da Alfa, da Editora Abril, voltada para o público masculino. Fico curiosa com revistas novas, compro sempre para conhecer. Não achei incrível, mas também não achei ruim. A publicação está gordinha, há muito que ler, incluindo artigos bacanas assinados por homens e mulheres. Uma das reportagens que mais me chamaram a atenção foi uma pesquisa que visa traçar um retrato falado do homem brasileiro.

Em vários pontos do estudo, os entrevistados se mostraram dóceis e românticos. Eu sei, o povo mente muito nesses levantamentos, mas ninguém discute que o mundo mudou. E que eles não ficaram imunes a essas mudanças. Vejamos alguns resultados: perguntados sobre o que discutem na terapia, 60% dos homens responderam "mulher". No item “Já brochou?”, 63% admitiram que sim. Outros 79% disseram ser a favor do casamento, tendência confirmada pelo psicanalista e escritor Contardo Calligaris, que, ao final da reportagem, diz que os homens são “casamenteiros e caseiros”, a mesma tese aqui já cravada por Debs, nossa Separada.

Mais informações da pesquisa: 67% deles declaram estar satisfeitos com as mulheres, estar a sós com a esposa é a segunda coisa que eles mais gostam de fazer (a primeira é ouvir música), ser honesto é a qualidade essencial número um de um homem e ter mais tempo para a família é o segundo maior objetivo na vida, depois de crescer profissionalmente.

Nada mal, né? Gostei de saber que ao menos os machos de Alfa andam mais sensíveis e românticos.

Bom domingo, minha gente. Beijos!

Isabela – A Divorciada

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Tchan, tchan, tchan, tchan...

Amados leitores e leitoras, lindões e lindonas,

Este singelo postinho é só para dizer que hoje, em pleno sabadão, nós estaremos reunidas para agilizar uma série de novidades a serem reveladas em outubro, quando comemoraremos dois anos de 3xtrinta. E que vocês podem esperar muito glamour, bombação e sensualização (te adoro, Lucas Celebridade, hahaha!!!). Tudo feito com muito carinho procês, viu?

Aguardem e confiem. Bom finde!

Beijos, beijos, beijos,

Isabela – A Divorciada

PS: Alguém arrisca um palpite do que nós estamos aprontando? Algumas dicas: não é um ensaio para a capa da Playboy de outubro com as três, não é uma reunião com os executivos da Fox para transformar as nossas histórias numa série com exibição mundial, não é um encontro com os editores da Companhia das Letras para a publicação de um livro do blog. Pelo menos não ainda, hahaha!!!

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Felicidade, felicidade, felicidade!

Mais um ano se passou. Você fica um ano mais velha e nossa amizade vai ganhando mais história. Lembro ainda hoje da gente se procurando no metrô Clínicas para saber como era a fuça uma da outra. Nossa amizade virtual virou real e, desde então, quase dez anos se passaram. A gente ganhou algumas rugas, quilos extras, criamos um blog em conjunto e você veio morar na minha cidade. Passamos longos períodos sem nos falar e às vezes só sei de você pelo blog ou pelo Facebook. Mas, quando nos vemos, a conversa flui e a sensação é a de que estamos sempre muito próximas.

Nesse seu dia, desejo o que há de melhor para você! Que você conquiste o que sonha, que evolua sempre e que mantenha esse sorrisão no rosto!

Beijo e parabéns!

Débora – A Separada

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No escurinho do cinema

Grande momento de desopilar o pensamento, a sala de cinema também é um zoológico humano. Sente-se na sua poltrona favorita, comprada horas antes e escolhida a dedo. Tela diante dos olhos na altura perfeita e sem cabeças como obstáculo, melhor impossível. Hora de curtir aqueles cinco minutinhos da galera entrando na sala, até que surgem os "outros". E que outros. Sentados ao seu lado, você espremida no meio, dois casais. Não tem como fugir. Domingo à tarde é hora de cinema a dois.

Do lado esquerdo do ringue das poltronas, temos o casal que daremos o nome de "mesa pra dois". Comedidos como início de romance gênero pé atrás, o casal mesa pra dois pega na mãozinha, conversa amenidades em voz baixa, mas não de forma suficientemente silenciosa para você ao lado não escutar; tudo involuntariamente claro. Não há beijo de luz acesa, zero risos - menos zero risadinhas - sequer um estalo de bitoca com luz apagada.

