A globalização da escova

Aconteceu com o meu cabeleireiro, um fofo chamado Fernando. Em viagem ao Ceará com a família, de carro, ele conheceu, numa parada na estrada, um caminhoneiro cearense. Conversa vai, conversa vem, ele contou que tinha um salão de beleza em São Paulo. E ouviu: "Mas rapaz, taí um negócio globalizado esse de salões de beleza". Ao querer saber mais sobre aquela teoria, ele escutou: "Você veja a minha mulher. Toda sexta-feira, quando eu chegava em casa, ela se recusava a sair comigo porque não tinha arrumado o cabelo. E eu tinha que beber por lá mesmo. Agora, quando viajo, já deixo com ela o dinheiro da escova, para garantir a nossa saída. Muito globalizado esse negócio de cabeleireiro".


Muitos pontos para esse caminhoneiro: além de valorizar a companhia da mulher, ele ainda dá força para que ela se produza se isso a faz feliz. Uma postura que merecia ser globalizada também.


Bom fim de semana, gente. Com ou sem escova no cabelo, hahaha!!!!


Beijos,


Isabela - A Divorciada

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Trintonas que me inspiram

Aos 16 anos ela ficou grávida. Para o pânico dos meus avós e para vergonha da família da cidade pequena. O ano era 1987. Eu tinha oito anos. Não me lembro de muita coisa. Só do casamento dela com um daqueles vestidões bufantes típicos dos anos 80. E de que depois da menina, veio o menino. Em seguida, ela se separou. Imagine que coisa feia, nem vinte anos ela tinha e, já separada, carregava duas crianças pequenas. Pois essa mulher, minha tia, completa hoje 39 anos e uma história que tanto admiro.

Para dar conta do recado, trabalhou em tudo que ela conseguiu até prestar um concurso público. Está na mesma empresa há mais de quinze anos e, recentemente, para poder ter um cargo melhor, decidiu fazer faculdade. Entrou no ensino superior junto dos filhos. Formada no ano passado, anda dizendo que agora vai estudar inglês pois sabe que a empresa vai exportar serviço. Aquariana prática, enxerga longe.

Foi pai e mãe. Um pai bravo e rigoroso. Uma mãe terna e amorosa. Tentou ainda novas investidas com o pai dos filhos, mas sempre ciente de que dali não podia esperar muito. Um belo dia, desistiu. Alguns anos mais tarde ela encontrou um amor suave. Só foi ter sua própria casa quando os filhos já eram adolescentes. Para falar a verdade, a casa só ficou pronta para valer no ano passado. Construção feita ano após ano, tijolo por tijolo. E ainda realizou um sonho de infância – fez uma piscina que é a alegria da família toda.

Foi ela quem me ensinou que a gente pode ter tudo o que quer na vida, desde que tenha paciência e perseverança. Ela é a prova viva de algo que ouvi na semana passada de um entrevistado – de que a vida não é curta como se prega, mas comprida, dá tempo de fazer muita coisa.

Para compensar a educação sexual que não recebeu, fez questão de educar seus filhos para que sejam livres no amor, mas responsáveis. Que assumam suas broncas. O mesmo disse sobre bebidas e sobre trabalho. Sejam livres, independentes, felizes – desde que banquem suas escolhas.

Sou oito anos mais nova que ela. E oito anos mais velha que a filha dela. E sou amiga e fã das duas.

Tia Claudia, ou tia “Curudinha”, você é uma das minhas trintonas preferidas. Ao menos até o ano que vem.

Parabéns e muitos beijos!

Deburinha – A Descasada

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Esperando o homem perfeito


Você já deve ter visto a imagem dessa caveira sentada num banco com o esqueleto de seu cachorrinho. Sim, essa é a mulher que esperava o homem perfeito, morta e não enterrada, mas sempre na esperança de encontrar alguém que caiba no seu sonho. Parece loucura, mas quem não tem uma amiga assim, daquelas sedentas por um amor idealizado e que, justamente por isso, esquecem de viver a vida, se arriscar numa relação real?



Pois esse post é um manifesto a favor do homem imperfeito. E um alerta de que não existe nada pior no mundo do que aqueles parceiros que entram na vida da gente prometendo mundos e fundos, um modelo de vida cor de rosa, um futuro maravilhoso, onde não existem curvas no caminho. Aprendi a amar e querer a companhia de quem, como eu, tem mil defeitos no currículo. Que erra e aponta os meus erros, mas, acima de tudo, quer acertar. O que pergunta “como podemos melhorar isso juntos?” e segue em frente ao meu lado.


Por essas e outras, assino embaixo na tese da escritora Lori Gottlieb, autora de um livro recém-lançado chamado Marry Him! The case for settling for Mr. Good Enough ("Case com ele – Porque casar com o Sr. Bom o suficiente" em inglês). Segundo Lori, se até os 30 você não tiver nenhum príncipe em vista, é melhor casar com um sapinho simpático. Não ser tão exigente.


Todas nós crescemos moldadas pelo mito do final feliz dos contos de fadas, sabendo todas as histórias de cor. Mas custa dar uma chance para o imperfeito? Tirar o sapatinho de cristal de uma vez por todas? Bem do lado, pode haver um homem de verdade disposto a pôr os pés no chão com você.


Isabela – A Divorciada


PS: Taí, Guarda Belo, escrevi. Beijos, beijos, todos os beijos procê.

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Ah, essa tal blogosfera...


Nunca soube se ter blog prestava. Até que tive um, dois, trêsxtrinta e vi que presta sim. Nunca soube se fazer amigos virtuais prestava. Até que conheci Lalá, minha doce amiga salgada que virou “best” só nas trocas de e-mails. A conexão foi tanta e tão imediata que eu simplesmente acabo de voltar de uma semana de férias em Natal, onde minha amiga bichinha vive. Já posso sair por aí dizendo que além de ter dado entrevistas chiquérrimas por causa do blog, o 3x30 me levou longe!

Não bastasse a mala aqui aportar em terras potiguares, ainda levei junto minha inseparável bagagem de mão, A Prima.

Juntas, nós três curtimos cada segundo da viagem. Cachaçamos nas baladas mais divertidas da cidade e...cachaçamos nas praias mais lindas. E cachaçamos inclusive porque ficamos passadas com os valores das bebidas. Quando nos demos conta de que uma caipirosca custa, em media, R$ 6 por lá, não vimos razão para não beber!

Mas nem só de cachaça foi feita nossa trip. Muita conversa da boa, amigas bacanas da amiga, muitos bichiiiiinhos, praias espetaculares, muita carne seca e macaxeira e o carinho de gente que nunca tinha visto a gente.

Por tudo isso e muito mais, fica aqui o meu muito obrigada aos melhores anfitriões do mundo, Lalá e Lelé, e também a esse maravilhoso mundo dos blogs, que proporciona esses encontros incríveis.

