quarta-feira, 4 de abril de 2012

Uma nova empreitada

Faz uns dois meses que tudo mudou novamente na minha vida. Por mais que tenha retornado à minha terra e mesmo estando em um local de trabalho onde já havia estado, não deixou de ser uma grande mudança (de novo). Já muitas vezes me questionei por que fico tanto de lá pra cá e não paro em lugar algum (casa, cidade, emprego). Mas já faz tempo que percebi que é justamente isso que move a minha existência e dá sentido à minha vida. Entendi que nem sempre uma rotina certinha é sinônimo de felicidade para todos.

E foi nesta toada que decidi mexer ainda mais no que já me parecia corriqueiro e automático. Cismei de aprender um esporte do zero, depois de anos no esquema corre-nada-pedala-pesos. Os anos em São Paulo e as atividades mais confinadas me jogaram para o ar livre. E foi seguindo esses sentimentos e tentando respeitar meu momento, meu corpo e minha inspiração, que conheci o tênis. "Você sabe jogar?", me questionou o professor na primeira aula. "Nunca pisei numa quadra de tênis antes", avisei, percebendo a cara de preocupação dele diante de uma não tão jovem nova aluna.

Mas encarei o constrangimento de não conseguir acertar uma única bola, lançando várias a perder de vista. Aguentei as broncas (o professor leva mesmo tudo muito a sério): "Patrícia, está me ouvindo? Já disse que não é assim". E nem me importei de correr como uma pata choca atrás daquela bendita bolinha. Até tenho sonhado que estou arrebentando com ela com minha raquete e fazendo um ponto lindo no adversário.

Passada a vergonha dos primeiros treinos e sentindo meu corpo se adaptar aos novos movimentos (no início tudo aquilo me parecia muitas vezes impossível), já me sinto uma quase-tenista. Continuo sem grandes pretensões no esporte. Mas a sensação de desafiar a inércia (não aquela do movimento zero, mas do constante) me dá mais confiança, mais coragem e oxigena a minha mente. Tenho muito a avançar, mas ter começado algo totalmente novo mais uma vez me move e inspira meus dias. No meu último aniversário, como não poderia deixar de ser, raquetes e bolinhas foram meu mais festejado presente.

Patrícia, A Solteira-Guga

5 comentários:

Andarilho disse...

É muito bacana aprender uma coisa nova e inusitada.

4 de abril de 2012 às 08:41
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Acho luxo ser tenista, Pat! Arrasa.

Beijos, beijos,

Bela - A Casada

4 de abril de 2012 às 18:36
Unknown disse...

rsrs..Realmente é um luxo!

4 de abril de 2012 às 22:24
Anônimo disse...

É legal começar uma atividade assim "depois de véia" porque desmonta certos mitos, como aquele que diz que a gente só vai fazer algo direito se começar muito cedo. É nada...quando adultos, temos muito mais maturidade sabedoria para fazer uma nova atividade. A não ser que a gente queria ser profissional...aí é mais difícil mesmo, haha.

Quero ver vc de sainha!!

bitocas

deb

5 de abril de 2012 às 10:14
Evelin disse...

Super legal. Adoro esse esporte. Força e persistência pra vc.

Beijos

Evelin

8 de abril de 2012 às 10:58