Muito prazer!

Nas duas últimas semanas eu só pensei em prazer. E tive muito prazer pensando nisso. É que o tema – complexo, subjetivo, mas delicioso – foi o foco da reportagem que eu escrevi para a capa da Isto É desse final de semana. Fiz em parceria com minha colega Verônica e ouvimos mais ou menos uns dez especialistas de diversas áreas – de neurocientistas até filósofos. Fora pessoas comuns que deram seus depoimentos sobre como obter mais prazer em todos os aspectos da vida (entre eles, meu queridíssimo amigo Ricardo).

Durante o processo de apuração e escrita, minha cabeça ficou povoada de idéias e um pouco perdida de definições. Como explicar o que é o prazer, como ele funciona no cérebro e porque ele ao mesmo tempo fonte de alegria e angústia? Mestrado em filosofia, te dedico! (Parafreaseando a 'caixa preta', que adora dizer isso).

A conclusão é que prazer envolve uma rede complexa no cérebro e é extremamente incompreendido pelas ciências. Afinal, como explicar por que uma coisa que é prazerosa para uma pessoa, é nojenta para outra?

De tudo que eu ouvi, no entanto, uma delas me marcou muito: o conselho do Morten Kringelbach, neurocientista dinamarquês que dá aulas em Oxford. A tese do Morten é que, embora ainda seja inexplicável, o prazer nós dá pistas muito importantes sobre nós mesmos. É uma fonte inesgotável de autoconhecimento. E embora seja massacrado e crucificado como o (ir)responsável por todos os nossos descaminhos, é ele que pode nos ajudar a tomar as decisões mais acertadas. Ou seja, é exatamente o oposto do que se prega.

Portanto, não tema seus desejos. Sente um prazer inexplicável por algo ou alguém? Vá mais afundo e identifique o que você isso está querendo te dizer.

E, claro, deguste a vida! Sempre!

Um beijo, ótima semana!

Débora – A Recasada

ps: para ajudar, tive uma semana cheia de prazer comemorando meu aniversário várias vezes e, no fim de semana, participando de um evento delicioso com minha família do aikido =D

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Duas reportagens



Eu não sei vocês, mas eu adoro tirar o domingo para colocar a leitura jornalística em dia. Desde menina, gostava de ver os jornais mais gordinhos, com edições caprichadas, que painho comprava. Isso além das revistas semanais, novinhas em folha.

Assim, como não posso mandar um jornal para cada um de vocês, deixo aqui duas reportagens publicadas na Agência de Notícias Brasil Árabe, para a qual escrevo: uma assinada por mim: Tramas árabes nas ruas de São Paulo, sobre a influência da arquitetura das arábias na maior metrópole brasileira, e a outra, O cineasta de Lampião, da minha amigona Isaura Daniel, sobre o libanês Benjamin Abrahão Brotto, o único a filmar o rei do cangaço.

Espero que vocês gostem. E que o domingo seja bom.

Beijão,

Isabela – A Divorciada

PS: Acima, foto de Sérgio Tomisaki, da Agência Meios, de uma mansão com elementos árabes na Zona Sul da capital paulista.

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Os blogs da Lili

Vai uma dica de blog aí? Duas, melhor dizendo? Então pode anotar: O doce mundo de Lili e Caixa Mágica da Lili, ambos escritos pela jornalista, fotógrafa e quituteira Lilian Nakashima, de São Paulo. Uma fofa que está mandando super bem ao fazer fotos de mulheres comuns, que querem se dar um álbum caprichado de presente, entre otras cositas más.

Beijos, Lili. Beijos, gente.

Bom sábado!

Isabela – A Divorciada

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Sobre a flechada

Ir ao cinema é um daqueles momentos de lazer que, sozinha ou acompanhada, é sempre bom. Não tem um melhor que o outro, só mudam as sensações. Na segunda opção, dependendo da flechada, melhor ir ver um filme que não interesse tanto. Afinal, você não irá assisti-lo mesmo...

Já no segundo caso, vale tudo: filme cabeça para mergulhar numa história intrincada, outro mais viagem para ficar matutando durante dias depois da sessão e encontrar explicações mais que chuchu na cerca; cada chuchu mais doido que o outro, que fique claro.

Agora, conhece aquele exemplo de sentar no escurinho só para ver o galã? Pois é, isso ainda existe, não é privilégio de nossas mães e avós. No caso real deste post, ele chama-se Russell Crowe e o filme é "Robin Hood". Sabe, já engendrei várias teorias sobre o porquê deste sujeito hipnotizar algumas mulheres, grupo no qual me incluo resignada. O cara já ficou mais inchado que baiacu por causa da bebida, dizem até que já deu uns sopapos na insossa da Meg Ryan e falam que possui um gênio irascível. Pessoalmente, deve ser uma bucha difícil de digerir, haja amor!

Quanto a tudo isso, pouco me importa. Nunca vou cruzar com o Russell Crowe em carne e osso mesmo. Pelo menos as probabilidades disso acontecer são remotas. Mas a versão das telas, ah...essa é impecável! Pronto, qualquer juízo foi para o saco daqui por diante. O que dizer do ator em "Gladiador"? Ele foi o Maximus em outra vida. Pois a mesma sensação se tem em "Robin Hood".

O filme, vai lá, é benfeito, dirigido pelo Ridley Scott mas chega uma hora que nem Russell Crowe salva, a narrativa fica chata. Menos minutos para caber a saga do Príncipe dos Ladrões fariam milagres à produção. Ok, os hormônios agradeceram a história um tanto arrastada, mais Russell Crowe na tela.

Voltando ao camaleão neo-zelandês, já vi boa parte dos filmes dele e digo, categórica, que a aparência do sujeito é apenas coadjuvante. O visual bruto com o qual ele é associado em geral já transmutou-se num esquizofrênico atrás dos óculos em "Uma Mente Brilhante", em um corrupto decrépito em "O Informante" - sim, o personagem menor, de cabelos brancos, era ele antes de Gladiador -, e ainda deu rosto e voz ao capitão naval austero de "Master and Comander".

Como todo bom ator, ele empresta tudo ao personagem, muda a cada filme e aí está formada toda a mágica que prende nossos olhos nele. Para completar, todos os recursos artísticos de Crowe são coroados com uma voz rouca que deve causar o impacto de uma bomba atômica quando ao pé do ouvido. Só de pensar que a sem sal da Meg Ryan já soube um dia o que é isso fico inconformada.

Em "Robin Hood", seu herói encontra a Lady Marion interpretada por Cate Blanchett pelo caminho. E ela acende o desejo de encontrarmos a nossa Marion em nós. Ainda mais se for para ouvir de "Robin" Crowe, toda a vez que ela lhe pedia um favor, algo como: Ask nicely - que é mais ou menos "Peça carinhosamente".

Depois dessa, quem não gostaria de ser alvo da flechada?

PS: Mr. Crowe já ilustrou um post por aqui faz tempo. Para saber, clique aqui.

Giovana - está solteira

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A lição do pé na bunda



A frase nem é nova, não reparem. Eu é que não conhecia, acho. Mas gostei assim que a ouvi, de uma amiga queridíssima, tendo ficado com vontade de dividir com vocês:

“O bom do pé na bunda é que ele empurra a gente para a frente”.

Verdade, verdadeira, não é mesmo? Eu acho. Assim, para todos e todas que levaram um fora recentemente, força! Que o mundo é maior. E para a frente é que se anda. Sempre!

Beijos,

Isabela – A Divorciada

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3.1

Meninas,

vou roubar um pouquinho do espaço de vocês hoje. Mas o motivo é especial: a Descasada (recasada, diga-se) faz 31 anos. É 3x30 na veia!

