sexta-feira, 10 de junho de 2011
Eu não sei namorar pela internet
Conheço um montão de gente que conhece seus parceiros pela internet. E até quem “namora” pessoas em outros pontos do planeta. Tudo por email, redes sociais, messenger, skype e, vez ou outra, telefone. Confesso que sinto bastante dificuldade para administrar um relacionamento assim.
Recentemente conheci um cara bem legal em outro país. Tivemos apenas algumas horas para nos conhecer. Achei que fosse mais uma pessoa interessante que só ficaria na minha lembrança, uma parte do “pacote”. Ele pediu meu email, mas achava que fosse só uma atitude educada. Surpreendentemente não. No meu primeiro dia de volta pra casa, já me deparei com uma mensagem fofa dele, dizendo o quanto tinha gostado de me conhecer e que esperava que mantivéssemos contato. Adorei o cuidado que ele teve, mas, ainda assim, me mantive cética, achando que aquilo não passaria de meia dúzia de emails, até que a correria do dia a dia se encarregasse de deixar no passado aqueles rápidos momentos bons. De novo estava errada. De repente ele estava aqui me chamando todos os dias pela internet, conhecendo pouco a pouco tudo a meu respeito, e teve dias que eu até senti falta daquela “companhia”.
Acabei cedendo àquelas doses diárias de conversa que me ajudavam a elevar minha auto-estima. Porque, claro, quando a pessoa está longe, a gente idealiza e a acha perfeita. Acho que ele pensa que eu sou assim, uma “princesa encantada”. Até me chamou de cinderela, já que nossa despedida foi meio cinematográfica mesmo, só faltando o sapatinho de cristal. Suas declarações e extremo interesse até me assustam. Eu, aqui, também o idealizo, mas acho que mantenho mais os pés no chão, não acreditando muito que isso possa dar em alguma coisa.
Não dá para saber no que vai dar, só sei que não sei por quanto tempo consigo manter isso, assim, sem contato físico e sem olho no olho. Às vezes dou uma sumida, e ele fica triste (pelo menos diz que ficou). Age como se a gente realmente tivesse algum vínculo. Também não consigo aprofundar demais as conversas, afinal, mal nos conhecemos. E até me sinto meio ridícula às vezes por fantasiar tanta coisa com alguém que tive tão pouco contato, um estrangeiro, que vive a milhares de quilômetros de mim. Estes dias expliquei que tenho essa dificuldade e ele reafirmou sua intenção de logo vir me visitar. Perguntei: “Vai vir para o Brasil a negócios?” E ele: “Não, pra te ver. Posso?”. Nem preciso dizer que fiquei ainda mais insegura e assustada, afinal, como vou receber uma pessoa que, ressalto novamente, mal conheço? Que, no fundo, nem sei se gosto, apesar das primeiras impressões terem sido ótimas e de ele “parecer” realmente uma pessoa diferente. Digam-me: como vocês conseguem, hein?
Patrícia, A Solteira
Recentemente conheci um cara bem legal em outro país. Tivemos apenas algumas horas para nos conhecer. Achei que fosse mais uma pessoa interessante que só ficaria na minha lembrança, uma parte do “pacote”. Ele pediu meu email, mas achava que fosse só uma atitude educada. Surpreendentemente não. No meu primeiro dia de volta pra casa, já me deparei com uma mensagem fofa dele, dizendo o quanto tinha gostado de me conhecer e que esperava que mantivéssemos contato. Adorei o cuidado que ele teve, mas, ainda assim, me mantive cética, achando que aquilo não passaria de meia dúzia de emails, até que a correria do dia a dia se encarregasse de deixar no passado aqueles rápidos momentos bons. De novo estava errada. De repente ele estava aqui me chamando todos os dias pela internet, conhecendo pouco a pouco tudo a meu respeito, e teve dias que eu até senti falta daquela “companhia”.
Acabei cedendo àquelas doses diárias de conversa que me ajudavam a elevar minha auto-estima. Porque, claro, quando a pessoa está longe, a gente idealiza e a acha perfeita. Acho que ele pensa que eu sou assim, uma “princesa encantada”. Até me chamou de cinderela, já que nossa despedida foi meio cinematográfica mesmo, só faltando o sapatinho de cristal. Suas declarações e extremo interesse até me assustam. Eu, aqui, também o idealizo, mas acho que mantenho mais os pés no chão, não acreditando muito que isso possa dar em alguma coisa.
Não dá para saber no que vai dar, só sei que não sei por quanto tempo consigo manter isso, assim, sem contato físico e sem olho no olho. Às vezes dou uma sumida, e ele fica triste (pelo menos diz que ficou). Age como se a gente realmente tivesse algum vínculo. Também não consigo aprofundar demais as conversas, afinal, mal nos conhecemos. E até me sinto meio ridícula às vezes por fantasiar tanta coisa com alguém que tive tão pouco contato, um estrangeiro, que vive a milhares de quilômetros de mim. Estes dias expliquei que tenho essa dificuldade e ele reafirmou sua intenção de logo vir me visitar. Perguntei: “Vai vir para o Brasil a negócios?” E ele: “Não, pra te ver. Posso?”. Nem preciso dizer que fiquei ainda mais insegura e assustada, afinal, como vou receber uma pessoa que, ressalto novamente, mal conheço? Que, no fundo, nem sei se gosto, apesar das primeiras impressões terem sido ótimas e de ele “parecer” realmente uma pessoa diferente. Digam-me: como vocês conseguem, hein?
