quinta-feira, 21 de julho de 2011

Seu dilema: "Ele é lindo e amoroso, mas sem um tostão"

O dilema de hoje deve fazer parte da vida de muitas das nossas leitoras trintonas, que já têm uma certa estabilidade financeira, ou, no mínimo, uma carreira. A leitora Maria * (nome fictício) nos conta que conheceu no mês passado em um bar um rapaz lindo, doce, inteligente e ótimo de cama. Eles já saíram algumas vezes e se dão bem.

Mas ela não consegue se imaginar tendo um relacionamento sério com ele. É que, apesar de ele já ter 31 anos, não estudou, é vendedor e ganha praticamente só para comer e pagar o aluguel (um apartamento dividido com outros amigos). Ela se sente culpada por ficar pensando desta forma, mas simplesmente não consegue pensar num futuro ao lado dele. Maria diz que decidiu curtir os momentos bons, tentando não focar no longo prazo. Mas percebeu que ele está se envolvendo, e, por isso, se sente ainda mais culpada, como se estivesse usando o rapaz.


Vocês já enfrentaram situação assim? O que acham que ela deve fazer?


O Trio

23 comentários:

Carol Leão disse...

Vejo duas saídas: curta, mas deixando claro pra ele o que quer. Ou termine logo pra não correr o risco de se envolver tb.

Bjnhos.

21 de julho de 2011 às 10:16
A. Marcos disse...

Realmente a situação por ela vivenciada é bastante comum: mulheres que estão numa condição sócio-econômica boa desprezarem algum homem por este "não ter futuro".

A única resposta que eu tenho para dar é: imaginem só se os homens pensassem a mesma coisa?

Por que uma mulher não pode ser a provedora do lar? Por que uma mulher não pode ser o norte de seu marido? Por que uma mulher tem que fazer essas indagações sobre o "futuro" a história está repletas de casos em que "homens"de futuro e estabelecidos não valem nada?

21 de julho de 2011 às 10:34
Lília disse...

Difíiiiiiicil... porque sabemos que em uma relação estável a situação financeira pesa para caramba e pode causar muitos problemas, então não condeno a "Maria", por pensar dessa forma, só acho, que o melhor é pular fora antes do envolvimento, porque depois fica mais difícil ainda!

Bjks

21 de julho de 2011 às 10:34
Glauco disse...

Pula fora! No dia que ele passar a ganhar mais vai mostrar os defeitos.

21 de julho de 2011 às 10:43
Ácidas e Doces disse...

concordo com o Marcos. Onde está escrito que o homem tem que ser o provedor do lar?
Tenho uma amiga que casou com um cara super quebrado. E hoje dois anos depois a vida deles mudou muito. ele mudou de emprego. e ela pode até diminuir a carga horária no trabalho.Ele sempre diz que se não a tivesse conhecido, estaria na mesma. Que ela o ajudou a se espertar pra vida.
O que acho essencial num relacionamento é a admiração. Ela o admirava independente dele ser um quebrado. Ele tinha outros valores que o colocavam a frente dos outros. Quando não existe isso, daí não vai pra frente mesmo.
Beijo
Kézia

21 de julho de 2011 às 10:47
Selma disse...

Ahhh...eu curtia o momento. Não ficaria preocupada com isso agora não. Se ele está gostando de você e ele é um cara legal, bom pra você menina! Agora, se ele começar a pensar numa relação mais sério, morar junto ou sei lá mais o que você explica pra ele que gostaria que ele voltasse a estudar. Pois uma vida a dois é complicada e tal. Quem sabe não é isso que falta pra ele? uma mulher que o encaminhe na vida. Que o norteie como foi citado num dos comentários. Não é preciso sustentar o moço, isso não acho legal. Mas talvez ele seja um cara batalhados, inteligente e só precise de alguém forte do lado. Avalie outras coisas nele: Se é batalhador,esforçado em conquistar as coisas e também valorizar aquilo que conquista, bom amigo, boa pessoa, interessado em aprender, se pretende voltar a estudar...essas coisas.

21 de julho de 2011 às 10:52
Alynne disse...

Eh muito romântico dizer que amor e respeito sustentam uma relação, mas quando as contas chegam dinheiro interfere sim na relação e este ponto deve ser avaliado pelo casal.

