A arte de (não) passar recibo

Engraçado como estar solteira - ou solteiro - desperta o interesse das pessoas. A solterice é a viuvez dos tempos modernos. Sabe aquela sua tia-avó que perdeu o marido cedo e nunca mais casou? Ou aquelas histórias das mulheres que se fecharam para tudo porque foram deixadas "pelo grande amor de suas vidas"? Sim, naquele tempo isso acontecia só uma vez e ponto. Não embarcar no trem, independente do motivo, era a sentença para passar o resto da vida sentada na plataforma.

Por mais que homens e mulheres tenham revisto seus papéis e conceitos, muito do que se diz sobre os novos tempos é da boca para fora. Faça o teste. Chegue numa festa com pessoas que você não vê faz tempo. Pelo menos uma delas vai te perguntar se você já casou, está namorando, tem alguém. Até aí tudo bem, faz parte do relatório de conferência da vida alheia, assim como onde você trabalha.

Experimente responder "não" e veja a reação. Das duas uma: ou a criatura vai te olhar com pena - sim, isso existe -, ou vai achar aquilo uma aberração, ainda mais se você já passou dos trinta. Provavelmente vai se afastar porque não terá assunto contigo e a recíproca é verdadeira. Se for casada, este afastamento pode ser porque, pasmem, ela considera você uma ameaça ao casamento. Muitas mulheres não fazem um filtro que sinalizaria que seus respectivos maridos definitivamente não são o último biscoito do pacote.

Nem os mais íntimos escapam. Tem os que acham que o seu sumiço significa alguém no pedaço. Afinal "não podem existir outros motivos para isso". Às vezes, é. Outras vezes, é isso também. Muitas vezes não é, porque existem outros motivos para sumir.

A sociedade estimula a individualidade, mas também não sabe o que fazer com ela. Deveria seguir o exemplo da indústria alimentícia, que lançou faz tempo porções para uma pessoa. Ou do mercado imobiliário, que multiplica em tempo recorde os apartamentos de um quarto. Eles estão aí porque há mais pessoas vivendo sozinhas, mas isso não terminou com o casamento por exemplo. Pessoas continuam casando, descasando e o mundo a girar, simples assim.

Estar solteiro ou solteira, e bem com isso, tem um quê de que algo não encaixa. Certamente há problemas de relacionamento, algum trauma de infância, medo do sexo oposto, tem que haver alguma coisa errada. Bom, se este tipo de opinião continuar lá, na cabeça dos outros, melhor. Nestas horas, opte por não discutir. Dizer que não é nada disso e você tem mais o que fazer não vai mudar a opinião de ninguém. Aliás, discutir é sim um claro sinal de que há problemas.

E se um tema como este surgir numa mesa de bar entre você e um amigo querido, escute com atenção, pondere, e seja fiel às suas próprias conclusões. Estado civil é, tão somente, uma lacuna na carteira de identidade que não segue a mesma velocidade das transformações - e das peças - que a vida nos apresenta e nos prega pelo caminho.

Giovana - está solteira

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Por que amo Glee


Eu sempre odiei musicais. Sempre achei a coisa mais forçada do mundo um personagem sair cantarolando no meio de um diálogo qualquer. Já dormi vendo musicais na TV e até em teatro – conforme os Cats miavam no palco, eu e Charlie roncávamos na platéia.

Aí eu vi Glee.

Ok, já tá bombando faz tempo. Mas eu estou sempre meio atrasada com tudo que está na moda – e deveria me envergonhar em dizer isso publicamente, já que sou repórter de comportamento. O fato de todo mundo dizer que era seriado de adolescente me deixou afastada até então.

Mas Glee é bem mais que um seriado de adolescente.

Confesso que ainda não sei qual é o segredo dessa série para ter me prendido dessa forma. Se é o roteiro – marcado pelas falas aceleradas e diálogos inteligentes –, se é pelo fato de os loosers serem as grandes estrelas do Clube Glee ou se é por tratar de temas tão importantes não só para os teens como para a sociedade em geral como o respeito ao próximo, a homofobia, as relações de pais e filhos e as solidez das amizades.

E Glee é tudo isso com um brilho extra.

Sim, porque além dessa trama toda bem amarrada concentrada em alguns personagens principais, esse povo canta, dança e interpreta que é uma beleza. E o melhor: músicas que na maioria das vezes todos nós conhecemos. E nada como uma música fazer sentido para a gente para ser ouvida pelo coração.

Acho que agora eu gosto de musicais. Ou ao menos gosto muito de Glee.

Débora

Extras:

- A gente sabe que tá ficando velha quando a personagem principal da série do momento chama “Rachel” em homenagem ao Friends porque os pais dela eram fãs da série.

- Amei em especial a performance Lady Gaga deles!

- O que é aquele professor foooofo que comando a turma?? – Sim, achar o professor lindo em vez de os personagens principais também diz muito sobre minha faixa etária!

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Procura-se

Mulheres que deram uma guinada aos 50 anos e recomeçaram a vida. Se você conhece alguém com uma história super bacana de recomeço aos 50, me escreva: debora_rubin@hotmail.com

Obrigada!!

Débora

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Trufas para as meninas


“Não pense que é tudo para mim. Estou levando para as meninas do escritório”, disse ele, sorrindo.

“Eu estava pensando isso mesmo”, devolvi o sorriso. “Que chefe gentil!”.

“Chefe não: eu me considero colega delas”.

“Muito bem”, respondi.

O diálogo acima foi travado na última quinta-feira, numa loja de chocolates, na hora do almoço. A visão daquele senhor de cara boa, com as mãos cheias de trufas recheadas com licor de cereja para levar para as funcionárias, enterneceu o meu dia. Um fofo, sem dúvida.

