Conte seu dilema: o amor e as convenções

Lá vamos nós para o dilema de hoje, de uma senhorita anônima:

“Como suportar um amor lindo, maior que tudo nessa vida, e que não é correspondido apenas por certas convenções sociais? Explico. Estou apaixonada por um homem que é completamente certinho, não se permite falhar nunca e, muito menos , interferir nas falhas alheias.

Desde que me apaixonei por ele , meu casamento acabou, não consigo mais pensar em amar meu ex-marido porque estou envolvida demais nesse sentimento. Estou me separando, disse ao homem. Sei que ele gosta de mim, mas não consegue admitir toda essa situação por estar assim, na visão dele , incorreta demais. Entendem? Ele gosta tanto de mim que mal consegue ficar ao meu lado por não querer demonstrar o quanto eu o perturbo...

Como fazê-lo se libertar dessas convenções entre o certo e o errado e simplesmente amar e sentir o amor mais bonito de toda a vida dele ? E ele ainda é tímido. Nas poucas vezes em que falou comigo, conseguiu se declarar de modo bem sutil. Não se permite errar, acha que é um erro ficar comigo. Me ajudem, meninas!”

Vamos dar aquela força, gente?

Beijos do Trio para a senhorita anônima e procês!

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Branca de Neve, Mainha, Felipe e os Pratos


Alguém aí tem alguma coisa contra a Branca de Neve? Eu não. Muito pelo contrário: é a minha princesa predileta. Não à toa, fiquei completamente passada ao ler, no caderno Equilíbrio, da Folha, em entrevista com a pedagoga Tânia Brabo, da Unesp, que a personagem já foi citada num dos exemplos mais bizarros de como os pais erram ao educar os filhos estimulando o sexismo, ou seja, ao desempenho de determinados papéis de acordo com o sexo. Ao longo do papo com a repórter Julliane Silveira, Tânia contou ter tomado conhecimento de um pai que foi tomar satisfação com uma professora por não aceitar que o seu filho estivesse lendo o livro da Branca de Neve, afinal, aquilo não era “leitura de menino”.

Dá para acreditar? Nesse sentido, a pedagoga lançou o alerta: é desde cedo, na escola e em casa, que o sexismo finca raízes. E que a gente vai colocando na cabecinha das crianças o que meninos e meninas podem ou não fazer. Segundo ela, um garoto que nunca chegou perto de uma boneca, ou seja, que nunca teve autorização para tanto, pelo contrário, sempre foi reprimido nesse sentido, pode se transformar num homem que não se aproxima muito dos filhos, por exemplo. E assim por diante.

Não sou mãe, portanto não posso escrever em primeira pessoa nesse campo. Mas fui educada por uma mulher que sempre estimulou a divisão de tarefas. Lembro até hoje do dia em que, após ouvir de Felipe, um dos meus dois irmãos, que ele não ia enxugar e guardar os pratos “porque era homem” (deve ter surtado, afinal, devia ser a bilionésima vez que ele fazia aquilo), mainha decretou: “Ah é? Pois já que você é homem agora vai lavar, enxugar e guardar os pratos. Pode sair da pia, Isabela”.

Feliz da vida, admirando Dona Marlúcia forever, deixei a bucha de lado e fui brincar enquanto Felipe aprendia a lição. Afinal, homens enxugam e guardam pratos sim. Além de ler as histórias da Branca de Neve, claro.

Abaixo o sexismo.

Beijos, beijos,

Isabela – A Divorciada

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Cuide do seu templo

É ele quem nos acompanha do início ao fim. Começa pequenininho e cheio de dobrinhas, termina encurvadinho e enrugadinho. Às vezes estica bastante, fica meio balofo. Às vezes, meio queimadinho de sol. Quase sempre branquelo quando se vive em São Paulo. Dolorido, constantemente – e no geral pela falta de esporte e alongamento. O nosso corpo é o nosso maior parceiro. Pena que a gente se esquece disso. Outro dia, minha amada amiga Laris estava contando dos exames médicos que tinha feito e dos cuidados que tinha passado a tomar depois de um pequeno susto. Quando encerremos a conversa, em vez de dizer “cuide-se”, eu disse: cuide do seu templo. Alguns dias depois ela me contou que achou isso lindo, mais profundo que a simples preocupação estética que se tem com a aparência. E é mesmo como eu vejo o corpo. Mais do que o estar acima do peso, do ter celulite, do ter cabelo branco, do ser baixinha (e contra isso não há remédio!), disso e daquilo, celebro todos os dias meu corpo. Mesmo porque, corpo é um todo, e não só a casca de fora.

Claro que não sou uma iogue vegetariana natureba. Longe disso. E também ando pagando uma fatura alta com dores, gastrite, gripes recorrentes. Bebo mais que devia, sobrecarrego a mão direita já vítima de duas tendinites, cultivo pânceps, como muito doce, minha postura despenca ao longo do dia, exagero no cafezinho e não sou das mais vaidosas com unhas, cabelos e afins. Mas tento equilibrar tudo isso com exercício, meditação, muita água, massagens e muito carinho por mim mesma. Hoje, me sinto confortável nele. Meu corpo é minha casa, minha igreja, meu grande companheiro.

Ótimo dia! E cuidem do templo de vocês.

=D

Débora – A Separada

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Você está apaixonada por ele quando:

(Um contraponto ao post da Débora)

Não resiste na primeira oportunidade.
Dá perdido em todo mundo para vê-lo de novo.
Acha tudo que ele fala e faz lindo e engraçado.
Se sente mais radiante quando ele está por perto.
Tem uma vontade incontrolável de transar com ele toda hora.
Fica sonhando com programas para fazerem juntos.
Só consegue ver suas qualidades.
Fica emocionada com um simples bombom de presente.
Não vê a hora de sair do trabalho para encontrá-lo.
Não consegue ter olhos para mais ninguém.
Acha a família dele legal sem nem ao menos conhecê-la.
Se veste pensando na roupa que ele vai gostar.
Passa perfume imaginando que ele irá sentir.
Tira o cabelo da nuca pra ele ficar com vontade de te beijar.
Encontra coisas que são a cara dele em cada esquina.
Fica relendo as mensagens e emails que ele te mandou.
Fica olhando a foto no celular pra matar a saudade.
Escuta ele rindo mesmo quando não está.
Fala quase miando com ele ao telefone.
Sente ciúme de qualquer mulher que fique a menos de um metro dele.
E... quando acha que mandar um email pra ele é mais importante que trabalhar.

Patrícia - A Solteira

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Nove Mulheres


Na verdade, são dez, contando a presidente (ou presidenta, como prefere a Bela).

A entrevista com as nove ministras do governo Dilma, na Marie Claire especial de 20 anos, está sensacional! Bom para a gente conhecer a carinha - e o jeitinho - de cada uma delas.


Ótimo trabalho da fofíssima Maria Laura Neves e da Marina Caruso.


Que as ministras façam um bom trabalho!


Ótima semana a todos!


beijos


Deb

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Guie-se!

Dica bacaninha de fim de semana. Tem Guia novo na praça, o GUIDU. O grande barato é que nele você é quem faz a resenha dos bares, baladas, restaurantes e cinemas da sua cidade. Você compartilha sua opinião com outros usuários. Uma rede social do lazer! Por enquanto só existe em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas logo logo chegará em mais vinte cidades.

beijocas da Deb

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A São Paulo árabe


Ontem, 25 de Março, foi comemorado o Dia Nacional da Comunidade Árabe. Por admirar demais a trajetória de coragem e trabalho de imigrantes e descendentes das arábias no Brasil, divido com vocês uma reportagem que escrevi sobre o assunto para a Agência de Notícias Brasil Árabe – ANBA.

Para ler, só clicar aqui.

Beijos, bom descanso,

Isabela – A Divorciada

PS: A foto acima, da Rua 25 de Março, em São Paulo, é do fotógrafo Sérgio Tomisaki, colaborador da ANBA.

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Um homem de verdade

Sue: “Pai, sou eu quem resolve tudo, toca as coisas. Eu sou quase um homem”.