Débora – A Descasada

ps: na foto, um dos momentos cachaceiros do trio

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Denuncie um mentiroso

Já caiu na lábia de algum mentiroso? Daqueles profissionais na arte de inventar truques? Pois pode contar a sua história: um jornal paulista procura mulheres que morem na capital e no interior para entrevista numa reportagem sobre homens que mentem.

Ficou interessada? É só escrever para a gente até amanhã: 3xtrinta@gmail.com

Isabela - A Divorciada

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Por que os homens viram bebês quando adoecem?


Há alguns dias, almoçando com uma amiga querida e super bem casada com um homem fofo, daqueles que podem ser finalistas de qualquer concurso de marido mais adorável do mundo, comentei que não conseguia imaginá-los brigando, de tão zen que eles eram. Eis a resposta: "Imagina, brigamos essa semana. Ele estava doente e muito chato. Ficava na cama, reclamando. Eu ia lá e oferecia remédio, comida, tudo. Ele não queria nada, mas, bastava eu sair do quarto para ele me chamar e pedir alguma coisa, reclamando que eu não cuidava dele". Gente, eu já vi esse filme. Eu e a torcida do Flamengo, né? Fiquei pensando no assunto. Se até o marido da minha amiga, que eu considero um anjo, se transforma num chorão quando o corpo padece, imagine os outros. Afinal, por que os homens viram bebês quando adoecem?

O primeiro homem muito causador cujo comportamento diante das doenças me chamou a atenção foi meu irmão mais velho, o intrépito videoartista Felipe Barros. Desde a infância, uma injeção era motivo para um motim. Uma febre, o fim dos tempos. Até hoje, se ataca aquela dor de dente, pode esquecer: você só poderá fazer outra coisa da vida quando o incômodo dele passar. Até lá, aguente o escândalo. Meu outro irmão, o lindo Miguel Barros, e meu pai, aquele santo, não exageram tanto nas tintas, mas fazem sim aquela manha básica em casos de gripe e dor de barriga, por exemplo. Tentam chamar a atenção e até embargam um pouquinho a voz ao explicar como estão se sentindo fracos.

Para muitos homens, estar doente não é simplesmente baquear, é se tornar a pessoa mais enferma do mundo. A mais debilitada, aquela que mais terá dificuldades para se recompor. Por que isso acontece? Ajudem-me amigas leitoras psicólogas, sociólogas e estudiosas do comportamento humano (Andarilho, estou curiosa para ler as suas observações também). E me digam se o meu palpite está certo: acho que eles aproveitam esses momentos de fraqueza para pedir colo, para terem o direito de baixar a guarda, sem a obrigação de ser de ferro ao menos por alguns dias. Por isso, fazem a festa na condição de doentinhos.


Tudo bem, meninos. A gente não se incomoda de dar amor e carinho quando vocês mais precisarem. Agora, se der, sejam menos chatinhos da próxima vez.


Isabela - A Divorciada

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Já vestiu seus óculos 3D?

Naquele dia fez um sol de rachar e o trabalho foi fora do endereço de costume. De volta à civilização, o lado caxias chamava para umas horas extras no escritório. Ainda bem que os pés não obedeceram. Seguiram direto para a bilheteria do cinema, sessão das 20h40 de "Avatar". E ainda deu tempo de ir em casa para tomar um banho antes da sessão.

Logo na chegada, o passaporte para outro mundo: os óculos 3D. Acho que foi o primeiro filme assim que assisti. Pois não me lembro de usar coisa tão desconfortável e ridícula. Meu Deus, será que o Giorgio Armani ou o Ralph Lauren nunca pensaram neste filão? Antes de me sentir uma completa idiota, olhei para o lado e vi um casal, cada um com o seu oclinhos. Mais uma virada de cabeça, e uma família inteira, cada um de posse do seu. Todos estavam vestindo seus óculos, mesmo com as luzes acesas ainda. Tá bom, vamos nessa.

Antes do filme começar, todod os trailers também eram em 3D. Que divertido ver o Johnny Depp nesta perspectiva inédita, no novo filme sobre "Alice no país das maravilhas". Sabiam que vai ter um "Shrek" inédito em 3D? Eu não vou perder a chance de vestir os tais óculos de novo.

No final, aquele bode que dá quando um filme que você curtiu termina ficou mais claro. Os óculos 3D concretizam esta sensação. Críticas de cinema à parte, as três horas de "Avatar" passaram voando. E permaneceu uma ideia na cabeça: fora da sala de cinema, também podemos lançar mão dos nossos óculos de efeitos especiais. Dependendo da lente, uma situação cria novas perspectivas, revela outras que não percebemos num primeiro instante, ou esconde as que não queremos enxergar, apesar de tão óbvias.

Saindo do cinema, depois de tanto tempo com aquela engenhoca na vista, tudo ficou esquisito. Parece a mesma história quando enxergamos algo com os olhos da realidade, de forma nua e crua, depois de um tempo vivenciando uma situação complemente única, diferente - seja boa ou ruim. Foi preciso se segurar nas paredes um tempo, prestar atenção no caminho, dar um passo de cada vez, até recobrar o equilíbrio.

Um blockbuster também tem lá as suas metáforas fora do cinema....

Giovana - A Solteira

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O que é um homem bom de cama para você?

Da série “diálogos que merecem ser registrados”

SEXagenário – Meninas, o que é um homem bom de cama para vocês?
Menina de 30 nº 1 - Ah, homem bom de cama é aquele que me faz delirar...que me faz sair do plano da realidade, que me faz crer que, por instantes, eu não estou no meu corpo...
SEXagenário – Muito vago.
Menina de 30 nº 1- ...que me faz ir à lua, às nuvens, ao céu. Que me faz ver estrelas!
SEXagenário – Muito esotérico! E para você, o que é um homem bom de cama?
Menina de 30 nº 2 – Pau grande.
SEXagenário – Viu? Entendeu? Ela sim é objetiva.
Menina de 30 nº 1 - ...

Débora – A Descasada

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O cara da camisa estampada

Ela não deu a mínima quando, ao mostrar as fotos da viagem para a África do Sul, a amiga falou: "esse cara tem tudo a ver com você". Debochada, ainda tirou onda: "já me apaixonei pela camisa. Linda, né? Hahahaha!!!". Eu vi a imagem e concordei, era uma peça feia mesmo, colorida demais, daquelas que não servem nem para usar no Carnaval. A questão é que o tempo passou. E o cara da camisa estampada, um suíço chamado Sílvio, veio conhecer o Brasil. Não demorou muito para eles ficarem juntos, num romance que começou em São Paulo e.....terminou na Suíça, onde ambos, agora casados, vivem.