Sempre disposta a revenciar a gentileza masculina, deixo aqui o meu salve para ele. E para todos os homens, chefes ou não, que trazem docinhos para a gente.

Ótimo sábado, queridões e queridonas.

Beijos,

Isabela – A Divorciada

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A segunda festa de casamento


Sabem uma coisa que me irrita? Essa história de criticar quem casa pela segunda vez (ou terceira ou quarta, ou quinta) e faz festa. Eu já ouvi, de amigos queridos, inclusive, perguntas como “mas você faria tudo de novo? De noiva?” quando conto que, sim, me casaria com pompa e circunstância outra vez.

E por que não? O que é que uma coisa tem a ver com a outra? Qual o impedimento? Os divorciados precisam se envergonhar do fato de já terem sido casados, é isso? De já terem feito votos que não se concretizaram, na frente de todo mundo? E para o que mais servem os amigos se não para estar do nosso lado, dividindo alegrias e tristezas? Não ficarão felizes por nós outra vez?

Pois anotem aí uma coisa: para um divorciado, ou melhor, para qualquer pessoa do mundo, o amor quando acontece é sempre novo. É sempre único, especial. E, como tal, merece ser celebrado. Com festa, com vestido de noiva, com bonequinhos em cima do bolo, do jeito que cada um bem entender.

Recentemente, fui a uma palestra sobre etiqueta em casamentos acompanhar uma amiga que está noiva. Uma mulher na platéia perguntou à cerimonialista se havia algum cuidado a ser tomado nas festas de segundas núpcias. “Absolutamente nada, é tudo igual ao primeiro”, foi a resposta da palestrante.

Por tudo isso, minha gente, abaixo o preconceito: vamos parar de querer limitar quem quer se permitir ser feliz outra vez. Quem foi que disse que felicidade se mede por quantidade de casamentos? Conheço tantas pessoas que são tão tristes tendo vivido uma experiência só.... Muito mais do que quem já está na terceira tentativa mas guarda, dessas três, boas lembranças, a certeza de que viveu. E que foi bom.

Bom finde procês. E, se por acaso forem à comemoração do segundo casamento de alguém esses dias, por favor, cumprimentem os noivos por mim.

Much love,

Isabela – A Divorciada

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Uma roubada a gente nunca esquece


Tínhamos mais de 400 km pela frente. Era estrada para burro e uma infinidade de pedágios. Só para sair de São Paulo, levamos uma hora e meia. Mau sinal. Quando finalmente atingimos a estrada e pudemos respirar aliviadas, me ocorreu de estar levando minha amiga Patrícia para uma das maiores roubadas da vida dela. Já com peso na consciência, me adiantei:

- Você já reparou que os micos e as roubadas são sempre aqueles momentos que lembramos com mais precisão? São as famosas “histórias para contar”.

Aquilo foi quase um presságio.

Chegamos a Bebedouro e já era noite. Fomos muito bem recebidas e acolhidas – com um dedinho de prosa e copão de cerveja congelada. O resto era fácil: dirigir até Barretos, pegar nossas credenciais e seguir para o espaço vip vip vip da festa do peão.

Claro que a essa altura do post você já sabe que não foi isso que aconteceu.

As credenciais não estavam no lugar combinado. E nem na bilheteria do Parque do Peão. Simplesmente não existia credencial. Ligamos 253 vezes para a mulher com quem eu tinha combinado tudo – uma senhoura muito conhecida na high society barretense – e nada. Um celular desligado. O outro só tocava. Pedimos ajuda aos organizadores da festa para que a chamassem. Deram de ombros e quase riram na nossa cara como quem diz: “Ai, todo ano essa gente tentando entrar de graça”.

Enfurecidas, putíssimas e cansadas da longa viagem, só nos restou uma alternativa: pagar o ingresso e entrar no tal do Parque. Só o show da Mariah Carey que a gente deixou de lado porque o ingresso era exagerado demais para duas mulheres que sequer sabiam cantar uma música dela.

Do lado de dentro, a fauna. Masculina. Homem, homem, homem. Pensei: ‘É o paraíso! Minha amiga solteira vai fazer a festa aqui!”. Patrícia, uma legítima caiçara “surfistinha”, parece ter lido meus pensamentos e foi logo dizendo:

- Num dá, né? Homem de calça apertada não dá o menor tesão!!!

Justo! Justíssimo! Apertadíssimo!

Duas mulheres sozinhas na festa – uma loira e uma morena – começaram a chamar a atenção. Principalmente porque os machos de calça apertada já estavam bêbados.

Um homem chega para mim e, com o sotaque mais arrastado do mundo, diz:

- Esperei por você a vida inteira! Você é tudo que eu sonho numa mulher.

Um outro manda essa:

- Adoro morenas de nariz arrebitado!

Nariz arrebitado, eu? Com essa baita napa? O álcool distorce tudo mesmo, até tamanho de nariz.

A loira sofreu mais com o assédio, claro. Chegou a dar uns golpes de judô num cara mais atrevido.
A multidão que saiu da apresentação da Mariah foi unânime: o show foi uma merda. Parado demais. Ótimo! Não perdemos tanto assim.

De repente, um trio elétrico é acionado e aquele povo de chapéu e cinto começa a pular feito pipoca. Me dá um déjavu e me pergunto se estou no interior de São Paulo ou na Micareta de Feira de Santana que fui faz uns anos.

Horas depois, sem beber porque eu ia ter que dirigir até Bebedouro, o sono bateu forte. Quando ouvimos pela milésima vez a música: “CHORA, ME LIGA, IMPLORA MEU BEIJO DE NOVOOOOOOO”, percebemos que era hora de tomar o caminho de volta.

