sábado, 21 de novembro de 2009
O casamento com meu melhor amigo
O segundo lugar, Fernanda Gomes de Sá Paulo Poli, e seu texto (um tanto sensato) sobre casamento.
Em um ano a gente consegue redesenhar nossa vida de uma maneira tão incrível que jamais admitiríamos sonhar antes.
Colocando como ponto de partida meados do ano passado, posso dizer que mudei de casa duas vezes, enfrentei a doença do meu pai, planejei meu casamento e casei, perdi meu pai, investi em minha vida como advogada, desisti temporariamente do jornalismo, vi minha mais nova sobrinha nascer, assumi incumbências no comércio. Fora alguns contratempos que eu e meu marido merecemos ter tido porque não soubemos escolher nossos ex. Bem, pelo menos eles são ex!
Prendendo-me ao fato casamento, no entanto, creio que fazer um ano de casada foi uma vitória e tanto.
Apesar de concordar que é difícil encontrar um amor de verdade, acredito que manter esse mesmo amor é que são elas.
Quando a gente casa passa a dividir a própria vida com o outro. Conhece, verdadeiramente, suas manias e chatices, seus pontos fracos e ou aprende a lidar com todo esse excesso de informações ou abandona o barco.
Casar é muito bom, mas não é fácil.
Eu tive que me habituar, entre outras coisas, a acordar com o cachorro me lambendo, a caçar meias e cuecas pela casa, a perder completamente o domínio sobre a programação de TV. Mas aprendi que a vida pode ser bastante divertida quando a gente consegue enxergar o companheiro como um parceiro e passa a viver ao lado de alguém que é, em primeiro lugar, seu amigo. Alguém com quem a gente pode sentar do lado no boteco e passar horas a fio falando bobagens, discutindo novela, esporte e admirando como a vida pode ser bacana quando os dois se esforçam para isso.
Talvez, almas gêmeas não tenham tantas diferenças quanto nós dois temos. Ou não. Fora que deve ser extremamente chato viver com alguém exatamente igual a você. E improdutivo também.
Aconselho minhas amigas a arriscar. Casar não é uma loteria. É um teste de paciência! Dois tentando ser um e um todo querendo respeitar a individualidade de dois.
Acho que a Nicete Bruno já quis enforcar o Paulo Goulart muitas vezes. Mas duvido que conseguiria pensar em ter outra vida sem ele. Sempre penso em enforcar meu marido, mas ele tem sorte de conseguir me fazer rir antes que eu chegue às vias de fato.
Primeiro a gente aprende a dividir com os irmãos. Depois a gente aprende a abrir concessões com o marido.
O casamento é uma viagem, com momentos muito difíceis e outros tantos inesquecíveis que eu sei que jamais viveria se não tivesse me aventurado.
As pessoas são únicas e a gente demora para aprender a entender cada uma delas, principalmente aquelas com as quais convivemos intimamente. E é essa a graça de casar.
10 comentários:
Que coisa mais linda! =)
21 de novembro de 2009 às 14:04Arrasou, Fernanda, adorei.
21 de novembro de 2009 às 15:18Obrigada por ter participado da promoção. E por ser nossa leitora.
Beijão,
Bela - A Divorciada
Adorei a história e a meneira adulta com que ela vê o casamento.
21 de novembro de 2009 às 15:52Parabéns Fernanda!
Sorte e sucesso sempre!
uau!!..
21 de novembro de 2009 às 20:16depois dessa, da ate pra perder o medo de casar... rs
otimo o textoo
Que lindo,,,
21 de novembro de 2009 às 22:41caiu como uma luva no momento q estou vivendo, vou me casar, e estou tão feliz e tão determinada a ser feliz....
abraços
Que bonito!!
22 de novembro de 2009 às 14:12Parabens Fernanda!!
fMuitas e muitas Felicidades ao casal...
sincero, simples e direto.
22 de novembro de 2009 às 20:22adorei
Obrigada, gente!! Fico feliz que tenham gostado e, mais ainda, que o texto tenha inspirado uns e outros a arriscar!! Beijos.
23 de novembro de 2009 às 11:14Very cute! ;)
23 de novembro de 2009 às 18:01ameeeeeeeeeeeeeeeei!!!!
23 de novembro de 2009 às 21:35tudo lindo e real, como uma boa dança a dois!!!
bjo
Postar um comentário