Canções de amor...

Dia de convidado especial. Especial e fofo, um gentleman que nos atende prontamente sempre que pedimos post: Luiz Otero, jornalista e amigo, autor do blog Musicalidades. Na pauta, canções de amor. Expert que é, ele garimpou algumas melodias lindas de morrer para nós. Fiquemos com ele.

Thanks, Luiz! Mais uma vez, muito obrigada pela colaboração. E pela sua gentileza para conosco.

Beijos, lembrando que nós estamos assim, meio de férias, em janeiro,

Isabela – A Casada

A equipe do 3x30 me incumbiu de uma missão difícil: tentar selecionar algumas das canções de amor mais emblemáticas. Aquelas que povoam o inconsciente da memória popular há vários anos e que, de certa forma, ainda continuam cumprindo o seu papel, que é o de colocar o amor em seu devido patamar de devoção. O fato é que há uma linha muito tênue entre o piegas e o romântico. Fica difícil estabelecer parâmetros, pois sempre há uma tendência do ser humano para o chamado pré-conceito. O que para um soa brega, para outro pode representar um momento especial de lembrança, como um primeiro encontro de olhares com a mulher amada. Mas vamos a alguns exemplos produzidos em nossa terra brasilis, para quem busca algo nesse estilo romântico.

Creio que há uma certa unanimidade quando se cita Carinhoso, o clássico de Pixinguinha, com letra de João de Barro, o Braguinha. Não bastasse a melodia ser incrivelmente bela, a letra continua sempre acessível nesses tempos infestados por redes sociais. Quem é que não diria para a pessoa amada que o coração bate mais feliz ao lado dela?

Outra unanimidade é o clássico de Tom Jobim e Vinícius de Morais, dois românticos incorrigíveis. Eu Sei Que Vou Te Amar é de uma profundidade ímpar, uma letra que transborda paixão até o teto, emociona em qualquer lugar do mundo.

Nos anos 80, Ivan Lins cantou em dueto com sua então esposa Lucinha uma das composições mais românticas de seu repertório, que leva somente Amor no título. Isso por si só encerra a justificativa para entrar nessa breve seleção.

O Rei Roberto Carlos é outro romântico incorrigível. Produziu ao longo de seus mais de 50 anos de carreira uma série de canções que com certeza embalaram milhares de romances pelo País. Esta é a minha preferida do Rei: Como é Grande o Meu Amor Por Você

Djavan tem composições românticas bem emblemáticas em seu repertório. Alguns diriam sem pensar que Meu Bem Querer é a maior delas. Mas a que mais gosto, por causa de minha esposa, é claro, é Pétala. Uma outra pintura de letra e melodia

Tim Mais compunha e cantava como ninguém. E quando se metia a cantar música romântica, sempre emocionava. Esta canção é de sua autoria e tem uma letra simples e sempre atual. Qual mulher resistiria aos versos de Você, composição de um disco da fase inicial?

Cassiano não teve uma carreira constante no que se refere ao lançamento de discos. Mas deixou pérolas românticas e incrivelmente perenes, como a canção Coleção, que volta e meia é regravada por algum artista nacional.

Maria Bethânia decidiu gravar esta canção, que segundo ela mesma informou em uma entrevista, era jingle de propaganda de um motel nos anos 70. Cheiro de Amor é uma das suas melhores interpretações, com uma letra e melodia que caíram com uma luva em sua voz incrivelmente cheia de amor.

Sonho Real é de Lô Borges e Ronaldo Bastos. Não é muito conhecida do grande público, mas tem uma letra bem inspirada, com versos marcantes como Felicidade pode estar pelo sim ou Vem meu anjo torto/Abusar do meu conforto/]Ser meu bem em cada porto/Que eu ancorar.

E vou parando por aqui. Tenho certeza que quem ler esse texto sentirá falta de alguma composição que não foi incluída. Até porque o amor, como alguém já cantou antes, é infinito por natureza, e não se encerra em si próprio. Se renova a cada dia que passa, quando é verdadeiro e autêntico.

Luiz Otero – O Casado Romântico

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UFC: Não curti



Antes que alguém me acuse, eu já vou logo dizendo que sou a pessoa mais ignorante do mundo em matéria de esporte. Burra com quatro Rs, como dizia um tio meu. Mesmo sendo uma leiga total, não consigo deixar de me espantar com o fato de que, nos últimos cinco minutos, todos os homens do mundo passaram a ser fanáticos por UFC, algo que eu não sabia nem que existia até então.

Guarda Belo é fã e diz que adora desde os tempos do VHS. Eu acredito quando o meu marido diz isso, mas acho que ele é uma exceção. E que o fator modinha prevalece: se alguém achou bacana, todo mundo passa a achar. Preguiça, muita preguiça dessas bombações instantâneas.

