sexta-feira, 2 de julho de 2010

Paixões tóxicas – Parte I

Na semana passada eu recebi alguns depoimentos para uma matéria que estava fazendo sobre “paixões tóxicas” (leia aqui). No final das contas, acabei nem usando na revista. Pedi às autoras para publicar aqui no blog. Elas só me pediram em troca o anonimato. Justo! Pois aí vai o primeiro relato, sobre uma relação de “sexualidade tóxica”.

Enjoy it!

Beijos,

Débora – A Recasada

Um raio cai sim - três vezes no mesmo lugar!

A primeira vez foi tal qual chuva de verão. Aos 19 anos, um namoro cheio de ternura, no sofá da sala e repleto de desejo. Foi a minha primeira transa.Tensa, cheia de culpas, mas povoada de delícias. Terminou porque surgiu alguém mais próximo aos meus sonhos.

A segunda vez veio tal qual tsunami. Aos 48 anos, o mesmo namorado ressurge, mal casado, assim como eu. E foi o fogo na palha, ardeu até queimar, virou obsessão. Qualquer situação era motivo para sexo em estado puro. Atravessava a cidade com pães para um café da manhã a dois na cama. A webcam assistia cenas eróticas jamais imaginadas. Após uma reunião de trabalho, sexo no carro em plena luz do dia. No aeroporto houve atraso de voo, mais tempo para um café ardente no quarto do hotel . Na praia, amor dentro d´água até causar hipotermia. Ginástica na academia? Logo um banheiro podia nos acolher. E tantas situações... até começar a beirar o perigo. Corta.

A terceira vez foi quando ele rompeu comigo. Doeu nos ossos, doeu na alma, mas minha paixão – doentia - não percebia a loucura dele. Um vampiro de almas, que sugava o sangue das vítimas e quando estava satisfeito partia para a próxima. Bendita hora em que acabei ficando livre - apesar de estar no fundo da cratera - voltei à superfície e me preparei para, afinal, deixar brotar a relva que o raio havia queimado.

4 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Deb, que coisa, essa sim foi uma paixão tóxica, arrebatadora.
As vezes penso como somos capazes de superar tantas coisas, e mais um caso desse de reaparecer depois de tanto tempo.
ôoo como a vida dá voltas viu!

òtimo texto Deb.
bjs

2 de julho de 2010 às 10:05
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

"Vampiro de almas" é uma ótima expressão.

Gostei, estou curiosa para ler as partes 2,3,4....

Saudações holandesas,

Bela - A Divorciada

2 de julho de 2010 às 15:16
Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor. 2 de julho de 2010 às 19:57
Anônimo disse...

pôxa! tive uma paixão dessa...pura obsessão por sexo e coincide também com algumas situações.É só quando a gente se liberta, que passa a entender que se assombra com esse tipo de relacionamento. Ótimo post... Parabéns

2 de julho de 2010 às 20:01