Tudo é comedido, controlado. O cabelo da moça é repartido no meio, os ombros encolhidos e as pernas sempre cruzadas. O rapaz usa camisa pólo, relógio, jeans e sapatênis. Alguma surpresa? Fica a torcida sincera de que eles sejam mestres em esconder o jogo. Quantas vezes não compramos um filme pelo trailer e ele se revela um saco depois de comprado o ingresso? O contrário também existe, esperemos...

Já do outro lado do ringue temos outro cenário. Com vocês, o casal "sofazão". Só que não é o sofazão da sexta-feira à noite. Falo do sofazão da domingueira, do refastelo das 16h, tem coisa pior que crepúsculo em dia de domingo? Casal que resiste à essa hora maldita com criatividade consegue superar qualquer problema, fica junto para sempre. Você, que tem um relacionamento, já parou para pensar o que estava fazendo no finalzinho de tarde de um domingo? Aham...

E tem uma coisa: espírito sofazão quando encosta, fica. Fazer um programinha fora de casa não resolve sozinho e o casal homônimo é prova disso. Vão para o cinema e já entram falando alto, estão em casa e com um sofazão de mais de 100 lugares. O sujeito não senta, se atira na poltrona. A namorada, de saia rodada florida e chinelinhos, estilo fofa desencanada, pousa no assento equilibrando um famigerado combo, que tem como destaque um saco de aspirador de pó cheio de pipoca; que seu querido devora igual uma draga. Ele nem respira, tampouco fala uma frase até o fim. A boca é um intermitente mastigar, como uma garagem aberta batendo a porta no chão, abre e fecha. Ali, só entram grãos de milhos eclodidos, triturados e engolidos em escala industrial.

Num primeiro momento, parecem amigos. Até a mocinha passar o pé na canela do rapaz. Ela é desencanada. Logo, tira o chinelo, passa um pé na canela do sujeito e o outro ela bota na mureta da frente. Enquanto isso, ele continua o processo de trituração do milho, também conhecido como comer pipoca se fosse feito de forma civilizada. O saco de pipoca era sua mais nova namorada. Não dava para encarar aquela comilança de frente, pois só o barulho já colocava a imaginação no limiar do nojo.

Luzes apagam-se e a mão de Deus começa a operar. Subitamente, o casal sofazão muda de lugar, levando consigo aquela vibe domingueira detestável. Ah, sim, o que houve com o casal "mesa pra dois"? Ora, nada. Calaram-se e viram o filme até o final. A audiência agradece. Leonardo de Caprio safra 30 anos no telão exige plateia atenta, sem perturbação.

Giovana - está solteira

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My way


Há exatos quatro anos eu subi aquela escadinha daquela casa de porta verde. E nunca mais parei de subi-la e descê-la. Fui perguntar quanto custava a aula de Pilates e saí como aluna de aikido. Estava buscando um exercício físico e saí com uma filosofia de vida. O que era aquilo? Eu não fazia nem ideia. E demorei ainda um ano ou mais para entender o que eu estava fazendo ali. O mestre era grosseiro, eu só tinha colegas homens, alguns fofos, outros brucutus, a técnica era extremamente difícil e a etiqueta e a hierarquia eram uma verdadeira subversão para uma menina criada na desordem.

Tive medo dos gritos, das broncas e da dor física. Tive medo de fazer exame e dar vexame. Tive medo de nunca entender a subjetividade desse caminho filosófico, de jamais sentir o meu ki (energia) e de não conseguir fazer mais e pensar menos. Num dado momento, parei de pensar sobre a utilidade das coisas e me deixei seduzir pelo tatame. E então eu comecei a voar. Meu coração acanhado e debochado virou coração valente e risonho. E me entreguei à vida como nunca antes tinha feito.

Vim parar em Moema por causa de um amor. E nesse bairro eu descobri o meu caminho. Me despeço de Moema porque os amores uma hora acabam. Mas o aikido, ah, esse é um caso de amor que transcende a vida.

Débora – A Separada

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Prefiro ser como o Fábio Jr.


“E o Fábio Jr, que já está no sétimo casamento? Hoje em dia é um tal de casa, separa, casa, separa, que eu nunca vi”.