O grande ganho do fim de semana frustrado em Barretos foi a turma que conhecemos em Bebedouro (vale um post à parte!). E, claro, muita história para contar (viram o tamanho do texto?)

Débora – A Recasada

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Barbie, a divorciada


Eu fui uma criança super tímida e reclusa (hoje não sou mais, melhor assim). Brincar na rua, por exemplo, não era comigo. Preferia ficar sozinha com as minhas bonecas, no meu mundo. Entre as brincadeiras, dois gêneros se destacavam: as conversas de “mãe para filha”, no caso das minhas companheiras mais menininhas, e a criação de tramas/histórias/novelas, tendo a poderosa Barbie como protagonista. Adoro ela, aliás.

Pois bem, na minha imaginação de menina, Barbie foi muitas coisas. Entre as quais uma divorciada que, após enfrentar uma separação péssima, se apaixonava pelo seu advogado, que era um fofo total, claro. E a correspondia. Vocês precisavam ver como o Ken, aquele gato, mandava bem no papel, hahaha!!!

Não faço a mínima ideia de como essas histórias vinham parar nas minhas brincadeiras. Meus pais sempre tiveram um casamento tranquilo e as separações mais chatas que acompanhei na minha família aconteceram apenas anos depois. Seria uma premonição do 3xtrinta? Da Divorciada que hoje eu sou?

Não sei. O importante é que, desde sempre, assim como Barbie, eu acreditei na vida (feliz) após o divórcio. E hoje estou aqui para contar tudo procês. Ah, e antes que eu me esqueça, Guarda Belo, meu Falcon (tem muito mais a ver com ele do que o Ken), é jornalista. Mas, se quisesse, com o talento que tem, daria um advogado maravilhoso sim.

Much love,

Isabela – A Divorciada

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A bagaceira que não está para brejeira

Já ouviram essa? "Fulana tem uma beleza brejeira". Não é do tempo de vocês? Bom, mas está mais em dia do que nunca. Aliás, está mais em dia do que nunca a confusão entre brejeira e bagaceira. Brejeireice ou se tem, ou não se tem. Bagaceirice já é uma questão de oportunidade. Se bem que também acredito que a alma bagaceira é algo inerente. Até dá para disfarçar por dois minutos. Depois, é só assistir a revelação das várias faces do bagaço em doses quase nunca homeopáticas.

Mulher saindo no tapa por causa de homem só pode ser bagaceira. É também outra coisa, que começa com "b", mas deixa para lá. A alma bagaceira tem um quê de bons modos, porém isso fica só na casca. Acha que falar manso é sinal de educação e joga com isso. Mas tenta provocar para ver o que acontece? A bagaceirice aflora sem filtro e de uma vez só.

Já a brejeirice é simples, sincera e não tem disfarces. Atende por um sorriso franco, voz autêntica e jeito imperfeito. Longe de ser uma unanimidade no quesito beleza, as brejeiras que seguem por aí dividem opiniões. Mas jamais passam sem serem notadas.

Não há esforço em ser o que é, ao contrário da bagaceira. Essa aí possui a virtude de ser esforçada; infelizmente pelos motivos errados.

Giovana - está solteira

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Ressaca depois dos 30

Definitivamente o corpo já não é mais o mesmo. Que dureza. É preciso um dia inteiro para se recuperar de uma bebedeira daquelas. Tá certo que eu fui pouco profissional, misturei caipirinha de vodka, saquê puro e cerveja. E não foi pouco. E ignorei a lição de mamãe para tomar dois Engovs antes. Quis pagar de durona. Bem-feito: passei o domingo inteiro na cama, tendo tonturas, alucinações e vomitando horrores. Vexame pouco é bobagem!

A verdade é que tem certas coisas que já não são mesmo como aos 20. O corpo se ressente dos 10 quilos a mais. A celulite é um fato - nem compro mais essa briga. Os fiozinhos de cabelo branco se multiplicam com uma velocidade impressionante. E as olheiras – ah, as olheiras – me fizeram até comprar minha primeira base.

Mas tem uma coisa que, definitivamente, é muito melhor aos 30 que aos 20. A gente se joga na pista vida e dança que é uma beleza. Sem medo do ridículo. Mesmo se lamentando profundamente no dia seguinte por causa da bebedeira. A ressaca, depois dos 30, é só a física. Ressaca moral é coisa do passado.

Débora – A Recasada

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Quer ser entrevistada?

Uma revista de São Paulo entrou em contato conosco à procura de mulheres que ganhem mais do que seus parceiros para entrevista. É o seu caso? Quer ser entrevistada sobre o assunto? Conhece alguém que queira falar? Então escreve para a gente no 3xtrinta@gmail.com

Seu e-mail será encaminhado para o jornalista responsável, que vem a ser um fofo, um chiquérrimo, um querido. Altíssimo nível, eu garanto.

Beijos, beijos, ótimo domingo procês,

Isabela - A Divorciada

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A mala de lingerie


Aconteceu com uma amiga minha. Há uns 30 anos, mais ou menos. Um affair a convidou para viajar com ele para o Rio. Seriam alguns dias apenas. E eles iriam de avião (um luxo naquela época). Às vésperas da partida, ela recebeu um presente: uma mala marrom (de couro, vejam bem) cheia de lingerie. Cada uma mais linda do que a outra e, segundo ela, a maioria num tom azul chiquérrimo, que não se encontra mais.

O que pode ser mais sedutor do que um homem te convidar para viajar e ainda te dar de presente uma mala cheia de lingerie? Um golpe de mestre, sem dúvida. Tanto que ela, até hoje, nunca esqueceu a gentileza. E guarda com carinho aquela bolsa no guarda-roupa. Aquela viagem e aquele cavalheiro também estão cuidadosamente armazenados. Mas no compartimento das ótimas memórias, no fundo do coração.