E por ser uma autêntica trintona dos nossos dias, essa menina dá trabalho. Está no mundo para vê-lo de perto, ou melhor, para ver e ouvir todos os seus habitantes. Não quer fazer teoria. É assim que ela vive: curiosa com todos ao redor, apegando-se a quem quer que cruze seu caminho. Não importa que seja uma amiga de infância ou um desconhecido com quem ela acaba de topar no metrô: ela instantaneamente quer saber de tudo da vida do mais-novo-melhor-amigo (a), conta a ele (a) parte de sua vida também e, de quebra, quer abrigá-lo (a) lá em casa... sobrou para mim. É assim que ela é.

É preciso estar ativo, desperto para viver por perto desta trintona. Ela quer tudo intensamente. Vocês querem exemplos? Já fomos para o outro lado do mundo porque ela cismou de conhecê-lo. A próxima aventura é voar de balão (ahhh!), porque... ela cismou de ver o mundo lá de cima.

Como vocês veem, pode ser um risco estar perto dela. Ela bagunça sua vida. Mas ela o faz de uma forma que um dia você se pergunta: o que seria da vida sem as voltas ao mundo e as viagens de balão? E sem a sala desarrumada (caótica, na verdade), sem as fivelas e grampos de cabelo espalhados pelo carro, sem gargalhadas altíssimas, sem os novos amigos que ela nos apresenta, sem a janela do banheiro fechada após o banho, sem todas as luzes da casa acesas?

Seria um pouco mais organizada, com certeza (rs)... Mas seria menos colorida, menos musical, menos desafiadora, menos enriquecedora (espiritualmente, digo) e menos viva. Em resumo, essa trintona é uma cigarra agitada, que vive despreocupada com o inverno - para ela, sempre é verão, sempre é hora de tocar a flauta. Eu sou a formiga, sempre preocupada com o inverno.

Mas, sabem de uma coisa, eu acho que essa combinação improvável pode produzir uma fábula feliz: sem lições de moral ou tragédia ao final. Simplesmente feliz!

Feliz aniversário, minha adorada Descasada (recasada!)!

bjs,

Charlie

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Criaturas estranhas: mitômanos

Tenho um tremendo cuidado com os mitômanos, e isso nada tem a ver com plantas ou qualquer algum ser vivo misterioso do gênero elo perdido. Mitômanos são criaturas como nós; apenas com uma característica um tanto perversa: bem lá no fundo, sabem que é mentira o que dizem embora insistam; é tudo verdade!

Com uma tremenda vontade de tornar seus desejos realidade, o mitômano esforça-se para ser o primeiro a crer piamente no que fala e nos valores que defende. E olha que eles são bons nisso. Em acreditar no que não são.

Toda a solteira que se preza - casadas e divorciadas também fazem parte do pacote - já devem ter cruzado com um mitômano na vida. Claro que alguns chegam a ser engraçados de tão inofensivos. Captamos a mentira só de olhar para o sujeito. Outros contém doses cavalares de crueldade. Quando a verdade chega, é um tapa na alma e no coração.

Porém, ao revirar alguns arquivos, os exemplos mais cruéis de mitômanos que encontrei são justo mulheres. Antes que alguém se levante em prol da ala feminina, sugiro ler o post até o final. Isto é apenas uma constatação baseada em experiência própria. Dos exemplos que já presenciei, as mulheres foram as mais "profissionais" na arte da mitomania.

Acredito que isso tenha sido uma infeliz coincidência adicionada ao fato de que nós, raramente, brincamos em serviço. E isso vale para qualquer coisa. Mulheres cobram-se pela excelência em tudo que fazem, e olha que é absolutamente qualquer tarefa ao mesmo tempo agora. Somos multi-facetadas e queremos a perfeição de cálculo e métrica deles, dos homens, mestres da lógica pelo simples fato de só conseguirem fazer uma coisa de cada vez. O lado bom disso para o time masculino é que eles, pelo visto, se estressam bastante; só que bem menos que a gente.

As mitômanas com quem já cruzei por aí constroem seu castelo de mentiras com detalhismo diabólico. Sabem escolher com quem se relacionar, por quais empregos lutar, as palavras certas para cada ocasião. Não perdem uma batalha à primeira vista, já ganhar a guerra.... Observam, categorizam, determinam, acreditam na utopia que criaram para si e, quando seguras, partem para o ataque. Aí, é um salve-se quem puder. Quanto mais tempo num lugar, mais estragos virão. Ter mitômanos e mitômanas por perto é, com o perdão da palavra, uma bucha só viável para os de sangue frio.

O mais curioso é que a máxima de que castelo de areia não fica em pé é tiro e queda para essas criaturas. A derrubada do pedestal sempre acontece por uma precipitação da hora de fazer e acontecer, e o resto que se exploda. E isso vem em forma de um comentário infeliz, de um ato de deslumbramento, daquela atitude de usar o que não é seu como auto-promoção. Ou de um pré-julgamento, sempre decidido às pressas, sobre os outros. Nada como rotular as pessoas depois de 1 hora de reunião. Assim, é moleza! Só que, cedo ou tarde, o teatro desaba. O mitômano põe os pés pelas mãos, se enrola na própria língua, toma as decisões erradas, em miúdos, mostra quem é, fica nu no palco.

Depois disso, é só uma questão de tempo para ele (ou ela) decidir por conta própria incomodar outra vizinhança. Ou alguém mais acima na relação, seja ela qual for, decidir que mitômanos por ali, nem pensar. A segunda opção nos dá um tremendo senso de justiça. No final das contas, é bom até para o mitômano ou mitômana que, assim, poderá encontrar a sua turma e ser feliz enganando a si mesmo.

Giovana - está solteira

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Aquele abraço


Eu cheguei na casa dele meio sem graça, já que tínhamos brigado no dia anterior. Não sabia o que dizer. Nem o que esperar. Ambos estavam chateados e a conversa rápida por telefone, para combinar o encontro, não me permitiu prever muita coisa. Na porta, após um “oi” um tanto quanto sem jeito, ou nem isso, não me lembro, abri os braços para ele. E ganhei de volta o abraço mais apertado, gostoso e acolhedor que já recebi até hoje.

E foi nessa toada que fizemos as pazes, deixando acontecer, tentando ser carinhosos um com o outro. Pela primeira vez, pus fim a um conflito privilegiando o sentir, o momento, o coração. Para que mais palavras, se tantas já tinham sido ditas, por ambas as partes? Se o impasse era exatamente a necessidade de se entender melhor, não deixando os pequenos gestos atrapalharem a vida da gente?

Obrigada por me ensinar que o silêncio é ouro, Guarda Belo. Porque às vezes é mesmo, agora eu sei.

Te amo.

Feliz Aniversário!!!! Eu não te desejo nada menos do que o melhor, viu?

Fofos e fofas, podem deixar parabéns para o meu gato, tá? Ele merece.

Much love e beijos para ele e para vocês todos,

Isabela – A Divorciada

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Como ir das nuvens ao calabouço da manhã para a tarde

Temos convidada especial! E a de hoje é uma mulher fofa e descoladíssima, solteira das boas, amiga da Debs, nossa Descasada. Divirtam-se com ela. Beijos, queridona. Thanks pelo texto, adorei.

Isabela – A Divorciada

Segunda-feira

Hoje ele passou pela minha mesa duas vezes e fez questão de me cumprimentar com um sorriso. Bom sinal, já sabe que eu existo.

Terça-feira

A troca de olhares está cada vez mais intensa. Agora já sei que a coisa é recíproca.

