terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Fácil na teoria, difícil no coração
Quando o assunto são as coisas do coração, todo mundo tem sua teoria, todo mundo se acha certo e todo mundo aponta o dedo para o que considera errado. Parece futebol. Vejo o tempo todo gente criticando solteiro que sai muito, solteiro que não circula, casado que trai, solteiro que sai com casado, casamento aberto, casamento muito fechado e por aí vai. Justamente porque são tantos os caminhos do coração que acho meio anacrônica esta imensidão de críticas. Afinal, todo mundo está sujeito a situações delicadas, a momentos inesperados, a paixões arrebatadoras e impasses que nos fazem reavaliar tudo que já passamos ou pensamos na vida.
Minha vida sentimental está em um momento que chamaria de delicado. Aí diversas vezes me ponho a tentar aplicar as minhas teorias na história. Decido por uma delas, tento botar em prática e sempre quebro a cara. Nenhuma delas se mostrou útil desde que tudo começou. Minha mente sabe exatamente como as coisas deveriam ser, quais são as regras que precisariam ser seguidas, tim tim por tim tim. Mas meu coração insiste em seguir seus próprios caminhos, ignorando a teoria. Semana passada, uma troca de e-mails sobre as minhas teses me provocou um grande desgaste, uma semana de tristeza e noites mal dormidas. Tudo em vão. Porque bastou abrir uma frestinha para a enxurrada romper as comportas que a razão havia construído.
Isso me faz pensar sobre como não temos controle sobre o que sentimos, quando o que se sente é realmente forte. Analisando friamente, apesar de estar no olho do furacão, é positivo que seja assim. Afinal, como seria chata a vida se até sobre isso tivéssemos controle? Seria tudo muito previsível, sem a emoção da surpresa, e as coisas não teriam tanto gosto. Vendo-me sem saída depois de tantas vezes ver minha mente perder a batalha para o coração, decidi não ficar mais botando pitaco nas decisões que ele toma. Eu mesma sempre digo que ele tem sempre razão, não é mesmo? Decidi, então, seguir o conselho da Débs (a Separada e guru do amor) e agir sabe como? Fazendo nada!
Patrícia - A Solteira
15 comentários:
é..as xs a gente faz tanta força e nada....
15 de fevereiro de 2011 às 00:07a impotencia sobre o q o outro sente e quer e gigante!!
melhor é ir vivendo cd dia...e ver no q vai dar...
Eu mesma vivo um momento complicado. E é totalmente verdade isso de a gente não conseguir controlar o que sente. Muitas vezes acho isso bom, sinto prazer nisso. Mas em alguns momentos tenho certa relutância em sentir determinados sentimentos, em admitir pra mim que os sinto. Acho que a beleza de tudo está em se perceber o que se sente, e ao discordar, saber que apesar de estar sentindo aquilo, não é o caminho a seguir. Talvez não possamos ter controle sobre os sentimentos, mas isso não nos exime de ter controle sobre o que fazemos motivadas por eles.
15 de fevereiro de 2011 às 00:50Bejios, Su.
su-poucoacucaremuitosal.blogspot.com
Boa sorte querida! Eu também decidi por isso, depois de muita luta entre a minha razão e sentimentos, resolvi que a luta gasta energia em vão. O coração precisa da razão como amiga, não como rival. Sigamos, o que será de ser, será. Sorte e fluidez, que as coisas sejam naturais! Um bj enorme!
15 de fevereiro de 2011 às 08:10Sobre o que se sente, não temos controle, apenas sobre o que fazemos.
15 de fevereiro de 2011 às 08:34Andarilho gênio rs!
15 de fevereiro de 2011 às 08:53Aiii Diguê... essa parte de não fazer nada é a mais difícil...
Mas somos lindas, espertas, inteligentes e vamos sair dessa com o troféu na mão.
AAAAAAAAAAAAAAHAHAHAHA rsrsrsrs
Bjo Bjo
Olívia
Oh, dúvida cruel!