Divergências fashion à parte, foi ele quem deu à minha querida o filho que ela sempre quis: um gatão chamado Gabriel. Como qualquer casal, eles têm lá as suas divergências. Mas, acima de tudo, querem muito ficar juntos.


Moral da história: quando alguma amiga te mostrar uma foto de um homem dizendo que ele é o seu número, não desdenhe de algum deslize no figurino. Quem garante que você não vai casar com ele um dia?


Beijos, Eri. Saudades!!!!!


Isabela - A Divorciada

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Quase bom

Aquilo que tinha tudo para arrebentar, porém virou mais um papel na ventania. Com um efeito de um tomara-que-caia de corte impecável, aniquilado pela marquinha cafona do biquíni, o quase bom vive nos espreitando. O chiclete gostoso de sabor rápido, o cafezinho perfeito que ficou morno, o cara que só te chama para almoçar, a viagem já feita na cabeça com riqueza de detalhes, mas que foi adiada. Aquela tentativa deixada de lado quando ainda era só uma ideia.

O quase bom é um fracasso retumbante. O sapo engolido em seco antes da ousadia se instalar. O passo em falso cheio de vontade e que não aconteceu. Melhor ser muito ruim para não cair no esquecimento, então? Ou falar o que todos querem ouvir para ter cinco minutinhos de fama e elogios para massagear o ego. O discurso pronto vira fumaça e, lá vem de novo, o quase bom. O mediano, que todos sabem como é e o que reserva pela frente. Só que não cansa, vira mantra. Reverbera no rol das obviedades.

A situação indefinida, mantida por apego e nada mais. A relativização do que está na cara, tanto para o bem, quanto para o mal. O quase bom adora "depende", "talvez", precisa e necessita de tempo. Tempo para adiar mais uma decisão que, quase nunca, vem de fato.

O quase bom cansa rápido daquilo que é inseguro, foge sob a máscara do tédio. Se fica, não dá um passo adiante e senta no problema. Vive na espiral, não se prende à nada. Não gosta, nem desgosta. Quase bom é tão chato...

Esse tal de quase bom tem uma queda pelo papo cabeça, que nada diz, nem desdiz. Nega tudo que gostaria que os outros vissem nele. Adora ter personalidade calcada em adjetivos, não na própria vontade. Se há uma linha traçada no chão, ele pára e fica olhando. Decidir? Não vai dar, depende, é relativo. Ora, mas escolher é tão mais divertido.

Giovana - A Solteira

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O que um bom peão sabe fazer

Depois da aventura óooooooootema da Debs com um homem do campo (não viu? Leia no post abaixo), trago para vocês a história de uma amiga muito querida, uma pernambucana que aqui vamos chamar de Melissa Loss. Uma história que eu adoro ouvi-la contar. Uma relato de encantamento e tesão, uma experiência pela qual toda mulher merece passar um dia. Para guardar boas memórias, para dividir com as amigas, para ter certeza de que viveu intensamente. Com vocês, Melissa e seu peão. Super obrigada pelo texto, amiga, arrasou. Saudades!!!!


Beijo grande,

Isabela - A Divorciada



Sabe uma daquelas fases em que a solterice bate forte e você não ouve nem psiu na rua? Kkkkkkkk!!!! Pois é, tava me sentindo assim. Além disso, naquela época, tava saindo de uma empresa na qual amava trabalhar, andava um tanto saudosa.Nesse clima de despedida, fui convidada para a confraternização do antigo trabalho, afinal, fazer amigos é o meu talento. Nesse clima nostálgico, seguimos num ônibus não lá muito novo, numa aventura a uma fazenda modelo no interior de Pernambuco.Entre músicas desafinadas de letras incompletas e aquela farofinha de jovens em festa, chegamos à Fazenda Boa Luz. Nossa, que lugar lindo!! Parecia coisa de filme, tantos cavalos de raça, bois reprodutores e um banquete à nossa espera.


Como boa amante da vida rural, resolvi fazer o reconhecimento daquele paraíso. Eu e minha amiga Anita fomos ao estábulo, queríamos conhecer os cavalos que custavam mais caro do que toda herança dos nossos pais, os famosos garanhões reprodutores.Curiosas, invadimos o estábulo sem pedir licença, afinal, éramos convidadas.Mas, para minha surpresa e de Anita, nos deparamos com um Deus, ops gato, não, calma, ficamos nervosas! Quem era aquele lindo rapaz, alto, moreno claro, olhos expressivos e braços tão definidos? Ficamos naquele misto de falta de ar, vontade de correr e de ficar, até que o bonitão quebrou o transe com um simples comentário: "Quer alisar o cavalo?" Timidamente, quase sem sem voz, disse que sim, afinal de contas, cavalos sempre foram a minha paixão. Naquele momento, achei que quem cuidava deles também poderia se transformar em algo parecido.Passamos a confraternização literalmente no estábulo, viramos as melhores alunas do mundo equino. O belo peão entendia mesmo do negócio, nos ensinou todas as raças, valores e, o mais chocante para nossas cabeças urbanas, nos levou para ver os cavalos cruzando com éguas de madeira só para fazer inseminação artificial.Kkkkkkkkk!!!! Ficamos chocadas, mas ele encarava tudo com normalidade, inclusive a nossa presença.


Enquanto meu coração palpitava a mil por hora, achava que ele, naquela postura tão séria, não tava nem aí pra mim. Terminado o show dos cavalinhos, aquele lindo homem montou o cavalo, com aquele chapéu de filme, camisa levemente aberta, mostrando um fisico pra lá de másculo e foi embora, deixando meu pobre coração em pedaços. Depois de acordar do sonho, voltei para a festa, lembrando que eu não havia comido nada além de cultura equina, kkkkkkkkkkkk!!! A noite chegou rápido e, além da música, ouvia muitos sapos, pena que nenhum virava peão-príncipe, rsrsrsrs!!!


Já querendo ir embora, vejo novamente o meu peão. Ele entrou na festa lindo, sem chapéu, cabelos ainda molhados, roupa bonita e com um perfume que mudou rapidinho minha vontade de ir para casa.Não sei o que deu no homem sério da tarde: ele não parava de me olhar. Na hora, me senti um vidro quebrando em mil pedaços, quanta atitude!!!! Naquela troca de olhares e sorrisos tímidos, Anita me chama para acompanha-la ao banheiro (ai que vontade de mata-la, rsrsrsrs!!!). Quando demos alguns passos em direção ao local, que era escuro, fomos surpreendidas no caminho por uma figura masculina: meu peão foi nos defender dos sapos cururus.Assim que Anita entrou no WC, fui agarrada. Atitude total, nem deu pra pensar e ele já tava me cheirando, me senti uma flor do campo.Fomos em direção ao rio... Nesse momento, esqueci totalmente da Anita e me entreguei ao meu gato.Parecíamos os únicos habitantes do planeta, parecia que precisava do cheiro, da saliva e da voz daquele homem pra sobreviver. Foram beijos quentes, toques sedutores, carinhos de paixão. Meu coração batia tão forte que fazia sinfonia com todos os barulhos da noite. Foi uma das melhores experiências da minha vida. Não teve sexo, só desejo, dois corpos que se buscavam, a menina da cidade conhecendo o lado bom do campo. E, claro, provando o que um bom peão sabe fazer.