Quarta-feira

Não consigo parar de olhar naquela direção e sinto meus movimentos sendo acompanhados pelos olhinhos dele. Que lindo!

Quinta-feira

Caramba, preciso arrumar um jeito de me aproximar. Como?

Sexta-feira

De dia não resisto e deixo bilhetinho anônimo na mesa dele, elogiando o terno. Mas à noite finalmente tivemos a chance de conversar na festa de bota-fora de uma colega do trabalho. A noite inteira foi de troca de olhares, sorrisos e semi-toques. Realmente temos mil afinidades. Acho que ele é o novo grande amor da minha vida.

Sábado

Que droga, é sábado.

Domingo

Que bom que amanhã é segunda.

Segunda-feira

Agora já podemos parar na mesa um do outro. O cumprimento foi com beijinho e a conversa oscilando entre o nervoso e o feliz.

Terça-feira: o dia em que fui das nuvens ao calabouço da manhã para a tarde

De manhã ele veio puxando um assunto esfarrapado e me cumprimentou com beijo de barba feita. Essa é a parte da nuvem. Se eu fosse um personagem de quadrinhos, coraçõezinhos orbitariam minha cabeça. Na hora do almoço, resolvo comprar um Sonho de Valsa para ele, assim tenho mais um motivo de aproximação.

À tarde, o encontro em uma rede social, adiciono, checo as informações e descubro que ele não é livre e desimpedido. Olho para debaixo da mesa procurando um buraco secreto com uma alavanca para abrir, assim poderia me ejetar pra bem longe e fundo. Como o bombom em uma só mordida. Na saída do trabalho, tentei não ir pra academia como planejado. Mas uma amiga disse que isso seria importante para fazer fluir energias positivas. "Não fique se sentindo ridícula, você não tinha como saber, ele não usa aliança.”

Na volta para casa, escolho as ruas mais escuras, acendo um cigarro e fico pensando que também isso vai passar. No fundo querendo mais é ser menoscivilizada e ter coragem de apontar o dedo na cara dele. "Como ousa iludir um coração tão frágil como o meu, tão cansado de tomar porrada?”

Aliás, fico lembrando de tudo que deixei passar e dá vontade de sair ligando e xingando todo mundo que já me machucou mas eu simplesmente preferi ser civilizada. No dia seguinte, ao contrário, sorrio como se nada estivesse acontecendo, escrava da teoria de que tudo passa, até uva passa, mas com a esperança de que algum dia algo resolva ficar, pelo menos um tempinho maior que uma única semana.

A Solteira à procura de um novo grande amor

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Sobre os lances da vida e o futebol



Domingão, dia de futebol. Mas quem escreve sobre o assunto hoje é a nossa leitora Sol. Uma querida que, na semana passada, fez sua estreia nos estádios. E agora divide a experiência conosco. Beijão, Sol, obrigada pelo texto. Escreva sempre, viu? Bom descanso, gente!

Isabela – A Divorciada

Sobre os lances da vida e o Futebol (parte 1)

Na última quarta-feira eu fui ao estádio pela primeira vez na vida. Assistir Grêmio e Santos, no jogo da semi-final da Copa do Brasil. A chuva no dia do jogo e a prova de neurologia que se aproximava não me estimulavam a ir, mas eu estava a fim de fazer um programa meio “saco-roxo” pra poder contar pros meus netos.

Antes do jogo

O show começa logo na ida ao jogo: engarrafamento, torcedores, crianças, jovens, velhos, numa fraternidade estranha em que todos parecem amigos de longa data. Só a ida para o estádio já estava fazendo valer cada centavo do meu ingresso, mesmo que o táxi tenha dado voltas, ruas interditadas, tudo pra aumentar a tensão pro jogo. Foi quando o motorista soltou “o pessoal está enlouquecido hoje”. Olhei pra minha amiga com uma cara do tipo “vamos terminar a noite na delegacia ou no HPS? (Hospital de Pronto Socorro)” e ela me disse “relaxa”. Na entrada do estádio, uma mulher me apalpou por inteiro... sim, fui revistada. Ainda bem que sou bem resolvida sexualmente.

O primeiro tempo

Ao passar o cartão, a mensagem no visor apareceu: “Olá. Bom Jogo”, eu pensei... “pronto... começou!” Foi uma emoção imensa entrar no estádio. Tudo era novidade: o campo, as pessoas, a torcida, as músicas, toda aquela magia. Estava feliz da vida, pensando em como eu nunca tinha ido num estádio antes? Tiramos fotos, fizemos piadinhas, cantamos.



Bom, vou poupar os comentários do jogo, até porque desconheço essas coisas. Logo de cara, o Santos fez um gol. E depois outro. Nem preciso dizer a minha frustração: o tempo ameaçando chover, o Grêmio perdendo de 2x0, e eu ainda lembrei da minha prova de neurologia. Na hora do intervalo comentei com a minha amiga:

“Putz”
“Será que alguém tem um Iphone pra gente ir revisando os assuntos de neuro?”
“Bem que a gente poderia ter ficado em casa estudando...”
“Será que o Grêmio vira?”
Silêncio....
“Acho que quem vai virar é a gente: virar a noite estudando.”
Silêncio

E começa o segundo tempo.

Sobre os lances da vida e o Futebol (parte 2)

O segundo tempo

Incrível que, pra assistir uma aula da faculdade seria extremamente desconfortável passar 2 horas em pé. Para o jogo, eu quase nem senti. E começou o segundo tempo. Confesso que a minha esperança não era lá das maiores. Mas eis que o Grêmio fez um gol! Nossa, que alegria! Mas o jogo não estava ganho... Estava 2x1 para o Santos, mas a minha esperança reacendeu. Bom, e depois o Grêmio empatou, e ainda fez mais dois gols, placar final 4x3 para o Grêmio. Comemorei como se fosse gremista desde criança...

Alegria, satisfação... Foi um jogo muito emocionante, fiquei feliz porque o Grêmio ganhou, mas existe algo que precisa ser dito.

Robinho

Sempre tive uma admiração especial por alguns jogadores de futebol, mesmo sem entender muito sobre. É que acho interessante uma pessoa arriscar o seu futuro numa carreira incerta, que depende de seu vigor físico – e consequentemente uma carreira limitada, e que não depende exclusivamente de um conhecimento que se aprende em cadeiras escolares. Em uma palavra, é preciso talento. E paixão.

Não ouso aqui escalar jogadores, longe disso. Mas é que no jogo que fui, ainda que o Santos tenha perdido, era inevitável não falar de uma das estrelas da noite: o Robinho. Por um motivo simples: ele tinha brilho próprio. Apareceu com suas chuteiras laranjas, mexeu com a torcida, não se intimidou com os gritos de “Ei, Robinho vai tomar %¢¬£....” gritados pela torcida. Tinha, sobretudo, malandragem...

Os lances da vida

Pra muitos um estádio de futebol pode não ser o local ideal para pensar na vida, mas pra mim foi perfeito. Além do sentimento de liberdade e alegria daquele dia, pensei nessa malandragem saudável que o Robinho coloca em seu jogo... Uma espécie de habilidade daqueles que sabem o protocolo, sabem o beabá, mas que querem ir além. Que não se contentam com o pouco do fazer o que deve ser feito, mas fazer com diferencial, com paixão, com tesão e brilho no olho.

E não me refiro somente ao futebol. Me refiro às pessoas que sabem colocar vida em suas profissões, atividades, missões e fazem o diferencial: os mestres que mostram muito além dos livros, as mães em sua doação e jogo de cintura perante os contratempos da vida, os médicos que recuperam mais que a saúde e devolvem a esperança. É preciso muito mais do que saber fazer algo, é preciso fazer bem, com arte... Ter o feeling, ou a pegada da coisa. O Robinho tem.