15 de fevereiro de 2011 às 09:36É aquele velho impasse: Não sei se caso, ou se compro uma bicicleta.
Boa sorte, Paty!
Verônica
Engraçado.
15 de fevereiro de 2011 às 09:58Gosto de quando a chuva surge repentinamente e muda os planos. E é justamente pela sensação de que, apesar da nossa prepotência, e das infindáveis invenções do ser humano, não temos controle sobre tudo, nem sobre a natureza, que vez ou outra nos obriga a ter um dia diferente do que prevíamos. Seria mesmo muito chato controlar o que sentimos, como se pudéssemos tomar as rédeas de tudo... como se tudo fosse dependesse exclusivamente da nossa vontade e não houvesse uma força superior regendo nosso universo...
Beijos
Tenho uma amiga q ela é assim, de poucas palavras e na maioria das vezes qd a pergunto o q fazer ema me responde: nada!!
15 de fevereiro de 2011 às 10:53E depois vejo q é o melhor, deixa rolar, acontecer!!
Bjs
Nossa!!! Me identifiquei completamente com o texto... eu sou assim Patrícia!!! E ontem tive uma experiência meio parecida... deixar a razão de lado e deixar o coração falar... foi ótimo!!! =)
15 de fevereiro de 2011 às 11:54Acho que essa nossa vontade de controlar tudo é que nos coloca em situações complicadas mesmo...
Mada é definitivo - nem as teses nem os sentimentos nem as práticas nem as circunstâncias... O jogo de cintura é essencial.
15 de fevereiro de 2011 às 13:44Oi Pat,
15 de fevereiro de 2011 às 13:57Engraçado, eu já ouvi essa teoria da Debs, só que de outro jeito. E foi um chef de cozinha quem falou, veja só. Para ele, sempre que surge algum problema aparentemente sem solução, ele desaparece por meia hora. Não faz nada. E, garante, as coisas sempre se resolvem. Hahaha!!!
Eu sei que o coração pede mais do que meia hora para que os conflitos sejam solucionados, mas deixa a vida te levar. Vc saberá o que fazer na hora certa. Eu acho. Ame-se, respeite-se, mas viva como achar que deve.
Beijão, much love,
Bela - A Divorciada
Patrícia, pense numa coisa difícil. Pensou? Pois é, o coração é a coisa mais difícil e complexa do universo, é simplesmente desafiador entendê-lo. Entretanto, fazer nada é não criar expectativa, isso ajuda bastante! BJSSSSSSS
15 de fevereiro de 2011 às 15:37Razão vs emoção!!! Que dificil ter ambas em equilíbrio não?
16 de fevereiro de 2011 às 13:21Na maioria das vezes fui aos extremos sem limites. Depois de conhecer bem as duas a fundo, decidi optar em ficar em cima do muro!!! Vamos ver se essa da certo!!! Bjosss
Querilda!
16 de fevereiro de 2011 às 18:25Se você fizer nada, sabe o que vai conseguir? Nada!
Risque a palavra controle do seu dicionário. Não existe controle sobre nada nem sobre seu ninguém.
Viva a experiência. Mesmo que ela seja ruim. Alguma lição você vai tirar do momento. Cape Diem!
Ah! E tome uma breja estupidamente gelada!
Eu também vivo esse dilema, fazer o que o coração pede, ou seguir a voz da razão, por mais que saiba que esse amor que sinto não tem presente nem futuro, é impossível deixar de senti-lo. Resolvi fazer isso "nada", parei de falar sobre isso e estou deixando as coisas seguirem seu curso normal. Mas tem horas como essa semana que bate uma saudade louca, e não sei o que fazer, principalmente porque não posso nem falar sobre isso, que sou sempre sensurada como se fosse possível controlar o que sinto. Amigas o coração é realmente o mais complicado dos problemas principalmente para pessoas perfeccionistas que gostam de ter tudo sobre controle como nós.
17 de fevereiro de 2011 às 11:42Xêro!!!
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