Tenho ainda outros motivos para não curtir o UFC. Em primeiro lugar, não gosto de ver gente brigando e apanhando. Me deprime. Em segundo, vamos combinar que esse é um campeonato muito mala em termos de dias de exibição? Gente, tem luta todo sábado à noite (ou quase, sei que posso estar escrevendo bobagem, me corrijam)!!! Existe coisa mais insuportável do que você querer sair para jantar, ou mesmo ficar em casa e pedir uma pizza, abrir um vinho, e o seu parceiro ali, ansioso pela disputa que vai começar na madrugada? Nada contra esportes de meninos, pelo contrário, acho sexy ver Guarda Belo torcendo pelo Timão, mas futebol tem na quarta, no domingo à tarde, tudo bem. Mas sábado à noite, fala sério, tinha que ser assim?

E tem mais: não sei como, nunca conseguirei entender, todo final de semana o espertinho que inventou o UFC inventa mais uma luta incrível, histórica, absurda, que todos os aficionados do mundo precisam ver. Como se fosse uma final de Copa a cada sábado. Algo completamente imperdível que, se não estiver à disposição na TV, vai estar na internet. Alguma criatura sem coração vai mandar o link para o seu marido ver. Certeza.

Guarda Belo me diz que sabe de várias mulheres que gostam de UFC. Sim, natural, gosto não se discute. É claro que, diferentemente de mim, outras meninas podem amar. Mas, além daquelas que genuinamente apreciam a coisa, é preciso destacar dois outros grupos: 1) As Marias Octógono, que têm fetiche; 2) As dissimuladas que dizem que adoram só para conquistar a simpatia masculina. Definitivamente, as duas situações não fazem parte do meu show.

Baby, pode continuar vendo o seu UFC. E me chamando para conferir aqueles golpes sensacionais que você garimpa no You Tube. Vou continuar me levantando do sofá para ver. Porque te respeito e porque quero conhecer as coisas das quais você gosta. Isso além de concordar que sim, algumas manobras de fato são fora desse mundo. Mas saiba: aqui e ali eu posso pedir para a gente esquecer essa vibe de luta, só para variar um pouquinho.

Pode ser?

Isabela – A Casada que não curtiu o UFC

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Eu, piriguete

Deu no IG. Ao lado de uma matéria sobre igualdade entre mulheres (feita pela excelente Verônica Mambrini), havia uma outra sobre a caça às piriguetes nas redes sociais. Impossível não ligar uma coisa à outra. Na primeira matéria, um ranking sobre os países ideais para uma mulher viver. Na Islândia, Noruega e Finlândia, as mulheres ganham como os homens, são compreendidas no mercado corporativo durante a maternidade, têm representação política e liberdade sexual (apêndice meu, já que a matéria não diz isso).

A outra matéria fala sobre o modismo de posts anti-piriguetes no Facebook e no Twitter. O mundo, segundo os defensores da moral e dos bons costumes, se divide entre as mulheres que “só servem para transar e traem na primeira oportunidade” e as que “não querem ir para a cama sempre e servem para casar”. Tremi! Seria eu, então, uma piriguete? Pois se ser piriguete é fazer sexo quando se tem vontade, então sou. Se é dançar funk na festa e se jogar na pista sem medo, então sou. É ter transado com mais parceiros que cabem na mão esquerda? Que bom. Se tudo isso é ser piriguete – só não tenho silicone no peito e não curto roupas curtas – então aderi. Eu sou. Mas também sou monogâmica, apaixonada e casadoira. Então, a qual espécie eu pertenço? Posso ser uma mulher-de-verdade-piriguete? Que conflito!

Sempre flertei mais com a puta que com a princesa. E desconfio fortemente que a princesa sempre teve muita inveja da puta. Assim como o gay enrustido é o primeiro a cometer bullying contra o gay assumido, as mulheres que se privam do prazer descontam nas que nada temem.

Muito medo disso.

Se esse movimento crescer, vou me embora para Islândia. Duvido que lá exista esse abismo tão grande entre piriguetes e casadoiras.

Débora – A Piriguete

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Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios



Uma pausa nas nossas férias para indicar um livro para as férias de vocês. Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios foi o último título que eu li em 2011. Presente de Natal da minha amiga Carolzinha, a quem dedico este post e agradeço mais uma vez, agora publicamente, pela grata surpresa que foi esse romance de Marçal Aquino.


