quarta-feira, 2 de maio de 2012

Quem inventou o “coxinha” foi minha amiga Dane

Há duas semanas, foi a vez da Folha especular sobre o que é e como surgiu o termo “coxinha” para definir certos tipos de homens. Achei engraçado a gíria ser pauta em um grande jornal. Porque, para mim, quem inventou o termo “coxinha” foi a minha amiga de infância Dane Morato, de Praia Grande. A matéria diz que o termo começou a ser usado em São Paulo por volta de 2002. Até parece... Era comecinho dos anos 1990, ou seja, já há mais de 20 anos, e nós já nos divertíamos na escola rotulando os amigos (bullying, diriam hoje). “Esse cara é muito coxinha, não quero namorar com ele não”, “Deixa de ser coxinha e vamos para a festa”.

Também questiono a definição trazida na matéria, que tem mais a ver com almofadinhas cobertos de roupas de grife. O “coxinha” original é outra coisa. O que é? Nem sei explicar muito bem, confesso, mas não é isso que falaram lá.

Para entender, é só pensar no formato do quitute e transferir a ideia para definir um traço de personalidade. Ele não é arrogante, apenas certinho demais (não necessariamente tímido). Não está preocupado em ter tudo de marca cara, mas dificilmente você o verá de roupa suja. Também não está preocupado em ter o cabelo na moda, mas suas madeixas raramente se encontram desgrenhadas, normalmente estão lambuzadas de gel. O “coxinha da Dane” tampouco é um chato. Ele apenas faz questão de rir de tudo para não perder os amigos e tem uma forte tendência a contar piadas meio sem graças, rindo muito ao final. Enfim, o nosso coxinha era um cara que estava sempre por perto e que parecia adorar ser chamado assim só para se sentir parte da turma. A Dane mesma nunca explicou direito esta história. Quando questionada sobre o que queria dizer, só fazia com as mãos o formato de uma coxinha, dando a entender que se tratava da definição mais óbvia do mundo.

Mais uma evidência da autoria é que a Dane lançava mão de todo o cardápio de festinhas de aniversário para adjetivar estados de espírito ou definir pessoas. “Estou encroquetada hoje”, por exemplo, quer dizer: “Não estou a fim de sair de casa, quero ficar sem fazer nada debaixo do edredon”. E também: “O cara é mó empada”. Aí sim uma definição de mala, chato, arrogante. E por aí sua criatividade ia... Ah Dane, que saudades de rolar de rir com suas piadas gastronômicas. E que reconheçam de uma vez por todas seus direitos autorais.

Patrícia, A Solteira

5 comentários:

Andarilho disse...

Ih, se ela não registrou em cartório, o coxinha já voou.

Gíria é que nem filho: vc cria para o mundo, hahaha.

2 de maio de 2012 às 16:24
Anônimo disse...

Agora tem o lance dela dizer que "fulano" é marmota...acho que substitui o coxinha...

2 de maio de 2012 às 16:50
Evelin disse...

Pensei que o significado de coxinha tinha vindo do "Coxinha e Doquinha", do programa “Nas garras da Patrulha”, que passa na TV Diário, em Fortaleza (rsrs)
Se bem que o significado é bem diferente...

Beijos

Evelin

3 de maio de 2012 às 09:26
Giselle Mota disse...

Sempre ouvi dizer que o "coxinha" eh um cara meio mauricinho, educadinho, ta sempre cheiroso, arrumado...
EU ADORO OS COXINHAS, MAS NUNCA ENCONTREI UM!!!rs

3 de maio de 2012 às 21:46
Lu Motta disse...

Numa festa o salgadinho que não gosto é a coxinha. Sempre vem muitas nas porções. Para mim, um homem coxinha é bem sem graça, falta um glamour de um empanado de camarão. Ou a gostosura de uma bolinha de queijo.

4 de maio de 2012 às 17:34