sexta-feira, 13 de maio de 2011

Seu dilema: quem está certo, o coração, a cabeça ou a sociedade?

AVISO: Esse post foi publicado ontem, quinta (12), dia de Seu Dilema. Mas, como o Blogger sumiu com a postagem, essa é uma tentativa de resgate. Ou republicação, tá? Beijos, O Trio

Vou trazer à tona o tema mais polêmico desse blog: traição! Mas, aqui, do ponto de vista de uma filha de mãe traída, de quem já foi traída e de quem é, agora, a amante. Sim, eu sou tudo isso.

Eu sempre abominei essa palavra, traição. Acho que é porque vi minha mãe sofrer uma vida toda, por mais que ela tentasse “tapar o sol com a peneira”. Meu pai, por sua vez, não tem dinheiro para nada de tanto que gastou com a mulherada. Minha mãe é uma ótima pessoa, quem a conhece sabe o quanto espiritualizada ela é, possui o dom do perdão como nunca vi em nenhum outro ser humano. Ela é uma pessoa de paz, ao contrário de mim. Somos extremamente diferentes. Eu sou uma pessoa passional sempre guiada pelo coração, tudo para mim é uma grande novela mexicana.

E como toda experiência é mais valida quando passamos por ela, eu também já fui traída. Num relacionamento de dois anos, prestes a noivar, descobri que meu namorado me traiu. Foi horrível! A pessoa em quem eu tanto confiava e sabia o que eu pensava sobre o tema TRAIÇÃO, acabara de me fazer de idiota. Me senti humilhada e enganada. Eu era tão apaixonada por ele que pensei por alguns minutos em fingir que não tinha visto aquilo, mas meu lado “psicótico passional” não deixou e, como em um capítulo da minha “novela mexicana”, ele foi acordado debaixo de socos e pontapés. Mandei ele sumir de casa, mal teve tempo para se vestir. Sofri, mas nada como o tempo para curar as feridas. E hoje nem lembro mais que ele existiu em minha vida.

Mas como todas nós sabemos o mundo dá voltas e como dá, não é?

Eis que hoje me vejo do lado dos “inimigos”. Aquelas mulheres a quem sempre critiquei e apontei o dedo, a quem eu chamei dos piores nomes porque eu era toda certinha e estava com raiva do mundo, hoje sou uma delas. Me envolvi com um cara casado. Sim, sim, isso é errado. Não disse que é certo, disse que não podemos cuspir para cima que cai bem no meio da testa. Ele me contou que era casado no primeiro encontro. Mas mesmo assim eu fui em frente. Sempre certinha, quis saber qual era a graça em ser “errada”. Foi a melhor e a pior decisão que tomei.

A pior porque me sinto culpada. Mas a melhor porque nós nos damos muito bem, nos completamos. Eu já me iludi achando que um dia ele vai se separar, hoje concluí que ele é muito covarde para isso. É fácil quem está de fora falar, eu sei porque eu era assim, mas quando a gente passa a ver as coisas pelo “outro lado da cerca”, tudo muda.

Se ele fosse um homem solteiro, seria o cara perfeito com quem casaria e teria filhos. Mas não é. E isso me dói. A despedida é inevitável, mas valeu muito a pena. Aprendi muito. É uma pessoa por quem sempre terei muito carinho. Que, sem saber, me ensinou e muito a compreender meu próprio pai.

O dilema que fica, ao final, é: quem está certo nessa história toda? Meu coração, minha consciência ou a opinião geral?

Obrigada!

Caroline

11 comentários:

Andarilho disse...

Não tem "certo" nesse tipo de história. O que tem é benefícios x consequências.

Vc escolhe o que faz e enfrenta as consequências. E gostei por não se fazer de coitada, vítima da "paixão irrefreável" ou coisa que o valha. Vc fez porque quis e aguentou as consequências. É isso aí é que é a vida.

