quarta-feira, 1 de junho de 2011

A saga de solteira da ex-casada

Quando me separei em definitivo, em julho do ano passado, tinha a vantagem de ter tido amigas que tinham se separado um ou dois anos antes. Elas me passaram o roteiro das melhores baladas, a valiosa informação de que a média de idade dos meninos seria bem menor que a nossa e que essa pegação é importantíssima na fase da recuperação e reconstrução. Tudo verdade. Elas só não tinham me contado que tem certas coisas que só acontecem com a Madame Rubin aqui. Vejam uma pequena amostra do que andei encontrando por aí.

No princípio, foi aquela pegação. Aquele momento carnaval de Salvador – já beijei um, já beijei dois, já beijei três. Não durou muito, afinal, é meio bobo isso. Em seguida veio aquele amigo-do-amigo que rendeu poucos bons encontros, aquele ‘deja-vivi’ com um ex e um momento sossego com aquele quase-namoro. Cara bacana, amor-por-vir, mas não foi. Foi legal e me sossegou. Logo depois, caí na balada de novo. E vieram os três mais, mais, mais.

O primeiro achou que eu era um experimento de aula de ciências: “o corpo humano”. Acho que queria saber se o corpo feminino era aquilo mesmo que tinha estudado e ficou testando as entradas. Preguiça. Novinho, tadinho. Muito a aprender. Só não aprendeu ainda o significado da palavra respeito. Fugi mais cedo do baile, e sem deixar sapatinho algum para trás.

O segundo foi aquele fofo. Conheci numa balada quando ainda estava no quase-namoro e, por isso, não investi. Meses depois, troca msn daqui e dali, marcamos um date. Ele marcou em um...supermercado! Não, não nos beijamos na seção de frios. Foi no estacionamento mesmo. Nem quis marcar o segundo. Vai que ele me marca numa farmácia ou borracharia? Melhor não saber.

O terceiro foi aquele gostoso. Grandão, semi-gordo, sotaque pernambucano sedutor e pegada promissora. Me chamou de nanica várias vezes – gracinha, né? – e, com a luz da rua, vendo melhor meu rosto, largou essa: tu é nariguda, né? Sensacional! Mais apaixonante, impossível. Ainda bem que nunca tive problemas com meu nanismo e que meu napão é caso mais que resolvido. Do contrário, essa ficada teria me rendido horas de terapia.

No final das contas, apesar de todas as presepadas, preciso confessar: estou amando minha vida de solteira.

Débora – A Separada

17 comentários:

Andarilho disse...

Hahaha, tive que me segurar pra não gargalhar aqui no trampo.

1 de junho de 2011 às 09:14
Anônimo disse...

KKKKKKKK...
Será q isso é o passo-a-passo da ex casada?
Passei pelos mesmos processos, e percebo que hj estou mais calma, mais tranquila...
Só q passado me ronda com uma frequencia avassaladora e confesso q as vezes sinto muita falta de ser uma separada ¨normal¨q casou, não deu certo,separou, viveu e vive experiências minimamente engraçadas, mas q continua sua tragetória só... sem ninguém. Mas não, ao invés disso meu ex marido me ronda querendo voltar, o namorado q eu tive e me arrebatou logo após a separação dramática me paparica ainda mesmo após o término... E eu q sou caseira até demais fico aqui, solteira e confusa e sem saber o q fazer!
Engraçado q qndo separei pensei na LIBERDADE e hj q a tenho, não sei o q fazer com ela....!!!
Bjos para o trio e só para constar... Adorei o post!!!!

1 de junho de 2011 às 10:24
Anônimo disse...

Que bom les este post. Casei com 21 anos e com meu segundo namorado. Me separei com 30 e me vi solta no mundo. No começo eu só queria saber de viajar, sair com amigos, curtir família, estudar,paquerar e beijar uuuuuito. Depois de 2 anos, cansei. Queria algo mais sério, mas aí...aí vi que tava complicado encontrar alguém legal pra mim. Tava sem paciência pra joguinhos de sedução , assuntos chatos e blá, blá, blá. Tentei clubes, viajar com grupos de solteiros, entrei num curso novo, academia nova e nada. Desisti. Resolvi ficar quieta. Até que uma grande amiga perguntou: " Já tentou agência de encontros, dessas que fazem teu cadastro e tal? Tem umas bem legais!
Aí eu pensei: " É , não custa nada né? E fui. Me sentindo a pior das criaturas por isso , mas fui. Resultado? Hoje com 35 anos, estou namorando um homem de 45 anos, inteligente, bem resolvido, muito carinhoso e temos muita coisa em comum.
Clara.

