terça-feira, 23 de novembro de 2010

O amor de Daniela




O amor de Daniela morreu. Poucos dias após seu casamento. Vocês devem ter visto essa notícia. Daniela de Assis e Renato de Souza Ferreira se casaram na enfermaria do Imip, hospital do Recife, onde ele vinha se tratando de um câncer desde 2008. Juntos desde 2004, planejavam se casar quando descobriram a doença. E adiaram o plano. A prioridade era cuidar da saúde dele. A vida de Daniela, costureira, se tornou a rotina de todos aqueles que cuidam de alguém doente. Hospital-casa-hospital. Ver os outros morrendo de câncer. Contar com a ajuda alheia. Viver a rezar. Celebrar as pequenas vitórias.

O casamento deles, com tudinho que tinha direito, foi um presente da equipe de enfermaria que acabou contagiando o hospital todo. Tanto que depois disso o setor de oncologia do hospital decidiu criar a “caixa de desejos” para atender os sonhos de doentes terminais.

Após a morte de Renato, Daniela continua frequentando o Imip não só para ir ao psicólogo, mas também porque fez ali uma família. De toda a tristeza que leva no peito, ela me contou em entrevista na semana passada que nunca vai se esquecer de duas coisas: dos olhinhos dele brilhando quando a viu vestida de noiva (que ela também ganhou) e do carinho de toda a equipe do hospital com eles e com cada paciente que chega ali.

O amor de Daniela não morreu. Ele se transformou. “Quero ser enfermeira e retribuir todo o amor que o Renato recebeu enquanto doente”.


Débora – A Separada

26 comentários:

Andarilho disse...

Que bonita a história.

Acho que eu ouvi uma parecida, há muito tempo atrás, mas era em outro pais.

23 de novembro de 2010 às 00:11
Anônimo disse...

Que lindo ...

23 de novembro de 2010 às 01:30
Frô disse...

Uau, até arrepiou. Que linda história.

23 de novembro de 2010 às 01:53
disse...

Realmente não podemos escolher o que a vida vai nos trazer, mas o que vamos fazer com o que recebemos é que nos dá a oportunidade de ser melhor.
bjs

23 de novembro de 2010 às 09:28
O Divã Dellas disse...

São essas coisas que nos fazem acreditar que o mundo não está totalmente perdido. O amor ainda vale à pena. A história de amor de Renato e Daniela chega a mim, em especial, como um sopro de vida e de esperança. Que essa bela lição toque à todos os leitores, assim como me tocou. Obrigada pela bela leitura, meninas!

Beijos!

Verônica.

23 de novembro de 2010 às 09:40
Ácidas e Doces disse...

Uau Débora
que história linda e quanta alegria expressa nas fotos.
Beijo
Kézia

23 de novembro de 2010 às 09:45
Márcia de Albuquerque Alves disse...

São coisas assim que fazem a gente ver o quanto a vida vale a pena. Viver intensamente. História linda!

23 de novembro de 2010 às 10:35
Anônimo disse...

Caramba, que história mais linda Dé! É de arrepiar mesmo!
Beijos
Geo

23 de novembro de 2010 às 10:56
Ana disse...

De arrepiar e de chorar... não consegui conter as lágrimas.

Tenho uma amiga com a história muito parecida, a diferença é que eles casaram em um dia e descobriram a doença no dia seguinte. O amor dela se foi dois anos depois do casamento e a vida deles era hospital-casa-hospital, mas com muito amor e dedicação.

Que histórias de amor verdadeiro como essas possam nos inspirar cada dia mais.

23 de novembro de 2010 às 11:07
Jamylle Bezerra disse...

Nossa! É o amor que transforma...

23 de novembro de 2010 às 11:42
Unknown disse...

Na vida da gente, como na natureza, nada se cria ou se perde, tudo se transforma. A frase é batida, mas muito verdadeira. Linda história, de amor, fé, superação, transformação e agradecimento. Exemplo.

Abraços

23 de novembro de 2010 às 12:29
Rosa disse...

Emocionante...

23 de novembro de 2010 às 12:31
Marta Melo disse...