Melissa Loss - A Encantadora de Peões

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O peão e a dona onça

Ele até que era bonitinho. O diacho é que eu não entendia lhufas do que dizia. Um pouco por causa da bebida e um pouco por causa do sotaque. Tinha estacionado a égua do lado de fora do bar. Começou a chover e ele ficou com pena da égua. Foi estacionar a égua na garagem da casa dele e, meia hora depois, voltou todo cheirosinho, cabelo penteado. E bêbado que dava pena. Foram tirar uma foto nossa e o peão não se fez de rogado. Puxou minha cabeça de jeito e meteu um beijo na minha boca. A digital registrou minha cara de desespero. Peão atrevido, sô! Aí eu pensei cá-cos-meus-botões: eu sou solteira, ele é bonitinho. E tá cheiroso. E beijei o moço de volta. Rapaz, que beijação. O cara não largava mais. E entrou numas de me morder. Mordia meu lábio inferior, superior, a bochecha. Quando mordeu meu ombro, eu empurrei o peão e disse: alto lá, mocinho, quer parar de morder?

Fiquei me perguntando: se eu resolver dar uma voltinha com ele, terei que ir na garupa da égua? Acho que sou meio urbana demais para essa aventura. Comecei a pegar bode do peão mordedor e fugi. Roubei a onça de plástico da menina da mesa ao lado e saí com ela no colo. Me escondendo atrás da onça. Muito discreta eu, com aquela onça amarela, gigante, nos braços. O peão tava tão torto que por uns instantes se desligou do mundo. Mas foi só sair do bar e ver aquela onça ambulante que veio que veio firme na minha direção. Me laçou com os braços como quem laça uma égua e me derrubou na calçada da praça. E começou a mordeção. Eu abraçava a onça, ele me abraçava e eu berrava: socorro! Socorro! As pessoas passavam e só davam risada. E o peão breaco então me perguntando: Por que ocê beijou eu e agora não quer mais beijar?

Boa pergunta. Por que às vezes a gente insiste numa coisa que sabe que num vai dar muito certo?

Me esquivei do peão, saí correndo com a onça nos braços, puxei minha amiga e fugimos no nosso cavalo metálico da marca Volkswagen.

Débora - A Descasada

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Turnê caipira


Passei a última semana rodando o interior de São Paulo e o sul e Minas. A primeira etapa foi a trabalho. A segunda, puro lazer. Nos dois momentos, no entanto, estive na companhia da minha comadre Claudia. Nesses mais de mil quilômetros rodados, passamos dias muito gostosos e conhecemos pessoas que certamente nos marcarão, como a dona Ignez, senhora de 79 anos que nos ensinou muito sobre a vida durante a entrevista que fizemos com ela. E mais ainda na mesa do bar – sim, ela até bebeu chopp com a gente! E como a Taís e o Caetano, também grandes fontes e parceiros de cerveja.

Juntas, conhecemos o famoso rio de Piracicaba que de fato joga água para fora e tiramos fotos e fotos do nosso tour que incluiu ainda Araras e São Carlos. Foi certamente um dos melhores trabalhos que já fizemos. Por fim, fechamos nossa semana em São Pedro da União, micro-cidade do sul de Minas onde ela nasceu. Lá encontramos Sofie, a filha dela e minha afilhada, e requebramos muito na festa de 15 anos da prima dela.

Divido tudo isso com vocês porque em março a comadre e a afilhada partem para uma turnê mais ousada: vão passar um ano na Itália. E eu vou morrer de saudade delas. A Claudia é uma das melhores amigas que eu tenho. A conheci em 2002, quando trabalhei no Diário do Comércio – aliás, foi lá também que conheci a Bela Divorciada. O que mais gosto na comadre é sua tranquilidade constante e se destemor em relação à vida. Sobreviveu a um acidente de carro, já enfrentou um tumor, perdeu o pai, o marido, saiu de uma cidade microscópica para ser jornalista na cidade superlativa e cria uma filha – linda, por sinal – da maneira mais amorosa e desprendida que eu já vi. E agora parte com a pequena rumo a uma grande aventura. Sou muito fã da Claudia e apaixonada pela Sofia.

Meninas, vou morrer de saudade de vocês! E quem sabe não consigo dar um pulo em Roma para bebermos, dançarmos, brincarmos e cantarmos juntas? Exatamente como fizemos nessa última semana.

Desde já, buon viaggio!!

Débora - A Descasada

ps: na foto, eu estou pulando no colo dela para ver se ela me leva junto!

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300 seguidores!!!!

Yes, nós temos 300 seguidores!!!!!! E estamos muito felizes com isso. Obrigada, gente. Vocês são os melhores leitores que nós poderíamos ter. Saibam que a gente comemora cada carinha nova que aparece aqui no canto esquerdo da tela. E passa o dia de olho no blog, à espera dos comentários de vocês.


Teremos novidades para breve, viu? 2010 promete. E, como sempre, para e-mails, sugestões de posts, histórias e babados, é só escrever: 3xtrinta@gmail.com


Much love, obrigada, beijos e ótima semana para todo mundo,

O Trio

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Sexto sentido com a cabeça deles

Bobas são as mocinhas que adotam o pior do universo masculino. Aquela praticidade rascante, a atitude agressiva de quem acha que pode tudo, reafirmando através de frases e ações uma auto-estima que deve viver lá no pé.

Tem também outro triste exemplo de leitura equivocada, a das que resumem os moços a pintos ambulantes, como se isso fosse uma grande revolução. Nestes casos, melhor abrir uma borracharia, pois não há salto alto, roupa cara, perfume bom e toneladas de charme óbvio que disfarcem o estrago já feito na personalidade destas donzelas, como diz um amigo meu, "trabalhadas no erro".

Porque não adicionar ao nosso sexto sentido, a maior habilidade social do macho em relação às mulheres. Você nunca teve a sensação de ser um dos nomes no páreo? Nunca, nunquinha? Se a resposta for não, querida, você só saiu com gênios nessa habilidade. Como os geniais neste quesito não são a maioria, melhor parar de se enganar.

Sim, muito deles sabem administrar a agenda. Porque não fazer o mesmo? Olhar de forma clara e objetiva onde estão as suas maiores e melhores chances, quando e onde investir melhor. E tentar. Não deu certo, passe a caneta em cima do nome, risque do caderninho. Parece meio frio né? Mas isso poderá lhe poupar um tempo precioso. Até para decidir que, por enquanto, o que anda aparecendo não é interessante o suficiente.