Tio Jatanael: “Não, filha, você não é um homem. Você é uma mulher de verdade.”

Tio Jatanael era um grande amigo dos meus pais. Psicólogo, generoso, bondoso, fofo, aquele tipo de pessoa para quem eu podia ligar à meia-noite para falar sobre a minha separação. Ou pedir uma luz a respeito da hora certa de mudar de emprego. Ou comentar o que bem entendesse. Aquele tipo de gente que devia viver mais de 200 anos, mas que, impossível entender por que, morre aos 60.

Aconteceu na semana passada e até agora a minha ficha não caiu. Me vejo colocando em prática, mais uma vez, um bizarro mecanismo de defesa que eu, não sei por que, nem como, inventei em relação à morte daqueles que vivem em Maceió, longe de mim, moradora de São Paulo: não assimilar a perda completamente. É como se, um dia, numa dessas minhas idas para lá, eu fosse encontrar quem se foi (Momento Conte seu dilema: leitores e amigos psicólogos, me ajudem. Lynne, vai que é tua). Pudesse ver Tio Jatanael novamente.

Não posso, eu sei. Mas fiz questão de dividir com vocês, aqui, um pouco de como as pessoas maravilhosas, como ele, não passam pela vida da gente em vão. Um homem de verdade nunca vive em vão.

Um beijo, Tio. Um beijo, gente. Viva a vida, ótimo finde para nós.

Isabela – A Divorciada

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Conte seu dilema

Fofinhos e fofinhas,

aí vai a história da semana da nossa querida anônima. Colaborem!

"Meu ex vai se casar no dia do meu aniversário! Eu sei que vocês não podem me ajudar muito com isso, nem eu posso, mas acho que vale a pensa dividir. Poderia negar que gosto dele e eu até faço isso pra mim mesma, mas toda vez que ouço qualquer coisa sobre ele eu sinto um frio na barriga desgraçado! Obviamente que eu não direi nada a ele, mas acho falta de consideração fazer isso, ou sacanagem mesmo, sei lá que que definição dar. Afinal, ele tem 364 dias pra realizar o matrimônio! O pior é que ele ainda tenta manter contato comigo, puxando assuntos bestas...ódio dele! Já que não vou falar com ele, como lido com isso tudo?"

beijos do Trio!

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Filosofia de escada rolante

Sempre me alegra o dia quando, apressada pelas estações de metrô todos os dias, me deparo com uma criancinha tentando subir a escada rolante do lado da descida, como que nadando contra uma forte correnteza. Os adultos olham com desaprovação, enquanto elas se esmeram em se equilibrar subindo no sentido contrário. Apesar do grande esforço, morrem de rir com a própria travessura e se deliciam com a sensação de contrariar uma regra.

Hoje aconteceu de novo. E, depois de desviar de uma menininha sapeca que se segurava no corrimão para não cair, segui pensando sobre como deixamos de lado a parte lúdica da vida depois de adultos e nem percebemos.

A gente passa a fazer as coisas só depois que encontramos uma forte razão para elas, e isso até nas coisas que a razão não serve para muita coisa. Ou seja, primeiro, perguntamos “Por que sim?” e só então nos convencemos de que tal coisa vale mesmo a pena. Mas, analisando as crianças, elas não se fazem estes questionamentos ao tomar suas simples decisões cotidianas, como correr no sentido contrário de uma escada rolante. Elas sentem uma vontade e devem, no máximo, se perguntar: “Por que não?”.

Engraçado como essa simples observação/reflexão teve o poder de mudar minha visão sobre um monte de coisa. Por que não amar quem está perto em vez de esperar a pessoa perfeita? Por que não rir alto no cinema se achei realmente engraçado? Por que não viajar o mundo em vez de comprar um carro? Por que não pedir o namorado em casamento? Por que não aprender a andar de skate aos 40? Por que não conhecer uma pessoa e casar na semana seguinte? Por que não tomar banho de chuva e estragar o sapato novo? Por que não aprender finlandês? Por que não repetir a sobremesa? Por que não inventar uma desculpa para não ir trabalhar? Por que não chorar quando alguma coisa dói? Por que não dizer “Eu te amo?”. Por que não usar esmalte vermelho com batom vermelho e ainda sapato vermelho? Por que não dançar em cima da mesa? Hein, hein?!

Às vezes, ir contra o fluxo dá mais trabalho e a gente leva mais tombos, mas, no mínimo, pode ser bem mais divertido.

Patrícia - A Solteira

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Porque eles não ligam


O post de hoje é, digamos assim, um serviço de utilidade pública. Um texto escrito pela nossa leitora, colaboradora, blogueira, intrépida e chiquérrima Kézia, do Ácidas e Doces, e por seu amigo Luiz, o decifrador de comportamentos masculinos. O assunto do texto? Porque eles não ligam no dia seguinte. Fiquem na boa companhia deles.

Beijos, Kézia, beijos, Luiz. Thanks pela colaboração!!! E voltem sempre.

Isabela – A Divorciada


Por que ele não liga? Eu me pergunto enquanto olho o celular em intervalos de 15 minutos. Por que ele sumiu se o nosso último encontro foi ótimo? Eu me questiono quebrando a cabeça para encontrar uma resposta coerente. O que eu fiz? Eu me culpo enquanto repasso todos os momentos em busca de pistas. Por que ele sumiu? E um pouco antes de cogitar morte acidental, decido buscar ajuda. Uma explicação. Um motivo. Uma resposta, vinda não necessariamente dele, mas de alguém que me ame o bastante para não me chamar de doida, mas me respeite o suficiente para me dizer a verdade. Luiz! Luiiiz! E a janelinha do Skype começa a piscar. Luiz, o que acontece? Por que os homens somem?

- Bom, os motivos são variáveis. Não vou levar em conta o clássico drama da menina que ficou com um cara na balada e espera eternamente a ligação dele. Balada não é lugar para achar o amor da sua vida. Isto pode acontecer. Mas é uma exceção e não a regra. Balada é lugar para extravasar. E é inevitável não se aproximar dos cafajestes, principalmente aqueles confiantes e de bom papo, e são justamente estes que vão se dar bem. Se você não acredita no que eu falo, pense naquele cara que chega em uma menina perguntando o nome, paga uma bebida e quer conversar.

Mas, deixando este clichê de lado, a pergunta é por que o atual homem dos seus sonhos deu um perdido depois de um encontro perfeito sugerido por ele? Simples. Expectativas. O início e o fim de todas as coisas. As expectativas.

- Exemplifique, Luiz.

- Certo:

1. Ele ligou depois que vocês se conheceram na balada. Parabéns! Foi tudo ótimo e valia a pena outro encontro. Então, depois de um jantar maravilhoso, em sua opinião, ele some. O que aconteceu? Expectativas. Na balada você estava solta, descontraída e simpática, porém no jantar você já não era a garota decidida e que o deixou empolgado enquanto fazia charme para ficar com ele. Ele esperava a garota da balada e você mostrou que nem sempre é a garota da balada. A satisfação é a morte do desejo.

2. Vocês se conheceram no trabalho, academia ou outra atividade da qual os dois gostam. Bom começo, afinal, vocês já têm algo em comum. Acontece um encontro e, enquanto você sai achando que se completam em tudo, ele sai pensando no quanto vocês são diferentes. Descanse. Ele não vai ligar.

3. Indicação de amigos. Sua melhor amiga acabou de começar a namorar e o namorado dela tem um amigo que tem tudo a ver com você. Depois de olhar o facebook dele, você fica super interessada, têm interesses em comum, ele viajou por lugares legais e assim por diante. Enquanto isso o rapaz está ouvindo muitas coisas a seu respeito, já que sua amiga... bem, ela é sua amiga. Ele começa a transformar você na mulher dos sonhos dele, mas quando te conhece as coisas não são como no sonho dele. Você não é ruim, não é o patinho feio, simplesmente não é a menina com quem ele sonhou e ele não quer mais.