Respondi dizendo apenas que achava que o Fábio Jr. tinha acabado de acabar o seu quinto ou sexto casamento, não o sétimo. Até chequei a informação para escrever este post: Mari Alexandre foi a sexta mulher do pai do Fiuk. O mais curioso da cena era que, enquanto aquela mulher criticava o cantor pelas suas várias experiências matrimoniais, o marido dela, ogro total, chegou e saiu daquela sala sem sequer dizer “oi” ou “tchau” olhando para ela. No máximo se dirigiu a todos os presentes. E isso de forma muito seca. Beijinho então, nem se fala. Tal gentileza aquela dali não deve ter faz tempo, deu para perceber. Tanto que, sempre que se refere ao companheiro, é para dizer coisas como “ele é advogado especializado em direito tributário, um homem muito ocupado” ou “acabamos de comprar o modelo mais completo do carro tal”.

Pois eu prefiro ser como o Fábio Jr. Ter me casado seis, sete, oito, dez, trinta vezes, mas em todas ter tentado ser feliz, ora essa. Ter me apaixonado, amado e sido amada. E não viver décadas ao lado de alguém que sequer olha para mim ao entrar ou sair de um lugar. Deus me proteja.

Quando é que as pessoas vão entender que felicidade não tem nada a ver com a duração de anos de uma relação dita estável?

Isabela – A Divorciada

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A Piegas Passional


O texto de hoje é da nossa leitora Alessandra Rocha, uma querida que nos escreveu na semana passada. E ainda mandou a foto acima para ilustrar o post. Um luxo, né? Espero que vocês gostem. Eu adorei. E me identifiquei com ela em diversos pontos, inclusive.

Beijão, Alessandra. Super obrigada por ser nossa leitora. E por ter escrito para nós. Apareça sempre.

Isabela – A Divorciada

Eu pensava que era moderna e que saberia levar um relacionamento adulto do jeito como a atualidade conduz, mas estava errada. Não sei lidar com “isso”. Ou sou muito piegas ou os relacionamentos se tornaram banais. Todos fogem de envolvimento temendo “quebrar a cara”, aproveitam os momentos, “Carpe Diem”, vão levando.... Eu sinto falta de pertencer a alguém por inteiro, corpo e alma. Queria ser suficiente pra alguém, bastar. Não por toda vida, mas pelo período em que fizesse parte dela. Eu me esforço...tento ser boa em algumas coisas.

Aos poucos começo a aprender que a pior parte de um relacionamento é não ser correspondido ao mesmo nível....esse descompasso de sentimento é cruel. Penso em esperar pra ver se a situação se reverte...e nada. Quando será recíproco? E Se isso nunca acontecer? Porque leram tantos contos de fada para mim na infância? Quando isso acontece invariavelmente eu choro...muito, ponho música brega pra estimular o choro, fossa com trilha sonora.

Reconheço ser um ser passional...me apaixono facilmente por coisas, sapatos, livros, músicas e até pessoas. Uma emoção ampliada,quase patológica. Se pudesse escolher, não iria querer ser assim. Riria de pessoas como eu... tão infantis, tão anos 60...

Mas as pessoas são seres fascinantes, suas peculiaridades as fazem especiais embora tão normais...como não se apaixonar por algumas delas eventualmente?

Aconteceu de novo, me apaixonei. Assim de repente, não sei se foi quando ele me contou que bebia um copinho de suco de madrugada ou quando eu o vi dormir de meias como um menino grande. Vontade de dizer:”Ei ...tá percebendo que to gostando de você?”, mas a adulta interior conseguia controlar as palavras, embora não escondesse o que diziam os olhos. Não basta pra mim ser uma “gracinha”, quero ser a graça da vida de um alguém.

Tô tão cansada...esses joguinhos sentimentais não me emocionam mais. Não quero jogar, quero ser eu mesma, passional, escalafobética às vezes... e alguém terá que me aceitar assim, porque vem junto com o pacote de outro monte de coisas boas. Também tenho qualidades, gosto de pensar que algumas são únicas e inerentes à minha pessoa.

Talvez eu tenha que começar a aceitar que para ser o bastante para alguém, tenha que primeiro bastar para mim mesma...e talvez essa seja a parte mais difícil, sou exigente.

Alessandra Rocha

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Mal dotado e mal educado

Essa é uma história que eu ouvi de uma manicure, há bem pouco tempo. Aconteceu com uma cliente dela, que aqui vamos chamar de Lúcia. O outro personagem envolvido a gente pode batizar de Luiz. À trama: Luiz sempre foi para Lúcia o homem perfeito que desde a infância ela via como um bom amigo e nada mais. Loiro, lindo (com direito a olhos azuis), bom profissional, gentil, querido e disponível aos 30 e poucos. Um certo dia, ao terminar um namoro, ela decidiu dar uma chance ao moço, por que não? E aceitou sair para jantar com ele.