O que há de errado? Às vezes, umas histórias adquirem um sabor de que as pessoas envolvidas gostam de passar perrengue na vida afetiva. Elas sofrem e estão curtindo, embora não admitam. Depositam todo o resultado da situação pelo próprio fato de estar no olho do furacão. O centro da tormenta atrapalha a visão, é verdade. Só que uma hora é necessário se projetar para fora desse lugar e ver sob outra perspectiva. O coração pode estar partido e não deve impedir a decisão de pular fora.

Saiu da tempestade, então toca a bola pra frente. Olha a sua listinha, repense no que anda aparecendo e distribua o seu charme de forma inteligente por aí. Uma hora o radar vai avisar que tem alguém interessante no pedaço.

Giovana - A Solteira

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Aqui se faz, aqui se paga

Essa é uma história real, que me foi contada por uma leitora do blog essa semana. Aos fatos: Mônica era casada com Paulo, que a traiu com Kelly (nomes fictícios). Até aí, fazer o que? Faz parte da vida, as pessoas podem se conhecer e se apaixonar, acontece com qualquer um, não tenho o direito de julgar.


A questão é que, nesse episódio, além da traição em si, Kelly fez questão de tornar as coisas mais pesadas para Mônica, pisar, magoar. Exemplo: em sua página no Orkut, ela colocou vários textinhos provocativos, como “se casamento fosse bom, não precisava de padre, testemunha e juiz” ou “adoro homens casados”. Me digam, ela precisava fazer isso? Não bastava ter ficado com o cara, que aliás se separou de Mônica e começou a namorar com ela? Pra que tripudiar?


Pois bem, o tempo passou e, um belo dia, Paulo traiu Kelly. Com direito a engravidar a outra mulher. Muito trash, né? Provou do próprio veneno, só que com uma dose maior de amargura. Espero que tenha aprendido. Ela e Paulo, que por sua vez vai ter que segurar a barra de ter um filho com alguém que ele mal conhece.


Definitivamente, aqui se faz, aqui se paga.


Isabela – A Divorciada

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Velhas novidades no zoo da TV

Tem razão quem diz que o Big Brother Brasil é mesmo um zoológico humano. Há jaula, ração, atividades e um esforço danado dos tratadores - digo, produtores - em proporcionar um ambiente idílico, com as provações típicas de um cativeiro. E, como não podia deixar de ser, todos os participantes (animais?) são devidamente monitorados 24 horas por dia pelos funcionários do tal zoológico, e por nós, o curioso e respeitável público.

Até a última segunda, gostava de acreditar que a expressão "zoológico humano" era mais metafórica que qualquer outra coisa. Isso até assistir, de queixo caído, a mais nova invenção dos criativos produtores: dividir os participantes em times, cada um, com um nome específico, que tem a pretensão de expressar o estilo e personalidade dos participantes.

Há os "belos", "ligados", "cabeças", "coloridos", entre outras classificações. Ou seja, mais que um zoológico, o reality show resumiu as criaturas participantes a um catálogo humano de rápido acesso para a massa. Com quem você se identifica mais?

Do lado de cá das grades, ou da telinha, fico imaginando como se chegou nestes nomes....

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...bora chamar de Coloridos porque lembra arco-íris, símbolo dos GLS, quiosque em frente ao Copacabana Palace, sabe?....Ah, pra aquele pessoal mais sarado vamos chamar de belos, bonitos, são os gostosos sem muita caraminhola no cérebro....E aqueles ali que não sabemos definir direito?....aham...vamos chamar de ligados, é, ligados, tipo, modernos....e aqueles outros ali, meio malas intelectualóides, cineasta atormentado, vamos botar logo o nome de cabeças porque não ocorre outra coisa....

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Gente, acabou a angústia e a vergonha alheia. É o mesmo exercício de olhar para o leão, privado de tudo, e ver só a etiqueta do lado de fora da jaula. Tá lá: Panthera leo. Pronto, o serviço está completo, tudo esquematizado. Daqui em diante, vamos ver, será com os participantes. Quem vai ter a coragem de se revelar um "belo" "cabeça"? Ou um "cabeça" "colorido"? Será que pode? Afinal, todo o mundo vestiu a camiseta do rótulo que lhe foi entregue. Cada estigma tem seus símbolos e invejar a grama do vizinho, sempre mais verde, pode bagunçar o roteiro perfeito.

E aí, sabe Deus se por vias tortas ou não, o reality show mostra a sua face mais crua. Vestir a camiseta do rótulo acontece o tempo todo na selva de verdade. Viram só como é fácil fazer isso? O cara te dá uma camiseta com um nome que categoriza a sua personalidade, a partir de uma opinião que pode não ser a mesma que a sua. Geralmente, não é.

E a pessoa faz o quê? Veste e assume. E pior: aqui deste lado, a criatura nem concorre a 1 milhão de reais para se prestar a este tipo de coisa. Afinal de contas, são 1 milhão de reais não é mesmo? O que custa vestir uma camiseta para facilitar a vida de pessoas que jamais esses participantes irão conhecer e, independente disso, querem agradar tanto?

Claro que na selva do mundo real tem aqueles que fazem isso de caso pensado, e sempre por sobrevivência. Vestir a camiseta do rótulo serve bem como estratégia de camuflagem, basta ser só um pouquinho inteligente.

Voltando ao jogo com pote de ouro no final, indefinido mesmo é sempre o estado civil dessa rapaziada. O que dá de casado que diz ser solteiro, de casada que abre as asinhas livre, leve e solta; isso é o que não falta. Neste aspecto, ninguém é de ninguém naquela casa. Façam as suas apostas.

Giovana - A Solteira

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O que os homens pensam na hora do sexo

Esses dias, uma amiga me mandou o link de uma matéria interessante publicada no UOL Estilo sob o título “O que os homens pensam na hora do sexo”. O texto é da jornalista Renata Rode. A reportagem ouviu homens e especialistas na tentativa de descobrir o que se passa na cabeça deles na hora H. Curiosos para saber qual preocupação masculina número um na cama? Não brochar e apresentar um desempenho digno de nota para a parceira. Se esse pensamento pudesse ser expresso por uma frase, na opinião dos entrevistados da repórter, ela seria “Super pênis: esteja duro, grande e forte o tempo todo”. Nada mal, né?


OK, OK, a gente não quer que os nossos parceiros se sintam forçados a agir como homens de ferro na horizontal, mas é ótimo que eles sejam gentis e pensem em nós em primeiro lugar. Lembro da história da mãe de uma amigona, uma senhora de mais de 75 anos, que comemorou quando o marido encerrou suas atividades sexuais por motivos de idade. Para ela, aquilo era um fardo. E esse companheiro, certamente, não deve ter lá se preocupado muito em agradá-la entre quatro paredes.