Bom sábado, babies. E o meu salve a todos os homens que sabem ser inesquecíveis para a gente.

Much love,

Isabela – A Divorciada

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Louca, não. Diferente!

Eu conheci a Ignez em janeiro (ai que saudade daquele calor!) enquanto fazia um trabalho para o filho dela, político famoso. Pelo pouco que soube sobre ela naquele momento, me apaixonei por sua história. Ela acolheu a mim e a comadre Claudia em sua casa em Araras. E até saímos para tomar uma cerveja juntas. Detalhe: Ignez tem 80 anos. Naquela época eu tive vontade de escrever um post sobre ela, mas assim que soube que ela estava para lançar um livro, decidi esperar.

Na semana passada eu recebi “Voo Livre – A História de uma mulher que ousou enfrentar o mundo” (Editora Vialetras) e assim fiquei sabendo da história toda. Aqui vai um resumo da vida desta mulher que é, para mim, um grande exemplo de coragem.

Ignez se casou aos 20 anos com o filho do prefeito. Não podia haver partido melhor – era o que ela pensava. Os anos foram se passando, os filhos chegando (seis ao todo) e o casamento não era nem perto daquilo que ela sonhava. Sem afeto, sem carinho e sem troca. Um dia, graças a uma oportunidade incrível, foi conhecer o Japão. E descobriu que gostava mesmo era de viajar. Numa de suas viagens, conheceu um argentino 17 anos mais novo que ela. Se apaixonaram de cara. Quando o marido descobriu a troca de cartas dos dois, pediu satisfações. E Ignez aproveitou a deixa para pedir o divórcio. Ele concedeu, mas tirou-lhe todo e qualquer direito. E lá foi ela recomeçar sua vida aos quase 50. O que vem em seguida é incrível.

Primeiro ela vai encontrar o argentino. Logo ela percebe que ele, apesar de todo o amor, não tem culhões para viver com uma mulher mais velha. Ela se manda para Londres onde vive por dez anos fazendo qualquer tipo de trabalho que lhe desse uns trocos para viajar pela Europa. Volta ao Brasil aos 60 e vira professora de inglês em Araras, atividade que exerce até hoje.

Pelo que entendi, ela continua se correspondendo com o argentino. E ele, nas entrelinhas, se mostra arrependido de não ter tido coragem de ir viver seu grande amor. Azar dele, sorte dela. Afinal, graças a ele, ela teve ganas de ir conhecer o mundo. Um dia, o filho dele ligou para ela e disse que tinha muita curiosidade de conhecer a mulher que o pai mais tinha amado na vida. Isso lhe bastou.

Débora – A Recasada

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Um anjo chamado Marilda

Nunca houve uma faxineira como Marilda. Duvidam? Pois eu quero saber quem já teve uma diarista que, além de deixar a casa limpa e cheirosinha, arrasa na escova (sim, ela fazia bico num salão no final de semana), passa máscara hidratante no seu cabelo e ainda te ajuda a esfoliar os seus pés quando vê você com eles na bacia de água morna. Não aceitando não como resposta quando você diz que não precisa?

Marilda era tudo isso e muito mais. Um anjo negro que chegou para mim por indicação da Eri, minha amiga. Uma ajudante e uma parceira. Uma queridona que, quando soube que eu havia me separado, passou 40 minutos sentada na mesa da sala, chorando. Consolei ao invés de ser consolada, mas fiquei tocada pelo carinho que aquela mulher sentia por mim. A mesma que morria de rir quando ouvia as minhas primeiras histórias de divorciada e dizia que eu estava certíssima ao me divertir com os caras errados de vez em quando, afinal, “alguns homens são só para passear de carro e tomar chopp mesmo”. Sábia que era, Marilda tinha uns assim, bem guardados na agenda.

Fiquei feliz por ela ter conhecido Guarda Belo, a quem era só elogios (aquela piriguete, hahaha!!!). Isso foi pouco antes dela ter saído da minha vida, repentinamente, de um jeito esquisito. Após deixar um bilhete pedindo para ficar uns dias fora, para ajudar na mudança do filho, que vivia no interior de Minas, nunca mais atendeu o celular. Nem apareceu. Eu bem que estranhei aquela parte do texto: “Sei que é complicado para você, mas o meu filho está precisando de mim.” Achei forte e tenho total convicção de que uma mãe, principalmente uma mãe como Marilda, jamais escreveria “meu filho está precisando de mim” impunemente. Ela deve estar com ele agora, dando força num momento de muita necessidade, tenho certeza.

Morro de saudade. E gostaria de poder tê-la ajudado de alguma forma. Mas guardo comigo a caneca onde se lê “Boa Sorte” que ela me deu. E não tiro por nada o vaso branco, presente dela também, de cima da mesa. Sei que, dificuldades à parte, uma pessoa verdadeiramente boa como ela só pode estar bem. Vai ficar bem. Em algum lugar bom. Onde moram os anjos. Onde vive Marilda.

Much love,

Isabela – A Divorciada

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No momento necessário, as palavras certas

Não sei se vocês acreditam em anjo da guarda ou se existe alguma inteligência por aí; uma que não podemos enxergar, apenas sentir. Agora, uma coisa é certa: há amigos que nos inspiram de forma muito especial, e sorte de quem tem alguns destes iluminados por perto.

Eles podem estar próximos já desde cedo, a partir dos laços familiares, ou cruzarem a nossa vida quando, enfim, vamos para vida. Seja ainda no colégio, depois na faculdade ou na vida adulta.

