quarta-feira, 20 de outubro de 2010
O dia em que a balzaquice bateu
Confesso que até hoje, aos 35, não havia me batido qualquer complexo de balzaca. Frequento qualquer tipo de lugar, uso qualquer tipo de roupa, paquero homens de qualquer idade (ops, quer dizer, dentro do que chamo margem de erro, mas isso é assunto pra outro post). Enfim, me sentia jovenzinha, principalmente quando se tem, mesmo aos 30, uma vida de 20 e poucos, ou seja, trabalhando muito, morando sozinha de aluguel, estudando, fazendo academia e curtindo a noite de bar em bar.
Mas não é que de repente ela (a balzaquice) bateu? Demorei pra perceber. Vou contar: aconteceu que travei na hora “h” em um bar. O clima era propício, bebemos umas e outras, conversamos e rimos a noite toda e teve até toque de mãos. Mas na hora do vamovê não rolou, fiquei meio paralisada, constrangida... Até que deu a hora de ir embora e ficou por isso mesmo. Estranhei eu mesma. Mas aí me dei conta de que não havia sido a primeira vez não. Numa outra ocasião, fiquei tão, mas tão na minha, que o dito cujo desistiu. Na hora da, digamos, finalização do processo, anda me dando vergonha. E não é por moralismos sobre o que é certo e errado. Nada disso. Acontece que fico imaginando todo mundo me olhando e me sinto meio ridícula. É uma coisa inconsciente. Só pode ser a idade batendo mesmo.
No dia seguinte, rolou terapia com três amigas. Uma disse que era porque eu estava em uma fase mulherzinha, querendo namorar. A outra que, como eu já sei como as coisas são - ou seja, como começam, acontecem e acabam -, não tenho mais paciência para “ficar”. Para a terceira, minha nova atitude diante das investidas masculinas se deve a uma mistura de tudo isso: carência de amor de verdade + cansaço da pegação + idade mesmo. Mas ela me pediu cuidado para não deixar todas as histórias passarem em branco. Vou tentar, mas seria bem melhor se fosse em um ambiente bem escurinho.
Patrícia - A Solteira
11 comentários:
Oi Patricia...
20 de outubro de 2010 às 08:04Sabe q tem dia q preferiria ter uma atirude como a sua, ando tão carente, mas to na fase cansada da pegação, e mesmo assim não consigo dizer não, quando vejo... PUF ja aconteceu, e depois acabo me arrependendo, sei la o q é, to querendo alguem sério pra mim, e só pra mim rsrs, mas acho q sua amiga tem razão, não da pra deixar passar todas histórias em branco, vai q em uma dessas vem q ja ta guardado pra vc e vc deixa passar...
Q seja no escurinho rsrs....
Bjks
Hahaha, adorei o texto. A idade chega pra todo mundo.
20 de outubro de 2010 às 08:47Oi Patricia, kkkk adorei o texto!
20 de outubro de 2010 às 12:31A idade chegou prá mim em todos os sentidos, principalmente nesse, ando tão encalhada que acho que estou transparente... kkkkkk
Q bom ainda estar nos meus 20 e pocos...
20 de outubro de 2010 às 14:03Oi Pat,
20 de outubro de 2010 às 15:43Eu acho que é vontade de viver outras situações, histórias mais profundas, de repente. Respeite o momento e relaxe.
O importante é aproveitar a vida como achar melhor. E isso vc faz muito bem!!!
Beijão,
Bela - A Divorciada
Pat,
21 de outubro de 2010 às 15:45Acho que o tempo vai deixando a gente seletiva mesmo. Termina sendo a mistura de tudo: carência + cansaço + idade = seletividade!
A gente cansa de maltratar o coração né?
Mas, cuidado para não ser seletiva demais: não existe o homem perfeito, nós é que deixamos eles do nosso jeito ;-)
Beijokas
Até que enfim nosso cantinho voltou ao normal. Obrigada pelos conselhos pessoal e espero vocês sábado na nossa comemoração, bjs
22 de outubro de 2010 às 01:02Patrícia, a solteira
Um dia você aprende
22 de outubro de 2010 às 01:48Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Te adoro e já disse porque....
Beijo do amigo
Ale
Ai ai...ainda bem que não sou só eu rsss. Não esquente, Paty, a mulher com mais de 30 já aprendeu a separar o joio do trigo e é por este motivo que se envolve - menos - com homens-roubada.
22 de outubro de 2010 às 16:34Ainda bem que você é uma mulher de 35 com carinha de 25. Isso que importa!! Beijos.
Oi Pat, sua postura é compreensível, agora, cuidado porque numa dessas vc deixa passar a oportunidade de encontrar exatamente o que vc está procurando, afinal quem garante que o bofe não queria o mesmo que vc? E ao que parece, vc não deu muitas oportunidades! bjos
23 de outubro de 2010 às 15:19Concordo com a Bela.
24 de outubro de 2010 às 12:41Muitas vezes, ficar é meio idiota...
Beijos
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