Por essas e outras, não entendi um outro argumento apresentado ao longo da notícia: “quando os homens respondem que pensam no prazer feminino, estão pensando na felicidade própria”. Mas coitados, eles só devem se preocupar com a gente? Não podem querer se divertir também? Não é melhor quando ambos caem na farra, aliás?

O 3xtrinta defende a felicidade sexual. E acha ótimo que o macho do século 21 se esforce para que, no final, seja muito bom para todo mundo.


Isabela – A Divorciada

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Top Five: músicas para curar um pé na bunda

Curtindo uma dor de cotovelo? Poucos métodos podem ser mais eficientes na hora de aliviar um fora do que ouvir música. Talvez ter as pessoas queridas por perto, ouvindo a gente desabafar as mesmas mágoas pela bilionésima vez. Ou, claro, se apaixonar de novo. Mas, como os amigos precisam fazer outras coisas na vida além de cuidar da gente e amor não é fácil de achar, melhor cantar para os males espantar. Aqui, a minha seleção de cinco músicas infalíveis para dar a volta por cima. Algumas são óbvias, outras nem tanto. Palavra de Divorciada, todas funcionam.


A lista:


Lama. Aumente o volume e deixe Maria Bethânia, minha cantora predileta, fazer seu show: Quem foste tu? Quem és tu? Não és nada! Se na vida fui errada, Tu foste errado também. Se eu errei, se pequei, não importa! Se a esta hora estou morta, pra mim, morreste também! ADORO. Não é para lavar a alma de qualquer um?


Adeus, bye bye. Eu amo essa musiquinha da Ivete Sangalo: Quer ir embora vai, adeus bye bye, quando você me quiser, já estarei no Ilê, já não te quero mais. Perfeito, né? Para mim, é uma marchinha de Carnaval dos nossos tempos. Muito fofa.


La vie en rose. Gosto da versão clássica, com a Edith Piaf, e de uma atual, com a Madeleine Peyroux. Eu não sei vocês, mas eu tenho loucura para conhecer a França. E, como separações são momentos propícios para a gente pensar só nas próprias vontades, nada melhor do que confortar o coração sonhando com a próxima viagem ao som de uma muy linda canção. Bon voyage!


Você passa e eu acho graça. Esse Top Five não seria nada sem um samba daqueles para colocar todas as mágoas para fora. E, ninguém melhor que a ultra diva Clara Nunes para decretar: E agora, você passa e eu acho graça. Nessa vida tudo passa e você também passou.


I will survive. Essa é, claro, a escolha mais previsível de todas. Mas, puxa, não dá para fazer uma lista de cinco músicas para curar um pé na bunda sem esse hino à liberdade pós fim de um relacionamento, né? Eu não enjoo de ouvir Edson Cordeiro, meu ídolo total, cantar: Oh no, not I! I Will survive! Oh, as long as I know how to love, I know I’ll stay alive!



OK, OK, faltou muita coisa, eu sei. Nem Chico Buarque entrou! Nem Maysa, imagina! Mas foi de propósito, para ampliar a lista com as indicações de vocês. Mandem aí!

Beijos,


Isabela – A Divorciada


PS: Tudo bem, isso aqui é um Top Five, mas posso citar uma música mais? Uma homenagem à minha amiga Mazé? Então divirtam-se com Vingança, de Lupicínio Rodrigues: Eu gostei tanto, tanto quando me contaram, que lhe encontraram bebendo e chorando na mesa de um bar... Beijão, Mazé. Saudades!


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Malas prontas

Outro dia eu vi um filme tonto. Algo como “Jovens demais para casar”. Típico filme que a gente só assiste nas noites de insônia. Mas té que foi interessante. Um casal apaixonado high school pede autorização para os pais para casar, já que mocinha não tem nem 18 anos. Todo mundo acha uma loucura, claro, mas eles estão tão convencidos que acabam convencendo uma parte da parentela.

O que segue é o óbvio. Mocinha entra em Harvard, mocinho não. Para não abrir mão do casamento fresquinho, ele dispensa as cinco faculdades nas quais foi aprovado e segue com ela para Nova York, onde vira pedreiro. Logo, cercada de amigos geniais e intelectuais, ela começa a achar o marido um boçal. Um, dois, três e ela se apaixona pelo colega-fofo-músico de classe.

Casamento esfria, os dois param de transar (AOS 18 ANOS!) e ela sai de casa. Um dia ela volta para buscar uma roupa e dá de cara com as malas dela – e um ursinho de pelúcia – no primeiro degrau da escada. E era aí que eu queria chegar.

Um dia voltei para o meu ex-apartamento para buscar algo, nem lembro o que, e Charlie estava lá. Educado como sempre, me convidou para tomar café. Eu tomei. Depois fui ao escritório e lá vi....todas as minhas coisas empacotadinhas, minhas coisas de escritório e de trabalho, encaixotadas, prontas para partir. Ali soube, tinha acabado mesmo. Fiquei arrasada. Acho que nem quando descobri que ele estava namorando fiquei tão arrasada quanto ver minhas coisas empacotadas. Por ele.

Entendi a mocinha do filme na hora. Especialmente quando ela pega o ursinho e abraça forte. Uma coisa é certa: não importa se você tem 17, 27, 37 ou...57. A dor da separação é sempre grande. Tá certo que quanto mais maduro e mais experiência, melhor, mas dor é dor.

Claro que o filme não termina assim. Como qualquer filme tonto de noite de insônia ele é happy end. Ufa. Do contrário, os...47 telespectadores do Telecine Light da madrugada ficariam tristes.

E quando acabou, mudei para o Telecine Action. Queria ver uns pornôs e dar umas risadas. Tem coisa mais divertida que as historinhas que eles colocam para introduzir uma furunfada mecânica feita de peitos de borracha e "galãs" sempre tão iguais? Tão tonto que...talvez renda um novo post. =D

Débora - A Descasada

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O bojo da questão


Pois é, resolvi começar o ano aproveitando uma promoção e renovando o estoque de lingerie. Mas há um fenônemo nas araras de sutiã que, instalado faz tempo, não dá pinta de ir embora. Sutiã não é mais para segurar os peitos e modelar a sua dupla dinâmica. A primeira missão do suporte anti-gravitacional é fazer brotar peitos em você, e de qualquer maneira. Mesmo que seu desejo seja apenas manter direitinho no lugar o que a Natureza proporcionou de fábrica.

Diriam as "despeitadas", Graças a Deus! Mas, gente, todos os sutiãs do planeta precisam vir com enchimento ou qualquer revestimento acoplado para nos criar um efeito Pamela entre o pescoço e o umbigo? E tem mais: dependendo da marca, o modelo 42 não é 42, o 44 é 40 e, pronto, você leve gato por lebre e o sutiã faz os seus peitos parecerem duas omeletes estouradas de tanto que aperta os coitados. Não sei vocês, mas detesto provar lingerie, aliás, não provo lingerie. Compro e seja lá o que Deus quiser.