O encontro foi ótimo, tanto que rendeu novos convites, bares, baladas e, uma noite dessas, uma esticada a um motel. Foi ali que ela descobriu uma certa imperfeição naquele homem acima de qualquer suspeita. Isso mesmo, minha gente, o moço não era, digamos, bem dotado. Sem graça com a revelação, ela foi educada e disse que preferia não continuar, sem apontar especificamente um motivo. Antes de prosseguirmos, um adendo: o 3xtrinta defende a bandeira de que, mais importante do que o tamanho do instrumento, é a habilidade de quem o conduz. Além do que, o que é pouco para uma pode ser bom para a outra.

Voltando à Lúcia, qual não foi a sua surpresa ao descobrir que, pouco tempo depois, Luiz espalhou para TODOS os amigos em comum que a história deles não avançou porque ela era frígida. Furiosa, com toda a razão, ela partiu para o ataque e revelou ao mundo que o problema dele, para ela, eram os centímetros a menos nos países baixos.

Eu sei, eu sei, também foi baixaria ela devolver o gesto dele na mesma moeda. Teria sido mais elegante deixar as coisas no ar, ignorar o mala e tirar de menos. Mas eu entendo a raiva dela. Não foi demais o cara colocar nela a culpa por uma química que simplesmente não aconteceu entre os dois? Não é de um machismo sem tamanho expor que, se não houve sexo, foi por um problema dela? Ou seja, dando a entender que ele é tão viril e maravilhoso que, se ela não quis, só pode ser frígida? Eu fiquei com ódio só de ouvir. E, do meu canto, sem fazer ideia de quem Lúcia seja, desejei a ela mais sorte com os homens daqui por diante.

Meninos, amigos, queridos leitores deste blog: vamos manter a classe. E preservar a intimidade alheia. Não agradou desta vez? Melhor guardar energia para fazer bonito na próxima. Independentemente de qual for a sua centimetragem.

E tenho dito.

Isabela – A Divorciada

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I´m sorry

As ruas da cidade parecem muitas vezes uma pista de boliche. Tem gente que serve para peão, outras para a bola do strike. É um tal de esbarrar nos outros que não tem limite. Falta de educação, pressa, o que seja. Tudo parece explicação, mas tem uma que chegou nos meus ouvidos outro dia que achei curiosa.

"Estes esbarrões, dizem alguns estudiosos, é vontade de calor humano". Ouvi essa em Londres, aquela cidade cheia de ingleses, sabem? Ingleses... aquelas criaturas de sotaque empolado e com um quê de esnobe-blasé; vestidos com seus cashemires, mesmo no verão. Vale andar pelas ruas e observá-los com um certo estranhamento. E razões não faltam para isso aos que tem origem latina. É o estranhamento combustível da curiosidade que está em questão.

Londrinos tem sotaque ainda mais característico e bem, mas bem longe do básico dos cursinhos de inglês das bandas de cá, que adoram aquele jeito "Pato Donald" de falar dos norte-americanos. Aquela coisa entre o vazio e o debilóide. Tem quem goste... Prefiro o acento da Rainha, mesmo que isso signifique comer feijão no café da manhã. Jamie Oliver que me perdoe mas a gastronomia não é o forte daquela ilha, pelo menos a típica. Por isso, quando se vai lá, encarar o curry é inescapável, não tem como fugir do tempero indiano. Ele chegou para ficar e dar gosto às batatas britânicas.

Ah, sim, desculpe. Estava falando dos esbarrões como calor humano. Interessante, até que faz sentido. Os esbarrões são os mesmos daqui. Só que vem acompanhados de um "I´m sorry" na sequência. Muitos são automáticos, sequer olham na sua cara, e poderiam ter sido evitados com um simples "Excuse me?" antes, que eles não dizem de jeito nenhum. Parece que querem gente pelo caminho, só para esbarrar. O campo magnético deve ser outro por aquelas bandas.

Depois de alguns dias, o tal do "I´m sorry" realmente enche o saco. Dá vontade de responder "I do not". Só que cadê cara para isso? I´m sorry, mas me desculpe não dá para recusar. Ainda mais para quem precisa de calor humano, vai que a tal teoria tem lá seu fundo de verdade?

