sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Vicky ou Cristina?
Fiquei tão intrigada com o comentário do post da minha amiga Divorciada, A festa do meu divórcio, que aproveitei o feriadão e fui lá conferir o novo filme almodovariano de Woody Allen. Vicky Cristina Barcelona é ótimo, bem-humorado, uma delícia. E me fez pensar muito no contraponto que as duas personagens fazem. Uma é rígida e controladora demais. A outra é 100% easygoing, cuca fresca, quase maluquete. Uma aposta todas as fichas no relacionamento sólido, firme, promissor, com o coxinha master (ou o foRfo) que certamente lhe asseguraria a vida dos sonhos, cheia de filhos, casa grande, TV japonesa de última geração. A outra vive o que vier. Sempre em busca de alguma coisa que ela não sabe bem o que é. Aliás, ela só sabe o que ela não quer. Só que a vida traz surpresas. E enquanto Vicky não sabe bem o que fazer disso, Cristina experimenta, acreditando na sua eterna busca.
Fiquei pensando no que a Divorciada disse, que ela seria uma se tivesse continuado seu casamento e que agora ela é a outra. Matutei, matutei e cheguei à conclusão de o ideal seria ser um pouco das duas. Afinal, a rigidez de Vicky e seu medo de sair da zona de conforto é de dar agonia até mesmo num ser casado e que gosta da zona de conforto como eu. Por outro lado, a busca de Cristina é angustiante. Eu entendo perfeitamente os medos e receios da casada Vicky - não é fácil mesmo lidar com esses conflitos. Como assim aparecer um Javier Bardem em sua melhor forma na véspera do casamento? Isso é de desestabilizar qualquer uma! E entendo também a gana de viver tudo o que pintar pela frente que Cristina tem.
Será que existe esse ponto de equilíbrio entre duas personalidades tão distintas? O filme fala de amor, paixão, romance. Mas acho possível fazer um paralelo com os outros aspectos da vida.
Uma coisa eu sei: Maria Elena é que eu não sou! haha
Aliás, palmas para a atuação de Penélope Cruz. Arrasou.
Ops, contei o filme? Contei nada! Woody Allen é sempre surpreendente. Isso aí é um resumo tontinho de blog. Vale muito a pena ver.
Ah, sim, e foi um prazer rever a cidade onde passei três meses em 2003. Barcelona continua um espetáculo.
A Casada
4 comentários:
Amiga Casada,
21 de novembro de 2008 às 10:29O filme não é o máximo? Amei a trilha e a fotografia tb. Gostei do seu contraponto, mas, depois de acreditar piamente, por tanto tempo, que eu podia planejar a vida, concluo que não me resta outra opção que não ser Cristina. E curtir o que vier, sabendo o que eu não quero para mim. Aliás, onde está o Javier Bardem???? Hahaha!!! Vai ser gostoso assim lá em casa, né?
Beijos,
A Divorciada
Quero muito assistir ao filme!!!
22 de novembro de 2008 às 14:39Mudando de assunto, adoro este blog. Sempre entro aqui em busca de mais posts.
Abraços de uma casada que se identifica também com a solteira e a divorciada (até rimou!)
Olá meninas,
23 de novembro de 2008 às 00:24meu nome é Vitor, sou editor da Revista WAVE. Estou escrevendo pois fiquei fascinado pelo seu blog, achei a proposta dele incrível.
Tive uma idéia e gostaria de conversar melhor com vocês sobre ela. Que tal publicarmos seu blog?
Bom, gostaria de entrar em contato com vocês, meu email é vitorcg@gmail.com
Desde já agradeço.
Atenciosamente
VItor Gomes
vitorcg@gmail.com
Pois é! No final quem estava certo era meu amigo homem Bardem! Falta o sal.
3 de dezembro de 2008 às 12:58Vicky é o sal da Cristina e vice-versa.
Seria incrível juntar essas duas cabeças e criar uma ruiva espetacular que soubesse viver! porém o segredo alquímico do equilíbrio não é tão simples como acrescentar mais uma pitada de sal, então, amiga casada (aliás amei o post!)acho que devemos escolher um lado dessa moeda,e eu, pensando bem, sou mais é Maria Elena!
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