E sim, chego em casa e corto todas as etiquetas na mesma hora, sem dó nem piedade. Às vezes, meio precipitadamente, confesso...

Dependendo do lugar, não dá para trocar a lingerie - ainda mais depois de cortar todas as etiquetas, certo? Então, o jeito é exercitar o desapego e doar os sutiãs que você pagou caro e não vai usar. Doe-os para alguma amiga menos favorecida. Pense assim e você se sentirá melhor.

Sabe qual o meu sutiã, digo, sonho de consumo? Achar um sutiã que tenha apenas renda e um bom corte como bojo. Nada mais! Nada de espuminha que tira e bota. Nada de efeito upside up tonificante para peitos extraordinários, nada, nada! Só um bom sutiã ali como primeira opção de umas três araras. E de todas as cores do arco-íris, incluindo o preto, branco, bege e um violeta que lançaram há pouco, que some no branco. Olha que é verdade, eu testei.

Além disso, o tal sutiã violeta que desaparece, por mais que venha no formato de um peito, pelo menos não deixa maior o que não precisa. Dizem que é tecnologia esse bojo tipo fôrma... a verdade é que parece de encaixe mesmo. Só que tem que comprar o número certo, porque não tem como "ajeitar" nada, ou entra e fica perfeito ou sobra peito pra tudo que é lado, enfim um desastre dispensável na vida de qualquer uma.

Ah, sim, e ainda há aqueles sutiãs inteligentes, que servem para vários tipos de decotes, é só uma questão de "ajustar" as alças. Até parece....

Resolvi ver um para mim dia desses. Bom, a vendedora levou mais de cinco minutos para me explicar todas as possibilidades, eram muitas, infinitas eu diria. Uma delas terminava com o ganchinho fechando na barriga. Tipo, mais confortável que um espartilho do século 12... Claro que não levei. Se para vestir uma blusa com as costas cavadas será preciso decorar um manual de instrução, então, melhor meter um biquini por baixo mesmo... É igual ir naqueles restaurantes que você escolhe tudo quando está morrendo de fome. Ou seja, não rola!

Será que há luz no fim desse bojo, gente?

Giovana - A Solteira

PS: aproveito, depois de curtir um recessinho básico, para desejar a todos um FELIZ ANO NOVO mais uma vez!!! Que 2010 seja incrível!

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A Oprah e o meu dedinho

Essa semana, minha amiga Vanessa Pessoa me contou uma lição fofa que ela ouviu no programa da apresentadora Oprah Winfrey, dos Estados Unidos. Achei tão interessante que divido aqui com vocês neste post levezinho de sábado. Seguinte: sempre que algo acontece na vida da gente, especialmente algo ruim, ao invés de se perguntar o por que daquilo ter acontecido conosco, devemos nos questionar sobre de que forma podemos aprender com aquele fato, o que ele tem a nos ensinar.

Não é interessante? Pois bem, vou começar a adotar a reflexão com o meu dedinho do pé esquerdo quebrado, numa topada boba no calcanhar de Guarda Belo, lá em Maceió, na folga do Natal. Juro que não reclamei pelo que aconteceu, até porque foi no último dia de viagem, após o último banho de mar daquela temporada, tudo bem. Com o ocorrido, conclui que preciso meeeeeeeeeesmo fazer ginástica esse ano, para fortalecer esses ossinhos quebradeiros que eu tenho. Além do que, depois dessa, vou encarar o fato de poder tomar banho molhando os dois pés como o luxo dos luxos. Mal posso esperar para fazer isso de novo.

Obrigada, Van. Obrigada, Oprah.

Beijos e bom finde,

Isabela – A Divorciada


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Depois de 20 anos, o amor chegou para os dois

Ela, 39. Ele, 54. Ela, mãe de dois filhos adultos (ela começou cedo). Ele, pai de uma menina adolescente. Ela, um histórico amoroso turbulento. O pai dos filhos, um desregrado, em estado permanente de bebedeira. Pouco atencioso com as crianças. Ele, uma mulher que não gostava lá tanto assim dele. Pouco atenciosa com a filha. Um belo dia, o inevitável. Ela mandou o ex-marido catar coquinho depois de tantas idas e vindas. E ele saiu de casa. E o dois deixaram o amor acontecer. Já trabalhavam juntos fazia um tempo, mas só então permitiram se conhecer melhor.

Moram em casas separadas, em cidades diferentes, mas estão sempre juntos. Ele a ajuda com a louça, com a comida, com as roupas. Vai com ela ao supermercado – isso ela nunca tinha vivido antes. Ele adora os filhos dela. Ela o ajuda com a rebeldia da filha dele.

O que eu mais gosto nessa história familiar é que às vezes o amor tranqüilo demora mesmo a chegar. Muitas vezes é preciso viver as turbulências e até chegar a ter uma família com os amores turbulentos – como no caso dela – para um belo dia, quando menos se espera, o amor bater à porta.

Débora - A Descasada

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As memórias de um olhar

Eu só percebi lá pelo meio do jantar, sou distraída para essas coisas. Sentado numa mesa em frente à minha, no Paoli, em Florença, onde eu e Adri batemos ponto nas nossas férias, em setembro, um homem de meia idade, imagino que sessentão, olhava para mim. Não era um olhar comum, que revela o desejo banal de um homem mais velho por uma mulher mais jovem. De jeito nenhum.

Aquele homem me via além de mim. Podia até ser o olhar contemplativo de quem lembra de uma filha que morreu cedo, mas, acredito, nesse caso ele teria me mostrado para a mulher, sentada na cadeira ao lado. Fiz de conta que não vi, mas não pude deixar de pensar num roteiro para aquele personagem. Que tipo de lembranças eu teria provocado nas memórias daquele homem? Será que eu me pareço com uma mulher que ele amou no passado? Com alguém que ele perdeu? Ou que o deixou?

Teria trazido à tona memórias doces, de uma história bem aproveitada? Ou rastros de frustração, por não ter levado adiante uma relação que podia ter sido a mais arrebatadora de todas?

Queria muito saber o que pensa um homem que olha uma anônima numa mesa de restaurante na Itália assim, tão melancolicamente. Desconfio que aquele olhar tenha tido um tom de lamento, daquilo que ele perdeu por não ter tido coragem de viver. Deve ser difícil se sentir assim.

Espero que, de alguma forma, ele tenha sido feliz. E seja ainda. Se não hoje, um dia. De preferência, a partir de histórias que possam ser vividas. E façam um coração triste, enfim, explodir de bons sentimentos.


