Por que sempre choro em casamentos?

Eu sou daquelas que desde pequena já falava: “Eu não quero casar na igreja, não me vejo vestida de noiva e seguindo toda aquela cerimônia”. Talvez por influência de uma época em que as mulheres, para conquistar mais espaço na sociedade, negavam tudo que remetesse ao papel clássico feminino, desde a cor rosa e os babados nas roupas até o casamento tradicional.

Tanto que o meu primeiro (e único) casamento foi assim, digamos, prático e moderno. Decidimos que queríamos viver juntos a vida toda, organizamos tudo e nos mudados pro mesmo teto. Era engraçado no começo se acostumar a sermos chamados um pelo outro de “marido” e “esposa” em vez de namorados. E todo o resto da vida de casados era igual à de quem faz “tudo certinho”.

Hoje, com uma vida de “separada-solteira”, continuo não me imaginando como a personagem daquela cena da noiva de branco entrando em uma igreja, ouvindo o sermão de um padre, tirando milhares de fotos etc.

Por isso, fico intrigada comigo mesma quando não consigo segurar as lágrimas nestas cerimônias, seja chique ou simples, de alguém próximo ou nem tanto, esteja eu de TPM ou não. E quem me conhece pessoalmente sabe também que eu estou longe do perfil de chorona.

Domingo passado aconteceu de novo. De repente, estavam elas lá caindo e borrando minha maquiagem diante de todo aquele clima de amor. Talvez esteja aí a explicação, o amor. Apesar de não acreditar em muitas daquelas coisas e, desculpem, em geral achar chatas essas ocasiões, me emociono com o amor. Porque, por mais que a gente saiba que ele pode não durar para sempre, naquele exato momento, existe um amor transbordante fluindo entre aquelas duas pessoas, impregnado naqueles toques, beijos e olhares. E isso sim é autêntico e sublime. Este estado me contagia e mexe sim com meu coração. Enfim, que bom que pelo menos no amor eu ainda acredito.

Patrícia, A Solteira

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Dez músicas de meninas que eu adoro





Com vocês, o meu top ten de canções no melhor estilo mulherzinhas. Lá vai:

1. Perigosa. Sei que eu sou, bonita e gostosa, sei que você, me olha e me quer, sou uma fera, de pele macia, cuidado garoto, eu sou perigosa....Para se sentir poderosa, não? Adoro Frenéticas.

2. Isabella. Isabella, wake up the sun is coming through the window…É claro que eu não ia aceitar menos que Tom Jobim para compor e cantar uma música com o meu nome, né? Hahaha!!! Muito fofa.

3. Luiza. A segunda mais linda de todas as melodias já compostas com nomes de mulheres, depois de Isabella, claro, hahaha!!! Mentira, Luiza é a mais bonita. Se eu me chamasse assim, seria capaz de tatuar um verso no braço. Vem cá, Luiza, me dá tua mão, o teu desejo é sempre o meu desejo...

4. O Xote das meninas. Mas o doutor, nem examina, chamando o pai de lado, lhe diz logo em surdina, o mal é da idade e pra tal menina, não há um só remédio em toda a medicina, ela só quer, só pensa em namorar...Lindo, fofo, perfeito. Luiz Gonzaga nos descreveu muito bem. Menção honrosa para a versão jazzística que a Marisa Monte fez para a mesma canção. Puro glamour.

5. Paraíba. Para continuar no forró, porque nós somos mais macho do que muitos muitos meninos por aí: Paraíba masculina, mulher macho sim senhor...

6. Branquinha. Vejam que delicadeza de letra o Caetano, meu cantor predileto, fez para a Paula Lavigne, a ex dele. Amo: Branquinha, carioca de luz própria, luz, só minha, quando todos os seus rosas nus, todinha, carnação da canção que compus, quem conduz, vem seduz....

7. Diana. Narra o romance de um homem mais jovem com uma mulher mais velha. Bom demais. Deixo vocês com a versão do Caetano, leve e doce: Oh, please, stay by me, Diana....

8. Menina da Lua. Gente, eu me emociono sempre que ouço essa canção tão lindamente cantada pela Maria Rita: Quero que desprendas, de qualquer temor que sintas, tens o teu escudo, o teu tear, tens na mão, querida, a semente, de uma flor, que inspira um beijo ardente, um convite para amar...Bravo, bravíssimo.

9. Belle de Jour. Eu lembro da moça bonita da praia de Boa Viagem, e a moça no meio da tarde de um domingo azul, azul era a Belle de Jour, era a bela da tarde, seus olhos azuis como a tarde, na tarde de um domingo azul....Alceu Valença é ídolo. E não se fala mais nisso (eu podia fazer um dez músicas do Alceu que eu adoro, aliás. Que tal?).

10. Barbie Girl. Para cantar alto, causando: I’m a Barbie Girl in a Barbie world, life in plastic, it’s fantastic, you can brush my hair, undress me everywhere, imagination, life is your creation..

É isso, meninas. Aguardo as listas de vocês nos comentários.

Beijos musicais,

Isabela – A Divorciada

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A São Paulo literária



Uma reportagem minha como dica de leitura para o final de semana: A São Paulo literária. Escrita para a seção de Turismo da Agência de Notícias Brasil Árabe (ANBA), a matéria traz um breve roteiro dos livros na maior metrópole brasileira.

Além de ótimas livrarias, a terra da garoa é rica em espaços dedicados às letras, como o Museu da Língua Portuguesa (ADORO) e a Casa das Rosas (foto acima, linda, linda), um oásis voltado para a poesia em plena Avenida Paulista.

Bom descanso a todos.

Beijos, beijos, leiam muito, leiam sempre,

Isabela – A Divorciada

PS: A imagem acima, da Casa das Rosas, é de Osvaldo Pastorelli

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Conte seu dilema: “Ainda sou virgem”

Estamos publicando o dilema excepcionalmente hoje, sexta-feira, em vez de quinta-feira, como de praxe, por causa do aniversário da nossa Débora, que, como vocês puderam reparar, aconteceu ontem.

Nossa leitora traz um tema delicado: a virgindade, em uma idade em que a sociedade – ao contrário da época das nossas mães – cobra que a gente já tenha se livrado dela. Isso mesmo, a pressão (principalmente dos amigos) hoje para que a gente inicie logo a vida sexual é tanta que as meninas normalmente encaram a coisa dessa forma: algo para se livrar.

Nós mesmas temos amigas que perderam a virgindade aos vinte e poucos e até na faixa dos 30. Entre os motivos, a falta de alguém em quem se confie ou por quem se tenha tesão de verdade, e a religiosidade também. Enfim, sofreram como a nossa colega do desabafo de hoje. Vamos à história dela:

Abraços do Trio

“Eu tenho 25 anos e tinha um grupo de amigas na casa dos 30. Uma vez por mês, a gente se reunia para sair e conversar. Sempre foi muito bom e eu gosto muito delas, porém, elas pegavam demais no meu pé por uma questão extremamente íntima: a virgindade. Ficavam eriçadas para saber se eu era virgem e tal. Quando eu falei que era virgem ainda, começou a perseguição! Era marcação cerrada em todos os encontros. Para piorar, o meu primeiro namorado, aos 22 anos, era gay, portanto, não houve sexo, para o meu desespero. E a marcação continuava, por isso, parei de organizar os encontros, fiquei de saco cheio! A minha educação foi normal, sem tabus. A questão é que eu nunca encontrei um cara legal para chegar a tal grau de intimidade. Não sou o tipo que olha para um cara e no momento seguinte já está no motel. Careta? E daí né? Então eu me pergunto como eu poderia fazer para me livrar dessas brincadeiras em relação à minha virgindade, dar uma boa resposta, pois isso me incomoda muito. Acredito que isso é algo muito pessoal e que ninguém tem nada a ver com isso!”