- E por aí vai. Um cara pode sumir por milhares de motivos, mas a base é a idealização de algo que não condiz com a realidade. E, em suma, ele não está a fim desta realidade. Simples assim. E quando ele some não adianta chorar, continuar ligando, cutucando no facebook, chamando no MSN, enviar SMS dizendo “ouvi aquela música e lembrei de você” ou qualquer outra forma de contato. Tudo será em vão e só fará o cara se afastar mais. Porque quando um homem quer, ele move os céus para encontrar você e, relaxa, ele encontra. Cabe a você decidir se quer ou não esperar.

Substitua a palavra balada no exemplo 1 por churrasco e, pronto! Eu já passei por todas as situações. Este sentimento de rejeição incomoda por uma ou duas semanas (o período que eu ainda mantenho a esperança de que ele vai ligar), mas bastam algumas terapias pelo Skype, muitos amigos tolerantes e um cadinho de amor-próprio para retomar a consciência e finalizar: poxa, ele sumiu? Melhor assim. Antes fazer isso agora a ficar aqui por um tempo e causar danos maiores depois. Para ficar aqui tem que estar disposto. Eu sigo acreditando que o amor é uma coincidência. Mas isso já é outra conversa.

Beijo,

Kézia e Luiz

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Você não está tão afim dele

Quando enrola para sair com ele a primeira vez
Quando dá uns perdidos para não vê-lo de novo
Quando acha tudo o que ele diz ridículo
Quando se incomoda com a presença dele
Quando perde a vontade de transar (sempre)
Quando não o inclui nos seus projetos de longo prazo
Quando o ridiculariza na frente dos outros (mas isso é falta de educação mesmo)
Quando recebe flores dele e nem fica tão feliz assim
Quando inventa trabalho extra para não chegar em casa logo
Quando arranja um amante atrás do outro
Quando foge dos eventos da família dele
Quando...

Por mais que a gente diga que não, muitas vezes acabamos fazendo as mesmas coisas que criticamos neles. Como sou contra relacionamentos infelizes, lanço aqui a campanha:

Não tá afim? Termina!

Mais vale um coração disponível que tristonho.

Débora – A Separada

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Para um domingo cheio de amor!

Coisa mais fofa esse vídeo. Ótimo domingo!

O Trio

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Zibia Gasparetto e as boas energias


Minha dica de leitura para o sábado: a entrevista, na Claudia deste mês (foto acima), com a médium Zibia Gasparetto. Para ser honesta, pouco sei sobre ela, mas gostei das observações sobre as energias que nos rodeiam. Meus trechos prediletos:

“As energias estão à nossa volta. Você acredita, você atrai. O que fala e pensa, como age, ou seja, seus princípios, vão determinar o tipo de energia que traz para si.”

“Flores são filtros naturais de energia negativa. Arruda e guiné também são plantas depurativas com uma capacidade de reação. Por outro lado, uma casa muito suja atrai doenças, que atraem espíritos com energias negativas. A higiene do ambiente é fundamental, assim como a higiene mental.”

Receita da médium para cuidar da própria energia: “Com bons pensamentos. Você deve ser uma pessoa ética e muito verdadeira naquilo que é.”

Eu assino embaixo. E vou tratar de encher a casa de florzinhas!!!

Bom finde, gente. Que as boas energias estejam com vocês.

Beijos,

Isabela – A Divorciada

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Uma carta de despedida

O texto abaixo é uma carta de despedida. Ou não. São as palavras que o meu amigo Gabriel (nome fictício) escolheu para dizer como se sentia a uma mulher pelo fim do romance deles (gente, eu adoro a palavra romance. Não é o máximo dizer que você teve um romance com alguém?). Uma prova de como os homens podem ser sensíveis, cuidadosos, especiais. Sim, antes de escrever Gabriel já tinha tido uma conversa com a moça a respeito da situação deles. Um fofo, um querido, um coração bom. Leiam e me digam se eu não tenho razão.

Beijos, Gabriel. Obrigada por ter liberado algo tão seu para nós todos. Só o melhor procê!

Isabela – A Divorciada

Desde muito pequeno aprendi a lidar com despedidas. Houve um dia que meu pai decidiu sair da minha casa. Não me lembro desse dia, quais palavras foram ditas, ou se elas sequer foram ditas. Mas sei que houve uma despedida. E de alguma forma, mesmo sendo um bebê de um ano e meio, meu espírito sabia o que estava acontecendo.


Houve outras despedidas. Amigos, parentes, pessoas jovens que eu conheci e que se foram e eu não puder dizer adeus, mas tive que me despedir, sabendo que um dia posso reencontrá-las. A vida é feita de encontros e despedidas, a todo momento.


Houve um dia que eu me encontrei de uma maneira diferente, de um jeito que nunca havia conhecido antes. Esse novo encontro implicava numa despedida. Tive que dar adeus a uma pessoa em mim que já não mais me agradava. Caminhei. Mudei. Alguns não entenderam, outros se rebelaram e alguns preferiram se afastar. E eu cada dia mais me encontrava. Caçador de mim. Em paz. Me acostumando com essas despedidas. Entendendo que elas sempre fariam parte da minha vida.


É interessante como algumas situações na nossa vida moldam “a argila do nosso caráter”, como escreveu um andarilho. Desde pequenino eu sabia que fim de semana veria meu pai. Brincaria de coisas que só um menino brinca com o pai. Seria carregado pra cama e acariciado até pegar no sono. E domingo a noite, num clima melancólico, era deixado na casa de minha mãe. Ia pro quarto dormir e ficava algumas horas, quieto, chorando, com saudades dele. Até que a dor da saudade era tão grande que eu pulava pra cama da minha mãe e ela me afagava, quieta, sem poder explicar minha tristeza, porque minha pouca idade não entenderia. E duas semanas depois, lá ia eu de novo, pensando no que eu poderia aprender com ele, mesmo sabendo que depois de dois dias haveria a dor da despedida. Valia a pena. Sempre.


Isso me ensinou uma coisa valiosa, que eu carrego hoje e sempre carregarei comigo. Minha mala está sempre pronta, debaixo da cama. Estou sempre pronto pra partir. Minha casa é onde estou. Se estou sentado na sua cama, ouvindo sua voz, ali é minha casa. Se estou debaixo de uma chuva, caminhando numa trilha, no meio da mata, ali é minha casa. Fechar os olhos e lembrar disso me faz respirar uma liberdade nunca antes vivida. Foi uma coisa boa que aquela dor me ensinou. Meu porto seguro é o vento.


Te encontrar foi amar sabendo que a dor da despedida viria. Mas mesmo assim valeu a pena. Cada segundo. Cada concórdia e discórdia. Cada olhar, toque, beijo e palavra. Tão diferentes e tão parecidos. Acredito que espíritos se aproximam por afinidade em sua energia. Enxergamos a vida de forma semelhante. Mas caminhamos em trilhas diferentes, que levam ao mesmo rio. E no momento cada um usufrui do que essa trilha proporciona. Como diz uma bela música, “prefiro os caminhos que levam à mata, abrindo a porteira de sonhos por onde andei”.


Por que tem que ser assim? Acabou aqui? Não sei. Gostaria muito de saber. Busco a resposta. Remando em Silêncio, o barco da Paciência, pelo rio do Tempo. Silêncio, Paciência e Tempo.


Um beijo. Com amor e paz,


Gabriel

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Conte seu dilema

Vamos estrear a Conte seu dilema? Para quem não viu o post da semana passada, sobre o assunto, é o seguinte: quem quiser, escreve para nós, no 3xtrinta@gmail.com, contando, de forma resumida, o que está te angustiando no momento. E todo mundo colabora com depoimentos e experiências nos comentários. Pode ser sob anonimato, tá? Aliás, é uma leitora anônima que abre a seção, a partir de hoje publicada toda quinta-feira. Aos fatos:

“Como agir quando se está afim de um amigo que você já sabe não estar afim de você? Lógico que é partir para outra... Mas, como se afastar com classe e quem sabe retomar a amizade quando a "afinzice" tiver passado?”

Algo a declarar? Vamos dar aquela força para a senhorita anônima, OK?

Beijos para ela e para vocês todos,

O Trio

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3x30 entrevista: Ronnie Von (parte 3)




Finalmente, a última parte.

Beijos!