Isabela – A Divorciada

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A vaquinha da virada*


Não, eu não ganhei a mega-sena da virada. Mas eu ganhei a...vaquinha da virada!!! Comecei o ano ganhando incríveis R$ 42 no amigo da onça da minha família no impagável Reveillon de Conchas. O último a ser sorteado leva o dinheiro arrecadado. Eu fui a última, tirei eu mesma, e levei a melhor. Sorte de principiante – foi a minha primeira participação no amigo da onça da family.

Imediatamente distribuí R$ 5 para meus priminhos ainda crianças e paguei algumas bebidas para os mais crescidinhos. Ainda sobrou um troco para a Coca da ressaca no dia seguinte. O ano mal começou e o dinheiro evaporou. Não importa. Adorei o simbolismo de ter ganhado dinheiro logo de cara. Muita sorte!

Depois subimos em bando – e olha que minha família é um bando grande - até a praça da cidade onde apreciamos a queima de fogos de vinte minutos. Acho que foi mais que isso, acho que batemos Copacabana! Ou acho que a essa hora eu já tava meio mamada. Essa foi a hora que eu troquei a cerveja pela garrafa de champagne que eu roubei da mão do meu primo de 11 anos (aquele pilantra que eu julgava ainda ser uma criança!).

Depois de tentar responder todas a mensagens recebidas – e não ter conseguido (juro que Conchas ainda é estado de São Paulo, mas acho que estava tudo congestionado) – fomos para frente do bar do Bexiga. Mas eu só descobri que se chamava Bar do Bexiga quando, no dia seguinte, um dos meus 530 primos me disse: arrasou na frente do Bexiga, hein? MEDO. Essa foi a hora que eu troquei a champagne por vodca com schweppes.

Depois migramos para a frente do palco, a banda do meu primo ia começar a tocar. Minha prima loira, de 17 anos, diz tristonha: “Meu pai quer que eu vá para casa”. Eu, do “alto” nos meus 30 anos, a prima velha e responsável, fui até meu tio dizer que cuidaria dela e a levaria para casa. Torci para que minha língua não enrolasse nessa hora. Precisava ser séria, madura, responsável. Deu certo. E eu e a prima loira trocamos a vodca por água.

A prima grande subiu no palco e deu um show ao lado do primo cantor. Eu e os primos que estavam ali vendo – mais a minha concunhada, a agregada, e o primo do meu primo quatro-olhos – nos acabamos de rebolar e dançar. Quatro e tanto, chega a polícia e manda meu primo cantor parar com aquela barulheira toda. E assim trocamos 2009 por 2010.

Débora - A Descasada

ps: não estou no retrato, estou atrás da câmera garantindo esse momento lindo - os primeiros minutos de 2010 da "Manducada"

*post postado com relativo atraso porque me dei férias de internet no feriadão =D

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Adoro a praticidade masculina

Uma amiga andava mal pelo fim de um relacionamento longo. Naquela fase de saber que o fulano não valia lá muita coisa, mas ainda querendo pagar para ver, acreditando. Detalhe: além de mala, o cara era feio, bem feinho. Mas, como o coração tem razões que a própria razão desconhece e nós, mulheres, vemos muito além da beleza, tudo bem.

Um belo dia, na praia, na companhia das amigas, ela encontra o dito cujo. Foi quando o marido de uma integrante da turma, que não conhecia a figura e, digamos, não é a pessoa mais delicada do mundo, disparou:

"O que? É por isso daí que você está sofrendo tanto?"

Nada como a praticidade masculina para fazer a gente enxergar o óbvio, não é mesmo? Thanks God, não demorou muito tempo para a minha querida voltar a ver a luz.

Beijos,

Isabela - A Divorciada

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Mulheres que não gostam de...mulheres

É fato, a disputa existe. E, na minha modesta opinião, é mais grave entre nós. Por que algumas mulheres competem tanto entre si? De um jeito que não se vê entre os homens? Com mais ênfase, eu diria?

Certa vez, ao apurar uma reportagem sobre concorrência feminina no trabalho para a revista Nova, ouvi de um psicólogo uma observação interessante. Segundo ele, a origem de tanto bafafá está no fato de que os homens são cobrados pela sociedade basicamente por dois pontos: bom desempenho profissional e sexual, enquanto nós somos exigidas por esses e outros tantos, como beleza, necessidade de ter um par, filhos, etc, etc. Assim, com tantos fatores de pressão em jogo, muitas mulheres terminam por olhar para a fêmea ao lado com ares de “sai fora, inimiga”.

Na mesma matéria, entrevistei uma médica que me disse que, de tanto ser trapaceada pelas colegas, não ia contratar uma profissional do sexo feminino sequer para trabalhar na clínica que pretendia abrir um dia. Só homens.

Polêmicas à parte, me sinto particularmente incomodada por um tipo específico de mulheres competitivas: aquelas que parecem detestar, gratuitamente, todas as outras. As que te olham de cima a baixo quando você passa e, mesmo parecendo gostar da sua roupa, nunca serão capazes de esboçar um sorriso e comentar que aquele visual ficou bacana. Preferem a inveja. E a vontade de eliminar você para a galáxia mais distante.

Gente, para que querer ser a única maravilhosa desse mundo? Não é ótimo ter mulheres incríveis e capazes de nos inspirar por perto? Por que ser tão amarga? E não me venham dizer que, se tiver homem na jogada, a disputa ferrenha está liberada. Não adianta: são eles que escolhem. E nada do que a gente fizer para tentar tirar a fulana de cena vai resolver.

O 3xtrinta defende a união entre as mulheres. E acredita que é melhor ser fofa, elogiar o vestido, aprender com a outra. E seguir em frente com muitas aliadas por perto.

Isabela – A Divorciada

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Quem somos

Atendo por Débora, tenho sol e lua em Gêmeos e meu ascendente é Áries – o que garante um pouco de fogo nesse vendaval todo. Nasci em São Paulo, em 1979, numa noite gelada de maio. Para compensar, ganhei um coração bem quente. Trabalho como jornalista, mas penso como aikidoca. Como não passei de 1,58 metro, faço minha alma ser gigante.
Já tentei ser atleta, empresária e até esposa. Alma ao mesmo tempo caiçara, caipira e paulistana. Uma mistureba de japonês, italiano e talvez português. Ariana que se encanta e se entedia com a mesma velocidade. Que não sabe mentir, nem parar de rir. Dizem que não tenho papas na língua e que sou boa companhia, mas que precisava de um pouquinho mais de paciência com a vida.Divorciada, alagoana, escorpiana, trintona. Conto histórias sobre o mundo das separadas desde que comecei a inventar tramas para as Barbies, ali pelos dez anos. O enredo predileto, aliás, era aquele em que, após um divórcio péssimo, Barbie começava a namorar com o advogado. E voltava a ser feliz. Sou viciada neste blog e fã de Clarice Lispector, Leila Diniz, Marilyn Monroe e Magali.

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