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Ela e eu (Parabéns, Debs!!!)





Eu não sei dizer como foi exatamente que ela me conquistou. Deve ter sido assim, sem que eu me desse conta, como, imagino, aconteceu com vocês. Os grandes sedutores agem desse jeito, sem que a gente tenha chance de se defender, não é mesmo?

Desconfio que tenha sido a alma leve, o jeito debochado, a capacidade de rir de qualquer coisa (principalmente do que acontece com ela mesma), a total entrega ao outro. Seja o outro eu querendo saber se sou louca via MSN, as meninas do interior da Bahia (seria Minas? Em dúvida agora) com quem ela se correspondia, por carta (e a quem ajudava com material escolar e brinquedos), a faxineira de anos que adora quadros e vai fazer aniversário agora em julho, a sobrinha, Marina, sua miniatura desde sempre.

Eu nunca vi nada parecido. E por isso mesmo aceitei na hora quando ela me convidou para levar adiante o projeto especial que é esse blog aqui. Acho engraçado ouvir dela, hoje, que achava que eu não fosse topar, vejam só.

Para você, todos os meus sins, amiga. Obrigada pela sua generosidade e amor. Por me ajudar a ser melhor do que eu sou.

Feliz aniversário!!! Parabéns, parabéns, parabéns. Acho você TUDO. Nunca duvide do seu talento. E do quanto você é amada e querida.

Se joga, viu? Niver em Roma não é para quem quer, é para quem arrasa.

Much love,

Isabela – A Divorciada, A Noiva e a Fã da Debs

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O raio pink



“Venha aqui, Bela”.

E eu fui, na mesma hora. Era a primeira tarde que passávamos na nossa casa, já começando a colocar algumas coisas no lugar. No quarto ao lado, diante da janela, Guarda Belo estava sentado, vendo a chuva. Me aproximei e, sem dizer palavra, fiquei ali, perto dele, pensando que as árvores altas que eu avistava ao longe eram a melhor parte daquela paisagem para mim.

Foi quando aconteceu. Em meio à tempestade, um raio pink apareceu no céu. Alguém aí já viu algum? Bem, ao menos para nós, foi a primeira vez.

“Que lindo! Você viu? Era pink! Em homenagem ao nosso banheiro. Nunca tinha visto um raio como esse”, disse.

“Nem eu. Era lindo sim”, ele respondeu.

Ali, naquela hora, no nosso lugar, diante daquela surpresa, não me restaram mais dúvidas: é ele. Eu não podia estar mais certa na minha vida do que quando disse sim para aquele homem. Em outubro, me caso com Guarda Belo, gente. Numa cerimônia linda, original, especial. Prometo que conto mais depois. Sou uma divorciada noiva.

Noiva e feliz. Afinal, um raio pink apareceu para mim. E eu não precisava de sinal melhor para me jogar.

Feliz aniversário, meu amor. Só o melhor procê. Sempre. (Vocês me ajudam a dar parabéns para o Guarda nos comentários? Brigada!).

Much love,

Isabela – A Divorciada Noiva (Futura Casada do 3xtrinta, preparem-se para a causação, hahaha!!!)

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É o que temos para hoje

De todas as expressões da moda, essa é a que eu mais gosto. Ela tem tudo a ver com meu budhist way of life. E, se for ver, serve para tudo. Vamos às aplicações práticas:

- O teu chefe não gostou do texto que você fez, mas você fez o estava ao se alcance. Desculpe, chefe, é o que temos para hoje.

- Um cara ma-o-meno, que te atrai médio, mas que pode ser uma ótima companhia pós-expediente pesado, te chama para jantar. Não era o convite dos seus sonhos, mas pode ser bem divertido. É o que temos para hoje.

- Você acorda de ressaca e percebe que seu marido te trancou para dentro de casa. Depois de muito chorar e xingar o maridão, você chama o chaveiro e resolve a questão. Não sem ficar puta com a grana que perdeu ali. Acontece. É o que temos para hoje.

- Você olha uma bota linda, em promoção, e ela até pisca para você da vitrine. Mas você já gastou todo seu excedente. Não rola mesmo. Um dia, quem sabe. Agora, só rola comprar Havaianas. É o que temos para hoje.

- Você acha que vai ser uma quinta-feira pauleira, com médico de manhã e uma matéria gigante para fechar à tarde. Sua matéria cai no começo da noite e você, resignada, topa ir beber com os amigos. Na parada em casa e descobre que...TEM UMA FESTA SURPRESA DE ANIVERSÁRIO (ANTECIPADA) PARA VOCÊ! É O QUE TEMOS PARA HOJE =D

Para muita gente, “o que temos para hoje” pode soar pura resignação. Eu prefiro acreditar no oposto: é um brinde que o imponderável traz.

Débora – A Separada

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Viajando com mamãe

Quando você estiver lendo esse texto, estarei a caminho da Itália. Talvez eu já esteja lá. Vou encontrar minha comadre Claudia e minha afilhada Sofia – mais de um ano longe delas, a saudade é grande! Além delas, terei comigo minha mãe como companheira de jornada. E, acreditem, é uma das melhores que existem. Ainda me lembro da primeira vez que eu viajei só com ela. Eu tinha treze anos e nosso destino era São Tomé das Letras – nada como ter uma mãe anormal. A primeira sensação foi de exclusividade: eu com minha mãe to-di-nha para mim! Foi inesquecível. Uma grandissíssima roubada, uma excursão com ufólogos (calma, isso é só o começo), ônibus atolado na ida, guias perdidos nas imediações da cidade e um grupo muito louco tentando ver E.T. no alto das montanhas. Guardo com muito carinho essa experiência.

Anos mais tarde, aos 22 anos, fiz minha primeira viagem internacional. Fomos, eu e mamãe, para Espanha e Portugal. Fizemos um tour super rápido – sobe-e-desce-do-ônibus-malas-no-corredor-almoço-em-uma-hora – por várias cidades durante duas semanas. Na última semana sossegamos em Logronho, cidade com vinhos deliciosos, no meio da Espanha, na casa de uma amiga dela. Minha mãe topa tudo: museu, lojinha, fazer nada, beber café e até balada. Sim! Fomos para baladas em Logronho.

Agora, lá vamos nós de novo. Dessa vez, nós duas estamos solteiras. Coincidentemente ou não, nós duas nos separamos no ano passado. Essa viagem é uma espécie de libertação para ela. Para mim, é um respiro em meio ao cansaço mental causado pelo trabalho. Provavelmente vamos comer (muito), ela vai rezar (porque ela é católica, eu não) e quem sabe até amar (italianos solteiros, estamos chegando!). Mas, mais que tudo, é uma chance de reviver, depois de quase 20 anos, aquela sensação gostosa de viajar sozinha com minha mãe.