Giovana - está solteira

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O chamado


O budismo me chama. E já faz um tempo, eu é que andei recusando esse convite.

Na última semana, no entanto, ele foi bem incisivo. Primeiro eu roubei um livro na mesa do João – o menino que cobre religião lá na revista. É uma espécie de “Budismo for dummies” já que mostra o be-a-bá da religião. Um dia depois, a Bela me convidou para irmos ao templo zen-budista da Liberdade. Não fomos ainda, mas ficou o desejo. Já a Clara, minha irmã, foi mais incisiva: vamos ao templo Zu Lai nesse fim de semana? E lá fomos nós conhecer o famoso templo de uma ordem chinesa, que fica em Cotia. Por fim, comecei a ler o livro “Governe seu mundo”, do tibetano Sakyong Mipham, detentor da tradição Shambala, cuja filosofia e estilo de meditação eu aprendi um pouco no começo do ano durante um workshop. O livro é maravilhoso. Para ser degustado a cada frase.

Ainda não sei se sigo a linha japonesa, chinesa ou tibetana. Não sei nem se um dia eu direi “Sou budista” ao me perguntarem a religião (coisa que nunca tive). Só sei que estou adorando incorporar essa sabedoria no meu dia a dia.

Débora – A Separada

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Separa ou não separa?

Nossa leitora nos chama. Hoje, quem abre o coração é a Joyce (nome fictício), de 36 anos. Seu dilema? Separar-se ou não. Aos fatos: no mesmo relacionamento há 20 anos, dos quais 14 casada, ela tem uma filha de um ano e meio com Júlio (nome fictício). Durante o namoro, eles ficaram apenas dois dias sem se ver. Sempre foram apaixonados e viveram uma relação tranquila, em que prevalece o diálogo e o respeito, mas, ao mesmo tempo, não exatamente completa no quesito intensidade, digamos.

Joyce se descreve como uma mulher muito intensa em tudo que faz: no amor, no trabalho, na vida. E, se por um lado nunca faltou estabilidade, por outro o seu casamento nunca foi aquilo que ela imaginou. Ou nunca foi tão quente como ela esperava, melhor dizendo. Hoje, ela acha que talvez tenha virado irmã do Júlio. Diz que o melhor de cada um já não é suficiente para o outro. Sexo? “Já morreu há tempos”, segundo ela.

Por tudo isso, ela está, “há uns três meses”, amadurecendo um rompimento. E tem na cabeça dúvidas grandes e sérias: “a culpa, a insegurança, a incerteza, a minha filha, a família, o julgamento, a comodidade, o Júlio”. A questão é que, apesar da dificuldade em decidir, ela não quer “se arrepender de não ter tomado essa decisão quando completar 50 anos”.

Diante disso, as “perguntas que não querem calar”, mas que Joyce quer que a gente a ajude a refletir a respeito, são: “tenho o direito de tirar o pai da minha filha da convivência dela?”, “não vou me arrepender?”, “como é viver sem alguém que te ame?”, “será que conseguirei viver apenas com a minha companhia?”. Nossa leitora diz ainda ter “medo de ficar solteira”, “medo devastador de ser divorciada”, “pavor de continuar casada”.

Lá vou eu dar a largada nos comentários: Joyce, queridona, suas palavras falam por você. Seu texto é o texto de alguém que está infeliz, que vive uma relação incompleta. Deu para sentir isso em cada linha. Reparou que, apesar do “medo de ficar solteira” e do “medo devastador de ser divorciada”, você tem “pavor” é de “continuar casada”? Gente, pavor não é pior do que medo? Você não acha que já respondeu para si mesma?

Sobre a sua baby: eu não sou mãe, mas sou filha. E, como tal, não gostaria de ver os meus pais juntos e infelizes. É muito mais saudável ter cada um no seu canto, mas sorrindo, de bem com a vida. Eu acho.

Não tenha medo de viver. E muito menos de ser divorciada!!! Garanto que tem lá as suas vantagens, hahaha!!! Mas sobre isso, caso você se separe, eu te falo depois. Fique bem, beijo grande.