12 de maio de 2011 às 08:32
Sara Lima Saraceno disse...

Eu acho ERRADO em todos os aspectos, especialmente com NÓS MESMAS, que, na verdade, estamos dividindo um homem com outra mulher e nos privando de encontrar alguém legal e disponível para dividir a vida!!
Masss, como em todas as situações da vida, falar é fácil, né? Boa sorte! Bjus
http://www.vivendoavidacomoelaeh.blogspot.com/

12 de maio de 2011 às 09:52
Ana disse...

Acho que é isso mesmo,concordo com Andarilho.
Na vida nós fazemos nossas escolhas e vc pode falar mais do que qualquer pessoa pois já viveu em ambos os lados.
Adorei quando vc falou "não podemos cuspir para cima que cai bem no meio da testa" e é exatamente por isso que eu evito sair por aí chamando de nomes horríveis as mulheres que traem. Quem me garante que o mundo não vai dar voltas e eu estarei nesse papel?
Quando não era casada eu fui traída (se hj eu sou não sei e aprendi a não ficar neurótica com isso) e na época de solteira devo ter ficado com alguém que tinha outro alguém. E aí? Ninguém morreu! Foram apenas experiências.
Sobre quem está certo eu fico com o seu coração e a sua consciência, em geral eu não gosto da opinião geral.
Segue uma frase que gosto, mas não sei o autor: "Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles."
Um beijo e boa sorte pra vc nessa nossa vida louca vida!

12 de maio de 2011 às 11:12
Unknown disse...

Concordo com a Ana e o Andarilho. Acho que nessa de amante, vc perdeu um tempo de encontrar alguém bacana e que quisesse viver um amor pleno com você, mas ganhou em experiência. Fez o que seu coração mandou em um momento, o que a cabeça mandou em outro. A opinião alheia que se foda.
Boa sorte.

12 de maio de 2011 às 11:34
Carol Leão disse...

No final das contas fica a experiência e, o certo mesmo é ser Feliz !!!

12 de maio de 2011 às 12:37
João do Espírito Santo disse...

Nada a acrescentar ao comentário do Andarilho, só apoiar.

12 de maio de 2011 às 13:32
A. Marcos disse...

Entre mortos e feridos salvaram-se todos.
Todos certos e todos errados a um só tempo.
É como três pessoas olhando uma montanha pelo leste, pelo oeste e por cima e, depois, narrando o relevo visto.
Cada uma relatará de uma forma e como a visão de cada uma é diferente em função da posição em que estavam, cada relato será diverso.
Quem está certo? Todos.
Mas e se cada um brigar por seu ponto de vista como o certo, questará errado? Todos.

12 de maio de 2011 às 15:28
Tati disse...

A. Marcos falou bonito, mas me confundiu! rsrs.

Acho que ficar procurando culpados e inocentes é um grande desgaste.

12 de maio de 2011 às 16:03
Belly disse...

Olá Caroline,


Acho que mais impotante do que quem está certo ou errado é saber se vc está feliz e em paz. Acho difícil vc estar feliz com uma pessoa se antes não estiver feliz com vc, com suas atitudes...Se vc se sente culpada é pq está fugindo dos valores que são importantes para vc.
Acredito q o melhor que tem a fazer é seguir em frente e levar com vc apenas os ensinamentos que esse relacionamento deixou...

Bjs e boa sorte!

13 de maio de 2011 às 20:48
Késia disse...
Este comentário foi removido pelo autor. 21 de junho de 2011 às 02:35
Késia disse...

Acho q não consigo falar nd melhor q o A. Marcos. A situação é bastante relativa, portanto depende do ponto de vista. Apesar de não me simpatizar com relações extraconjugais, não julgo. Entendo.

Deixe sua consciência t guiar (é o q dizia o velho xamã indonésio, Ketut).
Boa sorte, Caroline!
Késia.

21 de junho de 2011 às 02:37