Enfim, fica o recado para vocês, meninas: surgindo a oportunidade de ir a um estádio, aproveitem, com seus amigos, namorado... pode ser divertido! E segundo, fica a dica: quando a gente se envolve com um caminho, um projeto, a gente tem que se comprometer com ele, com responsabilidade, assumindo de forma completa, mas sem deixar de lado a arte, a alegria e a malandragem.

Um beijo e pedala Robinho!

Sol – A estreante nos estádios

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Capitão Von Trapp e sua pequena rebelde


Diálogo ainda na cama, logo ao acordar:

- Sabe...existe um pequeno ditador dentro de mim. Doido para sair e dar ordens em todo mundo.

- E eu não sei? Seu sonho era ter sete filhos e educá-los como o capitão Von Trapp. Os sete sempre alinhados em escadinha, com suas roupas sempre impecáveis e dizendo "sim senhor!" para o próprio pai!

- Isso!! E você seria minha noviça rebelde!!!

- É mesmo!!! Perfeito!! Você com essa sua mania de querer mandar e eu com minha mania de querer desobedecer!! E tem a ver mesmo, afinal eu tenho meu lado santa e o meu lado rebelde!

- ...santa? Onde?

- Pô...nem um pouco? Sou uma boa cristã!

- Não, você só tem a parte rebelde mesmo. Uma pequena rebelde.

- =O

Bom final de semana para todos!

beijos

Deb - A Santa

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Saudade é incrível

Nada como um fim de festa para as sábias conclusões. A roda era animada e o assunto casamento veio à tona. Tinha uma solteira, outra solteira descasada faz um tempo, uma casada e um gay casadíssimo. O tema central e unânime? Homens, elementar caras e caros Watsons...

Sim, eles compõem o saco dos assuntos mais quentes e disputados entre quem curte o clube dos machos. Fazer o quê? E a visão do gay casadíssimo deu de dez a zero no quesito "dicas espertas para você se tocar e deixar de bancar a besta". A primeira delas? Saudade é incrível.

Tem que explicar mais alguma coisa? É o sentimento que põe tudo a prova. O que resiste à saudade, persiste. O que sucumbe é porque não valia à pena. Antes da saudade, havia campo fértil das expectativas sejam elas quais forem. Depois dela, tem sempre o recomeço ou uma experiência intensa. Isso, claro, para quem explora a saudade como motor de aspirações e de ação, e não como uma anomalia que só encontra tradução na língua portuguesa. Então, saudade é ou não é incrível?

Ponto para o autor da frase que, não demorou muito para soltar outro petardo realístico-sensacional. "Homem é raso!". Ora, disse isso um homem que gosta de homens. Mais credenciado para entender do riscado tem? Eu duvido, pois nenhuma mulher chegaria à tal conclusão brilhante assim na mosca. "A mulherada fica perdendo o maior tempo pensando no porquê do cara agir assim, assado. Homem é objetivo, se falou X é porque quis dizer X, e não X-Y-Z. Se não disse nada é porque não tinha nada a acrescentar mesmo. Se foi para outro lado é porque não quer. Homem é raso, gente!".

Então, da próxima vez que o sujeito não ligar, pense na teoria do raso. Quando tiver dúvida em retornar um convite para o abismo, pergunte-se se sente saudades. Caso sim, não esqueça: ela é incrível e faça o favor de pular sabendo quantos metros tem até o chão. Saber cair no raso é outra dica para guardar do lado esquerdo, combinado?

Giovana - está solteira

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Lavínia e Breno

Lá vamos nós para mais uma sessão “carta da leitora”. Desta vez, quem mandou um e-mail foi a Lavínia (nome fictício), de 24 anos, moradora da deliciosa Fortaleza, Ceará (ADORO. Para mim, as pessoas mais simpáticas do mundo moram lá, nunca vi tanta gente boa reunida num lugar só).

Ela está com Breno (nome fictício), por quem é super apaixonada, desde o comecinho de 2004. Sobre ele muito pouco sei, mas, pelo que li no blog dela, o cara é boa praça, sedutor, estrategicamente amoroso e carinhoso quando quer. Apenas quando quer. Mesmo tendo uma namorada, Breno faz planos sozinho com bastante frequência e programa até mesmo viagens com os amigos sem combinar com ela antes. Isso com direito a pisadas de bola como desligar o celular quando está na farra, deixar rastros no Orkut de outras meninas, aparecer ao lado de piriguetes em fotos de sites de baladas.

Sim, Breno já traiu a nossa leitora querida. E admitiu, e pediu perdão, e eles seguiram em frente. A questão é que, mesmo que exista disposição de ambos para o entendimento, o cara mantém o mesmo comportamento, não passa segurança, a faz sentir incompleta, insegura, sempre querendo mais.

Lavínia, queridona, é muito difícil opinar quando a gente não conhece a fundo uma situação. Mas, juro, fiquei com um nó na garganta ao ler o seu blog, é muita angústia. Não posso jamais acusar Breno disso ou daquilo, dizer que ele não é boa pessoa, mas, em português claro, esse cara não me pareceu comprometido com você. Não sei que idade ele tem, em que momento da vida está, o que quer para si. Só que não demonstra estar disposto a viver uma relação plena. Essa vontade, a julgar pelo que você escreveu, é só sua.

Sabe o que eu acho? Que você tem dois jeitos de encarar essa história: desencanando e curtindo a vida, como ele, aproveitando os momentos juntos mas sem dedicação exclusiva, digamos, ou partindo para outra. Pode confiar nessa balzaquiana aqui: não falta homem bom nesse mundo, por mais que digam o contrário. Eu conheço vários, acredite. E você está apenas começando a viver. Tem tanto pela frente ainda...

Sorte e força nas suas decisões viu? Beijo grande procê. Gente, nem precisa pedir palpites nos comentários, né? E experiências e luzes para a Lavínia. Muchas gracias.

Much love,

Isabela – A Divorciada

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Simples como dois mais dois

Descadeirada, tinha certeza de que a dor nas costas era por causa do colchão fora de casa onde dormiu. Erro! Nada disso. O motivo era outro, sim senhor. Chama Pedro, um príncipe de olhos azuis, cabelos loiros e cacheados. De riso fácil, o gatinho é muito sociável e faz sucesso com a ala feminina desde cedo. Desde quando nasceu, faz onze meses.

No aniversário da avó, rodou na mão das amigas igual oferenda e sempre com um tremendo sorriso no rosto. Ainda aprendendo a andar, foi a atração da festa e tem talento para anfitrião. Não chorou e sequer resmungou um só minuto.

A tia botou o pequeno para dormir, mas isso só durou duas horas. A mulherada estava na maior conversa quando veio um chorinho do quarto. Era ele, sentado no meio do berço, sem chupeta e desolado. E lá vai a titia pra lá e pra cá com a criança, nove quilos de pura formosura. As amigas da avó vão embora, chegam os outros sobrinhos, que veem no primo o bibelô favorito.

Mas o bebê já estava cansado e, pasmem, precisava de um banho. "É só esquentar a água e botar na banheirinha com espuma". Sei... Isso é para quem pensa que criança não reconhece uma marinheira de primeira viagem, que ainda por cima não é a mãe. Aí, pintou-se o quadro do desespero. Da hora de tirar a roupa até ir para o colo da avó enrolado na toalha foi um choro de uma nota só.