Débora – A Separada

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Mais dilemas

Queridíssimos,

Nosso estoque de histórias/questões/babados de vocês para a seção Conte seu dilema, publicada todas as quintas-feiras neste lindo bloguinho, está chegando ao fim. E esse post é para pedir novas colaborações. Pode ser aqui nos comentários ou no nosso e-mail: 3xtrinta@gmail.com

Alguém?

Super obrigada e beijos,

O Trio

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Alex, Vivi e o celular

Vivi não esperava nada daquela noite além de algumas horas de papo e cerveja ao lado da irmã e de uma amiga. Divorciada há oito meses, era a sua primeira saída no novo estado civil. E por insistência da mãe, já que ela ainda não fazia a menor questão de badalar por aí.

Lá pelas tantas, ao voltar do banheiro, um susto: de quem era aquele celular perdido tocando? Educadíssima que é, atendeu, alguém podia ter deixado cair ali sem querer. Do outro lado da linha, o interlocutor, falando escondido algumas mesas atrás, agradeceu a gentileza e disse que agora, em retribuição, tinha que ir lá dar um abraço nela.

Não demorou para que Alex se juntasse ao trio. Simpático e bem comportado, emendou um papo que teve, entre outros temas, a citação de um livro do psiquiatra Flavio Gikovate (isso sem saber que a irmã de Vivi era psicóloga, vejam como o cara mandou bem). A despedida incluiu troca de telefones.

E ele não demorou a ligar. Indecisa, Vivi ainda disse não algumas vezes. Até que um belo dia resolveu aceitar o convite daquele homem que desde sempre a fez sentir tão bem. Se ele me faz rir, pensou, será no mínimo um encontro agradável, nada a perder.

Pois bem, muitos encontros e papos engrenados depois, eis que Vivi e Alex estão de casamento marcado. E, junto com mais dois casais de amigos, subirão ao altar em outubro, numa cerimônia pela manhã, num sítio (como diria a minha amiga Mari Camarotti, só os chiques têm esse direito).

Aos noivos, a quem admiro pela história tão fofa e de quem gosto muito, toda a felicidade do mundo. Alex, arrasou, viu? Como me falou a Vivi, você tem todos os motivos para se orgulhar dessa história como o seu “maior case de sucesso com as mulheres”. Vivi, mandou bem ao ouvir sua mamy (aquela doceira incrível) e se permitir um pouco de diversão naquela noite sem planos.

Estão vendo só, meninas? Muita atenção nessa hora. Afinal, na mesa ao lado, o seu futuro marido pode estar pegando o celular de alguém para ligar para você.

Beijos, beijos, much love,

Isabela – A Divorciada

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Conte seu dilema: detesto a minha sogra

Sou casada há quatro anos, tenho no total nove anos de relacionamento e estou esperando um bebê. Estou muito feliz, mas, com a gravidez, comecei a me dar conta de muitas coisas. Desde que comecei o namoro, a família do meu marido fez de tudo para nos separar.

Ele tinha uma ex que não parava de frequentar a casa dele, de levar presentinhos para a mãe dele e de fazer de tudo para infernizar nosso relacionamento. E tudo que ela fez foi com o aval e permissão de todos da família dele: pai, mãe, irmão e irmã. Durante muito tempo a ex fez parte das conversas nos almoços em família, era inclusive convidada para as festas.

Aguentei isso por dois anos seguidos e cheguei a ouvir da mãe dele que a ex não deixaria de frequentar a casa dela porque era considerada uma filha também. Mais uma vez: problema meu. Se ele fazia alguma coisa? NADA! Era completamente submisso às vontades da mãe e irmãos.

Depois de sofrer bastante e achar que tinha chegado ao limite, eu caí fora e terminei o namoro. Passamos alguns meses separados e cheguei a me envolver com outra pessoa, mas gostava muito dele e, quando ele me pediu para voltar dizendo que tinha saído de casa para morar sozinho, achei que estava ali a prova de que ele me amava.

Não foi fácil aguentar. Perdi minha mãe, fiquei muito mal, superei (em parte) essa perda e me casei. O respeito da família dele em relação a mim melhorou bastante, afinal, agora eu era a oficial.

Já tenho quatro anos e meio de casada e me considerava extremamente feliz com o meu marido, mas pra ser sincera comigo mesma, eu nunca engoli a família dele. Hoje estou grávida e percebo como essa minha "repulsa" a eles ainda é muito forte. Não acho que tudo foi construído por causa da ex, mas do comportamento deles até hoje.

Me vejo tão diferente deles e me pego pensando diversas vezes que essa não era a família que eu queria para mim. Ainda hoje sou obrigada a conviver com o excesso de mimo da irmã dele e com os comentários da minha sogra em relação ao bebê, sempre dando a entender que eu não posso contar com a ajuda dela para nada. Me controlo em respeito ao meu marido.

Cheguei a pensar em me separar, pois a minha vontade de ficar distante deles é muito grande e a sensação que tenho é que cheguei ao limite de novo, mas estou grávida e achei que eu estava ficando louca, então resolvi ficar quieta. Para desabafar, eu choro.
Não sei o que fazer. Já conversei com meu marido, mas ele não muda e eu não sei se consigo suportar por muito mais tempo. Queria não ter que olhar para a cara da minha sogra e da minha cunhada nunca mais, mas sei que isso é impossível...

Algum conselho?

Joana

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Relacionamentos inter-raciais


Um livro que foi assunto de uma reportagem que fiz semana passada está dando o que falar lá fora. É uma espécie de guia para mulheres que querem se relacionar com raças diferentes. Com base em suas próprias observações, experiências pessoais e entrevistas com amigos, a autora, J.C. Davies, enumera características em comum dos homens de cinco etnias (negros, asiáticos, judeus, latinos e indianos), apontando, inclusive, o tamanho médio do órgão de cada um. Por não ter embasamento científico, o livro está gerando uma chiadeira de gente que acha que a obra só serve para reforçar os estereótipos, como, por exemplo, que os latinos são machistas e os asiáticos são tímidos

Polêmicas à parte, “I Got the Fever: Love, What’s Race Gotta Do With It?” (“Tenho sede de amor: o que a raça tem a ver com isso?”, na tradução livre) é, no mínimo, bem divertido. E acaba servindo de incentivo para que as mulheres abram seus corações para os parceiros de outras cores e raças. Afinal, “o homem dos seus sonhos pode vir em qualquer formato, tamanho, cor ou cultura, então é preciso olhar em volta, sair da zona de conforto”, diz a autora.

Com a experiência de ter morado fora algum tempo, posso dizer que é realmente bem complicado se relacionar com pessoas de outros países. Eu tive muita dificuldade, embora algumas mentes tupiniquins acreditem que o sonho de qualquer uma é “casar com um gringo”. A língua é o maior obstáculo, já que relacionamentos amorosos estão extremamente apoiados na comunicação. As convenções sobre certo e errado, os hábitos de higiene e os códigos de ética são outros complicadores. Daí que acho válida a discussão que o livro traz. Quem sabe conhecendo um pouco mais como funcionam as outras culturas, este tipo de relacionamento fique mais fácil e, consequentemente, mais aceito. O site do livro para quem quiser saber mais: http://feverbook.com/blog.


