quarta-feira, 20 de julho de 2011
O mesmo amor, doze anos depois
Pessoal, participação especial da leitora Lourdes
Enjoy it!
beijos do trio
Minha história começa pelo fim. Ou melhor, pelo momento atual. Voltei com o meu ex-marido, pai dos meus filhos, por quem me apaixonei há quase trinta anos. Esse retorno aconteceu faz pouco tempo. E foi tudo muito rápido, como tudo em minha vida. Depois de doze anos separados, me dei conta de que eu estava com vontade de voltar. Isso aconteceu depois da formatura da nossa filha Iara. Eu andava sonhando muito com ele naqueles tempos. E ele estava um amor comigo na cerimônia. Fomos todos jantar e percebi que ele combinava com aquele cenário. Tive vontade de chamá-lo para um chope. Mas, por estranho que pareça, não me sentia íntima o suficiente do cara com quem tinha passado 17 anos da minha vida.
Depois disso, decidi escrever uma carta. Fiquei três meses sem resposta. Pouco tempo depois, passamos a trocar e-mails. Num deles, fui incisiva e exigi uma resposta. Ele disse que uma volta estava fora de cogitação, mesmo porque estava com outra pessoa. Enfiei minha viola na sacola e fiquei na minha (na verdade, não foi tão simples assim, mas estou resumindo). Em junho de 2010, acho, ele terminou com a perua. Meses depois, o pai dele faleceu. Fui ao enterro e todos os familiares dele, que eu não via há exatos 12 anos, me trataram como se eu ainda fosse esposa dele. Isso mexeu muito comigo.
Um belo dia, decidi convidá-lo para um chope. Ele topou. Confesso que o meu coração bateu forte quando o vi chegar. Fomos a um bar todo sofisticado e caro. Detalhe: rachamos a conta. Foi muito agradável, conversamos sobre nossos trabalhos, colegas, amigos, como se fôssemos velhos amigos. Depois disso, ele começou a arranjar desculpas para ir em casa. Chegou o Natal e, pasmem, ele me tirou no amigo secreto. No dia seguinte fomos ao cinema em um dia de chuva torrencial. Dividimos um guarda-chuva. Mas nada de beijinho. Ainda. Quando o filme acabou, fomos jantar e desta vez ele pagou. Já em casa, o convidei para um café achando que íamos terminar num rala-e-rola. Mas só ficamos no café mesmo.
Passamos o Ano Novo juntos e, logo após a meia noite, já cansada de enrolação, mandei um torpedo com um trecho de uma música da Marisa Monte e o pedido: quer namorar comigo? A resposta: já pensei nessa possibilidade. Dias depois tivemos uma loooonga conversa colocando todos os pingos nos is. E rolou, então, finalmente o beijo. Mais alguns dias e nossa “first night” após 12 anos. Aos poucos ele foi se mudando para minha casa até entregar a chave e mudar de vez. E agora existe um compromisso consciente de mantermos a chama acesa todos os dias. De mantermos o respeito acima de tudo, o carinho e, claro, muito sexo!
Na verdade, esta história começou há 30 anos, quando nos conhecemos na revisão de um grande jornal. Os dois eram recém-separados. Eu já tinha uma filha. Ele não. Revisão vai, revisão vem, em três meses já estávamos morando juntos. Em 1986 tivemos uma filha, no ano seguinte fomos morar no interior. Em 96 tivemos nosso filho. Três anos depois, separamos. Eu que quis, estava infeliz. Ele levou um susto, mas não chorou. E disse algo de que nunca mais me esqueci: “Casamento, se não for com você não será com mais ninguém”. Ele esperou mais doze anos, mas aconteceu. De novo.
Lourdes - A Recasada
15 comentários:
" O que tem de ser tem muita força." ( Guimarães Rosa)
20 de julho de 2011 às 08:52Que historia linda. Era pra se mesmo. Mas desculpa a pergunta por que vc se assustou ao rachar a conta? e depois comenta que ele pagou?
20 de julho de 2011 às 12:43Amei!!! Total estava escrito, né? Muito forte.
20 de julho de 2011 às 14:02Sejam felizes!!!
Beijos, Lourdes, thanks pelo texto, arrasou,
Bela - A Divorciada e A Noiva
poooo, meninas, que história linda!
20 de julho de 2011 às 14:08gostei muito do torpedo com o pedido de namoro. Que fofo!
poxa, um carinho de história.
beijo beijo beijo
Kezia
Lindo demais!! Coisa do coração... Não tem como entender ou explicar!
20 de julho de 2011 às 14:15bjks
anônimo, sobre a conta, creio que ela pensa que enquanto dividiam eram só amigos e quando ele pagou a conta parecia que estavam se conhecendo novamente. Tipo os primeiros encontros em que um dos dois ainda paga tudo ;)
20 de julho de 2011 às 14:16beijo
Me lembrou do filme "complicado", mas com final bem diferente.
20 de julho de 2011 às 17:49Adorei.
Beijos
Evelin
Me lembrou o filme "complicado", mas com final bem diferente.
20 de julho de 2011 às 17:51Adorei.
Beijos
Evelin
Uau!!!
20 de julho de 2011 às 19:10Meninas! Ahistória ficou Bárbara! ADOREI! Obrigada pelo espaço! Ah! e qto a pagar ou não a conta...isso foi só um detalhe no mar de emoções vividas de lá pra cá, gente!
20 de julho de 2011 às 23:05Bjos da Lourdes Maria!A dona da história rs!
Belíssima história de reencontro. É o que sempre a gente ouve falar...se for pra ser, será! Não importa quando e onde! Boa sorte ao casal nessa nova vida!
21 de julho de 2011 às 12:38Lourdinha, linda tua história. Quem te vê quietinha no canto da redação nem imagina que vc viveu algo tão bonito ;-) bjs
21 de julho de 2011 às 12:53Lourdoca querida, amei a história! Cada momento deve ser vivido assim... com toda a intensidade! Toda a felicidade do mundo prá vocês. Bjs mil dessa amiga de infância Vânia
21 de julho de 2011 às 20:34Adorei a história,lindo demais...bjus
7 de agosto de 2011 às 19:27
2 de fevereiro de 2014 às 15:35Adorei a historia mesmo lendo depois de tanto tempo postada e concordo com o comentário aí em cima: " O que tem de ser tem muita força." ( Guimarães Rosa). Felicidades!!!!
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