Sem palavras!!!Do outro lado da vida ele deve está feliz com tanto amor no coração!Parabéns pelo post,para Daniela pelo amor incondicional e para o Imip por ser hospital referência em humanização!Uma história assim inspira a gente a ser melhor!Bjs

23 de novembro de 2010 às 12:47
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Lindo! Uma história de amor e de coragem, amei.

Beijos,

Bela - A Divorciada

23 de novembro de 2010 às 12:54
Fernanda disse...

Nossa, Débora...já havia lido algo a respeito desse casal. São histórias dessas que fazem a gente pensar duas vezes antes de reclamar da vida ou de se emburrar por conta de futilidades.
Quando publica a matéria com ela?

23 de novembro de 2010 às 12:58
Olívia disse...

To chorando de novo... assim não vale!

23 de novembro de 2010 às 14:23
Carol disse...

Deb, que história mais linda!!

Caramba, e que mulher especial a Daniela!!

Amei.

Beijão

23 de novembro de 2010 às 16:20
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Andarilho, eu lembro!
Era uma americana bem fofa.

Ah, já saiu a matéria! Vou linkar, esqueci =S

beijos todos,

e vamos distribuir amor por aí =)

deb

23 de novembro de 2010 às 16:20
Blog Sozinha ou Acompanhada disse...

Hey Bela realmente são histórias assim que precisam ser mais contadas!
Do amor das pessoas, esses médicos e enfermeiros do Recife, essa idéia maravilhosa, e pessoas que superam o insuperável! Lindo mesmo! Até chorei... porque sou a maior manteiga derretida... e romântica!
beijocas,
Mari

23 de novembro de 2010 às 18:10
SILVIA disse...

DÉ, LIÇÃO DE AMOR ! MAIS QUE ISSO, DEVIA SER LIÇÃO DE CASA ! BJKS E SDS MIS !

23 de novembro de 2010 às 20:16
Nina disse...

Fico sem palavras quando leio histórias assim.

Só queria registrar que virei blogueira por causa da Priscila, que tinha um blog onde contava a experiência de criar sozinha a sua filhinha Isadora, já que seu marido morrera de câncer dias antes do aniversário de um ano da filhinha.

Essas histórias nos comovem, nos dão força, nos conectam. E nos enchem de esperança, ainda que entre perdas.

Bjo

23 de novembro de 2010 às 21:34
nanda disse...

Achei que tivesse comentado... Mas não!
Comentei no meu blog!
História real e linda, Dé!
Eu que estava com um monte de perguntas, encontrei nesta história mais uma resposta.
Parabéns ao AMOR!
Beijocas!

23 de novembro de 2010 às 22:26
Mônica Ramos disse...

Nossa, vi o post no trabalho e tive que me segurar para não chorar! Os olhos encheram de lágrimas!
A história é muito bonita, mas não deixa de ser triste.

23 de novembro de 2010 às 23:10
Ra disse...

Dé, meu Deus q história mais linda!!!!!!! Quase chorei qd tava lendo aqui!!!!! Kkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!! A história é mtooooooooo emocionante!!!! Deve ser d + ter feito a entrevista, né???? AMOOOOOOOOOO DEMAIS!!!!!!!! Sdds!!!!! Bjão jornalista linda!!!

24 de novembro de 2010 às 12:59
Mirys Segalla disse...

Oi Débora:

Dias 23 são complicados pra mim... e descubro vocês e leio esse texto bem num dia 23!!! Coincidências desta vida...

Assim como o amor de Daniela, o meu também morreu, super jovem, mas vítima de outra doença: a irresponsabilidade no trânsito. E o que essa menina falou é assim mesmo: a gente se transforma!

Naquele dia 23 nasceu uma nova EU, que teve que ir aprendendo a viver nessa nova realidade e tentar tirar o que de melhor aparecer nesse percurso todo! É uma loucura, mas a gente consegue!

Bjos e bençãos

Mirys - a víuva, mãe dos 2 mosqueteiros mais lindos do mundo!
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com

24 de novembro de 2010 às 15:39
O Divã Dellas disse...

São histórias e pessoas como essas que fazem a gente acreditar que vale a pena estarmos aqui. Aliás,é por isso que estamos aqui. Esse é o sentido do 'existir'. Pena que poucos entendam.
BELA história e GRANDE exemplo.
Cinthya

25 de novembro de 2010 às 00:25