Apesar de alguns valores tortos ainda ditarem os rumos das relações em horário comercial, é possível sim encontrar e construir grandes amizades em um cenário aparentemente árido para tal. São elas que deixam tudo melhor, mais claro, mais feliz e infinitamente mais inspirador.

Abaixo, reproduzo a mensagem que recebi outro dia, de uma grande amiga. O assunto do e-mail dizia "Nunca encaminho nada, mas acho que você precisa ler isso". E depois, em caixa alta, VC MERECE LER. Eu li e, ao terminar, tratei logo de botar em prática o item 4, ao ligar e agradecer o pensamento. Agora, compartilho com vocês. Leiam, inspirem-se e releiam sempre que necessário. E não esqueçam: permaneçam em contato com aqueles que realmente importam.

PS: E quanto ao item 10, é... concordo em gênero, número e grau.

Giovana - está solteira

Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, em The Plain Dealer, Cleveland , Ohio.

"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi. Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:"

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use lingerie chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrica agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você...
26. Enquadre todos os assim chamados “desastres” com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

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O dilema de Bia

Dia de ouvir as histórias das nossas leitoras. Da Bia, de 31 anos, que se vê às voltas com um dilema: trair ou não trair? Até onde vai uma atração? Abaixo, o relato dela, que, fofa, pede as opiniões de vocês. Sei que será prontamente atendida.

Beijão, Bia. Obrigada por ser nossa leitora e por ter escrito para nós. Fique bem.

Isabela – A Divorciada

Estou precisando da ajuda, quero afastar um fantasma da minha cabeça. Sou super bem casada: há um ano e pouco e tenho um marido que é bonito, inteligente, engraçado e carinhoso. Companheiro, trabalhador. Namoramos por cinco anos e meio. Ele cozinha, cuida de mim, de nossa casa, aguenta as minhas chatices, momentos de mau humor, minha mania de ser mandona. Temos uma química gostosa, mas é claro que, com os anos, a libido da gente muda. Mas o que tá me pegando são os pensamentos pecaminosos, digo, beeeeeeeeem pecaminosos que ando tendo com um outro cara. Havia passado, mas agora voltou com força.

Ele é taxista, me levava ao trabalho todos os dias antes de eu me casar. Nós sempre conversávamos. Ele é casado, tem dois filhos e, pelo que eu entendia, tinha uma esposa linda e super dedicada à família. Eu sempre soube que ele tinha um caso extraconjugal. Com uma vizinha. Conversávamos e ele reconhecia que errava e que precisava mudar.

Nunca aconteceu nada. Só que um dia eu me enxerguei envolvida por ele. Não sei ao certo como começou. Tudo sempre ficou no ar. Naquela conversa manjada dele e na minha surpresa de me ver gostando daquilo.

Me afastei. Depois que eu casei, mudei de bairro e comecei a sentir saudade dele. Um dia, quando fui até a região de novo, soube por outro taxista que ele havia largado o ponto e passado a se dedicar à empresa da mulher, estava trabalhando com ela. Fiquei chateada, pensando nele por uns dias. Será que nunca mais ia vê-lo mesmo? Quando eu passava perto do ponto, eu sempre olhava, mesmo quando não tinha ninguém.

Bom, acontece que eu o reencontrei há dois dias, ali no mesmo ponto de sempre. Estava um gato de camiseta branca e calça jeans. Eu tremi, amoleci, esfriei, esquentei, senti meu corpo como há tempos não sentia. Na hora ele sorriu, acenou, ficou olhando pra mim. Coloquei os óculos escuros pra disfarçar que não conseguia desviar meu olhar.

Eu percebi que ele ficou olhando e olhando. O farol abriu e eu, que estava no carro, fui embora. Eu queria ficar ali, conversando com ele, olhando pra ele, saber tudo que a gente não conversou nos últimos 13 ou 14 meses (depois que eu casei, meu celular quebrou e eu perdi meus contatos, inclusive o telefone dele). Talvez isso tudo pareça infantil, mas é como me sinto agora. Com a cabeça bombando. Não consigo parar de pensar nele e em coisas inimagináveis. Ele mexe comigo! Desvario completo, eu sei. Deve ser pura fantasia!

Ao mesmo tempo, não me vejo ultrapassando aquela linha que muita gente atravessa em função de uma atração em detrimento de algo muito maior, bonito e duradouro que é o amor. Eu penso que encontrei o amor da minha vida, meu marido, esse sim!!! Eu o amo, sem dúvida, mas talvez sinta falta de sedução, de flerte, de outra pele, de outra boca, de outras mãos! E justo eu que sempre sonhei com uma família, com uma vida com um homem bacana.

Quero parar, entender um pouco o que está acontecendo comigo. Agradeço a ajuda de vocês, com suas opiniões. Preciso tirar esse peso de mim, antes que essa brincadeira vire algo sério! Talvez eu tenha que não me levar tão a sério também, pode ser uma saída, sei lá!

Um grande beijo e obrigada!

Bia

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Dou todo meu amor. Aceito carinho em troca

Sou moça trabalhadeira. Mas sou chegada numa farra. Sou puro coração, mas coloco a cabeça para funcionar quando é preciso. Às vezes me acho muito atrapalhada. Às vezes, por demais organizada. Não tenho gosto musical definido. Nem literário. Vou devorando o que vem pela frente. Sou uma esponja de emoções alheias. E posso mudar rapidinho de opinião se você me convencer. Sou tão forte. E tão fraquinha. Sou preguiçosa. Mas acordo cedo para a batalha. Não entro em discussão de vaidades. Só se minha opinião for mesmo importante. Falo alto, falo muito, choro bastante. Minha gargalhada pode ser ouvida a quilômetros de distância. Tenho um quê de escandalosa. Adoro momentos de reclusão. Passo um dia inteiro só com cerveja e petiscos. E outro só com alface e agrião (que mentira!). Não aprendi o que é ciúme – só senti duas vezes, em momentos de grande paixão. E não sou das mais possessivas.

