Rodízio de bebê
A hora do bebê é sagrada, e isso também vale para os pais. Depois dos três meses do recém-nascido, na verdade uma fase na qual os pais passam por um teste de sanidade mental, o rebento ri, os dentinhos estão saindo, ele já fica em pé e engatinha pela casa toda. Nesta época a creche já é uma realidade concreta.
Mas, e quando o bebê não está com as tias da escolinha, quem fica com a criança? O pai e a mãe, diriam aqueles que não fazem a menor ideia da encrenca. Sim, é óbvio. Só que mãe e pai também são gente. Que tal ela ter uma horinha para ir ao salão e, por exemplo, cortar o cabelo que está do tamanho da Rapunzel há meses? E o pai? Este também tem o seu quinhão. Que preciosa é uma tarde de sábado na frente do videogame. Sim, porque ninguém precisa ser adulto o tempo todo só por que não usa fraldas faz tempo.
Aí é que entra a ideia salvadora do rodízio de bebê. Conhecem a Supernanny? Aquela babá inglesa que visita lares onde os filhos são um descontrolados e os pais uns bobocas? Pois a Supernanny - nome real, Joe Frost - bota a casa em ordem lançando mão de metas, conversas e umas tabelas básicas do tipo, "quem faz o quê".
Outro dia, vi um casal bem próximo conversando sobre o assunto. De fazer um calendário de revezamento entre eles. Assim, os dois distribuem o tempo de forma justa, curtem o filhote juntos e, também, arrumam um tempinho para si mesmos. Enquanto um fica com a criança, o outro sabe que pode sair tranquilo para fazer um programa só seu. Nem que seja dormir além da conta em casa.
Ouvindo o papo, até já imaginei um calendário com os nomes de cada um, os dias da semana e os horários. Se caiu a carinha do bebê para um, é porque a responsa de entreter o filhote naquele dia e horário pertencerá a um dos dois. E pensar que, não faz muito tempo, tinha muito pai que não sabia nem trocar uma fralda.
Giovana - A Solteira