3x30 – Como é que você criou seus filhos para os relacionamentos?

Ronnie Von – Eu pedi prudência, atenção, consciência. Disse a eles que não se brinca com a vida das pessoas. Para Alessandra, eu disse: veja sempre no seu parceiro o seu reflexo, porque a gente tem que tratar e ser tratado da mesma forma. O maior medo que eu tenho na vida é o da solidão, eu não conseguiria ficar sozinho.

3x30 – Tem medo de envelhecer?

Ronnie Von – Nós humanos sabemos que vamos morrer um dia, mas o nosso consciente não aceita isso, por isso tentamos nos perpetuar na vida de um filho. A administração da velhice é uma coisa muito complexa, por isso o fundamental é que você mantenha a cabeça ocupada. Meu pai tem 94 anos e continua lúcido porque trabalhou até agora. É assustador? Sem dúvida nenhuma. É duro envelhecer, mas dá para administrar isso de forma positiva.

3x30 – Você só acha possível evitar a solidão com o parceiro? Não se pode evitar de outras maneiras?

Ronnie Von – A solidão é um estado da consciência que você tem. É pessoal, mas, para mim, se eu não tiver gente do meu lado, eu me sinto sozinho. E ponto.

3x30 – Você é muito passional?

Ronnie Von – Eu sou e isso não é uma qualidade (risos).

3x30 – O que mais atrai e encanta você nas mulheres?

Ronnie Von – Determinação. Outra coisa que eu acho fundamental é o bom-humor.

3x30 – O homem é mais engraçado, mas a mulher leva a vida com mais humor.

Ronnie Von – Mais otimista. Sempre diz: vai dar certo, pode deixar! Eu fiz uma pesquisa no meu programa sobre o que os homens mais gostavam nas mulheres. Claro que aparecia de tudo, peito, bumbum etc. Mas o que ganhou disparado foi o bom-humor. E tenho uma sorte danada de ser casado com uma mulher que ri até de fratura exposta!

3x30 – O bom-humor salva casamentos?

Ronnie Von – Sim, e tem mais uma coisa que eu esqueci sobre casamento: se você perder a admiração pelo seu companheiro, acabou. Houve uma época na minha vida em que eu estava muito derrubado, todas as coisas tinham dado errado, eu estava insatisfeito comigo, e falei: Vou parar tudo, minha carreira foi por água abaixo, administrei mal, vou partir pra outra! Ela chegou e me disse o seguinte: Ronnie, nenhum homem pode se dizer derrotado em alguma coisa enquanto houver uma única pessoa que ainda acredita nele. Daí nasceu o programa de televisão...

3x30 – Você acha que esse encantamento pelo feminino acabou te levando para o que você realmente tem o dom de fazer, que é falar com as mulheres?

Ronnie Von – É, mas não vou mentir que tenho medo da mulher. Medo, porque o que ela quer, ela consegue.

3x30 – Muita mulher te escreve pedindo conselho?

Ronnie Von - Recebo pelo menos uns mil e duzentos e-mails por mês. Nós tivemos que criar um quadro que se chama Conselheiro Sentimental.

3x30 – (Isabela) Eu vi! Um dia você disse uma coisa fofa. Era uma leitora de trinta e poucos que estava envolvida com um homem casado e tava com medo de acabar e nunca mais viver um amor assim. Você disse pra ela: Bonitinha, você é um bebê! Sai fora, ele está te enrolando, isso é uma roubada. Diz que a gente é bebê também?

Ronnie Von – Mas não são?

(As três ficam histéricas, orgulhosas, felizes e riem muito)

3x30 – (Débora) Imaginar que você casou com 19 anos, pra mim, é uma loucura...

Ronnie Von – Na verdade eu fui fazer primeira comunhão e o padre se enganou...

3x30 – (gargalhadas) Você se arrepende?

Ronnie Von – Não necessariamente. Mas, sinceramente, se fosse hoje eu esperaria...

3x30 – Conta do seu casamento com a Cristina?

Ronnie Von – Eu vou falar, mas permitam-me um comentário: estou vendo em vocês uma coisa que eu achei muito simpática, ninguém está com unha verde, azul...

3x30 – (Isabela) Eu já pintei uma vez, mas não combina comigo.

Ronnie Von – Isabela, presta atenção ao que o tio Ronnie vai falar pra você: nenhum homem gosta! Homem gosta de quando a coisa é um pouco mais tchananã! Vermelha! E, no cotidiano, rosa...rosinha misturinha. A gente não gosta daquelas plataformas, aqueles sapatos que parecem um andaime, um terror! Mas aprendi uma coisa sobre o universo feminino, mulher não se veste para a gente, ela se veste pra competir com as outras, é impressionante. Mas unha azul não seduz, a gente acha ridículo mesmo...

3x30 – É verdade que você é quem compra as roupas da sua esposa?

Ronnie Von – É a mais absoluta verdade, eu compro do sapato à lingerie.

3x30 – E ela não se importa?

Ronnie Von – Pelo contrário, ela gosta. Compro do tamanho certo, às vezes vou com ela, fico sentado no sofá, tomando champanhe, ela desfila pra mim e eu ajudo a escolher. Sempre digo aos homens que compre alguma roupa para a mulher. Não sabe o tamanho? Compra sapato! Mulheres amam e o pé nunca engorda! Mas voltando à Cristina...

3x30 – Êeeee!

Ronnie Von - Com 11 anos de idade, a Kika meteu na cabeça que estava apaixonada por mim, eu já era cantor e ela ia semanalmente assistir meu programa. Eu tenho 10 anos a mais que ela. Um dia ela contou para meu pai (as famílias são amigas) que era apaixonada por mim e pediu segredo. Meus filhos eram doidos por ela. Meus amigos, doidos também. Eles me viam naquele casa-e-separa (Ronnie tinha sido casado duas vezes). Um dia, minha filha disse: Pai, por que você não namora a Kika? Só um pouquinho, não precisa casar não. Achei aquilo um absurdo! A considerava minha irmã, pensei que aquilo seria um incesto.

3x30 – E de “irmã” para mulher, como foi?

Ronnie Von – Imaginem que ela era tão querida que tinha até apresentado uma amiga. Eu disse para minha filha: se ela gostasse de mim, não teria apresentado a fulana. E Alessandra então me diz: Você é cego, pai? Meu pai queria me empurrar para ela, não me aguentava mais na casa dele.

3x30 – Você nunca tinha percebido nada?

Ronnie Von – Nada.

3x30 – Ela teve outro casamento antes?

Ronnie Von – Teve, teve um que acabou na lua de mel...olha como é que são as coisas, ela me convidou pro casamento dela no dia em que eu estava me separando do primeiro casamento. Daí ela se separou no dia em que eu estava indo pro Rio de Janeiro para o meu segundo casamento. Quando voltei para São Paulo, ela me ajudou a montar a minha nova casa (ela é arquiteta).

3x30 – E finalmente rolou o clima?

Ronnie Von – Ainda não...mas fui fazer um filme em Buenos Aires e estava encafifado. Quando cheguei lá, o produtor disse que eu não estava uma pessoa inteira. Vi que estava tendo uma exposição do Salvador Dali e achei que a Kika ia adorar ver aquilo. Usei como desculpa. Liguei para ela e disse: vem pra cá. Ela disse que não podia, que estava ajeitando a minha casa. Fui incisivo: disse que tava mandando a passagem de avião, de primeira classe, que não tinha como transferir.

3x30 – E ela foi?

Ronnie Von – Quando ela chegou, caiu a ficha: todo mundo tinha visto isso, menos eu? E corri na direção dela. Aí foi aquele abraço, girei com ela no colo. Uma coisa! As senhorinhas aplaudiram e tudo. Saímos de lá de limusine – essa é uma das vantagens de ser artista – chegamos ao hotel, eu pedi champanhe pra comemorar. Quando fui deixá-la no quarto dela, o beijinho pegou de canto da boca, sabe como é?

3x30 - Prestou nãaao! (risadas)

Ronnie Von – Aí beijei... foi um beijo cinematográfico...

3x30 – No corredor do hotel...