Uma história forte, uma história dura, de personagens complexos, dos quais não se esquece ao final da leitura. Uma história de amor. Uma não, várias. No centro da trama está o triângulo amoroso formado por Lavínia, Ernani, seu marido, e Cauby, seu amante. O cenário é uma cidade do interior do Pará. O que mais mexeu comigo? O fato de como o amor mudou a vida do trio de protagonistas, o impacto surgido do encontro entre Lavínia e Ernani e, depois, entre Lavínia e Cauby.


E isso tudo embalado num texto envolvente, bonito, nada óbvio (a começar pelo título, né?). A ponto da gente adiar a leitura para não ir muito rápido e acabar logo (são 229 páginas, não é muito). A boa ambientação dos cenários também ajuda, sem falar que eu tenho loucura para conhecer o Pará.


Taí um livro para não ser esquecido. E guardar na estante dos prediletos. Recomendo mil vezes e agora quero ler tudo do Marçal Aquino, tarefa a ser executada depois que terminar os três outros títulos que me esperam na cabeceira nesse momento.



Em tempo: em breve, estreia o filme adaptado da obra. Camila Pitanga é Lavínia, a protagonista. Não é para qualquer uma não, imagino que seja a personagem mais complexa que ela já interpretou na vida, mas, aprovei a escolha. Ela é talentosa, acredito que deu conta do recado. Se não der, também não tem problema nenhum: o trabalho de Marçal Aquino é muito maior, vai além, está aqui comigo. Sempre estará.



Besos, besos, besos, boa leitura, estamos assim, meio de férias em janeiro, só para lembrar,




Isabela – A Casada

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A camisola branca de Helena

Momento da leitora. Hoje, a Helena, uma querida, do Recife, Pernambuco, nos conta a sua história de superação. Do casamento ao divórcio, ela deu a volta por cima. E se descobriu muito mais feliz. Fiquem com ela.

Beijos, Helena, super obrigada pelo texto. Volte sempre, como leitora e como autora. Beijos a todos, boa semana para nós,

Isabela – A Casada


Ela estava linda vestida de noiva. Vestido branco e flores no cabelo. Seus olhos verdes brilhavam de alegria. Então ela disse Sim. Mas, naquele momento, não imaginava o que estava por vir... Recém casados, ele disse a ela que queria dormir em quartos separados, já que ela, segundo ele, se mexia a noite toda, virava de um lado para o outro, o que fazia com que ele acordasse toda hora e não dormisse direito, prejudicando seu rendimento no trabalho e fazendo com que ficasse muito cansado no dia seguinte. E os dias, semanas, meses foram se passando e eles dormindo separados. Ela argumentou, questionou, afirmou que essa situação estava afastando-os, mas ele se manteve firme e forte nessa decisão. E ela já estava achando que tinha algum distúrbio do sono ou algo parecido...

Não contou para nenhuma amiga porque tinha vergonha dessa situação. E ele também não a procurava mais. Dizia que ela também tinha um osso... Um osso bem “lá” que impedia/dificultava o amor entre eles. Além de um distúrbio do sono ou algo parecido, agora ela também tinha outra coisa, o “osso”.

Com o passar do tempo, a auto-estima dela foi diminuindo. Ela não se achava bonita, nem atraente, nem sexy. Afinal, seu marido não queria dormir nem fazer amor com ela. Então, ela focou no aspecto profissional. E o tempo foi passando dessa forma: eles dormindo em quartos separados, vivendo sob o mesmo teto como dois amigos/colegas.

Um dia, com alguma esperança de mudar alguma coisa, ela vestiu uma camisola sexy branca e ele riu dela. Disse que ela estava fora de forma. Pronto: com distúrbio do sono, um “osso” no lugar errado e fora de forma. E ela chorava sozinha assistindo filmes, ouvindo músicas, pensando em tudo o que era para ter sido e não foi. E ela não enxergava o futuro. Ela não se imaginava vivendo essa situação por mais muito tempo. Não foi isso que ela desejou para ela. Ela queria viver um amor intenso, verdadeiro, com tudo a que tinha direito.

Esse amor chegou um dia. Ele era amigo de uma amiga dela. E ele disse que ela estava linda. Há quanto tempo ela não ouvia algo parecido! Ficou tão feliz! Quase nem acreditou que um homem ainda podia achá-la linda! E ele a conquistou com seu jeito tão carinhoso e por achá-la tão inteligente e linda. Sempre ele dizendo como ela era linda. E gostosa também. Mas ela ainda era casada. E não sentiu culpa nenhuma, por que sentiria? Com ele ela redescobriu a vida! Com ele seus olhos brilhavam como há muito não se via. E ela se sentiu desejada, gostosa e linda. Então resolveu ser livre e foi embora de casa. Livre como um pássaro. Sofreu muito, sim. Mas era preciso ir embora e recomeçar. Recomeçar sem ele, o marido. Deixou para trás a família que quis formar com ele. E também o sonho de ser mãe, de um filho dele. Sozinha, encontrou nas amigas apoio e carinho. Sua família também a confortou.