Os outros primos entravam e saíam do banheiro, os gatos corriam pela casa, havia brigadeiros espalhados pelo chão. O caos em forma de jardim de infância. A titia engoliu em seco e deu o banho até o final. Ok, durou só cinco minutos. Ao chorar, Pedro consegue comover mais que o Gato de Botas do Shrek. Não tem como alguém não querer fazer outra coisa da vida senão consolar aquele bebê.

Do fim de semana no jardim de infância, a tia chegou às seguintes conclusões: precisa voltar a malhar urgentemente, pois mal consegue inspirar fundo sem sentir dores em músculos que já havia esquecido da existência. E mais: trocar fraldas não é nenhum fim de mundo, só Hipoglós acaba com assadura no bumbum das crianças, colo de vó não tem igual e rever a mãe no aeroporto, quando se é pequeno, é a materialização da felicidade sem fim.

Giovana - está solteira

PS: qualquer semelhança deste post com fatos reais não terá sido mera coincidência. Ah, sim, o Pedro ilustra este post, claro... Na imagem do topo, aos seis meses. Nas que ilustram o rodapé, no último final de semana. Detalhe para a tampa da mamadeira como mais novo chapéu. :O)















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As garras de Maria Martins


Na semana passada, num jornal, vi pela primeira vez uma imagem da escultura O Impossível, da brasileira Maria Martins. Falecida em 1973, Maria nasceu em Minas Gerais e foi mulher do embaixador Carlos Martins e amante de Marcel Duchamp, um dos artistas mais importantes do século 20.

O Impossível pode ser visto na foto acima e é considerado uma metáfora do amor clandestino de Maria. A peça mostra dois seres, ou melhor, uma mulher e um homem, armados com garras na direção um do outro, como numa aproximação conflituosa, que mais parece uma tentativa de ataque. Uma agressão.

Fiquei pensando em como aquela mulher devia estar se sentindo mal, atacada e atacante, ao criar tal escultura com as próprias mãos. E sobre como esse sentimento se aplica a nós todos: por que usamos garras, muitas vezes, ao lidar com o amor? Por que nos armamos tanto? Ceder é difícil, eu sei. Mas a dureza das garras de Maria Martins me fez pensar nas minhas próprias ações. No aprendizado que significa hastear a bandeira branca num relacionamento.

Isabela – A Divorciada

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Minha caixa preta

Eu sou uma pessoa de poucas posses. Adoro dizer por aí que tenho quase nada - ou muito pouco. E é verdade. Meu mesmo, só um carro que ainda demora a ser quitado. Mas o meu maior patrimônio é o afeto que sinto pelos meus. E nesse pacote estão os amigos. Amigo é uma coisa interessante. Ao longo da vida a gente tem vários que vão se perdendo no caminho. Eu não tenho uma visão romântica da amizade - como também não tenho de qualquer relacionamento - de que os amigos verdadeiros são para sempre. Tem uns que, sim, para sempre serão. São os nossos irmãos espirituais. Outros fazem parte de um momento específico da vida. E uma hora se vão mesmo. Faz parte da impermanência. Assim como outros novos aparecem.

Mas alguma vez vocês já tiveram aquela sensação de que já conheciam aquela pessoa de outra vida? Ou que parece um amigo de infância, mesmo que você tenha conhecido faz pouco tempo? Assim foi com alguns dos meus grandes amigos. E assim foi com a Laris.

A gente se conheceu por causa desse bloguinho aqui. Em pouco tempo, fui visitá-la em sua terra natal. E, nesse findi, ela me retribuiu a visita. Foi pouco tempo em SP, mas o suficiente para matar a saudade e "resenhar" bastante, como ela adora dizer. Ontem à noite, a deixei no aeroporto com aquela sensação gostosa de "esteja onde estiver, a nossa ligação independe do tempo e da distância".

Apesar de eu ser uma pessoa bem aberta e sem grandes segredos d'alma, algumas poucas amigas são minha caixa preta. Não por saberem histórias incríveis e secretas minhas, mas por conhecerem meu jeito de pensar, meu jeito de sentir e sonhar. Laris é uma delas.

Querida caixa preta, obrigadíssima pela visita!

Volte sempre, volte logo, volte muito!

baccios e ótima semana para todos!

Débora - A Descasada

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Viajo porque preciso, volto porque te amo




Quer ver um filme bacana hoje? Bueno, se na sua cidade estiver em cartaz Viajo porque preciso, volto porque te amo, não pense duas vezes em pegar a próxima sessão. Dirigida por Karim Aïnouz e Marcelo Gomes, a película conta a história do geógrafo José Renato. Após levar um fora da mulher, ele parte em uma longa jornada de trabalho pelo sertão nordestino, percorrendo estados como Alagoas, Pernambuco e Bahia, entre outros.

Ao longo do caminho, ele se depara com os mais diversos personagens, fica sozinho, fica acompanhado, se joga na estrada, redescobre a vida que, sem que ele perceba, bate na porta outra vez.

Um filme sobre viagem, separação, dor e recomeço. Com ótimas imagens sertanejas de brinde. E uma música brega aqui e acolá, hahaha!!!! Um charme extra: o protagonista da história, vivido pelo ator Irandhir Santos, não aparece na tela em momento algum, ouve-se apenas a sua voz, num misto de interpretação/locução, digamos, muito interessante.



Super recomendo. Bom domingo, queridões.

Beijos,

Isabela – A Divorciada

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O Limbo

Ontem, enquanto eu aguardava mais um looongo fechamento da revista, tive uma conversa interessante com minha colega de baia e mais nova amiga Patrícia. Eu estava comentando com ela que acho muito estranho o comportamento dos homens após o rompimento de uma relação. Que tudo bem, a gente já sabe que ele não quer mais nada, que nosso lugar é esse e pronto e que temos mais que seguir adiante mesmo. Mas eu, particularmente, acho muito esquisito uma explosão de amor e carinho virar...nada! E nada ainda é bom se comparado aos casos em que amor vira raiva - o que tem aos montes.

Aí, minha sábia amiga de 35 anos, que já foi casada e curte a solteirice desde os 30, me disse assim: mas de que outra maneira poderia ser? O ex sempre cai no limbo. Ele vai de pessoa mais importante na sua vida ao absoluto nada porque não se encaixa em mais nenhum papel. Ele é seu parente? Não. Ele pode ser seu amigo? Talvez depois de um tempo, mas não quando acaba. É estranho, mas o ex não é nada.

Parei para pensar e fui lá olhar meu limbo para ver quem ainda estava lá. Percebi que, de fato, de todos os ex só um virou amigo. E um voltou a ser o atual, rs.

Concordei com ela. O limbo existe mesmo. Mas confesso que ainda acho isso muito estranho, acho que ao menos o carinho deveria permanecer. Mas, segundo a doutora Patrícia, qualquer manifestação de carinho pode ser interpretado de um jeito muito maléfico pela complexa, doida e misteriosa mente feminina. Faz sentido.

Boa sexta!!

um baccio

Débora - A Descasada

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Até quando vale a pena lutar por um amor?

Dia de falar sobre os dilemas das nossas leitoras. Desta vez, quem nos escreveu foi Márcia, uma fofa que mora no Paraná e está passando por uma fase difícil. Após seis anos de relacionamento, completados em primeiro de maio, o parceiro dela a comunicou que não queria ser pai. Ter filhos é um sonho dela e ele sabia disso. Ao chamar o companheiro para uma conversa, ela ouviu dele que cada um deveria seguir o seu caminho.