Ronnie Von – Resumo: ela dormiu no meu apartamento. Foi um risco, poderia ter perdido minha melhor amiga, podia ter arrebentado com a vida dela, mas essa minha inconsequência me devolveu a vida! E quem diria que eu ia ter química com a menina com cara de freirinha...

3x30 – Não é você quem diz que as certinhas são as mais fogosas na cama?

Ronnie Von – Pode ter certeza! Essa coisa da mulher comportada sempre me atraiu, a grande musa da minha vida é a Audrey Hepburn.

3x30 – E a química rolou mesmo?

Ronnie Von - Você não tem idéia, foi um laboratório químico! É bastante evidente que eu não fui trabalhar no dia seguinte...

3x30 – Trinta anos de tesão recolhido!

Ronnie Von – Vinte e poucos. Não fui trabalhar e saí com ela. Tava um frio danado e fomos numa peleteria, comprei o casaco de pele mais charmoso para ela. Fomos tomar um submarino (chocolate quente com pedaços de chocolate). Aí ela vira e me diz: Ronnie eu espero por esse momento há mais de vinte anos...

3x30 – A que lindo!!! E quando vocês voltaram, a família celebrou!

Ronnie Von – Teve a cena do aeroporto! Que vergonha. Minha família é muito formal, a dela também, e de repente vejo uma faixa: Bem-vindos Ronnie e Cristina! Meu pai dizia que só me daria um faqueiro dele se eu casasse com ela. Foi a primeira coisa que perguntei: cadê meu faqueiro? O cara começou a chorar e disse que era o homem mais feliz do mundo. A Alessandra e o Ronaldo pegaram a chave da casa, os dois com as duas mãozinhas segurando, entregaram para ela e disseram: Kika, daqui você não sai nunca mais. Ela acreditou e não saiu. Essa é nossa história. Estamos casados há 25 anos, que mais se parecem 25 dias. Sou doido por ela!

3x30 – Vão comemorar?

Ronnie Von - Talvez casar, a gente não casou até hoje!

3x30 – Nem no cartório?

Ronnie Von - Nem no papel, zero.

3x30 – Então casa e convida a gente!
The End!

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3x30 entrevista: Ronnie Von (parte 2)




Pessoal,

Segue a segunda parte da entrevista.

Beijos!

3x30 –Quem são suas referências femininas?

Ronnie Von – Minhas amigas, principalmente aquela com quem eu me casei (Cristina, a Kika, com quem ele está há 25 anos). Ela me ajuda em tudo, até hoje, até com a minha dificuldade de me autopromover como artista. Tenho dificuldade com isso...

3x30 – Como assim?

Ronnie Von - Eu sou um bicho de toca, vocês não me veem em nenhuma página de revista de badalação. Eu não saio de casa, eu não gosto, e tenho um problema muito sério inclusive em relação a isso porque minha atividade exige que eu esteja presente na noite, nos acontecimentos, nos eventos...Acho que é porque sou de câncer. Temos essa coisa mais reservada, mas gosto muito de receber meus amigos na minha casa ou ir para a casa deles.

3x30 – Você tem muitas amigas mulheres?

Ronnie Von – Muitas amigas mulheres. Comecei a receber em casa e, mesmo quando estava solteiro, a casa funcionava impecavelmente. Só pra constar: eu lavo, passo, cozinho e arrumo impecavelmente!

3x30 – Maravilhoso!

Ronnie Von – É, mas nem todo mundo pensa assim. Existe preconceito. Eu sou carioca e aqui em São Paulo tem uma coisa que eu não gosto, é muito clube do bolinha, mulher de um lado, homem de outro. E o que os homens vão falar nesses clubes? De negócios, de futebol, de mulher...uma vez me envolvi com uma moça...olha eu não sou muito disso de ter casos, porque eu não me empresto por um dia ou por um mês, eu me doo. Mas até por insistência da minha filha, tive esse romance relâmpago. Ela era deslumbrante! E um dia ela me aparece na Playboy...aí, num desses jantares, alguém chega com a revista e mostra minha namorada na revista...

3x30 – Você sabia das fotos?

Ronnie Von – Sabia que ela havia sido convidada...

3x30 – Ela era famosa?

Ronnie Von – Era médio famosa. Aí eu disse: ficou legal e ela é tudo isso mesmo que está aí, mas agora quero mostrar pra vocês uma toalha de mesa que eu comprei que é uma coooisa! Aí eles me olharam e, eu nunca mais vou me esquecer dessa frase, disseram: “Pó, Ronnie até você jogando água pra fora da bacia!”

3x30 – Por causa de uma toalha?

Ronnie Von – Por causa de uma toalha de mesa, a partir daí meu assunto passou a ser do outro lado, em qualquer lugar que eu fosse.

3x30 – Ficava do lado das mulheres...

Ronnie Von – Elas me ofereciam subsídios, eu tinha dois filhos pequenos pra criar, uma casa pra tocar sem ter nenhuma informação concreta em relação a isso. Eles não me ofereciam nada.

3x30 – Quando ela saiu na Playboy, balançou o relacionamento?

Ronnie Von – Já tinha acabado, se tivesse saído eu acabaria do mesmo jeito, eu tenho uma visão muito...

3x30 – Conservadora?

Ronnie Von – Não é conservadora. Uma vez eu falei isso para o meu filho: a intimidade da gente não está à venda, uma coisa assim é muito pessoal, não sei se estou errado com uma visão anacrônica.

3x30 – Mas você já fez umas fotos sensuais, no auge da sua carreira...

Ronnie Von – Você sabe que aquilo foi uma coisa de uma amiga minha, que era jornalista e fotógrafa, que queria ter um acervo. Ela me mostrou outras, de outros amigos meus, também artistas, aí fiz, mas jamais imaginei que seriam publicadas. Você não tem idéia de como ficou o meu pai na época...

3x30 – Meu filho está perdido!!! (risos)

Ronnie Von – Pessoalmente não me perdôo por aquilo até hoje. Acho aquilo um horror. Me senti uma peça de alcatra pendurada num açougue.

3x30 – Tem outros grandes arrependimentos?

Ronnie Von – Seguramente! Todos temos, eu poderia fazer uma lista de um monte. Minha vida inteira foi feita de muitos erros, muitos mais erros do que acertos. Quando você acerta, normalmente a magnitude é muito maior do que a do erro. Você se atém ao grande acerto da sua vida. Me arrependo de praticamente tudo!

3x30 – Mas o que seria do Ronnie Von se nada disso tivesse acontecido?

Ronnie Von – Pois é...materialmente, eu devo tudo à música, é um oficio maravilhoso, foi um sonho que eu consegui realizar...mas sempre tive um negócio paralelo, pra que um dia eu não precisasse me submeter a caprichos de terceiros, quartos, quintos...

3x30 – De gravadoras?

Ronnie Von – De tudo, enfim, de patrocinadores, o que acontece comigo até hoje. Minha vida inteira foi um filme de terror, e por mais que você cresça vai ter sempre alguém lá em cima jogando umas pedras, sapos...

3x30 – As músicas que você gravou não eram as que você gostava?

Ronnie Von – Eu gostei de três discos, que eram minha paixão, o resto era uma imposição.

3x30 – Você tem vontade de parar com o programa?

Ronnie Von – Olha, pra quem não se droga, é preciso ter algo. O meu ópio é o meu programa, se eu ficar sem esse programa eu tenho um troço... se eu ficar sem televisão, eu vou ser uma homem pela metade.

3x30 – No programa você é bem transparente. Coisa de quem tem alma bem feminina...

Ronnie Von – Tenho, você não faz ideia! E só mulher trabalha comigo. Pela determinação que elas têm, pela visão mais aberta.

3x30 – O que mais você tem de feminino?

Ronnie Von – Outro dia fui numa balada...nossa, parece o umbral que o Chico Xavier descreve. Todo mundo se pegando, se beijando, achando isso divertido. Comentei com o meu amigo, que estava dando a festa, que quando eu beijo, tenho que ter alguma relação de afetividade com a pessoa, tem que ser uma pessoa que eu goste. Ele tirou sarro de mim, disse que isso não existe. Eu tenho nojo de dar um beijo na boca de uma pessoa que eu não conheço.