E percebeu que para ser feliz bastava sua família, suas amigas e sua realização profissional. Apaixonou-se novamente dois anos depois, mas ele não se apaixonou por ela. Sofreu. Mas foi em frente, mesmo com o coração aos pedaços outra vez. Outra decepção ela não iria aguentar. E resolveu focar na dança. Então saiu por esse Recife dançando nos bailes. Sim, aprendeu a dançar e como a dança a fazia feliz! Adorava rodopiar p/ lá e p/ cá com suas saias floridas. E, dançando por aí, ela conheceu ELE, que adora dormir com ela, a acha linda, atraente, gostosa e sexy. Inclusive usando a tal camisola branca.

Helena – A Divorciada

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Seu Dilema: Devo me separar?

Meu nome é Inês, tenho 30 anos. Confesso que nunca fui muito de partilhar a minha vida, mas pedir conselhos, opiniões ou somente desabafar com a família ou com os amigos está fora de questão, não teriam a imparcialidade que necessito.

Estou casada há oito anos, com todos os altos e baixos que isso implica. O Francisco, meu marido, é uma excelente pessoa. É educado, inteligente, culto. Uma pessoa que é capaz de fazer tudo pelos amigos. Não temos filhos, mas se tivéssemos sei que ele seria um excelente pai. Contudo, como marido, confesso que ele me deixa a desejar. Nunca foi muito romântico ou carinhoso, mas sempre pensei que pudesse mudar um pouco ou que eu me habituasse ao fato de ele ser assim. Não aconteceu.

Cheguei ao ponto de pensar que o defeito era meu. Que eu é que sou demasiado exigente. Percebi que não. Julgo que quando amamos, gostamos não só de dar, mas também de receber. De sentirmos que somos amadas, desejadas. Que somos importantes para o objecto do nosso amor. Eu não sinto isso. Sinto que faço parte da casa. Um bem adquirido. Já tentei explicar várias vezes o que sinto, ele promete mudar e muda, mas só durante algum tempo. Depois volta tudo ao mesmo.

Eu sei que tenho defeitos e esforço-me para mudar, mas sinto que só eu estou a lutar para manter a nossa relação viva. Parece que luto sozinha. Parece que é algo que só eu quero. Recentemente passei por uma situação em que precisava mesmo muito do apoio e do amor dele, ele não esteve presente. Doeu muito. Aliás, muitas vezes ele não está presente em momentos que sabe que são extremamente importantes para mim. Estou cansada. Penso, vale a pena continuar uma relação assim? Será que as partes boas superam as más? Sinceramente já não sei.

Há algum tempo entrou outra pessoa na minha vida. O Duarte. Ele entende-me e preenche o vazio deixado pelo Francisco. Já chorei muitas vezes no ombro dele, já recebi conselhos, apoio. Algo que sinto que não tenho em casa. Acabamos por nos envolver mais do que desejávamos. Às vezes penso que seria mais feliz com ele. Talvez fosse. Sinto que a minha relação com Francisco já chegou ao fim há muito tempo e que apenas nós é que não queremos ver. Porque gostamos de estar juntos, temos uma história, mas acho que já não é amor.

Não quero nem vou acabar uma relação para começar outra. Se acabar terá que ser por mim. Não por haver alguém. Acho que o Duarte serviu para me mostrar o que me falta. Que afinal não é errado querer mais atenção, mais carinho. Sei que o Francisco não merece o que lhe fiz, mas acho que também não mereço estar com ele e sentir-me sozinha e abandonada.

Sei que é errado mas aconteceu. Acho que me estou a apaixonar pelo Duarte, estamos muito próximos, sinto-me muito bem perto dele, mas não quero pensar nisso. Não quero que isso influencie qualquer decisão que tome.

Honestamente acho que precisava mesmo de passar um tempo sozinha. Longe de tudo e todos. Infelizmente isso não é possível. E qualquer decisão que tome não vai ser com o distanciamento necessário. Espero, que qualquer que seja a decisão, que seja a acertada.

O que vocês acham? Obrigada pela ajuda.

Inês

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Férias!!

Queridíssimos,


pela primeira vez em três anos de blog, vamos tirar umas férias daqui. Esse mês será de descanso de posts, de revisão de ideias e de criação de um novo projeto do 3x30.

Não vamos sumir completamente. Se der na telha, baixamos por aqui vez ou outra. Até para não deixar nosso cantinho totalmente abandonado.

Ideias, sugestões e críticas, podem mandar pelo gmail ou Facebook.

Até breve!!

Ótimo janeiro =)

beijos, beijos, beijos

O Trio

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