Patrícia, A Solteira

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Sou uma mulher ameba

Deu no Folha Equilíbrio da semana passada. Diz lá, num estudo bem bacana, que eu – e todas nós que temos entre 25 e 35 – somos parte de uma categoria chamada “mulher-ameba”. O nome é feio, mas o conceito é legal. Significa que a gente não quer ser como as mulheres mais velhas, acima de 35, que são as já famosas “mulheres-polvo”, aquelas que querem fazer muito mais coisas do que podem. Eu, honestamente, acho que tem muitas mulheres com menos de 35 que ainda são polvo, que ainda reproduzem esse perfil das mais velhas – assim como estas reproduziram durante um tempo o jeito masculinizado das mulheres que tinham 30 nos anos 80 (essas são as “mulheres-ombreiras”).

De qualquer forma, gostei de ser ameba. Me reconheci nisso. Faz uns quatro anos já que me dei conta de que não quero ser mulher-maravilha. Que se quero correr de manhã, não posso estudar inglês naquele dia. Que se quero ficar fora uns meses, não terei dinheiro para um carro. Que se quero ter filho, tenho que diminuir minha carga horária (eu saí do trabalho quando decidi engravidar, mas aí eu separei e fiquei sem filho e sem emprego, há!). Que se quero ir numa festa, não vou correr cedo no dia seguinte pela manhã. Ainda tento fazer algumas coisas ao mesmo tempo – como dirigir e mandar SMS (CET, não me leia!) – ou fazer entrevista pelo telefone e responder MSN. Mas já melhorei muito. Me conformei que escolhas implicam em desistências. Que existe um momento para cada coisa. Que é impossível querer abraçar o mundo e depois culpar as poucas horas do dia. E que viver em uma cidade como SP é ainda mais difícil, os percursos levam tempo, a burocracia consome horas, tudo tem fila.

Depois que assumi essa postura, me senti meio ameba mesmo. Meio marcha lenta, quase preguiçosa. Deu até um medinho de estar desistindo das coisas frenéticas da vida. Mas, querem, saber? Hoje eu estou gostando desse negócio de ser mulher ameba.

Qual será o nome da próxima geração?

Débora - A Solteira mais ameba que nunca (até esqueceu de assinar!)

ps: a matéria, na verdade, era sobre mulheres que não querem ter filhos, leia mais aqui

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As lições da insegurança

Foi Michael Kepp que me fez pensar no assunto, ao escrever um artigo sobre o tema na Folha, dias atrás. Em seu texto, o jornalista citou o filósofo inglês Allan Watts para explicar a ideia que defendia: “O desejo de segurança é uma dor e uma contradição e, quanto mais nós o perseguimos, mais doloroso fica”.

Profundo, não? Mas muito verdadeiro. Achei maravilhoso quando, linhas adiante, o autor escreveu que “renunciar à compulsão por se sentir seguro torna você mais seguro”.

Kepp me fez pensar em mim mesma. E de como eu me sentia na fase mais trash do divórcio, a inicial, os primeiros dias depois que o outro vai embora (é assim com todo mundo, não? Pois comigo foi). É óbvio que eu estava triste, tentando pisar no chão de novo, juntando os cacos, pensando no que seria de mim, no que fazer com todos aqueles planos mortos antes de virarem realidade. Acontece que, como intervalos naqueles dias tristes, eu me pegava olhando pela janela do apartamento, com aquela vista ampla e iluminada da Zona Sul de São Paulo, e pensando: pode ser muito bom, muito novo, muito especial começar do zero. E isso me deixava feliz, por instantes plena na minha total insegurança. Por que não?

Fazer de mim uma tábula rasa, pronta para ser preenchida como eu bem quisesse, acalentava o meu coração. E me acalenta ainda, a cada vez que eu tenho medo que o “seguro” não seja tão seguro assim. O importante, agora eu sei, é estar aberto para que a vida nos apresente novas possibilidades. Ou, como escreveu Michael Kepp:

“(...) descobri que você encontra segurança não quando a procura, mas quando aceita os mistérios e as incertezas da vida. (...) É a diferença entre passar pela vida e deixar a vida passar por você.”

Much love,

Isabela – A Divorciada

PS: Gostou do Michael Kepp? Eu adoro os textos dele. E recomendo o livro Sonhando com sotaque, que reúne crônicas que abordam principalmente a visão dele, que é norte-americano, sobre o Brasil e sobre nós, brasileiros.

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Só o humor transforma



Li essa semana e recomendo a entrevista com a atriz e redatora Natália Klein, autora do blog Adorável Psicose, na Claudia deste mês. O papo girou em torno da capacidade que cada um tem de rir de si mesmo. E de como o humor pode ajudar a transformar sentimentos. Principalmente aqueles que mais pesam na alma da gente.

Uma palhinha procês: quando perguntada sobre se sorrir era o melhor remédio e que tipo de cura seria essa, Natália respondeu:

“Sim, é claro. Não me curo completamente: ficam as cicatrizes. Mas eu transformo o sentimento. Tem situações tristes, como a que virou episódio do seriado, quando encontro o cara com quem saía e de quem eu gostava muito com outra menina e eles são namorados. Comigo ele não quis namorar porque não estava pronto ou qualquer uma dessas coisas que as pessoas falam quando não querem namorar você. Em pouquíssimo tempo, ele estava namorando outra. Virou um texto hilário porque é uma situação engraçada. A humilhação é engraçada. Por que as pessoas gostam do blog? Porque eu só me dou mal. Se começasse a escrever: “conheci alguém incrível, estou namorando, me casei, estou grávida, somos muitos felizes juntos”, ninguém mais ia ler.”

Um sábado bem humorado para nós todos.

Beijos, beijos,

Isabela – A Divorciada

PS: A foto acima foi extraída do site da Claudia

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Seu dilema: quem está certo, o coração, a cabeça ou a sociedade?

AVISO: Esse post foi publicado ontem, quinta (12), dia de Seu Dilema. Mas, como o Blogger sumiu com a postagem, essa é uma tentativa de resgate. Ou republicação, tá? Beijos, O Trio

Vou trazer à tona o tema mais polêmico desse blog: traição! Mas, aqui, do ponto de vista de uma filha de mãe traída, de quem já foi traída e de quem é, agora, a amante. Sim, eu sou tudo isso.

Eu sempre abominei essa palavra, traição. Acho que é porque vi minha mãe sofrer uma vida toda, por mais que ela tentasse “tapar o sol com a peneira”. Meu pai, por sua vez, não tem dinheiro para nada de tanto que gastou com a mulherada. Minha mãe é uma ótima pessoa, quem a conhece sabe o quanto espiritualizada ela é, possui o dom do perdão como nunca vi em nenhum outro ser humano. Ela é uma pessoa de paz, ao contrário de mim. Somos extremamente diferentes. Eu sou uma pessoa passional sempre guiada pelo coração, tudo para mim é uma grande novela mexicana.