1 de junho de 2011 às 11:38
Olívia disse...

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahahhahahaha

To rolando de rir aqui...

Bjos da nariguda mais alta q vc

.Olívia.

1 de junho de 2011 às 11:42
Carol disse...

Ê, nanica! Si mijei de rir!

Só figura, heim? Quem tem riso reprimido, precisa ficar solteiro, pq é cada comédia, né?!!

Beijos, da "Manuzinha" com cara de "É isso aí..." haha

1 de junho de 2011 às 12:00
Anônimo disse...

Adorei seu texto, é exatamento isso que acontece.
Separei tem dois meses. A familia toda unida, os amigos verdadeiros me cercando como um neném de cuidados. Engraçado como todos acham que ficamos na merda, na depressão, afundadas nos lençois chorando....eu hein. Terminei, pq cansei de mentiras, omissões e enrolação. Vou viver minha vida, sozinha e livre. Mas infelizmente depois que "ganhei a liberdade" não sei o que fazer com ela. Engraçado. Não é mesmo?!

Mas a vida continua, sei que aos 32 anos me sinto sozinha e nao sei como recomeçar. Infelizmente nao to afim de caçar e so faço programas família e visito amigos. E a vida continua.
Adorei seu post.
Abraços
Sonhadora
p.aovento2@gmail.com

1 de junho de 2011 às 12:06
Ane Sik disse...

KKKKKKKK..... Morri de rir aqui!!!

É incrível como a realidade pode virar uma piada na vida de pessoas felizes!! Vc poderia contar tudo isso em tom de lamentação, mas achar graça da vida é a meta!!!

Eu ainda estou pensando qual foi a estratégia do moço do supermercado?!?!?... rsrsrs

beijos!

1 de junho de 2011 às 12:37
Anônimo disse...

Hahaha, muito bom, tá aprendendo tudo direitinho... e ainda bem que com bom humor.

Bjs da Solteira

1 de junho de 2011 às 16:54
Carmem Sanches disse...

Uh, nada como ser nanica, nariguda, mas poder escolher e viver todas as experiências, optando, por final, em amar estar contigo mais que tudo.

1 de junho de 2011 às 17:24
Anônimo disse...

kkkkkkk

Gente, seria trágico se não fosse cômico!! Morri de rir aqui..
Mas o post retrata a realidade das neo-solteiras trintotas...incrível!Muitos beijos, garotos, o termômetro da auto-estima que sobre e desce, a liberdade, a família e os amigos verdadeiros, além dos amigos do chop!!!
O melhor de tudo isso é se sentir livre e feliz, com o poder de decisão nas mãos, mesmo com aqueles pequenos momentos "de não saber por onde começar."
Acreditem, o mundo dá voltas maravilhosas...

1 de junho de 2011 às 18:31
nanda disse...

Muiiiiiiiiito bom, Déb!
Vida de solteira é isso aí!
Tem horas que cansa, mas sempre diverte!
E o melhor: além de conhecermos pessoas bacanas, aprendemos mais sobre nós mesmas!
;)
Senti-me "em casa" no seu post de hoje!
Beijocas!

1 de junho de 2011 às 22:26
Fernanda disse...

se não pudermos rir de nós mesmas, que graça terá? adorei o post!

2 de junho de 2011 às 14:29
Evelin disse...

hahahahahha adorei

Esse último é de arrepiar!

Evelin

2 de junho de 2011 às 16:14
cláudia rodrigues disse...

tbm estou solteira, só q a mais tempo q vc, já vivi tdas essas aventuras e só uma conclusão, homem é tdo igual, muda uma coisinha qui outra ali, mas no final das contas.... tá dificil...rsrsrsrs. Bjo

7 de junho de 2011 às 12:44
Lidiane Katiucia disse...
Este comentário foi removido pelo autor. 8 de junho de 2011 às 11:54
Lidiane Katiucia disse...

Muito bom, mas é por aí mesmo...ate nos encontramos vamos ficando nas experiências, e tudo é válido!
http://divasnodiva-lilith.blogspot.com/

8 de junho de 2011 às 11:55
Anônimo disse...

Adorei. Tbm estou divorciada. Mais estou indo só para a igreja.

20 de julho de 2016 às 00:46