Patrícia, A Solteira
13 comentários:
Patrícia, entendo você perfeitamente. Sempre fui MUITO cética em relação a relacionamentos virtuais. Pra mim relacionamento é olho no olho.
10 de junho de 2011 às 08:33Até que conheci meu ex pela internet. Na verdade continuei odiando os papinhos e xavequinhos virtuais na época, digo que só CONHECI ele pela internet, logo depois nos encontramos pessoalmente e o relacionamento foi completamente na vida real.
Agora me pego numa situação "mais ou menos" que nem a sua. Conheci novamente pela internet um cara fantástico que mora do outro lado do mundo (e não é brasileiro) e por coincidência eu ia fazer uma viagem de férias e passar na cidade dele. Nos conhecemos e tivemos um encontro maravilhoso, e agora brigo comigo mesma pra manter os pés no chão e entender que foi somente isso. Não consigo manter nada assim a distância não, ainda mais em outro país que nem dá pra dar uma passadinha no fds.
Espero que sua história tenha um desenrolar legal pros dois, seja ele qual for. Beijos
É uma boa pergunta, como as pessoas conseguem? Eu não sei como.
10 de junho de 2011 às 09:14Ownnn... me encontro na mesma situação. É muito dificil!
10 de junho de 2011 às 10:13Também não sei como.
10 de junho de 2011 às 14:47Esse texto me lembrou um episódio de "Divã", assistiu?
Teve uma resposta interessante lá...
Beijos
Evelin
Esses relacionamentos virtuais são muito perigosos principalmente para os romanticos como eu, também prefiro o contato físico, o olho no olho, mas agora sinto tanta falta das conversas na internet, me tornei dependente delas. No meu caso ele mora perto de mim, e dá aulas na academia que frequento, mas por vários motivos ele preferia conversar pela internet,quando eu quiz mudar isso ele se afastou, agora não nos falamos mais, mas ele tocou meu coração como ninguém o fez antes.É mas avida continua.
10 de junho de 2011 às 17:10Xêro...
Oi Pat,
10 de junho de 2011 às 17:17Deixa esse visitante dar o ar de sua graça por aqui. Why not???
Acho que a internet pode ser um meio para conhecer alguém, claro, mas as relações se constroem mesmo é no mundo real, na vida real.
Beijão,
Bela - A Divorciada
Tb não sei se conseguiria...mas nunca tentei!
10 de junho de 2011 às 19:39E tô com a Bela! Dá uma chance =)
baccios
deb
Eu tambem tive uma experiência desse tipo e confesso que não sei manter um relacionamento assim. Prefiro o olho no olho, a pegada na lançada na parede de uma esquina e os beijos roubados vindo de um olhar arrebatador!
10 de junho de 2011 às 20:58http://divasnodiva-lilith.blogspot.com
Também não sei como.
11 de junho de 2011 às 00:05Lendo a sua história, não tem como não fazer o movimento de imaginá-la, ai no final, me deu uma vontade de dizer:
SE JOGA!!! Hahahah
Felicidades no mundo real e/ou virtual, felicidades...
Bjs
Isa
Fácil não é....mas quem disse que é impossível? Passei pela mesma situação que vc há exatos dois anos. Eu morava na Espanha e ele na Suécia...mas eu já estava de malinhas prontas pra voltar pro Brasil. Sabe o que aconteceu? Fui passar uma semana com ele pra "ver qual era". Arrisquei... mas tinha que fazer isso, pq não tinha a menor condição de continuar aquele "namoro" via skype. Resultado... terminei meu doutorado na Espanha e vim pra Suécia!!! Estamos juntos e muito muito felizes!!! Eu se fosse vc tb arriscava, e se não der certo td bem tb, na pior das hipóteses vc fez um bom amigo. Sorte!
11 de junho de 2011 às 12:51Bjos,
Ale.
Sinceramente, nunca tive essa intenção com o pc. E numa relação, digamos olho no olho, já nos perdemos em fantasias, imagine quando somos obrigados a acreditar nelas?! O pé no chão seria uma ótima atitude.
14 de junho de 2011 às 11:57Bjssss e Boa sorte!
Acho que sou a rainha dos relacionamentos a distância.
14 de junho de 2011 às 20:08O primeiro era de bairro longe.
O segundo era de cidade longe.
O outro era de um estado vizinho.
E agora é A DOIS ESTADOS de mim...
Complicado viu hahaha
Mas se gosta mesmo, dá certo, a lá Fernando Pessoa, mas dá!!!
hAHAHAHAH
.Olívia.
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