3x30 – Você não separa sexo de amor?

Ronnie Von – Olha, para você ter uma ideia, até nos tempos de ator eu tinha uma resistência para beijar algumas atrizes com quem não tinha muita intimidade. Enfim, eu sofro porque não faço o estereótipo do machão.

3x30 – A Cristina te ajuda com a carreira?

Ronnie Von – Cristina me ajuda em todos os sentidos, essa é a vantagem de se casar como melhor amigo. Para mim, existem três coisas que mantêm um casamento. A primeira é a amizade, porque ela é a sublimação do amor. A segunda certamente é o sexo. Você não pode ter um relacionamento bacana, saudável, se não tiver sexo de primeira qualidade. E, por fim, o código de visão de mundo, de educação, de tudo o que vocês quiserem. A base tem que ser a mesma. Tem que ter a mesma sintonia, aquela história de eu sou tímido e ela é extrovertida só é bom no começo. Depois as diferenças aparecem. Eu não ficaria com alguém que goste muito de balada se eu gosto de ficar em casa.

3x30 – E quando há grande diferença social?

Ronnie Von – Não vejo problema desde que a visão de mundo seja a mesma. Afinal, está cheio de gente de origem bastante humilde, e de uma elegância nata. Não é o dinheiro em si que dita essa regra.

3x30 – E a idade?

Ronnie Von – Também não... eu, com 18 anos, me apaixonei por uma amiga da minha mãe...

3x30 – Ela tinha 40 anos, né? Era separada?

Ronnie Von – Ela tinha 40 e eu tinha 18, ela era separada...

3x30 – Ela foi corajosa! E ela te assumiu assim?
(Patrícia: Ah mas ele era o Ronnie Von, gente!)

Ronnie Von – Eu era só um cadete da aeronáutica...minha família tinha recursos e ela tinha também, então não foi por interesse (risos).

(continua...)

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3x30 entrevista: Ronnie Von, todo nosso!




Numa manhã chuvosa de fevereiro, fizemos a primeira grande entrevista do blog. A estreia não poderia ter sido melhor: adoramos o Ronnie!! Foi a primeira vez que conseguimos estar as três ao mesmo tempo em uma entrevista. A demora na publicação se deve a um fato bem simples: como condensar em alguns posts duas horas de uma conversa deliciosa, feita na sala (chiquérrima) da casa dele no Morumbi? Depois de muito suor, conseguimos chegar a um formato final, ainda assim, muito grande. Por isso, soltaremos essa entrevista por etapas. Queremos repetir esse formato muitas vezes ainda.

Aproveitamos para fazer alguns agradecimentos especiais: ao Rodrigo Cardoso, por ter feito o meio de campo com o Ronnie, à Kika, esposa do Ronnie e um amor de pessoa, ao Rafael Hupsel, que conseguiu um espaço na agenda lotada dele para fazer as fotos, e a nossa mascote Silvinha, a menina maluquinha, que passou uma semana tirando a fita e rindo dos nossos comentários.

Esperamos que curtam e podem sugerir novas entrevistas!

Beijocas do Trio


3X30 – Nós temos um Blog, Ronnie, chamado 3x30 - Solteira, Casada e Divorciada...

(Débora) - Mas eu não sou mais casada...

(Isabela) - Mas eu vou casar esse ano.

Ronnie Von – Oooba!!!

3x30 - Você para nós é uma referência, nós o admiramos como profissional e como homem, descobrimos que você é nosso ídolo.

Ronnie Von – Vocês são muito novinhas para ter um ídolo tão velho! (risadas)

3x30 – Mas vamos começar...pra você a gentileza é a maior arma de sedução de um homem?

Ronnie Von – Não sei se é a maior arma de sedução, mas é um dever de um homem: a gentileza, o cavalheirismo, eu acho que isso que nos diferencia de certa forma de outros animais. O homem, na verdade, com essa brutal necessidade de auto-afirmação, acredita que é ele quem seduz. E o processo é completamente o oposto, a mulher é que conquista, ela é quem escolhe. E basta um olhar, aquele olhar meio de lado, que não é de fixação, é um olhar que faz você querer olhar de volta. No que fez isso, já escolheu.

3x30 – Jogou a isca! E vocês pescam!

Ronnie Von – Você treme dos pés a cabeça, fica suando frio, pronto tá resolvido, já escolheu, é aquele! E o imbecil vai achar que ele é o conquistador. Isso acontece porque nós somos produto de uma sociedade machista latino-americana, porque vocês mulheres são machistas, vocês criam seus filhotes para que eles sejam machinhos, e a menininha não. Outro dia ouvi uma avó orgulhosa que o netinho de cinco anos já tinha três namoradas...

3x30 – E tudo por causa da educação que nós mulheres damos...

Ronnie Von – Sim, vivemos num planeta matriarcal, as mulheres que mandam!

3x30 – Não é o contrário?

Ronnie Von – Não...uma guerra pode ser promovida numa alcova, num sussurro no ouvido. A mulher vira para o marido e diz “aquele general é tão calhorda”. Pronto, tá feita a guerra. Agora em relação à gentileza, cavalheirismo, educação, isso é um dever de todos.

3x30 – Mas tem aquela gentileza falsa, que está em um manual que é só pra conquistar, né?

Ronnie Von – Isso tem vida curta porque, depois da conquista, desaparece. Uma vez uma moça me conquistou de forma absurda e, embora eu não a amasse, foi uma coisa de encantamento. Disse: tô bem na fita! E ouvi até da mãe dela: espere até conhecer melhor...não deu outra.

3x30 – Ou seja, a mulher também faz isso, ela também é a falsa gentil para conquistar apenas.

Ronnie Von – Exatamente, isso vale para os dois lados, eu não separo muito essa coisa de comportamento em relação aos gêneros porque por força de uma circunstância que eu sei que não é única, mas é muito rara, eu fiquei com meus filhos. Todo mundo sabe disso e não foi por briga, não foi por conquista judicial, na minha visão foi por um gesto de amor da mãe deles.

3x30 – Mas ela não se sentiu culpada?

Ronnie Von – Talvez tenha sentido isso, mas ela sabia que eu tinha mais vocação.

3x30 – Reconheceu e passou a bola...

Ronnie Von – Passou a bola... e essa história acabou me fazendo conviver num ambiente feminino.

3x30 – Eles continuaram contato com ela? Tiveram a presença da mãe? Ou você foi realmente a mãe?

Ronnie Von – Não, durante algum tempo não...

3x30 – Você foi pai e mãe?

Ronnie Von – Eu não tive tempo para ser pai, fui mãe mesmo. Tinha momentos que eu me lembro em que eu botava a mão na testa, e dizia: vocês não valorizam o meu sacrifício!! Eu me martirizava: coitado de mim, tanta luta, tanta coisa. Foi muito complicado no início, mas eu me salvei porque a presença feminina foi fundamental na minha vida.

(continua...)

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3x30 é pauta de novo

O 3x30 foi tema de entrevista no site Juicy Santos, um novo guia de Santos para santistas e visitantes que traz tudo de mais atual e interessante sobre a cidade. Editado pelas blogueiras Flávia Saad, Ludmilla Rossi e Nathalia Ilovatte, ele aborda o que há de mais legal sobre o município mais importante do Litoral Paulista.

Na entrevista que eu dei para a Flávia, uma ex-colega de redação do jornal A Tribuna, conto um pouquinho sobre como o nosso blog surgiu, como ele é feito, nossos planos e, claro, falo também da vida de solteira.

Entrem, comentem, sigam e botem no Favoritos. O layout é lindo, os temas são diversificados e os posts, bem escritos. Ou seja, tudo juicy (gíria para tudo que dá água na boca, mesmo que não seja comida). A gente indica!

Vida longa ao Juicy Santos!

Patrícia - A Solteira

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Mulheres e renda


A entrevista com a patrona do feminismo brasileiro, Rose Marie Muraro, 80 anos, na Folha de S. Paulo, foi a melhor coisa que eu li nos jornais essa semana. Assunto para vários posts, mas quis registrar aqui o ponto que mais me chamou a atenção entre todas as coisas bonitas e ótimas que a entrevistada sabiamente colocou: a igualdade de salários entre os sexos, principalmente entre as camadas menos favorecidas da sociedade, ajuda a combater a pobreza.