Se comigo você quiser estabelecer um laço de afeto, não vou te exigir presença constante, nem ligações e e-mails. Não vou cobrar fatura, nem pedir que divida a conta. Não vou te acusar de nada se algo der errado (ao menos vou tentar não fazê-lo). Não vou cobrar fidelidade e nem lealdade porque acho que cada um sabe o que faz. Não vou te cobrar quase nada. Só uma coisa: um cadinho de carinho.

Eu, confesso, sou uma mendiga de afeto.

Débora – A Recasada

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Tristeza e globalização

Olha ela aqui outra vez. Agora, nossa colaboradora VIP, a Solteira à procura de um novo grande amor, escreve sobre tristeza. Sobre o direito de ficar triste. Mais uma vez, super obrigada pelo texto, queridona.

Beijo grande, apareça,

Isabela – A Divorciada

Ando meio triste estes dias, como todo mundo às vezes fica triste. O problema é que encasquetei com a raiva que ao mesmo tempo sentia por estar triste e fiquei tentando entender o porquê. Pensei tanto que até esqueci por que mesmo estava triste. Mas o problema é que fiquei ainda mais revoltada com a conclusão que cheguei.

Se não bastassem todas as obrigações que a vida nos impõe, a gente ainda precisa mostrar que é feliz. Esta coisa virou uma obrigação mesmo. Apenas sorrir está na moda. Tristeza é demodé. Aí, fica todo mundo perdido, sem saber quem realmente está triste e precisa de ajuda. Porque quem está triste de verdade tem medo de dizer e pedir socorro. O que iam pensar? “Oi, tudo bem? Tudo bem.”

Hoje, no início da noite, estava realmente triste, parecia que até ia chorar, credo! Aí chegou o chefe (um dos) e tive que abrir um sorrisão, daqueles super espontâneos, sabe? Até saiu um som do sorriso. Outro dia estava p. da vida com não lembro o quê e, como de costume, chega alguém: “Melhora esta cara”. Ou então: “Passa um batom”. Eles são os fiscais desta lei velada de irradiar bem-estar 24 horas por dia, 365 dias por ano.

Fiquei pensando por que olhos caídos e lágrimas são tão discriminados? Afinal, como defendeu com bons argumentos Darwin, algumas emoções (incluindo a tristeza) são inatas dos seres humanos. (Traduzindo: certas emoções são universais, e não produtos da cultura. Ele conseguiu provar isso basicamente mostrando que as reações em relação a certos sentimentos são idênticas aqui e na Conchinchina - afinal, este lugar existe?)

Deveriam inventar a cota de tristeza. Pronto, você tem direito de ficar triste 30 dias em um ano, por exemplo. Poderiam até criar uma licença-tristeza. Afinal, não é nada fácil sorrir nestes dias. Proporei isso às centrais sindicais.

Chorar em público então... Isso é terminantemente proibido. Só no banheiro e olhe lá. Trate de limpar esta cara, jogar água gelada e passa um pózinho. Além de fora de moda, ficar triste gera culpa. Uma culpa globalizada.

Como posso ficar triste enquanto há centenas de desabrigados em Peruíbe por causa da chuva; outros cento e tantos mortos no Iraque; milhões de famintos pelo mundo; mulheres sendo apedrejadas no Oriente Médio; outros milhões desempregados; o urso panda em extinção; gente morrendo em queda de avião; meu avô lá na esquina sofrendo de Alzheimer; zilhões com doenças terminais; minha amiga se divorciando; crianças pedindo dinheiro nas ruas; velhos caçando latinhas nos lixos; gente dormindo embaixo de jornal; filho matando pai; menino queimando índio. E o desmatamento? E o aquecimento? E o descaramento? Egoísmo, cinismo, banditismo! Malandragem, lavagem, galinhagem! Guerra, sem-terra, favela!

Por que mesmo eu estava triste?

Mundo, me deixe em paz, embora triste. Isso passa. Aí, volto a tentar te salvar.

A Solteira à procura de um novo grande amor

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Linda e Sensual


Stillus, Aparência Jovem, Atitude - Cabelo e Estética, Liu’s, Cat’s Hair, Belle&Belle, Moça Bonita, Fernando Cabeleireiro (maravilhoso, super recomendo), Four Seasons, Fio de Cabelo, Linda e Sensual (faço as unhas lá). Adoro nomes de salão de beleza. Principalmente aqueles que exaltam as nossas qualidades, que trazem na marca tudo o que a gente procura ao reservar algumas horas do dia para cuidar do visual.

Se fosse abrir um (o que nunca vai acontecer porque, infelizmente, meu talento é zero para a coisa), por não poder copiar o Linda e Sensual (o melhor nome de todos), acho que ficaria com algo como Bela ou Belíssima. Sim, seria uma descarada auto-homenagem, hahaha!!!

O importante é que, do meu salão, mulher nenhuma ia sair se sentindo para baixo. Muito pelo contrário! Eu garanto que faria de tudo para, em meio a xampus e tonalizantes, com todo o carinho, ajudar cada uma a descobrir o quanto é bonita.

Assim sendo, qualquer que seja o estabelecimento que você frequente, só espero que, hoje, você saia de lá se sentindo assim, no mínimo linda e sensual. Que a força da escova e do esmalte esteja com vocês, meninas.

Bom final de semana.