E como toda experiência é mais valida quando passamos por ela, eu também já fui traída. Num relacionamento de dois anos, prestes a noivar, descobri que meu namorado me traiu. Foi horrível! A pessoa em quem eu tanto confiava e sabia o que eu pensava sobre o tema TRAIÇÃO, acabara de me fazer de idiota. Me senti humilhada e enganada. Eu era tão apaixonada por ele que pensei por alguns minutos em fingir que não tinha visto aquilo, mas meu lado “psicótico passional” não deixou e, como em um capítulo da minha “novela mexicana”, ele foi acordado debaixo de socos e pontapés. Mandei ele sumir de casa, mal teve tempo para se vestir. Sofri, mas nada como o tempo para curar as feridas. E hoje nem lembro mais que ele existiu em minha vida.

Mas como todas nós sabemos o mundo dá voltas e como dá, não é?

Eis que hoje me vejo do lado dos “inimigos”. Aquelas mulheres a quem sempre critiquei e apontei o dedo, a quem eu chamei dos piores nomes porque eu era toda certinha e estava com raiva do mundo, hoje sou uma delas. Me envolvi com um cara casado. Sim, sim, isso é errado. Não disse que é certo, disse que não podemos cuspir para cima que cai bem no meio da testa. Ele me contou que era casado no primeiro encontro. Mas mesmo assim eu fui em frente. Sempre certinha, quis saber qual era a graça em ser “errada”. Foi a melhor e a pior decisão que tomei.

A pior porque me sinto culpada. Mas a melhor porque nós nos damos muito bem, nos completamos. Eu já me iludi achando que um dia ele vai se separar, hoje concluí que ele é muito covarde para isso. É fácil quem está de fora falar, eu sei porque eu era assim, mas quando a gente passa a ver as coisas pelo “outro lado da cerca”, tudo muda.

Se ele fosse um homem solteiro, seria o cara perfeito com quem casaria e teria filhos. Mas não é. E isso me dói. A despedida é inevitável, mas valeu muito a pena. Aprendi muito. É uma pessoa por quem sempre terei muito carinho. Que, sem saber, me ensinou e muito a compreender meu próprio pai.

O dilema que fica, ao final, é: quem está certo nessa história toda? Meu coração, minha consciência ou a opinião geral?

Obrigada!

Caroline

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AVISO

Queridíssimos,

Hoje não teve texto novo porque o Blogger, ou seja, o nosso gerenciador de postagens, pifou. De ontem até agora ficou fora do ar, sumiu com posts (o de ontem, quinta, o Seu Dilema, desapareceu), pirou geral. Esperamos que a situação se resolva logo.

Beijos, ótimo finde a todos, esperando que esse aviso entre no ar,

O Trio

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They don't know how long it takes waiting for a love like this

Me perdoem o título gigante e em “ingreis”. É que era exatamente sobre esse trecho da música fofinha e chicletinha do Jason Mraz que eu queria falar. Um parêntese: ah, é tão legal falar sobre o amor quando não se está amando! Voltemos ao chão. Sou geminiana, sabem? Às vezes vou longe. Meu ponto com esse post estranho é que eu acho que o amor é coisa rara de se achar. E talvez “eles” não saibam disso. Na verdade, nós todos não sabemos tão rápido. Demora um tempo para se descobrir isso. Quando a gente é novinha e muito romântica, todo sapo parece príncipe e cada beijinho é uma promessa de romance. Conforme a gente cresce, ama, amadurece e se ferra, as coisas mudam um pouco de perspectiva. Aí você começa a separar encantamento de paixão, paixão de tesão, tesão de casinho, casinho de beijinho e passa a perceber que amooor, amor mesmo, aquele que começa na paixão e vira flor bonita de ser ver, é coisa rara nessa vida. Eu não tenho mais dedos para contar quantos beijei e transei (vadia! Ó!), mas uso só três dedinhos para contar os amores de minha vida. São poucos.

É por isso que sempre me parte o coração quando vejo um amor, desses raros, não ir adiante. Seja pela distância, pela fraqueza de uma das partes, pelo impedimento, pela morte prematura, pelo medo. E não consigo acreditar muito naquela frase que diz: “Se não se realizou, não era amor de verdade”. Só quem sabe que amor se conta em alguns poucos dedinhos é que sabe quando acontece um grande encontro.

Mas não sou a favor de ninguém se lamuriando pelo que não foi. Não mesmo! Não rolou, toca em frente que sempre tem um monte de gente. Agora, amoooor, amor mesmo, a gente sabe que talvez demore um pouco a acontecer de novo. Enquanto não acontece, bora se beijar, transar, se encantar, se apaixonar. Curtir.

Quer um conselho de tia velha? Se você sente que está amando uma pessoa de forma diferente de tudo que já viveu, não deixa ela escapar não.

Afinal, vai saber quanto tempo leva para se conseguir um novo amor como esse.

Débora - A Separada

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Desabafo de divorciado

Essas três mocinhas aqui se orgulham de ter um blog que não sataniza os homens. Muito pelo contrário, estamos sempre de olho nos diferentes pontos de vista. Nessa linha, o post de hoje abre espaço para o desabafo de um leitor divorciado, que aqui vamos chamar de Caco. Não, não é um Conte seu Dilema publicado em dia errado. Nosso descasado só quer colocar para fora. E registrar como eles também sofrem num divórcio, da mesma forma que nós.

Tendo se casado aos 18 anos, com uma mulher que se dizia “muito apaixonada”, ele teve com ela dois filhos, hoje com 21 e 18 anos. Segundo Caco, com o passar do tempo ela se mostrou “infantil diante de determinadas situações” e o “chantageava” para conseguir manter o casamento. Na reta final da história dos dois, encerrada há pouco tempo, não existia mais, de acordo com o nosso leitor, itens de primeira necessidade como confiança e sexo. A gota d’água foram alguns desentendimentos de ordem financeira, já que ela “passou a gastar muito” e ele “não estava conseguindo dar conta”.

Decidido o divórcio, ele diz ter lutado com todas as forças para que a separação fosse consensual e não litigiosa, quando o processo demora muito mais e as partes afirmam perante a lei que vai ter briga na hora da partilha dos bens. Mesmo assim, diz ele, para provocar, ela o denunciou usando a Lei Maria da Penha, tendo o acusado de agressão sem que ele fizesse “nada contra ela”. Isso além de espalhar que ele “era gay” e “envenenar” os dois filhos contra o pai.

Agora, Caco “vive sozinho, ainda pagando as dívidas da época do casamento, lutando para refazer a vida”, mas “sem coragem” de se envolver com outra mulher, “muito menos casar”.

No relato enviado a nós, ele citou o blog como uma espécie de fórum de ajuda e troca de ideias entre descasados. Achei ótima a observação dele, a quem me dirijo sinceramente, agora:

Caco querido, faça tudo, mas não abra mão da sua dignidade. Defenda-se na Justiça de qualquer acusação infundada. E lute pelo respeito dos seus filhos. Vai ficar tudo bem. Sempre fica, acredite.

