Eu as conheço desde 1989. Ou 1990, no caso da Nana, que entrou no colégio, o bombado Maria Montessori, lá em Maceió, Alagoas, um ano depois. Estão entre as minhas grandes e melhores amigas desde então. Somos eu, Lynne, Sandra, Mel e a já citada Nana. Mas pode chamar de Comando Bob. Aos fatos: sempre muito próximas, éramos companheiras em muitas coisas, inclusive no que toca ao fator "vigilância do comportamento dos namorados". Tínhamos até um acordo: cada uma manifestava, antes, a vontade de saber ou não, pelas outras, de alguma eventual escapada do parceiro. Se não estou enganada, todas queriam saber, eu inclusive. Um belo dia a Sandra começou a namorar um dos meninos mais populares e galinhas da escola. Como estávamos sempre ligadas nos passos do moço, logo passamos a ouvir "pega, Bob!", dos amigos dele, como se fôssemos cães de guarda do mala. O melhor da história é que a gente gostou tanto da piada que resolveu assumir o apelido. E Bobs somos até hoje.
Assim, são 20 anos de "monitoramento de homens" (se precisar de ajuda, aliás, é só falar, temos colaboradoras em várias cidades do Brasil, incluindo sucursais na Argentina e na Suíça), alegrias, tristezas, carinho, choros, risos, saudades, farpas, brigas. Quando realmente existe amor numa relação, seja ela qual for, também existe conflito. O importante é conseguir superá-los e, a partir deles, reforçar os laços que nos unem. Conosco, sempre foi assim. Juntas, já nos esbaldamos na festa de formatura do colégio (onde morremos de chorar ao som de Amigos para Sempre. Atire a primeira pedra quem nunca se rasgou ao ouvir esse clássico brega, hahaha!!!), comemoramos formaturas, empregos, viagens, romances, casamentos, segundos casamentos até!!!!! Que a gente não brinca em serviço. Já choramos separações, foras, traições, rasteiras de todos os tipos, vindas de todas as direções. Até a morte de algumas das pessoas mais queridas do mundo, como a Dona Lurdes, a avó da Lynne, esse ano (para vocês terem uma ideia da figura, basta dizer que eu a chamei de piriguete, por telefone, na última vez em que nos falamos, quando ela brincou dizendo que queria conhecer o meu namorado, Guarda Belo).
Não importa o contexto, não importa o cenário, nem a situação. Longe, perto, somos sempre nós, Bobs vida afora. Irmãs de espadas. Cinco mulheres totalmente diferentes e, justamente por isso, tão afinadas entre si. Eu, por exemplo, sempre fui a Bob contadora de histórias, aquela que colocava no papel as desventuras do Comando. Lembram do galinha destacado no primeiro parágrafo desse post? Virou o protagonista de "A incrível história do príncipe que virou xuxuzinho", sobre o fato de que, bem feito, o cara entrou na lama total depois do fim do namoro com a Sandra. A ponto de se envolver com uma chatinha que o chamava de... "xuxuzinho!!!!". As más línguas também vão dizer que eu sou a Bob mais durona, mas isso é mentira, hahaha!!!
I love you, girls. E sou muito grata à vida por ter vocês. Saudades!!!!! Nos vemos na folga do Natal.
Sandra, queridona, esse post é dedicado a você. Estou completamente arrasada porque não vou estar em Maceió no sábado, vendo a sua entrada na igreja, absolutamente chiquérrima de vestido de renascença (achei um luxo isso). Mas, saiba, mandarei somente vibrações positivas para a sua nova vida ao longo do dia. Vou rezar, vou pedir, vou torcer. Arrasa. Demais Bobs: vou fazer um escândalo se, no domingo de manhã, não tiver milhares de fotos do casório no meu e-mail. Tenham compaixão de mim. E nada de subir na mesa e tirar a roupa na festa, hahaha!!!
Much love and much kisses,
Isabela - A Divorciada (ou Bob Bela)