Quanto a um ds dois ser provedor, acho que nos dias atuais nao eh saudável para nenhuma das partes depender da outra. Mas, infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade machista. Já conheci muitos homens que dizem nao se importar com isto apenas da boca pra fora, mas que de fato nao conseguem lidar com a situação. O inverso também acontece muito: mulheres dizendo que tudo bem manter uma casa, mas que vivem da expectativa do companheiro acordar...

Eh pssivel dar certo. Mas, mais do que amor, eh preciso maturidade e honestdade das duas partes envolvidas.

Beijos!

21 de julho de 2011 às 11:47
A. Marcos disse...

Engraçado....quando os homens sustentavam ou quando ainda sustentam a casa a relação pode ser saudável e ninguém discursa sobre o quanto o dinheiro influencia na relação, o quanto pesa, o quanto isso ou o quanto aquilo.

Quanto mais eu conheço as mulheres mais e mais eu me orgulho de ser homem.

21 de julho de 2011 às 12:19
Tati disse...

Meu marido, era daqueles que nem os pais acreditavam. E eu acreditei!

21 de julho de 2011 às 12:27
João do Espírito Santo disse...

É..., como foi dito, vivemos numa sociedade machista. Esse questionamento e alguns comentarios são prova disso.

Ao menos nessa parte, acho que para algumas (talvez muitas) mulheres compensa ser machista.

21 de julho de 2011 às 13:26
Lunna disse...

Um relacionamento precisa de admiraçao...fato ! Maria admira o rapaz em questao? O fato de ele nao ter grana faz dele um "derrotado" aos olhos dela ? Se a resposta for afirmativa é melhor romper pq no futuro haverá cobranças e sofrimento. Agora, o moço, apesar de quebrado é um ser humano decente ? Ele é companheiro? Amigo ? Para mim isso é o que mais importa, mas só a Maria vai poder julgar...

21 de julho de 2011 às 13:42
Fernanda disse...

O tema é complicado sim, mas depende de como ela vê essa relação. Se apesar de tudo de bom que ela aponta nele o fator econômico pesa a ponto de ela ter vergonha de apresentá-lo aos amigos e familiares, de se incomodar de ter de pagar a conta do jantar sozinha ou de acabar bancando programas que queira fazer a dois, aí tem problema sim.

Agora, se isso realmente não pesar pra ela e a relação for se consolidando, não vejo problema algum de ela estar em uma condição financeira melhor do que ele.

A sociedade é machista, mas hj conheço várias mulheres que ganham mais do que os maridos/namorados e vivem muito bem com isso. Eu mesma partilho dessa experiência e confesso que ela não traz nenhum desgaste em casa.

Fazemos os programas que dão pra fazer e qdo fica mais pesado pra ele, não me importo tomar as rédeas. As contas do dia-a-dia tb são divididas de acordo com nossos ganhos e tem dado certo para ambos.

Tudo é muito bem conversado e acertado e, caso ele se sinta mal diante de algum gasto extra que eu tenha tido, me compensa em outra oportunidade. Afinal, uma mão lava aoutra, não é mesmo?

Posso estar trazendo uma visão Polyanna, mas acho que quando há amor, respeito e diálogo, não há situação que impeça um casal de ficar e prosperar junto!

E quem garante que a situação não pode se inverter logo mais?

21 de julho de 2011 às 14:16
Samira disse...

Não li todos os comentários mas concordo em partes com o Marcos.
A nossa sociedade tem essa visão machista, de que o homem tem que ser cheio da grana, e nós mulheres mesmo cultivamos isso.
Mas tem que ver o outro lado se a gente investe no nosso futuro, rala, estuda cada vez mais, por consequência acaba crescendo na vida um dia. Na minha opnião é legal estar do lado de uma pessoa que também quer crescer.
Se você vai ficar com ele ou não é uma escolha sua, talvez essa relação seja um estímulo pro cara se esforçar.

21 de julho de 2011 às 16:01
Anônimo disse...

Bom se realmente ela se preocupa com o financeiro, é melhor sair fora, porque se posterga o relacionamento, quando a coisa ficar mais séria e pesar no bolso, ai sim ela vai sentir o peso e vai acabar tudo em briga....

beijo

21 de julho de 2011 às 16:05
Fátima disse...