Gente, aquela força para o Caco nos comentários, pode ser? Divorciados do mundo, uni-vos. E solteiros e casados também.

Beijos, beijos, muito amor,

Isabela – A Divorciada

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Entre o monge e o rivotril

Eu estava lá tentando limpar minha mente de pensamentos, prestar atenção na respiração, me acostumar com o silêncio e ignorar a dor nas pernas quando perguntaram: "Quem quiser falar com o monge levanta a mão que daqui a pouco eu chamo vocês". Levantei sem nem mesmo saber o que aquilo significava. Era minha primeira vez em um templo budista. E mais uma das minhas tentativas de encontrar um remédio para a aceleração da minha alma (ou seja lá o que for que é tão acelerado) que não aquele que a gente compra com receita, vulgo tarja preta. Mas pensei: "Já que vim até aqui, vou logo falar com deus em vez do santo". Parecia que o tal monge era uma visita especial, já que tinha até gente de outros estados lá pra conversar com ele.

Só entendi que ele era japonês. Ele entrou no meio da sessão de meditação – enquanto todos miravam de olhos semi-cerrados para seus respectivos metros quadrados de parede – e disse palavras muito bonitas. Falou que meditar não é fácil mesmo, mas que precisamos ter paciência com nós mesmos. "Paciência comigo, paciência comigo...", repeti reiteradamente pra mim mesma.

Bom, já tinha aprendido isso, e que a espinha tinha que ficar ereta, e que deixar os chinelos organizados na beira do colchonete tem um grande significado, e foi que então chamaram os interessados na consulta. Fiquei numa fila um tempão, em silêncio, nem sabia direito o que dizer pro tal monge, só me disseram que era pra fazer uma pergunta. Na verdade, eu não queria perguntar nada, só desabafar. Fiquei lá pensando que bom seria se ele, com apenas um toque, acalmasse meu coração, aquietasse minha mente e me desse noites tranquilas para sempre. Ou que, como no livro “Comer, Rezar, Amar”, ele combinasse um encontro comigo na Indonésia daqui uns anos.

Fui a penúltima. Nem preciso descrevê-lo muito, é só imaginar um daqueles monges que a gente vê na televisão: japonês, magro, velho, vestido com manto alaranjado. Eu disse que era minha primeira vez num lugar como aquele, que não sabia mais o que fazer pra controlar minha ansiedade com a vida e se ele achava que a meditação poderia me ajudar. Só pelo ritmo das frases que soltei, ele já deve ter pensado que meu caso era grave mesmo. E ensinou, com as mais simples das palavras: “Quando comer, comer. Quando dormir, dormir. Quando trabalhar, trabalhar. Quando pensar, pensar. Pensamentos entram e têm que sair, entra e sai, entra e sai”. Ainda tentei retrucar, dizendo que não é assim tão fácil. E ele só repetiu tudo de novo.

Sai de lá pensando no absurdo da vida. A gente precisa passar tanto tempo, aprendendo tanta coisa, pra perceber que faz errado as mais básicas das funções humanas. E conclui que, se eu não reaprender a respirar, comer, pensar e dormir, nada mais vai me trazer felicidade na vida.

Quem se interessou, o templo é esse: http://www.sotozen.org.br


Patrícia, A Solteira

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A melhor coisa do mundo



Eu sei que a gente anunciou, para hoje, o texto de uma amiga minha sobre o primeiro Dia das Mães da vida dela. Acontece que imprevistos acontecem e...não rolou. Pensando em como virar o jogo, me ocorreu de perguntar a ninguém mais ninguém menos que mainha como tinha sido o segundo domingo de maio de 1978 para ela, já em minha companhia.

A resposta? “Não me lembro”. Hahaha!!! Tudo bem, gente, já são mais de 33 anos, é completamente compreensível. O que importa é que a minha pergunta abriu um delicioso baú de memórias familiares na última sexta à noite. E que, na ocasião, eu pude ouvir, mais uma vez, a deliciosa história de que, na madrugada em que nasci, antes de chegar à maternidade, ao passar pela orla de Maceió, Dona Marlúcia foi brindada pelo luar mais lindo da vida dela. Com aquela luz prateada sobre o mar que certamente a inspirou a ser, até hoje, a mãe mais generosa de todas para mim, Felipe e Miguel.

Escutando ela falar desse jeito, tão feliz pela emoção de ter dado a vida a alguém pela primeira vez, me dei conta do quanto é verdadeiro o que as minhas amigas dizem sobre ter filhos. Para todas, é único, especial, a melhor coisa do mundo. Lindo, não?

Obrigada, mainha. Para mim, a melhor coisa do mundo é poder sentir um amor grande como esse que vem de você.

Te amo. Feliz Dia das Mães!!! Para ela e para todos vocês.

Beijos, beijos, much love,

Isabela – A Divorciada

PS: Na foto acima, mainha, eu (num look péssimo, abstraiam, please, abafa esse cabelo que ninguém merece), Felipe e, na barriga, Miguelito.

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Você ainda não tem filhos?

Recebemos esse artigo do Dr. Joji Ueno, que é ginecologista e diretor da Clínica GERA, e achamos o tema pertinente para a véspera do Dia das Mães.

beijos e ótimo sábado

O Trio

“Você ainda não tem filhos?”. Esta é uma pergunta que pode machucar. Ainda mais quando a mulher está com mais de 39 anos de idade e o interlocutor insiste em complementar: “Está esperando o quê?”... Em muitos casos, muitas coisas: um parceiro fixo, uma doadora de óvulos compatível, um bom resultado do espermograma do marido, a biópsia do seu último aborto espontâneo...

“Você ainda não tem filhos?” é uma pergunta simples, mas de difícil resposta para muitas das pacientes com as quais converso, todos os dias. É surpreendente ouvir, por quantas vezes na vida, elas passam por esta posição desconfortável: ter de explicar a um familiar, um amigo ou até mesmo a um estranho o porquê elas não têm filhos.

Muitas prefeririam responder quanto ganham, quantas vezes mantêm relações sexuais por mês ou em quem votaram. Outras já têm respostas prontas: “Estou planejando”, “Ainda não”, “A vida não é justa, nem lógica”, "Um em cada seis casais sofre de infertilidade", “Pessoas irresponsáveis têm filhos, mas as pessoas sensatas, muitas vezes, não”, ....

Tudo para evitar a inevitável pergunta susbseqüente: “Por que não?”, que é ainda muito pior.

Fenômeno mundial

No mundo todo, cerca de 90 milhões de casais estão tentando engravidar, mas cada tratamento tem apenas 20% de chances de sucesso. O fato é que, se você é uma mulher, com bem mais de 30 anos, no imaginário popular, é normal que você tenha filhos. Mais do que normal, esta é “a norma”.

Uma norma que precisa ser revista. Até pouco tempo atrás, não ter filhos era uma ocorrência rara, que, fazia da mulher sem filhos “um objeto de piedade ou desconfiança”.

