sexta-feira, 1 de julho de 2011

As três perguntas irritantes na hora do xaveco

Após algum tempo na “pista”, você já consegue desenvolver uma incrível capacidade de traçar o perfil de um pretendente com base nas primeiras perguntas que ele faz. Tudo bem meninos, eu sei que é difícil se aproximar de uma mulher e iniciar uma conversa e que vocês ficam meio nervosos às vezes. Este é só o meu ponto de vista e não uma crítica geral à categoria.

Eu só acho que algumas perguntas que vocês consideram essenciais no primeiro encontro poderiam ser adiadas o máximo possível. O nome não tem jeito, vai ter que perguntar. Mas nem essa precisa ser a primeira, senão fica óbvio demais. Adoro quando alguém se aproxima de mim falando alguma banalidade ou me fazendo rir, em vez dos clássicos: “Está sozinha?”. “Vem sempre aqui?”. “Como é seu nome?”.

Bom, mas o nome está perdoado. A primeira perguntinha irritante é “O que você faz?”. Vocês podem defender que é algo básico a se perguntar, mas é justamente do básico que fujo. Por que, afinal, a gente tem que ser o tempo todo apresentado como fulano, jornalista; ou ciclano, engenheiro? A segunda é um complemento dessa: “Onde você trabalha?”. Nesta hora, se alguém estiver me observando, vai notar na hora minha linguagem corporal mostrando desinteresse. E a terceira: “Onde você mora?”.

Vocês devem estar se perguntando o porquê de coisas tão simples me irritarem na hora do xaveco. É porque quando me fazem estas perguntas, eu tenho a sensação de estar passando por uma entrevista de emprego sabe? Como se o cara quisesse checar se eu me encaixo nos seus requisitos para me “contratar”. Porque, sabendo onde eu trabalho e em que bairro moro, ele pode fazer uma boa avaliação da minha classe social e das minhas "capacidades". Ele demonstra não estar interessado em compartilhar aqueles minutos ou horas de uma forma agradável, conversar pelo simples prazer de conhecer alguém novo. Ou seja, perde a naturalidade e se torna desinteressante.

Mas há uma coisa pior ainda a se fazer quando vocês conhecerem alguém. Vomitar em alguns minutos tudo que você faz e tem. Uma vez, em meia hora, até a marca do carro e a propriedade na praia ele deu um jeito de me contar. Eu só dizia, ironicamente: "Nossa, que legal nhein". Senti minha inteligência e caráter subestimados. Eu sei que tem muita mulher que valoriza este tipo de coisa acima de tudo. Se for esse tipo que vocês procuram, ok, estão no jogo certo. Senão, melhor mudar o discurso. Do contrário, como uma amiga costuma dizer: X ELIMINADO.

Patrícia, A Solteira

11 comentários:

Anônimo disse...

Ahhh , mas acho normal perguntar onde mora, o que faz da vida...eu por exemplo gosto de saber. As perguntas que me irritam são :
1- solteira por opção?
2- Vamos pra um lugar mais tranquilo?
3- Topa dividir a conta?

Isabela.

1 de julho de 2011 às 01:26
Evelin disse...

Sabe, concordo com vc. Pergunta assim assemelha-se a uma entrevista de emprego.

Ontem, assistindo o programa do PC na MTV, ele mostrou uma pesquisa sobre a relação do gosto musical e a quantidade de sexo da pessoa, tipo, deu lá na pesquisa que, quem ouve coldplay por exemplo, faz menos sexo. Aí, ele concluiu que, você pode usar essa pergunta, sobre gosto musical, dependendo do seu interesse hahahaha cada uma...

Beijos

Evelin

1 de julho de 2011 às 09:06
Andarilho disse...

Vou tentar me lembrar desse post.

1 de julho de 2011 às 09:21
Helen Fernanda disse...

Acho ótimas e essenciais essas perguntas. Gosto tanto de fazer como de responder. ;)

1 de julho de 2011 às 10:34
Marcelo Laguna disse...

Posso dar um pitaco? Acho que tem cara que adora perguntar onde a garota mora simplesmente porque já quer saber, caso ela esteja sem carro, até onde teria que levar a moça em questão. Juro que tem uns caras que eu conheço que usa isso como "critério eliminatório"

bjs, meninas

Marcelo Laguna

1 de julho de 2011 às 12:48
Marta Melo disse...

Esse comentário da Evelin me deixou encucada...Nossa será q é por isso???Vou deixar de ouvir coldplay,prometo!!

1 de julho de 2011 às 13:14
João do Espírito Santo disse...

Posts como esse me fazem ler esse blog ;)

Agora, Patricia e meninas, podem listar o inverso? Digo, exemplos de coisas que seriam simpáticas. Em tempo: sim, as vezes o nervosismo acaba com a nossa criatividade e como mutias vezes a responsabilidade de se aproximar é nossa, dicas são bem recebidas.

1 de julho de 2011 às 14:51
Larissa Ferreira disse...

Concordo plenamente! Não estou a muito tempo "na pista", mas passei por uma situação recentemente que já me fez pensar muito nessas questões de xaveco. O cara em 1 hora disse a quantidade de linguas que ele fala, os carros que tem, o sobrenome da familía, e mais sei la o que... Aff, alguém perguntou se eu queria saber disso?

1 de julho de 2011 às 14:56
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Puxa,Pat, se eu fosse homem, nunca ia conseguir te conquistar, hahaha!!!

Eu mesma, quando estava free to fly e xavecava, falava de trabalho sim. E não por interesse em saber quanto aquela pessoa pode ganhar, mas para saber mais dela, entende? O que fazemos não é parte importante do que somos? Acho até que eu falava antes que perguntassem. E tantas conversas bacanas vieram daí...

Enfim....questão de preferência, OK. Agora, quanto a esses malas que ficam contando vantagem, eu virava a cara e ia embora. Nem conversava. Não merecem nem 10 segundos do tempo da gente.

Beijão,

Bela - A Divorciada e A Noiva

1 de julho de 2011 às 14:58
Carol disse...

Ah, eu concordo com a Bela, essas perguntas não são de tudo ruins.
Numa balada, um cara se aproximou perguntando qual condicionador eu usava, aí sim é trash...rsrs.

Meu Deus, essa história aí do Coldplay...agora tudo faz sentido pra mim, hahahahahaha.

Beijos

1 de julho de 2011 às 15:44
Belly disse...

Eu concordo, odeio ser "entrevistada" por aí, até pq faço doutorado na USP e isso para alguns é bem complicado....já ouvi um "não goste" na lata de um cara....Na verdade, gosto mesmo é de quem me faça rir...para mim, bom humor é fundamental....

Bjs

1 de julho de 2011 às 20:24