O que eu percebo é que tem muita mulher dividindo ou pagando conta disso e aquilo, mas o que todas querem mesmo é um homem que pague a dita cuja da conta! Pensando o que? Quanto se gasta pra sair com um homem? Roupa bonita, salão de beleza, depilação, tratamento de pele, academia de ginástica, etc, etc e etc. Aí a gente casa ou vai morar junto e...mais uma vez dividimos as contas da casa né? Nãaaaao! QUem falou que aquela ida na padaria é dividida? ou a ida com os filhos no shopping? Roupa e calçado pra mulher que custam muito mais que roupa e calçado pra homem e sim, nossas despesas são nossas. Dividir despesas eu aceito. Pagar meus gastos com salão , esteticista e roupa ou sapato caro eu concordo, claro, são meus gastos. Mas dividir conta de restaurante? Não! Não sou moderna não! Porque homem nunca irá dividir tarefas domésticas de maneira igual conosco. Nunca irão dividir horas de sono com cuidados com filhos da mesma maneira que a mãe o faz. Nunca irão se doar como a grande maioria das mulheres. Enquanto a esposa, namorada ou seja lá mais quem tá pagando conta, tem um monte por aí aproveitando o dinheiro que sobra do dito cujo.

21 de julho de 2011 às 16:59
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

O rumo da prosa, pra variar, foi para a questão dos gêneros. Apesar de concordar que ainda carregamos lá nossas heranças machistas, vejo o dilema de outra forma.

Acho que a questão é menos quem vai dividir a conta e afins, mas saber se ele está preocupado com a situação atual dele. Isso o incomoda ou é um estilo de vida? Pq tem gente que quer mais é viver no simples mesmo, sem grandes ambições, pagando o básico.

Eu admiro gente assim.

E se for isso mesmo, Maria precisa saber se quer estar com alguém assim, se tem a ver com o estilo dela.

E, só de ter colocado a questão na roda, acho que não é.

beijos

deb

21 de julho de 2011 às 17:14
Anônimo disse...

Maria,
Pelo o que entendi no seu dilema, você gosta da companhia do cara, acha´ele lindo, bom de cama, gente boa até, mas...
Mas ganha pouco né Maria? E demonstra não está muito interessado em melhorar não né? Em concluir os estudos...em ter seu próprio espaço( nem que fosse um cubículo) né Maria?
Então...acho que você não tem que se sentir culpada não. Aproveita os momentos ao lado dele mulher! Vai curtir tudo o que ele pode te oferecer de bom. Faça programinhas onde vocês dois possam dividir a conta. Se ele se apaixonar mesmo, ele vai te falar, vai deixar claro o que quer e aí sim, vocês devem partir pro assunto sério. Mas enquanto não, vai curtindo. A culpa é inimiga da felicidade. Mas se o lado financeiro encomoda muito, tenha cuidado. Quando casa tudo tem peso maior.
Mas Maria, vá beijar na boca e ser feliz.

21 de julho de 2011 às 17:32
Marta Melo disse...

Muito atual esse tema.Na minha terra conheço muitas mulheres que pagam as contas de casa.Na verdade o que eu acho é que cada casal tem sua dinâmica,mas acho que nenhum relacionamento sobrevive sem admiração.Por exemplo,se ele é assim porque gosta da simplicidade,não faz questão de ter grandes ambições e a Maria admira isso,vá em frente.Se ele é batalhador demais,gosta de trabalhar e ainda está plantando e Maria o admira vá em frente.Agora se apesar das qualidades dele,vc acha super importante o homem ter estabilidade financeira ou carreira sólida e ele não tem pare por aí,pois quanto mais tempo, mais ele pode se apegar.Acho que não é questão de machismo não,muitos homens nunca casariam com uma mulher que não quis estudar,hoje em dia ninguém quer ficar sobrecarregado,todo mundo quer poder ter um apoio caso surja algum imprevisto .Bjs

21 de julho de 2011 às 19:03
Nadja G. disse...

Minha gente, o duro de hoje pode ser o bem-sucedido de amanha, e o bem-sucedido de hoje pode ser o duro de amanha... nunca se sabe!

Ela tem que ver quais sao as prioridades dela. Se a prioridade é um cara bacana e que goste dela, vai lá. Se é alguém "com futuro mais ou menos garantido", melhor pensar bem. Mas tudo na vida é uma aposta!

Na minha família tenho um caso especial: o casal decidiu priorizar a carreira da mulher, que estava em ascensao. Ele ficou anos sem trabalhar porque moraram no exterior. Agora, a mulher se aposentou e quem vai arregacar as mangas é ele. Questao de escolha, né?