Much love,

Isabela – A Divorciada

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Ser feliz custa R$ 11 mil por mês

Quem chegou a essa conclusão foi um grupo de estudos de Princenton, nos Estados Unidos. Segundo o grupo, acima desse valor, já não faz muita diferença. A pesquisa põe a máxima “dinheiro não traz felicidade” em xeque: mais dinheiro que isso não traz mais felicidade. Por outro lado, muito menos que isso, pode tornar a pessoa infeliz. O fato é que quando se tem pouco dinheiro, os problemas pelos quais todos passam se tornam maiores do que realmente são.

“Uma renda pequena exacerba as dores emocionais associadas a problemas como divórcio, doença ou solidão", explica Daniel Kahneman, de Princeton, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2002 e coautor da pesquisa.

Claro que não acho que a felicidade tem um preço tabelado. Para cada um, certa quantia mensal basta. Mas tendo a concordar com a tese – nem pouco, nem muito. O suficiente para viver de forma confortável. Seria hipócrita dizer que é possível viver bem sem nenhum, mas conheço muita gente que vive bem com “algum”. Cabe a cada um buscar a sua “quantia da felicidade”. Eu ainda não cheguei na minha. Mas trato de viver bem com o que tenho.

A pesquisa também aponta quais são as outras razões para uma pessoa ser mais ou menos infeliz. Ser casado, ter filhos, curso superior e plano de saúde (rs) pesam na balança da felicidade. Sentir solidão, ter problemas crônicos de saúde, ter de sustentar alguém da família, ser divorciado (ó!!!) e ser obeso foram alguns dos motivos apontados pelos mais “infelizes”.

Tudo muito relativo. Mas tudo muito divertido para se refletir a respeito.

Eis a matéria completa: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/795092-felicidade-custa-r-11-mil-por-mes-aponta-estudo.shtml

Débora – A Separada, sem filhos, sem R$ 11 mil por mês e feliz!!

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E nada mais reclamo


Como vocês já devem ter percebido, ando saudosa da terrinha. Depois de recomendar Penedo como dica de viagem, no domingo, aproveito o feriado para indicar procês um dos últimos trabalhos do videoartista Felipe Barros, meu irmão.


Trata-se de E nada mais reclamo, inteiramente gravado em Piaçabuçu, Alagoas (pertinho de Penedo, aliás). Em tempo: o vídeo foi exibido no último Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo. Fiquei mega orgulhosa, claro. Espero que vocês também gostem.


Bom descanso. Beijos!


Isabela – A Divorciada














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A TAM e a Divorciada

“Boa noite, senhor Fulano. Em que posso ajudar?”

“Não, aqui não é o senhor Fulano. É a Isabela quem fala. O senhor Fulano é meu ex-marido, pode tirar o nome dele do cadastro e deixar só o meu, por favor”.

“Impossível, senhora: ele se cadastrou primeiro. Eu só posso tirar o nome se ele ligar aqui e pedir isso”.

“Mas é linha é minha! Está em meu nome! Posso comprovar isso. Como assim você não pode alterar o cadastro?”

“Não posso fazer nada, senhora”.

O diálogo acima foi travado entre mim e uma atendente da TAM, em 2008, pouco tempo depois que eu me separei. Uns dois meses após o fim, acho, deve ter sido em junho ou julho. Como faz muito tempo, posso não ter reproduzido as palavras com exatidão máxima, mas o conteúdo da conversa foi esse sim, eu me lembro muito bem.

Acho que as empresas deviam ser mais cuidadosas com situações como essas. Com o trato com os divorciados. Não é muito desagradável ligar para o call center de uma companhia aérea, para resgatar milhas e fazer uma viagem após a pior fase de um processo de separação (a fase inicial, claro), e ouvir “Boa noite, senhor Fulano”, ou seja, o nome do seu ex? Pior que isso: a atendente não deu a mínima para a minha argumentação. Se a linha telefônica estava em meu nome, e se eu estava dizendo a ela que havia me separado, por que não ter o mínimo de bom senso e atender o meu pedido?

Na época, com tanta coisa para resolver, nem levei a queixa adiante. Sequer procurei a central de atendimento da TAM. Devo fazer isso agora, por meio deste post. Mas deixo desde já o meu protesto: empresas, cuidem melhor de seus clientes divorciados. Estado civil é estado civil. E o respeito TEM QUE ser igual para todos.

Isabela – A Divorciada

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Penedo, te amo


Penedo é a minha cidade predileta no interior de Alagoas. E uma das dez, no mundo, que eu acho mais encantadoras. Pequenina e fofa, foi erguida às margens do Rio São Francisco, no extremo sul do meu estado. É repleta de sobrados e construções do tempo do Brasil Colônia, sabem?