Much love,

Isabela - A Divorciada

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Hoje é dia de trevo

Viram a hora que este post foi programado para entrar no ar? Pois é, aos 13 minutos do dia 13 de agosto de 2010. É para começar este dia com fama de ingrato com o devido pé direito, apesar de ser canhota. Mas será esta ideia de pé direito um preconceito com os canhotos? Vai saber.... Se for, então estou fora!

O dia de hoje jamais esteve entre os favoritos, exceto para o Zagallo. A coisa fica ainda mais complicada quando o 13 de agosto cai na sexta-feira. Como é o caso de....err...hoje! No primeiro Google em busca de fatos curiosos ocorridos nesta data, um que reforça a sua aura fatídica. Foi num 13 de agosto que os soviéticos começaram a erger o Muro de Berlim, isso em 1961. Mas bem antes das Grandes Guerras, em 1899, nascia neste mesmo dia do ano o cineasta Alfred Hitchcock. Placar neutro...

Próxima trívia: Fidel Castro faz aniversário também em um 13 de agosto, ano de nascimento: 1926. Bom, aí é com vocês. Para mim, somou com o Muro de Berlim. Aos que não concordam, sugiro fazer uma feira em Havana.

As condições de higiene onde a população faz o seu mercado são duvidosas. Mas um poster do Che Guevara - lindo - pregado na parede você vai achar com certeza. Ou, para uma aventura mais radical, a dica é uma ida ao dentista por lá. Neste caso, o rum será de graça, pois é o anestésico corriqueiro naquela ilha. De porre, um sujeito de branco pode ser um anjo caído do céu, e não o cara que vai arrancar seu dente, certo? E, na volta, ainda dá para comprar mais do autêntico Run Havana no "free" shop. Aliás, onde SÓ dá para comprar rum e charutos, bem entendido.

O defumador para receber este dia de corpo fechado já está reservado. A mente limpa e forte também. Da superstição só abro exceção ao gato preto. Sim, faço parte de um time de pessoas, chamadas pelas que não fazem parte da turma, de cat people. E para uma cat person gato é gato independente da cor, tipo ou idade. Hoje, se um cruzar o meu caminho sou capaz de adotar. Só uma sexta-feira 13 para me aprontar uma encrenca dessas...

Giovana - está solteira

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Ser forte cansa

Foi assim, no meio da tarde de um dia útil, dentro das Pernambucanas, na seção de cama, mesa e banho, que ela teve uma crise de choro daquelas. O ar não saia, não entrava. O peito parecia até que estava preenchido com cimento. O corpo doía, as pálpebras pesavam e a cabeça girava. O que mais podia dar errado?

A vida, naquele exato segundo de explosão, parecia totalmente sem sentido. Ninguém tinha morrido, ninguém tinha matado, nenhum coração havia sido partido. Era só a exaustão de ser forte o tempo todo. De carregar os problemas dos outros como se fossem dela. De tentar ser polvo e lidar com todas as queixas, todas as frustrações e todas as mágoas guardadas no peito dos que a rodeavam. Enquanto isso, o peito dela ia ficando encolhidinho.

Ali, no meio da loja, ela chegou ao seu limite. E antes que o seu peito também se enchesse de queixa, frustração e mágoa, ela se permitiu ser fraca. E chorou.

Débora – A Recasada

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Em camas separadas


Quase um em cada quatro casais americanos dorme em camas ou quartos separados, segundo pesquisa da Fundação Nacional do Sono, nos Estados Unidos. Nessa mesma linha, a Associação dos Construtores de Casas dos EUA prevê que 60% dos imóveis feitos sob encomenda terão duas suítes master até 2015. Li as informações acima no caderno com uma seleção de textos do New York Times que a Folha de S. Paulo publica todas as segundas-feiras. E fiquei pensando no assunto. Será que dormir na mesma cama não faz mais parte do pacote casamento? Será que estamos ficando individualistas demais?

Tem gente que ronca absurdamente, eu sei (OBRIGADA SENHOR por não ter problemas dessa ordem), pode ser complicado, mas, fora isso, por que não dormir junto? Tem coisa melhor, nesse frio que tem feito em São Paulo, do que dividir o leito com quem se ama? No quentinho? Mesmo sem temperaturas baixas, tem o aconchego, o cheiro, o acordar no meio da noite e ver o parceiro dormindo, aquela sensação de paz e intimidade que, na minha opinião, só une os casais. Literalmente, neste caso.

De acordo com a reportagem, alguns dos motivos alegados por aqueles que preferem camas separadas são priorizar o próprio sono (os companheiros dos roncadores, imagino) e desejar ter seu espaço pura e simplesmente. OK, OK, cada um na sua, vamos respeitar diferentes modos de viver, não quero aqui ditar regras. Mas gostaria de encerrar este post com algumas das conclusões de uma pesquisa citada na mesma reportagem, feita pelo professor de psiquiatria Paulo Rosenblatt, da Universidade de Minnesota, para o livro Two in a Bed: The Social System of Couple Bed Sharing (Dois numa Cama: o sistema social do compartilhamento da cama entre casais).

Segundo Rosenblatt, que desconfio ser um romântico como eu, dormir junto é melhor para a saúde, já que, em casos de emergências médicas durante a noite, tem alguém do lado para socorrer. Outro argumento apontado foi o fato de que o hábito, claro, é melhor para a vida sexual. Ou seja, em quartos separados os casais namoram menos. Assim sendo, senhoras e senhores, vamos tratar de ser mais saudáveis. E dar uma chance à boa convivência entre lençóis, por que não?

Much love,

Isabela – A Divorciada

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Sobre pais e mães

Datas são sinônimos para as mais variadas reações. Sugerem lembranças, recuperam ou reforçam laços. Mas também revelam aquilo que se partiu faz tempo. Um dia das mães tem este efeito, um dia dos pais também.