Mas as coisas mudaram: as mulheres sem filhos são uma minoria importante, que dobrou nos últimos 20 anos. Hoje, uma em cada cinco mulheres britânicas não tem filhos. E segundo as previsões do Office for National Statistics, quase um quarto das mulheres nascidas em 1973 não terá filhos até chegar ao final de sua vida reprodutiva: a idade de 45 anos. No grupo das britânicas mais graduadas, o número é maior: 40% não têm filhos aos 35 anos, e um terço delas nunca terá filhos.

Por aqui, também temos números interessantes também, que nos levarão ao mesmo caminho: a taxa de fecundidade brasileira decresceu da média nacional de 6,3 filhos, em 1960, para 5,8 filhos em 1970, chegando ao patamar de 2,3 filhos, em 2000. A região Sudeste foi a que registrou o menor índice de fecundidade, 2,1 filhos por mulher, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Respostas prontas

Apenas para registro, os motivos que levam uma mulher a não ter filhos são muito complexos e variados: problemas de saúde diversos, instabilidade financeira, falta de parceiro fixo, carreira, câncer, viuvez precoce, um parceiro fixo que não deseja filhos.
É comum entre as pacientes que atendo um ressentimento em relação a “ser uma mulher sem filhos”. Muitas dizem que a sociedade as encara como se “algo estivesse faltando”, “como se elas estivessem perdendo o melhor da vida”, “como se elas fossem um fracasso”... Digo a elas que o olhar de censura ou de reprovação do outro é, porque, no fundo, a infertilidade ainda incomoda e assusta a sociedade.

Assim, qual a melhor resposta quando a questão é: “Você não tem filhos?”. É preciso pensar em algo, pois esta pergunta sempre irá surgir, nos mais diversos lugares e nas mais diversas ocasiões sociais.

Digo a cada uma das minhas pacientes que a melhor resposta é aquela que não a magoa, uma resposta que fale das suas opções e escolhas e que na hora de responder a deixe confortável. Esta resposta pode mudar ao longo dos anos: “Não”, “Meu marido não quer”, “Nós não podemos ter filhos”...

Talvez, nenhuma das respostas mencionadas seja a ideal. Mas, não é preciso se preocupar, pois, com certeza, ninguém é obrigado a falar sobre a contagem de esperma de seu marido ou sobre a sua reserva ovariana, se não desejar fazer isto.

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Não ser mãe por escolha

Oi pessoalzinho!

Hoje começa o nosso "pacote Dia das Mães". Serão três posts seguidos sobre o tema. Começamos hoje com a participação especial da psicóloga Valéria Meirelles, que nos conta sobre sua opção de não ter sido mãe.


Amanhã é dia de um artigo bem interessante sobre a forma como as pessoas questionam as mulheres sobre ter ou não filhos.



Por fim, no domingão, uma amiga da Bela que sempre sonhou ter filhos conta como está sendo seu primeiríssimo dia das mães!



Boa leitura!



beijos do Trio

Ontem conheci por telefone a jornalista Débora, com quem conversei sobre minha paixão profissional atual: Psicologia do Dinheiro. Depois de quase uma hora, falando sobre educação financeira de crianças, ela me perguntou se eu tinha filhos. Respondi que não e pairou no ar em clima de reticências. Calejada que sou no assunto, disse que não tive por escolha e mais uns minutos de conversa, Débora perguntou-me se eu gostaria de escrever para o blog e partilhar minha experiência.

E aqui estou eu, aos 44 anos, dizendo mais publicamente impossível que já aos 20 e poucos anos, diria que aos 25, com três anos de casada, percebi que filhos não seriam para mim. E olhe que me casei sonhando com 3 lindas crianças ao redor de uma mesa na hora do almoço, com aquela algazarra toda. Sim, já sonhei em ter filhos, afinal, sou filha única e queria viver uma história diferente.

Meu casamento foi se mostrando pouco sólido para receber uma criança, embora fosse o sonho de meu ex-marido. E eu, que desde os primeiros anos de faculdade já direcionava meus estudos às crianças, sentia que ali, naquela união, não haveria “ninho” para as minhas. Aos poucos fui me dedicando ao trabalho e à minha carreira. O prazer que sinto nisto tudo é enorme, razão pela qual fui chamada de “workaholic” . E era ali que descobri que queria colocar minha energia.

Quando há pelo menos 15 anos passei a dizer que não queria filhos, ouvi muita bobagem e fui “atacada” socialmente, com palavras e acusações diversas, principalmente por pessoas próximas. Parecia que era proibido não querer ter filhos!

E assim, entre tantas razões, meu primeiro casamento acabou. No pós-divórcio descobri o gosto de se ter liberdade e não ter ninguém dependendo de você emocionalmente. Dediquei-me à profissão, fiz mestrado, mas também desfrutava do tempo livre para mim. Ser chamada de egoísta era comum e fui me acostumando sem ficar chateada ou irada.

Em meu segundo casamento, meu ex- companheiro tinha filhos grandes e, após uma conversa séria, eu optei de uma vez por todas em não ter filhos. Eu havia descoberto o universo motociclístico e das corridas de ruas, viajava, divertia-me muito , tinha minha tão sonhada autonomia e ali, se ainda existia alguma brecha para maternidade, ela se foi. E ponto final.

Por muito tempo me incomodou o fato de ter sido tão simples para mim não querer ter filhos, que até eu duvidava de minha segurança. Tenho uma lista de pequenos fatores que podem ter influenciado esta escolha, a começar pelos casos de consanguinidade na família de meu pai que geraram algumas pessoas limítrofes. Mas as razões são minhas mesmo, de ordem pessoal: não sinto vontade de ser mãe, simples assim. E dei uma “trabalhada” nisto em terapia só para me garantir.

Simone de Beauvoir diz que maternidade não é destino e isto me aliviou. Não é porque tenho um útero que sou obrigada a gerar um filho.

Interessante é que anos atrás, quando dizia às pessoas que não tinha filhos, ficava um silêncio. Aí as mulheres me perguntavam o porquê e não satisfeitas com minha respostas, sugeriam alternativas para uma criança em minha vida, tipo adoção ou inseminação artificial. Algumas vezes fui obrigada a dizer que aquilo que era equívoco e que eu não queria filhos. E a conversa acabava por ali.

Ouvi muito que ficaria sozinha na velhice ( mas quem garante que os filhos iriam cuidar de mim? Tem tantos que não cuidam de seus pais), ouvi que minha vida seria um vazio, enfim, se estivéssemos na época da inquisição, provavelmente eu teria sido queimada na fogueira, na caça às bruxas. No meu consultório ( fui terapeuta infantil durante 16 anos), alguns pais chegaram a questionar meu trabalho pelo fato de não ter filhos. Felizmente nenhum deles tirou a criança do tratamento depois de minha resposta.

Confesso que a única parte que me pegou um pouco foi a minha mãe. E sabem por que? Sou filha única. Ouvi muito, mas muito mesmo, que era uma injustiça não dar pelo menos um netinho à minha mãe, que é daquelas mulheres adoráveis que fazem tricô, crochê e afins para a sobrinhada toda e para quem mais pedir.

Até que um dia, num passado recente, conversamos abertamente sobre isto e o resultado desta conversa veio há uns meses atrás, quando ela me contou que uma nova amiga sua perguntou se eu não tinha filhos e claro, por que. Minha mãe respondeu que meus “filhos” são outros: o trabalho de psicoterapia que faço, o livro que organizei, a nova área de Psicologia do Dinheiro que estou desbravando. E que ela me vê um pouco à frente de meu tempo, com minhas idéias e ideais.