Assustada, Márcia se viu implorando para que o casamento não terminasse, já que ama o marido. E até conseguiu que a tentativa durasse até agosto, quando termina o contrato de aluguel do imóvel em que eles moram. Ela propôs que ambos tentem trabalhar os pontos que incomodam o outro (ele reclama que ela está acima do peso). Mesmo assim, se sente só, insegura, ao lado de um homem frio e, de quebra, se comportando como um “cachorrinho pedindo atenção para quem não está muito disposto a dar isso”.

Márcia Queridona, quem sou eu para dizer o que é certo e o que é errado num momento delicado desses... Até porque, como já escrevi tantas vezes aqui, em matéria de amor, tudo acontece. Ele pode se dar conta do quanto você é importante para ele até agosto? Sim. Ele pode se manter firme na decisão de ir embora? Sim também. Só tem uma coisa na sua “fala” que me pegou: além de se mostrar decidido, ele é distante, não te dá o carinho de que você precisa. Será que vale a pena insistir? É claro que você tem que lutar, concordo plenamente, mas, de coração, acredite na vida e nas mudanças se perceber que não está valendo a pena. Eu tenho um pouco de receio de forçar um homem a fazer o que ele não quer. De impor. Pode ser pior lá na frente. De repente, não é ele o homem que vai te dar filhos, honey. Aliás, que tipo de pai ele seria nessas condições?

Respira fundo, faça o que achar que deve nesse processo de reconquista, mas não tenha medo de que o jogo vire. Às vezes, é para melhor, por mais dolorido que seja. Foi assim comigo. E eu estou aqui para dizer que sou muito mais feliz hoje.

Queridos e queridas: força para a Márcia nos comentários. Quem puder, divida experiências com ela, please.

Beijo, Márcia. Sempre torcendo por você.

Much Love,

Isabela – A Divorciada

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Nordestina sim senhor


“Nossa, mas não tem quem diga”. “Jura? Mas você tem cara de paulista”. “Você é de Alagoas? Pois não parece de jeito nenhum”. “Nordestina? Sei...qualquer dia você vai revelar que nasceu em Florianópolis”. Essas são algumas das frases que eu já ouvi desde que me mudei para São Paulo, em 2001, sempre que me perguntam onde eu nasci: Maceió, Alagoas. São reações que costumam vir logo depois de um primeiro contato, já que o meu sotaque é fortíssimo. Que continue assim, gosto dele, é parte da minha identidade.

O mais triste é que, mesmo sem maldade ou sem querer, quem tenta me “elogiar” dizendo que eu não pareço nordestina age com preconceito. Como assim eu não pareço ter nascido do Nordeste???? Por que não? Nordestino é feio, por acaso? Tem uma cara pré-definida? Somos todos de um tipo só?

Não, não somos todos iguais. Nordestinos são brancos, negros, loiros, ruivos, mestiços, altos, baixos, magros, gordos. Ainda bem: o mundo seria um lugar muito chato se todo mundo fosse igual. Ou melhor, nós, os brasileiros, somos absolutamente variados, uma característica que eu adoro em nossa formação. Não é à toa que as quadrilhas internacionais de falsificadores cobiçam tanto os nossos passaportes: qualquer rosto cabe na nossa nacionalidade.

Por tudo isso, abaixo o preconceito contra o Nordeste. Eu não conheço um conterrâneo sequer que não tenha orgulho de suas origens. Amo São Paulo, é a cidade que eu escolhi para morar, onde quero ficar até o fim dos meus dias. Mas, me sinto privilegiada por trazer comigo na fala, no jeito, nos hábitos e na memória o legado de tanta coisa boa. Sem falar que, luxo dos luxos, tenho o privilégio de viver na maior metrópole do país e, quando quiser, a qualquer folguinha, voltar correndo para os braços de mainha e painho. Para a rede do terraço da minha casa alagoana, tendo a visão de uma mangueira enorme e daquele céu azul que parece ter sido retocado por photoshop para me fazer relaxar.

Beijos, gente. Aos meus conterrâneos que na terrinha estão, aproveitem essas belezuras aí por mim.

Isabela – A Divorciada e A Nordestina

PS: Acima, o quadro Paisagem Nordestina, do pernambucano Militão dos Santos.

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Miss Simpatia!*


Tive meu momento Sandra Bullock na semana passada! Fiquei dois dias acompanhando as candidatas aos Miss Brasil 2010 - que aconteceu no sábado à noite. Sim, sim, é mesmo cafona, é mesmo impensável que ainda hoje tantas meninas queiram ser Miss e produção da Band deixa a desejar, mas foi muito divertido.

As meninas, mesmo quando são feias, são lindas. Porque são altas, esbeltas e produzidas. E foram todas muito simpáticas comigo - claaaaro. Principalmente a Miss Minas, que acabou levando a coroa no sábado. Na quarta, fiquei das 11h da manhã às 22h com elas. Ao final do dia, minha auto-estima já estava no pé. Eu, no alto do meu 1,58 metro, despojada de grandes vaidades (leia: maquiagem e salto alto), circulando entre 27 meninas lindas, comecei a me achar a Fiona. Versão baixinha da Fiona.


O melhor momento foi quando a Miss Distrito Federal me indagou: ah, vai, toda mulher sonha ser Miss! Não? E eu fiquei sem palavras. Aí seguiu o diálogo abaixo:


Miss DF: Você não?
Miss Cutoco: ...nãaaao.
Miss DF: Jura? Mas o que você queria ser quando criança?
Miss Cutoco: ...caminhoneira...
Miss DF: (cara de susto)
Miss Cutoco: Achei que assim eu conheceria o Brasil todo!
Miss DF (me levando a sério): Mas você chegou a tirar a carta de caminhoneira?
Miss Cutoco: Não, santa, era sonho de infância. Não foi isso que você perguntou? Aliás, se estou aqui te entrevistando, é porque não virei caminhoneira...
Miss DF: (cara de ufa)


Terminamos o dia numa casa de chá. Aí foi a gota d'água. Porque apareceram mulheres reais - baixinhas, altas, morenas e loiras - mas absolutamente sensuais mandando ver na dança do ventre. Fiquei arrasada e pensei em me inscrever em aulas de pole dance para recuperar a minha feminilidade perdida.


Quando eu e o Pedrão (Pedro Dias, fotógrafo fofo que fez a foto acima) estávamos saindo da casa de chá, o segurança Décio, um cara grandão, negão e com cara de bravo - mas um amor de pessoa - me puxou de canto, apontou o dedo para mim e disse:


- Nunca, em nenhum momento da sua vida, deixe que ninguém te tire o que você tem de mais importante!!
- O que é????
- Esse seu sorriso lindo!


AÊEEEEEEEEEEE DÉCIO!!! GANHEI O DIA!!! SOU A VERDADEIRA MISS SIMPATIA!!! Com 1,58, cara lavada e até caminhoneira! Hahaha!


E ele ainda pediu para fazer uma foto comigo. Me achei a Miss Fofa Universo 2010!


Confiram aqui a matéria e o vídeo divertídissimo que a Jackie Mendes, minha companheira de labuta, fez com as meninas.


Beijos


Débora - A Simpática


*Post atrasado porque eu tinha esperanças de conseguir postar a foto que fiz ao lado de algumas misses, mas, jurássica que sou, nem consegui tirar do meu celular! =(

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A feira do divórcio

Guarda Belo, meu digníssimo e antenadíssimo namorado, já tinha dado a dica de post quando vi uma reportagem sobre o assunto ontem, no Fantástico: em Milão, na Itália, foi aberta, no final de semana, uma feira de produtos e serviços para divorciados.

Achei a ideia maravilhosa. Já passou da hora das empresas descobrirem o potencial de consumo dos descasados. E começarem a oferecer todos os mimos a que nós temos direito. Entre as atrações do evento, estavam companhias especializadas em pintar as casas dos recém-separados, lojas de roupas, advogados, organizadores de festas de divórcio e agentes de viagens, entre outros.