Eu explico: de acordo com a autora, 97% dos movimentos de transformação da pobreza no Brasil estão nas mãos das mulheres, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, por exemplo. O que é ótimo, já que, de modo geral, somos mais cuidadosas com os recursos da família. “É uma questão biológica. A mulher é obrigada a proteger a vida. O homem é obrigado a buscar comida. Daí as guerras, a corrupção”, disse Rose à Folha.

Por tudo isso, diz a pioneira na luta pelos direitos da mulher no Brasil, dar mais poder e renda às cidadãs é estimular o desenvolvimento social. Outra informação interessante citada na entrevista: “As Nações Unidas fizeram uma pesquisa em 121 países e descobriram que com mulheres no poder cai o nível de corrupção. O homem pensa primeiro nele e depois nos outros, daí sai a corrupção. A mulher pensa primeiro nos outros depois nela”.

Não é tudo? Eu achei. A generosidade feminina, aliás, esse pensar no outro além de si, é o traço que eu mais admiro em nós. Os meninos que me desculpem, mas, exceções à parte, nós somos infinitamente menos egoístas.

Rose Marie Muraro é minha pastora e nada me faltará. Se liga nela você também, Dilma! Vamos “empoderar” as mulheres de baixa renda.

Ótimo finde a todos, beijos,

Isabela – A Divorciada

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Pelo direito de ter opções

Passei um Carnaval típico de uma solteira. Não, não fui para Salvador disputar quem beija mais. Fui para o "mato" com outras meninas em período de entressafra (traduz-se: entre um relacionamento e outro). Mulheres que classificaria como sozinhas, mas não como solitárias. Que mantêm o alto astral mesmo isoladas em um sítio e rodeadas de mulheres. Uma turma tão "mente aberta e coração tranquilo" que consegue até rir com filmes romanticamente dramáticos e músicas melancolicamente tristes.

Enfim, foi um feriado de muita risada e também terapia em grupo, como não poderia deixar de ser com tanta mulher cheia de história para contar. Uma das pautas foi "ter ou não ter filhos". O assunto surgiu por causa de uma matéria muito interessante da revista TPM deste mês. A reportagem traz entrevistas com mulheres que decidiram não deixar herdeiros, pelos mais variados motivos. Uma, porque acha que não tem talento para ser mãe; outra, porque quer dedicar a vida a outros objetivos, e por aí vai. Entre nós, também tinha opinião de todo tipo. A que sempre sonhou em ter filhos, mas como o casamento acabou, parou de pensar a respeito e não se tortura com a ideia de não ter. "Se passar meu tempo, adoto numa boa, sem problemas", diz. A outra disse que não se imagina como mãe. "Confesso que não me vejo com filhos, mas é duro dizer isso para as pessoas e sentir olhares como se você não fosse normal", lamenta. Da minha parte, acho que ter filhos é consequência de um grande amor e a necessidade de perpetuar esse sentimento através de um ser em comum, ou seja, levar às últimas consequências essa ideia de compartilhar a vida. Portanto, ter filhos não é algo que simplesmente se decide, é preciso estar dentro de um contexto. Do contrário, nem dá para responder direito à pergunta: "Você tem vontade de ter filhos?" Como assim, se ainda não conheci o pai deles?

Teorias e opiniões à parte, o que acho muito positivo é essa mulherada toda podendo escolher o que quer da vida. Nossa maior conquista nas últimas décadas não foi termos direitos iguais aos dos homens. Mas ter poder de escolha, ou seja, se queremos ou não casar; se vai ser na igreja ou não; se queremos dar a volta ao mundo em vez de ficar grávidas; se é melhor ter vários parceiros ao invés de um só etc. Isso que considero valioso, já que até há bem pouco tempo, não tínhamos para onde correr. E sofríamos muito mais quando tomávamos decisões sobre as próprias vidas em desacordo ao esperado.

Viva nossa liberdade de tomar as rédeas do nosso destino. Embora mais complexa, nossa vida ficou muito mais justa e emocionante.

E feliz Dia das Mulheres atrasado!

Patrícia - A Solteira

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Nova seção!!

Gente, a partir da quinta da semana que vem (dia 17), o post do dia será de vocês. A nova seção, "Conte seu Dilema" vai funcionar assim: você manda uma questão que está te angustiando, te tirando o sono ou simplesmente algo que gostaria de compartilhar e todo mundo contribui dando sua opinião. Não precisa se identificar, se não quiser dizer o nome.

Podem começar a mandar suas contribuições!

Beijos mil

Do Trio!

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Ser mulher é...

(Complete você a frase)

Tenha um lindo Dia da Mulher carnavalesco!

Beijos do Trio

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Raquel, Deborah, Bruna


Em setembro de 2004, fui entrevistar uma garota de programa que estava fazendo sucesso com seu blog. Ela atendia por Bruna Surfistinha e não revelava seu nome de forma alguma. Quando entrei no apartamento dela, onde ela fazia programa, encontrei uma menina de 19 anos, tímida, um pouco temerosa de dar entrevista para uma revista semanal. Seis anos depois, a reencontrei mais leve, solta e segura de si, alguns dias antes da estreia do filme que conta a sua vida. Hoje ela diz, sem medo de ser feliz, que se chama Raquel e que a Bruna Surfistinha foi um personagem que ela precisou criar no auge de sua rebeldia adolescente. Entendi ainda melhor tudo isso quando fui ver o filme. Ser prostituta, por mais estranha que pareça, foi a forma que ela encontrou de achar seu lugar no mundo.

No filme, quem a interpreta, como todo mundo sabe, é a Deborah Secco. Achei a interpretação dela incrivelmente boa, o que me surpreendeu. Depois de “Confissões de Adolescente”, nunca mais gostei dos papéis dela. Isso porque, como a Raquel, ela também precisou criar um personagem para sobreviver em meio à selva global. Criaram uma nova Deborah, nada moleca, super gostosa, que está em absolutamente todos os papeis dela da TV. Mas foi assim que ela se garantiu como primeiro escalão da emissora. Ao vê-la fazendo Bruna Surfistinha, a senti livre, confortável no papel. A mesma sensação de conforto que senti em Raquel.

Acho que a Bruna, no final das contas, fez bem para as duas.

Débora – A Separada

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O libanês da Tucuruvi


Senhoras e senhores, com vocês, Hussein Abdo El Selam, mais conhecido como Seu Jamil, ninguém mais, ninguém menos, que o presidente da escola de samba Acadêmicos do Tucuruvi, em São Paulo. Entrevistei essa figuraça essa semana, para reportagem na Agência de Notícias Brasil Árabe (ANBA).

Espero que vocês gostem dele como eu gostei. E se inspirem nesse amor à vida e ao Carnaval. Para ler, basta clicar aqui.

Boa folia para quem é de folia. Bom descanso para quem for descansar.

Beijos,

Isabela – A Divorciada

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Dez músicas de Carnaval que eu adoro



Bora começar a esquentar os tamborins? Então lá vai, deixo vocês com os meus dez hits carnavalescos prediletos. E espero para saber as escolhidas nos comentários, sim? A lista:

1) Bela. Meu frevo!!! E escrito por ninguém mais, ninguém menos, que Capiba, o mestre. Você diz que ela é bela, ela é bela sim senhor, também poderia ser mais bela, se ela tivesse o meu amor.

2) Explode Coração. Amo samba enredo. E esse do Salgueiro, de 1994, é mais que demais: Explode coração, na maior felicidade, é lindo o meu Salgueiro, contagiando e sacudindo essa cidade...

3) O Amanhã. Outro clássico: Como será amanhã, responda quem puder, o que irá me acontecer, o meu destino será como Deus quiser. O negócio é viver, minha gente!!! Pagar para viver, eu acho.

4) Máscara Negra. Bravo, bravíssimo: Quanto riso, oh quanta alegria, mais de mil palhaços no salão, Arlequim está chorando pelo amor da Colombina, no meio da multidão...