Enfim, essa semana eu aproveitei que sou jornalista e me declarei na seção de Turismo da Agência de Notícias Brasil Árabe – ANBA. Quem quiser, pode ler a reportagem aqui.

Beijo, gente. Bom domingo. Mesmo longe de Penedo, hahaha!!!

Isabela – A Divorciada

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Comprometida




A jornalista e escritora Elizabeth Gilbert é uma mulher que eu gostaria de entrevistar. Mas entrevistar longamente, sem pressa, como se deve. E como a gente geralmente não faz no dia a dia. Os dois livros dela que já li, Comer, Rezar, Amar e, recentemente, Comprometida, me caíram nas mãos nas fases da vida em que eu mais deveria tê-los lido.

Para quem não sabe, Comer, Rezar, Amar conta a história pessoal de Elizabeth após o fim de seu primeiro casamento. Para dar a volta por cima, a autora decidiu se dar de presente um ano sabático, com direito a quatro meses na Itália (o “comer” do título), quatro na Índia (rezar) e mais quatro na Indonésia (onde ela conheceu seu atual segundo marido, um brasileiro que ela chama de Felipe). O livro já virou filme, com estreia prevista agora para setembro e Julia Roberts no papel principal.

Pois bem, passado o vendaval do divórcio e consolidada a nova relação, com Felipe, a jornalista escreveu Comprometida, que mistura a sua experiência com informações, análises e curiosidades sobre o casamento em si. Entre outras coisas, a obra é recheada de citações, sendo a minha predileta uma frase de Benjamin Disraeli que diz: “Não há risco maior que o matrimônio. Mas nada é mais feliz do que um casamento feliz” (achei lindo e muito verdadeiro).

O ponto alto do livro para mim, no entanto, está na primeira pessoa. Nos capítulos em que Elizabeth diz que o seu amoroso e companheiro segundo marido se transforma num chato de galochas de vez em quando, que sim eles têm lá as suas irreconciliáveis divergências, que ela morreu de medo quando se viu diante da sagrada instituição do matrimônio outra vez. Mas que, mesmo diante de tudo isso, sua vida “não teria mais um enredo coerente sem ele no centro”.

Adorei ler ainda que, diferentemente da primeira tentativa, quando a gente não pensa muito nessas coisas mesmo, decidir usar aliança novamente é começar uma história com mais respeito pela coisa. Porque agora já se sabe o óbvio: simplesmente pode terminar. Parece que a vontade de acertar aumenta. O divórcio ensina, nos faz mais flexíveis. Esse, aliás, foi o ponto mais importante do meu aprendizado pessoal com a separação.

Comprometida é leve, agradável de ler, escrito em tom de conversa. Super recomendo. E podem ficar tranquilos: se um dia entrevistar Elizabeth Gilbert, venho correndo aqui contar procês.

Bom sábado. Beijos!

Isabela – A Divorciada

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Estrada nova

Eu acordei triste outro dia. E uma amiga virtual, aquisição via 3xtrinta, me mandou um e-mail dizendo que tinha sonhado que eu estava triste. Daí eu contei para ela o que conto aqui para vocês: estou me separando. De novo. Parece até piada, mas não é. Agora a decisão veio dele. E quando a decisão vem do outro, não há o que fazer. É bater em retirada e aceitar a sorte que nos espera. Agora é arrumar as malas (de novo, pela terceira vez em um ano) e seguir meu caminho.

Para me dar uma força, a Carolzinha (que sonhou comigo) me mandou essa música linda do Oswaldo Montenegro chamada Estrada Nova. E como eu sou reincidente em ir embora, eu conheço esse medo. Mas não tenho medo desse medo. Ele faz parte. É aquele frio na barriga com o desconhecido, aquela melancolia de se saber sozinha após ter tentado de novo, é aquela desesperança no peito. Um certo cansaço de tanto sentimento. “Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo”, como diria Drummond.

Choro a minha perda. E o fim da mais uma ilusão. E busco a minha nova estrada.