Não fiz uma festa quando me separei, mas, sim, mudei as cores das paredes de casa, troquei móveis de lugar, trouxe mais plantas para perto de mim. Investi em roupas novas, viajei, voltei-me completamente para mim. Teria ido fácil a uma mostra dessas aqui em São Paulo. Alô, alô, organizadores de feiras!!!!

Boa semana para todos e beijos,

Isabela - A Divorciada

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O que minha mãe me disse


Como nenhuma de nós três é mãe ainda, resolvi perguntar às mães da minha família o que é, afinal, ser mãe. Minha irmã, muito da safa, se esquivou mandando umas frases prontas que a empresa dela preparou para a data. Aí resolvi pedir para aquela que é, para mim, a maior fonte de amor do mundo: minha mãe. Só que a picareta também não quis colocar no papel. "Posso te falar por telefone mesmo?". "Pode, mami, você pode tudo." E eu, como boa jornalista, tomei nota. Ela disse mais ou menos assim:

"A frase que resume o que sinto é aquela que diz que ser mãe é a mais perfeita tradução do verbo amar. Existem muitas fases do 'ser mãe'. Primeiro, quando os filhos são pequenos, a gente só quer cuidar, cuidar, cuidar e morre de medo de morrer e deixar os filhos sozinhos no mundo. Depois eles crescem e a gente percebe que o amor é infinito. Que o cordão umbilical é cortado, mas que tem um outro cordão que não se corta nunca mais. Filho é amor para sempre."

Viva minha mamãe! Viva a mãe da Bela e a da Gio - duas fofas!! Viva a sua! Viva as leitoras que são mães! Viva todas as mães do mundo! =D

Um beijão e ótimo dia para todas mamis

Débora - A Filha

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Mind the gap...mas não tanto também

O primeiro passo foi meio claudicante, com voz baixa e olhar no chão. Os ombros também estavam meio encolhidos, parecia fazer um pedido completamente fora de propósito. Mas o lugar era propício. Uma festa do outro lado do Atlântico, pessoas não tão conhecidas ao redor. A pista cheia e bem escura. Quer cenário melhor? "Ótimo, assim ninguém comenta nada no dia seguinte".

Lembrou dos tempos de escola. As festinhas adolescentes tinham esse efeito colateral. Um simples beijo virava manchete no dia seguinte. Mais algumas bitocas na frente dos fofoqueiros de plantão e a menina era alçada à categoria de "fácil" sem dó nem piedade. Ah se ela encontrasse este pessoal novamente hoje...

O climinha dos últimos dias foi divertido. Nada como um avião para deixar para trás o que não interessa, ou investir no que pode ficar melhor. Não teve dúvidas e, mesmo tímida, puxou o rapaz e pediu um beijo.

Só devolveu a frase que ouviu do sujeito dias antes, quando ele estava trôpego e ela surpreendida. Agora, ela estava decidida. Já ele ficou vermelho, sorriu e atendeu ao pedido que, também, lhe pertencia. Em comum tinham aquela circunstância como algo especial. Um passo adiante para os dois. Quanto aos próximos eles tem todo o tempo do mundo, decidem depois.

Giovana - está solteira

PS: este post é especialmente para a super leitora Sal.

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Biologia é destino?

Fiz, recentemente, uma matéria sobre o livro O paradoxo Sexual, Hormônios, Genes e Carreira, da canadense Susan Pinker. A psicóloga coloca uma questão bem interessante no livro. Ela resolve investigar porque as meninas tendem a ser brilhantes nos anos escolares e medianas na vida profissional enquanto os meninos tendem a ser medianos na vida escolar e brilhantes na carreira – resumido de forma bem grosseira, claro. Mas o mais interessante são as respostas que ela encontra pelo caminho.


Ao entrevistar diversas mulheres americanas e canadenses, ela chegou a conclusão de que a mulherada não vira presidente de empresa em massa porque não quer – e não por preconceito ou falta de oportunidades. Segundo Pinker, as mulheres chegam aos 30 e 40 anos e descobrem que querem uma vida muito mais saudável que só trabalhar. E isso não tem necessariamente a ver com a maternidade. Enquanto homens não ligam – na verdade gostam – de se dedicar 100% à profissão.

Ela também diz que, sim, é verdade: somos menos competitivas e agressivas. Mais multitarefas e atentas ao próximo - o que naturalmente leva as mulheres para profissões mais humanas e historicamente menos remuneradas, em especial nas áreas de ensino e saúde. E que nesse mercado de trabalho essencialmente masculino, não nos encontramos muito bem. Ou seja, além de já não querermos viver só de trabalho, a postura que o mercado ainda exige é bem masculina – não à toa as mulheres dos anos 80 quase usaram bigode para conseguir um lugar ao sol.

Pinker ouviu um monte das feministas enraivecidas. O temor delas é de que a tese de Pinker nos empurre de volta para o fogão. E só para o fogão. Mas, convenhamos, esse tempo já passou. Essa discussão já acabou. As mulheres já mudaram bastante, já cederam bastante e já se integraram como puderam. Me parece que o que Pinker quer dizer é que está na hora de o mercado de trabalho ficar um cadinho mais flexível.

Débora – A Descasada

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O amor e a capa da Superinteressante



A capa da Superinteressante deste mês traz uma reportagem bacana chamada Amor – Início, Meio e Fim. Em linhas gerais, eles explicam todas as etapas de um relacionamento de acordo com informações científicas: da euforia do começo, com os hormônios em ebulição, à estabilidade e o ponto final. Na capa, os editores da revista são taxativos ao afirmar que todo romance acaba um dia, que isso é fato consumado, embora, lá dentro, considerem que sim, há pessoas que ficam apaixonadas pelos seus pares por muito tempo, que esse ciclo não é regra geral.

Até aí tudo bem, nós, jornalistas, somos assim mesmo: tentamos atrair a leitura pelos aspectos mais polêmicos da notícia, para depois colocar tudo direitinho. O mais interessante da matéria da Super, para mim, foi um dado que diz que, na Índia, onde 95% dos casamentos são arranjados pelas famílias, o grau de satisfação nos matrimônios é muito mais alto do que no Ocidente. Isso porque, lá, os casais vão morar juntos sem esperar tanto assim da relação e, com isso, o amor vai crescendo ao longo do tempo e ganhando o coração devagar. Aqui seria o contrário: temos tantas expectativas que nos frustramos diante das dificuldades. E com isso vamos acumulando desilusões. Queremos o amor perfeito e isso não existe.

Eu concordo, embora ache difícil não esperar, não querer tudo e mais um pouco. É um exercício que eu quero colocar em prática, inclusive. Viver com mais leveza, valorizando mais o que há de bom na história, tendo paciência e tolerância diante dos atritos. E deixar que o amor cresça sempre assim, passo a passo, dia a dia, como fazem os indianos.

Much love,

Isabela – A Divorciada

PS: De brinde, alguns dados curiosos citados na reportagem da Super: em 68% dos relacionamentos sérios, as pessoas são apresentadas por um conhecido; de acordo com a Universidade do Colorado, conforme pesquisa com 144 homens e mulheres recém-separados, quem leva o pé na bunda sofre mais ao final de um casamento; a recuperação pós-rompimento leva, em média, dez semanas; entre 50% e 60% dos homens fazem sexo fora do casamento. Entre as mulheres, os percentuais de traição variam de 45% a 55%.