5) Elefante (o hino do bloco de mesmo nome). Cortando os pulsos de saudades: Olinda! Quero cantar, a ti, esta canção, teus coqueirais, o teu sol, o teu mar, faz vibrar meu coração, de amor a sonhar, em Olinda sem igual, salve o teu Carnaval!

6) Chuva, suor e cerveja. Eita frevinho bom do Caetano, para sair pulando: Não se perca de mim, não se esqueça de mim, não desapareça, a chuva tá caindo e quanto a chuva começa eu acabo de perder a cabeça....

7) Valores do Passado (hino do Bloco de Saudade). Eu sei, eu sei, tem Olinda demais nesse post, fazer o que? E o Bloco da Saudade assim recorda tudo o que passou...

8) Depois que o Ilê passar. Nunca passei o Carnaval em Salvador, falha a ser corrigida um dia, deve ser o máximo. Adoro essa melodia: Me pegue agora, me dê um beijo gostoso, pode até me amassar, mas me solte quando o Ilê passar...

9) Deusa do Amor. Olodum!!! Tudo fica mais bonito você estando perto, você me levou ao delírio por isso eu confesso, os seus beijos são ardentes, quando você se aproxima o meu corpo sente...

10) Posso sentir. Chiclete com Banana, senhoras e senhores, hahaha!!! Eu não renego jamais a axézeira que existe em mim. Nem desdenho as canções que eu ouvia quando tinha 15 anos. Essa é muito fofa, vai: Posso sentir, chego a tocar na sua mão, cantar cantar a beleza da vida, me faz querer seu coração...

Bom Carnaval, lindões e lindonas. Pulem, dancem, descansem, relaxem, quebrem tudo por mim, que vou ficar quietinha, arrumando a minha casinha.

Besitos,

Isabela – A Divorciada

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Posso dar um conselho? Não dê conselhos!

Um dia uma amiga chegou preocupada e me disse: Dé, você não pode deixar a Godofreda fazer aquela merda! A merda, no caso, era ir morar com o namorado. Fiquei meio sem reação: Oi? Afinal, o bonitão da Godofreda não era, até onde sei, assassino, alcoólatra nem 171. E, ainda assim, e se ela tivesse uma quedinha por um um-sete-um? Quem sou eu para deixar ou não alguém fazer alguma coisa? Já meti o bedelho de forma inconveniente na vida de amigos e parentes quando era mais nova. Hoje, não faço mais isso. Quer fazer algo que pode ser doloroso? Faz! Dói, mas a gente se recupera. Na nossa idade ninguém é mais criança – faz tempo. E se tudo der errado, serei sempre ombros e ouvidos. Só falo algo mais contundente quando alguém praticamente me intima a dar uma opinião, digamos assim, mais incisiva (amigas são terríveis quando apaixonadas, abandonadas, bêbadas e acima do peso).

Por ter adotado essa postura, fico pasma quando ouço gente me dando conselhos do tipo “não compre uma casa”, “não compre um carro”, “não namore homens carecas” ou “essa roupa te deixa gorda”. Não perguntei, perguntei? Pior ainda quando estou feliz contando uma conquista ou uma grande decisão e ouço da outra parte: você tem certeza de que é isso que quer? Por isso aprendi a ser meio surda quando quero. Se tenho muita certeza de que vale a pena pedir demissão para ir viver nas Ilhas Fiji vendendo Havaianas, as legítimas, só faço sorrir e me fazer de louca se alguém me diz que estou...louca.

Tenho cá para mim que a imensa maioria que opina de forma muito invasiva só que ter o prazer de mostrar que está certo. São os donos da verdade. E, quando tudo dá errado, a pessoa diz, babando de felicidade: não te avisei? Ta, Mãe Dinah, avisou. Mas eu quis quebrar a cara mesmo assim. Porque eu precisava. Porque só aprendemos, e crescemos, se vivemos. Fica você aí com sua bola de cristal e sua bolsa de apostas. Eu fico com a vida.

Por isso, aproveito esse post para ser exatamente isso tudo que condeno e dar uma de autoritária: tome muito cuidado ao dar conselhos!

(Estou ou não estou certa?)

Débora – A Separada

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Os navios do meu avô


Quando Vovô Miguel deixou Arapiraca, e a casa onde criou os oito filhos, para morar em Maceió com Tia Leda, há quase 14 anos, todo mundo se perguntou se ele ia reagir bem. Se não ia sentir falta das raízes, do agreste, dos irmãos, da feira, da vida que levou até os 73. Qual o quê, o banzo foi zero. E as águas verdes da Praia da Jatiúca, onde vive Tia Leda, passaram a ser a sua maior referência.

Uma década depois, mais ou menos, a casa dos meus pais passou a ser o endereço do protagonista desse post. Lá ele teria mais espaço, sua rede na varanda, uma mangueira para tirar manga no pé e Quitéria, a asssistente da minha mãe, ao alcance de dois dedos de prosa quando os demais moradores estivessem na rua.

Cena 3, janeiro de 2011. Painho e mainha se mudam para um apartamento, por motivos de ordem prática de simplificação da vida. Vovô não deixou de protestar (acho que o DNA da causação está nos genes dos Pereira, pelo menos dos meus Pereira): “Como vocês vão deixar uma casa dessas para ir morar numa gaiola, num apartamento?”, “Morar numa prisão?”, “Eu não vou querer ir para lá”.

Fevereiro de 2011, final de semana passado, direto da varanda do apê dos meus pais, Vovô Miguel não larga sua rede amarela por nada no mundo. E, quando em quando, vai chamar Quitéria na cozinha para mostrar o última embarcação que atracou no porto, que ele vê de longe, do alto (a mesma vista da foto acima). “Venha ver os meus navios, Isabela, nesse instante parou um bem grande”, me disse ele no sábado. Lembranças da casa velha? “Não, aqui é que bom, tudo moderno, ficou bonitão o apartamento”. Morta de saudade, não consigo esquecer da imagem dele sorrindo, com aqueles olhinhos brilhantes a me lembrar que flexibilidade, resistência e bom humor ajudam a gente a ser feliz dos 8 aos 86.

Isabela – A Divorciada

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Sobre porque as mulheres mantêm um PA

Quem não sabe o que é PA pergunte para a amiga do lado.

Estes dias surgiu este assunto em uma roda de balzacas. Teve aquela que condenou quem tem PA, dizendo que não somos como homens que conseguem manter uma relação só para se aliviar de vez em quando, do mesmo jeito que compramos um sapato novo ou inventamos um novo corte de cabelo. Outra disse que esses “amigos” não passam de sacanas, que só nos usam e que, no fundo, a gente queria mesmo é que eles nos pedissem em namoro. E teve quem defendeu, dizendo que é um PA é muito bom para curtir um dia de romance quando não temos parceiro fixo ou quando sentimos falta de sexo e não queremos um parceiro fixo.

Fiquei matutando sobre isso e acho que, independentemente das razões ou consequências de se ter um PA, o mais importante é sempre a sinceridade dos dois lados. Aquela história de combinado não é caro, sabe? O jogo aberto é que importa nestas horas, aliás, em qualquer hora, mas quando trata-se de algo assim, digamos, tão solto, deve haver ainda mais sinceridade. Se pararmos para observar, tem muito relacionamento informal onde impera muito mais respeito e sinceridade que vários namoros ou casamentos certinhos por aí. Fico meio revoltada com gente que bota banca de moral e ético e a pobre (ou o pobre) do parceiro mal sabe o que se passa em suas cabeças ou a vida paralela que esta pessoa leva fora daquela fachada.

Enquanto há pessoas que se relacionam com muita maturidade e respeito mútuo, com tudo às claras, mesmo quando não há compromisso. Aliás, compromisso, na minha opinião, é muito mais do que alianças, cerimônias, rótulos ou nomenclaturas. Relações amorosas já são complicadas por si sós, por isso, bem que podiam ter a honestidade como preceito número um. Seriam em menor número os mancos e estrupiados por causa das coisas do coração.

Patrícia - A Solteira

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