Eu conheço o medo de ir embora
Embora não pareça, a dor vai passar
Lembra se puder
Se não der, esqueça
De algum jeito vai passar

Débora – A Separada

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Lavínia e seu ex

Eu já contei aqui a história de Lavínia (nome fictício de uma leitora super querida do Ceará) com seu ex-namorado, Breno (nome também fictício). Não lembra desse post? Pois pode reler aqui. Para resumir, o namoro dos dois, que teve início em 2004, era um tanto quanto conturbado. Principalmente porque Breno não era, digamos assim, muito comprometido com Lavínia, a quem chegou a trair, para quem mentiu inúmeras vezes, sem dedicar-lhe nunca a atenção que ela merecia. Diante disso, a relação deles teve fim no início de junho.

Há 15 dias, Lavínia me escreveu para falar de Breno. E pedir para dividir aqui, mais uma vez, o dilema dela com vocês. O que aconteceu agora? Um mês depois do fim deles, o dito cujo assumiu um novo namoro. Isso com direito a fotos em redes de relacionamento e tudo mais. Mas, mesmo assim, continuava visitando, frequentemente, a página de Lavínia no Orkut. Ou seja, sabia que ela estava retomando a vida, saindo, ficando com outros meninos até.

Um belo dia, eis que Breno manda um torpedo para a nossa leitora onde se via apenas uma carinha triste. Ela, que já tinha ficado sabendo do fim do namoro dele, sequer respondeu. Não satisfeito, ele a chamou para conversar no MSN. Basicamente, quis contar que estava mal por ter terminado o relacionamento. Como se Lavínia fosse confidente dele, né? Vejam bem. O diálogo foi repleto de expressões como “tô tão triste”, “acho que estou passando pelo que vc passou quando acabamos”, “não estou mais namorando”, “queria te pedir desculpa de novo...pelo sofrimento”.

Resumo da ópera: o cara queria que Lavínia soubesse que ele está livre, para mim isso é muito claro. Na minha modesta opinião, está demarcando território, tentando se reaproximar, apesar de eu achar o fim dos tempos ele ter procurado a nossa querida para fazer “desabafo”, para pagar de triste pelo fim da sua história com outra pessoa. A questão é que Lavínia ficou mexida. E quer ouvir as nossas opiniões a respeito do babado. Assim sendo, lá vou eu abrir os trabalhos.

Por ter já uma certa “intimidade” com Lavínia, advinda das nossas conversas por e-mail, reescrevo aqui um posicionamento já registrado para ela nos nossos papos: quem sou eu para dizer que essa criatura não se arrependeu, que vocês podem voltar e ser muito felizes? Ninguém, evidentemente. Mas, acredito, ele já perdeu 10 mil pontos por essa ceninha de arrasado para cima de você. Foi no mínimo deselegante. Se tiver que ser, querida, e essa decisão é sua, que seja às custas de muito suor, viu? Pise! Deixe esse cabra rebolar. E muito, se quiser ter outra chance com você.

Fique bem. Beijão,


Isabela – A Divorciada

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Meu amigo Supertramp

Se eu tenho uma sorte grande nessa vida são as pessoas que aparecem em meu caminho. E ele eu saquei de cara. Gente boa, eu apostei. Apostei baixo. Porque ele é um grande coração. E isso é ser bem mais que gente boa. Grandão e magrinho ao mesmo tempo, com um rosto meio adolescente por causa das espinhas. Um olho verde que transmite doçura e um humor alinhado com o meu - divertido e crueeeel. O mais legal é que quando a gente começa a resmungar em conjunto, às vezes em trio, já que a Patrícia é parte dessa simbiose, o clima não fica pesado. Pelo contrário, vira farra. É uma tirada atrás da outra.

Também me chamou a atenção a admiração que ele tem pela namorada, que é uma moça batalhadora e muito querida, e o carinho pelos amigos. Já conheço vários deles sem nunca tê-los conhecido.

Que ele escreve bem para caramba ele já sabe. E que às vezes ele se acha um pouco talvez ele não saiba. Mas ele pode. Ele é um bom coração e bons corações não correm o risco de se tornarem arrogantes.

O sonho dele é se embrenhar por uma mata entre o Amazonas e Alaska. E fugir do “jornalismo indoor” que ele tanto critica. É entrar na natureza selvagem e não sair mais.

Aqui entre nós? Acho tudo isso uma grande balela. Ele diz isso só porque é bacana sonhar ser um intrépido repórter da National. Porque o que ele gosta mesmo é de gente. Ver gente, conhecer gente e escrever sobre gente. E quer lugar melhor para respirar gente que São Paulo? Se não fosse verdade, ele não teria criado esse blog aqui.

http://obsdegente.wordpress.com/

Débora

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