terça-feira, 10 de novembro de 2009
A Uniban desistiu de expulsar a loira
A última da novela da Uniban, onde, no campus de São Bernardo do Campo, a estudante Geisy Villa Nova Arruda, de 20 anos, foi hostilizada em 22 de outubro por assistir aula usando um vestido curto. No último final de semana, Geisy foi expulsa da instituição, que decidiu readmiti-la ontem, sem dar maiores explicações para o recuo. Sabe-se apenas que a decisão foi do reitor Heitor Pinto Filho.
Antes tarde do que nunca, é vero, menos mal que eles tenham mudado de ideia. Agora, fica claro, claríssimo, que o anúncio foi baseado na péssima repercussão que o caso teve. Prevaleceu o medo de ter a imagem manchada e ainda ter que dar explicações a órgãos como o Ministério da Educação, por exemplo. Como se isso já não tivesse acontecido!!!! Como se a Uniban já não estivesse marcadíssima por esse episódio de volta à Idade Média, ao tempo em que uma mulher era punida e julgada pela roupa que vestia.
Outro ponto que me chamou a atenção: na tarde de ontem, durante um protesto na porta da universidade contra a expulsão, que ainda não havia sido revogada, os manifestantes foram vaiados por alunos da instituição, que diziam quer apenas “estudar”. Ou seja, a lógica que fez Geisy ser colocada para fora após ser agredida encontra respaldo entre alguns alunos (prefiro acreditar que esses não sejam maioria).
A universidade promete, para a próxima sexta-feira, a realização de um debate em torno do assunto. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) vai participar. E já se ofereceu para fazer a ponte entre Geisy e a Uniban. Pois tomara que a discussão aconteça mesmo. E de forma limpa, democrática, respeitosa. Que seja uma chance para conversar de forma ampla sobre o linchamento moral pela qual a estudante loira do vestido vermelho tem passado desde 22 de outubro. Um fio de esperança de que não sejamos tão selvagens assim.
Estamos de olho.
Isabela – A Divorciada
Antes tarde do que nunca, é vero, menos mal que eles tenham mudado de ideia. Agora, fica claro, claríssimo, que o anúncio foi baseado na péssima repercussão que o caso teve. Prevaleceu o medo de ter a imagem manchada e ainda ter que dar explicações a órgãos como o Ministério da Educação, por exemplo. Como se isso já não tivesse acontecido!!!! Como se a Uniban já não estivesse marcadíssima por esse episódio de volta à Idade Média, ao tempo em que uma mulher era punida e julgada pela roupa que vestia.
Outro ponto que me chamou a atenção: na tarde de ontem, durante um protesto na porta da universidade contra a expulsão, que ainda não havia sido revogada, os manifestantes foram vaiados por alunos da instituição, que diziam quer apenas “estudar”. Ou seja, a lógica que fez Geisy ser colocada para fora após ser agredida encontra respaldo entre alguns alunos (prefiro acreditar que esses não sejam maioria).
A universidade promete, para a próxima sexta-feira, a realização de um debate em torno do assunto. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) vai participar. E já se ofereceu para fazer a ponte entre Geisy e a Uniban. Pois tomara que a discussão aconteça mesmo. E de forma limpa, democrática, respeitosa. Que seja uma chance para conversar de forma ampla sobre o linchamento moral pela qual a estudante loira do vestido vermelho tem passado desde 22 de outubro. Um fio de esperança de que não sejamos tão selvagens assim.
Estamos de olho.
Isabela – A Divorciada
4 comentários:
Está todo mundo perdido.
10 de novembro de 2009 às 16:141- A universidade que faz um propaganda, sobre responsabilidade social, e mostrou o contrário.Aff 1
2- Os alunos que vaiaram e dizem que a garota manchou a imagem da universidade.Aff 2
3- E a garota que esta sofrendo uma exposição exagerada, não esta indo trabalhar e com certeza sendo mal orientada por advogados de todas as espécies.
Espero que ela não queira se aproveitar disto e daqui a 3 meses estar na capa da Playboy.
É um direito dela que foi violado e não um show de quem dá mais.
Desconfio q muitos dos alunos da Uniban sejam marias-vai-com-a-outra. No primeiro caso, seguiram alguns que começaram a xingar a moça, e agora, vão junto com a direção da escola. Quando a ficha cair, eles mudam de opinião.
10 de novembro de 2009 às 20:48Lamentável que a maioria das pessoas não tenha uma opinião, mesmo as de nível universitário.
Concordo que linchar e expulsar a moça só "por ter se apresentado de saia curta" seja extremamente preconceituoso e retógrado. Mas vocês acham que foi só por causa disso? EU DUVIDO!!!! Tenho certeza que esta moça deve ter feito muitas outras coisas anteriormente. Isto, pra mim, soa apenas como a gota d'água. Não sei se vocês sabem, mas muitas "mulheres da vida" têm seus cachês aumentados substancialmente após a exposição na mídia. Também não sei se é de vosso conhecimento, mas muitas delas estudam e são pessoas normais. Certamente vocês se lembrarão da loira do bush (alías, eu acho pejorativo chamar de loira do bush, loira da uniban, não?), pois é... é deste tipo de garota que estão recheados os books de agência de acompanhantes.
11 de novembro de 2009 às 13:03Curiosamente, logo no outro dia, a "loira da uniban" aparece na Luciana Gimenez e programas do gênero, o que lhe rende a exposição procurada. Hoje me sai que a playboy quer a menina na capa. Duas outras faculdades se oferecem para recebê-la. Tudo vira propaganda. É uma festa!
Nada contra a profissão mais antiga do mundo, e nem estou dizendo que a moça atue no ramo (mas com certeza absoluta irá), mas legalmente falando, existe a experessão "moral e bons costumes" que serve para manter a ordem na sociedade, evitando, por exemplo, que se ande nu pelas ruas. E, se realmente ela feriu este princípio que consta até no estatuto da faculdade, não vejo problemas com a expulsão, afinal quantas expulsões por coisas muito menores já não aconteceram?
O que eu fico chateada é que a imprensa, depois que toma partido, dá pouca atenção ao outro lado. Por que não investigam o que realmente acontece com essa moça e não simplesmente o fato isolado?
Vocês, que são jornalistas, deviam se ocupar mais disso, ao invés de querer conduzir a opinião pública superficialmente. Ou vão ficar apenas "deblaterando, parlapatões que são"? como diria o nobre senador do estado da autora do post.
Atrapalhado que é, o "quarto poder", acaba sendo facilmente manipulado e usado em prol do meretrício.
Não quero que concordem, mas apenas que reflitam.
Nem se ela fosse puta, nem se fosse pelada, não justifica. E que exposição foi feita por terceiros ou era ela q esta com o celular?
11 de novembro de 2009 às 17:27Qto a playboy e programas de tv de quinta categoria, tem gente que compra e assiste, por isto estão lá.
Já os 800 alunos que participaram da bagunça, agora querem sair como defensores da moral. Por favor né.
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