Puts, eu adoro dar pitaco na vida dos outros! hahaha Até já fiz isso no mue blog, pra algumas leitoras que me mandaram seus dilemas: http://seviranosquase30.blogspot.com/2011/04/leitoras-de-quase-30-nadja-responde.html

http://seviranosquase30.blogspot.com/2011/05/leitoras-de-quase-30-nadja-responde-2.html

E quem nao gosta de dar palpite, né? hahaha

Beijos

21 de julho de 2011 às 19:09
Anônimo disse...

É um tema complicadíssimo!!

Eu namoro um rapaz há 12 anos, ele sempre ganhou um pouco mais que eu. Mas, eu passei num concurso, fiz graduação, pós, e estou estudando pra um melhor.

No momento ganho quatro vezes mais que ele e não vejo problema nenhum em ser a provedora. Pago viagens, ´restaurantes, compro coisas bacanas pra e ele e não vejo problema algum, desde que seja tudo feito d emaneira honesta.

Mas, o lado dele não é tão fácil, fica morto de vergonha quando abro a carteira e pago a conta, fica inventando mil convesas com o garçom pra disfarçar a vergonha que sente, é muito difícil, ele se sente diminuído e morre de medo de eu jogar qualquer coisa na cara dele.

Eu o admiro muito, assim como ele torce por mim e me admira, ele tem milhões de qualidades eu sinceramente não tenho problema nenhum em ser a provedora...

Agora, eu o amo muito...se você está só afim de curtir com esse rapaz, não tem problemas, desde que avise isso pra ele.....

Meu primo quando casou não tinha emprego bom e nem a esposa, quandoe la engravidou eles perderam o emprego, e ficaram 7 anos nas costas dos meus tios, até que ele conseguiu passar num concurso muito bom e hoje a esposa anda de S!), se ela tivesse desistido dele pela situação, será que ela estaria tão feliz quanto está hoje??

Amor e uma cabana é muito complicado, mas um palácio sem amor acho bem pior!!!!

22 de julho de 2011 às 11:18
F. disse...

Até respeito as opiniões diversas, mas na prática, com 32 anos e bem sucedida profissionalmente, vejo o quão complicado é se relacionar com alguém "duro".
Estou acostumada a um ritmo de vida que é caro e não quero mudar a vida que levo porque o outro não pode.
Também não tenho mais paciência pra esperar o cara se estabilizar. Até já tive, mas em outros tempos...
E depois de quebrar tanto a cara por aí, infelizmente ou não, a última coisa que farei é bancar namorado.
Porque eles não mudam de roupa pra enganar, trair, serem desleais.
Ainda acredito no amor, desde que eu não tenha que pagar por ele.
Mesmo porque, costuma ter prazo de validade.

22 de julho de 2011 às 13:45
Paula Rocha disse...

O assunto é poléémico, tanto que gerou vários comentários.
Posso falar só da minha experiência: 5 anos atrás, me apaixonei por um cara fofo, inteligente, engraçado e amoroso que ganhava o do dobro do meu salário na época. Um ano depois, ele foi demitido e desde então nunca mais trabalhou fixo, só fazendo freela (e ganhando mal). Nesse meio tempo, eu passei por alguns estágios e empregos, decidimos morar juntos e hoje eu sou a maior provedora da casa. Como tudo na vida, isso tem um lado bom e um ruim. O bom é que ele cuida da casa (lava, cozinha) e continua tão fofo, inteligente, engraçado e amoroso quanto no começo. Mas o ruim é que não vejo disposição nele para melhorar seus rendimentos. Ele não pensa em voltar a estudar e nem se dedica a arranjar um emprego. Fico frustrada com isso, mas o amo muito e por enquanto acho nossa divisão de tarefas e contas justa.

25 de julho de 2011 às 15:38
Anônimo disse...

Ácidas e Doces disse da admiração. Se o homem é um tesãom um doce, e você o admira em sua capacidade, como alguém mais disse, acredita nele, diz uma sogra "homem não amadurece, só envelhece mesmo! haha. Encaminha ele pro bem, pode ajudá-lo a ser melhor. Dinheiro é só dinheiro. Abundância é muito mais. O que vc quer? um cara que deixe um cheque de manhã pra vc ir ao shopping, um um bilhete de amor e afeição ? Dá pra juntar tudo? tomara. O perigo aqui, é que no relacionamento mais sério o homem que se sente inferiorizado apronta, machuca a mulher poderosa. Tem que ser amor verdadeiro.E a mulher tem o desafio de não julgar digno só um fator. A vida tem muitas moedas. Claudia Riecken

1 de agosto de 2013 às 14:11