Alívio total, lágrima nos olhos, “dívida” anulada. A minha marca ao planeta eu quero deixar de outro jeito, não necessariamente com um filho, que sei pelas pessoas que conheci ao longo da vida , que é a mais profunda experiência amorosa. Mas também há outros tipos de experiências de amor e abro-me para elas e me comprometo a fazer uma vida criativa.

Numa sociedade em que a tradição ainda se revela por detrás da modernidade, temos que aprender a manter nossa coerência e construir novas histórias, a partir de um referencial próprio. Busco sempre novas atividades, detesto rotina e tenho pessoas maravilhosas ao meu lado.

Aprendi que não há uma vida ideal, mas uma vida possível. A minha é esta: possível dentro de meus desejos, valores e princípios, que busco renovar a cada dia, com o amor dedicado a mim mesma e a todos que me cercam, pois cada pessoa gera um tipo de vida, que não necessariamente tem que ser um ser humano vindo de suas entranhas.

Valéria

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Seu dilema: separo?

Sou casada há três anos, mas estamos juntos há seis. Sempre fui muito apaixonada por ele , ou pelo menos, era. Sinto que a relação se desgastou muito, não tenho mais vontade de ficar ao lado dele, de construir um futuro, não suporto mais as pequenas manias, as bebedeiras...

Minha vontade é realizar os sonhos que deixei de lado com o casamento, sair pra badalar , fazer o que quiser sem ter que dar satisfações . Mas ao mesmo tempo não consigo pensar em sexo com outra pessoa.

Será que devo me separar ?

Obrigada e parabéns pelo lindo trabalho!

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Se enamora

Eu estava escrevendo um post sobre amor quando recebi esse presente de uma amiga: a minha música preferida da infância foi regravada pela doce Tié e só eu que não sabia disso? Que puxa! Ficou ainda mais linda com essa carinha adulta, mas ainda com aquela pegada de romance adolescente. Dica: leiam o post ouvindo a trilha sonora. É a expressão perfeita do primeiro amor. Aquele platônico, ingênuo, onírico. Aquele que faz a gente querer ir para a escola até em dia de chuva, com gripe, em dia de prova de matemática. Lembram? Esse amor é aquele que muitas vezes nem vira bitoquinha e mãozinha dada, mas que fica marcado para sempre por ser aquele que fez a menina se dar conta de que sente uma coisa de gente mais velha, de que está começando a entrar em um novo mundo.

O curioso é que o outro post que eu estava escrevendo (só semana que vem, aguardem!), também musical, eu falo sobre como é difícil achar um amor de verdade. Ouvindo essa música da infância, eu me lembrei de como era gostoso esse tempo em que tudo parecia ser um grande amor.

A gente cresce, muda a perspectiva, mudam as trilhas sonoras. Só que esse gostinho do começo da adolescência fica guardadinho no peito. Que bom.

Bom dia!

Débora - A Separada

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Meu garoto de programa

Prontos para o texto de hoje? Escrito pela minha amiga Kate (nome fictício em homenagem à princesa, hahaha!!!), traz um tema nunca antes abordado na história deste bloguinho. Fiquem com ela.

Beijão, Kate. Obrigada pelo texto, escreva sempre.

Isabela – A Divorciada

Era uma baladinha de um sábado qualquer. Eu tinha terminado um relacionamento - para o qual acabei voltando depois - e fui voar as tranças com uma amiga na noite. A minha amiga, que era de fora da cidade, estava toda animada com o fuzuê, mas para mim o local, de música popular, não era novidade. Eu estava em uma mesinha, sozinha, quando o moço se aproximou. Ele era bonito, mas não bonitão. Um pouco reforçadinho, do jeito que eu acho bonito, bem vestido, mas discreto. Era de jeito até bem simplório.

Ele sentou na minha frente, começamos a conversar, eu estava mais na época de chorar as mágoas e falar da vida do que de arrumar gatinho novo. Acho que ele gostou do meu jeito assim, cheio de blá, blá, blá, meio professora. E aí, entre um assunto e outro, ele entendendo que íamos ficar juntos (eu sem essa certeza), me contou que tinha sido prostituto. E explicou: “estou te contando porque se a gente namorar e alguma senhora me cumprimentar em um restaurante, você vai saber do que se trata”. Fiquei surpresa com a sinceridade do moço. Ele me contou também que tinha parado de fazer programas e que com o dinheiro que tinha juntado com a prostituição – uns R$ 30 mil - comprado um pequeno negócio.

Eu acho que se eu tivesse me apaixonado por ele ou achado que tínhamos coisas em comum, não teria deixado de namorá-lo pelo fato de ter sido prostituto. Mas esse foi um dos fatos da vida (outros vieram naquela fase) que me ensinaram que os homens têm o coração igual ao das mulheres, ou pelo menos muito parecido. Ele me falou sem problemas de como tinha vivido, aparentemente ele próprio não tinha problemas com aquilo. Mas conversamos algumas vezes mais, saímos uma vez, demos alguns beijos e notei que ele tinha mágoas muito profundas no coração por ter feito sexo por dinheiro com mulheres que não amava ou curtia. Essas mágoas no coração também não teriam me afastado dele. Não sei nem porque não saímos mais, falamos algumas vezes na internet ainda e simplesmente a coisa não foi para frente. Lembro dele como um homem bom, mas triste e magoado. Acho que prostitutos são, neste nosso mundo machista, menos discriminados que prostitutas. Mas no fundo, o peito bate igual, a cabeça funciona bem parecido, as dores de falta de amor, de oportunidade, etc..são as mesmas. Vide "Garoto de Aluguel", do Zé Ramalho. Espero que o moço triste esteja bem e feliz!

Kate

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Beleza progressiva x regressiva

Ouvi estes dias uma teoria que me levou à gargalhada, mas que é a pura verdade. A beleza pode ser progressiva ou regressiva. Às vezes, você conhece uma pessoa e, em um primeiro momento, ela parece perfeita, uma miragem. E a gente até duvida que alguém assim possa estar dando bola pra gente. Só que aos poucos o encanto vai passando. É meio inexplicável, mas geralmente isso acontece porque a pessoa vai se mostrando tão escrota, tem atitudes tão questionáveis, que é como se aquela mágica do começo se desfizesse. E aí você consegue enxergar um (a) ogro (a) em vez de um anjo. E isso vale tanto pra homem como pra mulher.

O contrário também é verdadeiro. Tem aquelas que a gente nem nota a presença, por serem mais tímidas talvez e nem tão perfeitas fisicamente. Mas aos poucos vão se aproximando, conquistando você com atitudes admiráveis. E, de repente, é como ver um sapo se transformar em príncipe. Literalmente, você começa a achar a pessoa bonita. Talvez seja isso que o conto de fadas pretenda ensinar: que a beleza é algo totalmente flexível, mutável e relativo. (Ah, e que um beijo bem dado também pode mudar tudo).

Patrícia - A Solteira

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