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Dez músicas bregas que eu adoro


Em busca de ideias para animar a sua quarta-feira? Seus problemas acabaram!!!!! Pelo menos no que depender do repertório abaixo. De gosto duvidoso, claro, mas de levantar qualquer astral. E divertir qualquer dia sem graça. Vamos lá:

1) Fogo e paixão. TUUUUUUUDO!!! Acho essa música muito fofa e adoro cantar: E quando sai de mim, leva meu coração, você é fogo, eu sou paixão...
2) Vou tirar você desse lugar. Gente, essa canção conta uma história de amor incrível, a de um cara que se apaixona por uma prostituta e, sem medo de ser feliz, decide encarar o romance. Não é o máximo? Só quem não tem coração pode desdenhar. Salve Odair José!!!
3) Conga, Conga, Conga. Nada pode ser mais brega do que a Gretchen gemendo enquanto canta, mas, fala sério, você já viu alguma pista não bombar ao som desse hit?
4) Como uma deusa. Eu sei, a letra não faz o menor sentido, mas, vamos combinar, que mulher não se sente maravilhosa brincando de ser deusa com Rosana? Eu me sinto, hahaha!!!
5) O meu sangue ferve por você. Sidney Magal é meu ídolo forever (devidamente homenageado na foto acima). Sem falar que Ah, eu te amo. Ah, eu te amo, Ah, eu te amo: o meu sangue ferve por você são versos caprichados.
6) Caminhoneiro. Fico com o coração apertado quando ouço: Todo dia quando pego a estrada, quase sempre a madrugada, o meu amor aumenta mais... Tão cafona e tão bonito, né? Adoro Roberto Carlos.
7) Você não me ensinou a te esquecer. Clássico brega que bombou ao ser regravado por Caetano Veloso. Agora que faço eu da vida sem você, você não me ensinou a te esquecer...Lindo, lindo.
8) Nuvem de lágrimas. Ah, jeito triste de ter você. Longe dos olhos e dentro do meu coração. Me ensina a te esquecer. Ou venha logo e me tire dessa solidão... Adoro letras passionais com arranjos escandalosos e os vozeirões de Fafá de Belém e Chitãozinho e Xororó para completar. O máximo.
9) A raposa e as uvas. Reginal Rossi explodiu em todo o país com Garçom. Mas, para mim, o melhor da obra dele é uma musiquinha fofa que começa com Lembro com muita saudade daquele bailinho, onde a gente dançava bem agarradinho, onde a gente ia mesmo é pra se abraçar...
10) Lua de cristal. Falem o que quiserem da Xuxa: eu era fã, não posso negar. E, até hoje, acho essa canção uma ode ao empreendedorismo, de verdade. Uma mensagem de estímulo à perseverança e à conquista dos nossos objetivos. Adoro. Com direito a, junto com mais três amigas, na época da faculdade, ter subido no palco de um karaokê com banda ao vivo, lá em Olinda, Pernambuco (saudades, saudades), e soltar a voz cantando: Lua de cristal, que me faz sonhar, faz de mim estrela, que eu já sei brilhar... Para ser honesta, a primeira reação da platéia diante de tal causação foi o silêncio (vai ver estavam pensando se não era o caso de vaiar, hahaha!!!), quebrado por um coro ainda na metade da nossa performance. Ao final, fomos aplaudidíssimas.

E aí, será que eu vou ficar sozinha neste momento hora da verdade? Mande o seu hit master ultra brega premium predileto, vou adorar receber ideias para o meu set list trash, hahaha!!!

Beijão,

Isabela – A Divorciada

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Um roteiro para David Lynch

Domingão eu acordei tarde. Bem Tarde. Normal, né? Não para mim. Mesmo aos finais de semana eu acordo bem cedo, tipo, no máximo 8h. Mas nesse domingo eu namorei o colchão por hoooras. E foi então que eu tive um dos sonhos mais malucos da minha vida. Seria ótimo para um filme do David Lynch ou algo do gênero. Segue o enrendo:

Eu estava investigando o assassinato de um homem. Não sei se como jornalista ou como investigadora de polícia. Tinha acabado de ouvir uma menina que parecia a maior preocupada com a morte do cara, mas também a maior suspeita. Fiquei em crise por suspeitar dela. E por não suspeitar dela. Minha intuição parecia falha. Atormentada por não conseguir descobrir nada, encontrei o Lázaro Ramos (sim, o ator) deitado no chão de um centro de convenções (?). Me deitei ao lado dele e pedi conselhos. Ele me disse: você está no caminho certo.

Corta a cena. Eis que estou eu e Mr. Peacock (meu namorido, também conhecido por Charlie) assistindo a um filme. E eu vejo, na telona, a menina suspeita matando mais uma vítima. Fiquei muito angustiada de não conseguir juntar a realidade com a ficção.

Volto ao centro de convenções e encontro uma amiga minha. Velha amiga. Mas, na verdade, ela é uma aranha com o rosto da minha amiga. E está, evidentemente, numa teia gigante. Digo que quero falar com ela. E ela me diz: “Sua felicidade é falsa! É de fora para dentro!”. E eu respondo: “Excelente questão! Mas nesse momento eu preciso desvendar um crime.” E sigo meu caminho.

Percebo que estou atrasada para o meu próprio aniversário e saio correndo pelo centro de convenções. Chego a um salão e ele está todo decorado para uma festa de crianças. Choro de emoção e digo: “Meu sonho sempre foi ter uma festa de criança! Com hambúrguer, batatinha e pula-pula!!” Olho para a mesa de lembrancinhas e vejo um rapaz grande, moreno, lindo, de camisa verde limão (??) assinando o livro de presenças (???) e pegando a lembrancinha. Era o Cauã Raymond! Eu saio correndo para convence-lo a não ir embora. Pulo no colo dele para abraça-lo e...

- Gata, gata, levanta, vamos tomar café?

Puta sacanagem, Peacock!!! Bem na hora que eu ia abraçar o Cauã??? Que intuição, hein?

Acordei zuretinha. O sonho me deixou bêbada.

Freudianos de plantão: alguma análise?

Beijos e boa semana

Débora – A Namorida

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Na pista

A pista diz muito. Quando dança, você convida ou diz "aqui, não". É o lugar central, de onde se vê de tudo, e a todos. E todos podem te ver. A pista não mente, é só olhar atentamente cada mensagem transmitida sem querer, ou de propósito.

Pegar uma bebida pode ser a senha para deslanchar um encontro, ou para escapar de um chato. Quase sempre, é uma boa desculpa para fazer um primeiro contato além de duas ou três palavras. Quanto mais escura melhor. Demasiadamente iluminada inibe e estraga a brincadeira.

Palco para jogar charme na direção certa. Vamos lá, menina, é hora de arriscar. O que custa? Se não curtir, saia de fininho que ninguém vai notar. Pedir um beijo não tira pedaço e pode ser uma boa história para contar no futuro. Ou, quem sabe, o primeiro passo?

Giovana - está solteira

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Mulheres que amamos amar – Isabel Allende


Eu aaaamo a Isabel. Sempre me identifiquei com essa baixinha falante, de olhos brilhantes, que adora tirar sarro de si própria e que escreve sobre mulheres fortes. O livro Paula foi um dos poucos que me fizeram chorar compulsivamente. Isabel se coloca inteira ali. Se despe toda e entrega seu coração para o leitor ao contar sobre a morte da filha.

Mas não vou falar mais sobre ela não. É melhor ver esse vídeo no TED (ando viciada nesse TED, by the way) e vê-la falando. Muito mais divertido.

Ótimo fim de semana – e bom feriado do trabalho sem trabalho!

Beijos

Débora – A Desparafusada

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