Aos ausentes, resta o esquecimento ou a obrigação de telefonar, ou seja, restam os restos. Aos sempre presentes, nada melhor do que a renovação do afeto eterno. Há também outro aspecto interessante destas datas. O de legitimar quem conquistou o título por direito e dever. O pai que cuidou dos filhos abandonados pela mãe merece celebrar um dia dos pais em dobro. E também jamais ser esquecido no dia das mães. Ele foi as duas coisas mesmo... Nada mais justo.

O mesmo para elas que, hoje, podem olhar para trás e dizer sem exagero que foram "pai e mãe". Cumpriram o seu papel de direito com excelência, e também o que lhes foi atribuído por dever, ou melhor, pela falta do dever de quem o possuía por direito. E, calma, muita calma antes de crucificar quem abriu mão do seu papel. Pode ter sido por pouco caso sim.

Porém, há outro motivo, este muito mais difícil de lidar; o daqueles que abriram mão de exercê-lo plenamente por pura inaptidão. Sim, isso acontece e os motivos disso não cabem em um divã, mas sim em vários e sem garantia de respostas ao final do processo.

Quem tem pai ou mãe do gênero "híbrido" deveria se orgulhar. Bom, eu me orgulho bastante. No dia dos pais, minha mãe dormiu lá em casa.

Giovana - está solteira

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Mãe coragem




Hoje faz um ano que a Marie Laure Picat morreu. Marie-Laure quem? Pois é, eu também não conhecia a história dela até receber o livro “A Coragem de uma Mãe” (Editora Fontanar). A Marie-Laure foi uma francesa comum que se tornou celebridade nacional ao brigar contra a justiça francesa para garantir que seus quatro filhos ficassem juntos após a morte dela.

Ao descobrir que tinha um câncer terminal aos 36 anos, e sabendo que não podia contar com o pai das crianças para quase nada, dedicou seu último ano a encontrar um lar para seus filhos e para ter a garantia de que eles não seriam separados. Marie-Laure achou um casal disposto a adotar os quatro, mas encontrou resistência na burocracia do país que lhe dizia que o Juizado de Menores que decidiria o futuro deles após a morte dela.

Ela chamou a imprensa (sim! Às vezes servimos para causas nobres, rs), fez aquele auê e conseguiu a garantia de que eles viveriam com Valérie, a mãe adotiva, e seu marido. Até para um jantar de gala com o presidente Sarkozy e a lindíssima Carla Bruni ela foi convidada.

O livro é simples, é um diário dela dos últimos meses de vida, mas não tem como ler sem derramar “um litro de lágrimas” (parodiando a novela japonesa) e sem desejar que Julie, Thibault, Matthieu e a pequenina Margot estejam unidos, felizes e orgulhosos da mãe deles.

“Escrevi esse livro para meus filhos, para que saibam quem eu sou, e também para que exista uma lei que ampare as pessoas na mesma situação que eu. Não é porque estamos doentes que está tudo acabado” (Marie-Laure).

Débora – A Recasada

PS: Na primeira foto, Marie com os três filhos mais velhos e, na segunda, com a pequena Margot.

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José Heleno, meu pai


Pouco antes de morrer, no hospital, numa maca indo de uma sala para a outra, fraquinha e já não mais lúcida, minha avó Maria olhou para o meu pai, segurou a mão dele e se dirigiu aos enfermeiros à sua volta: “Esse é o José Heleno, meu filho”. Foi assim que ela, que tinha tanto orgulho do seu caçula, se despediu dele.

Vovó Maria tinha todos os motivos para cobrir-se de glórias por ter dado à luz e educado um homem tão bom, tão íntegro, tão generoso, tão comprometido. Tanto que hoje, painho, estando longe de você, faço minhas as palavras dela. E, daqui do meu teclado, seguro a sua mão e digo: “Esse é o José Heleno, meu pai”. Esse mesmo, na foto acima em uma das nossas primeiras imagens juntos, ainda na maternidade, mas já me conduzindo vida afora.

Te amo. Feliz Dia dos Pais. Beijão.

Para ele e para os painhos de vocês, tá?

Much love,

Isabela – A Divorciada

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Corpo forte, mente forte

Eu acho que sou uma esportista frustrada. Passo mal de admiração vendo atletas se preparando para uma competição. Outro dia fui correr – corridinha picareeeeta – no Parque das Bicicletas e vi uma moçada se aquecendo para alguma prova de atletismo que ia ter ali. Aqueles corpos esguios, pernas fortes, suor no testa, roupas coladas ao corpo e cada um buscando seu canto, seu momento de concentração e inspiração.

Enquanto corria – minha corrida capeeeeenga - e observava aquela moçada, fiquei fazendo uma analogia do esporte com a vida. Acho que se todo mundo fizesse aquela preparação que eles fazem antes da competição – alongamento, aquecimento, concentração – todos os dias pela manhã seria em mais fácil enfrentar cada dia. Porque se cada dia é um grande desafio que se apresenta, merece ser vivido com toda a disposição e concentração que podemos ter.

Eu, particularmente, medito e pratico aikido. Fortaleço minha alma e meu corpo antes de começar a parte prática do dia (confesso que às vezes pulo essa etapa e vou correndo para a insanidade). Acho que toda forma de trabalhar corpo é também uma forma de trabalhar a mente e alma. Como dizem os taoístas, nosso corpo é a nossa morada, nosso templo sagrado. Não precisamos ser esportistas de ponta, mas podemos nos inspirar nos atletas.

Débora – A Recasada

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Dez coisas que eu odeio no jornalismo

Não sou lá de odiar as coisas visceralmente. E menos ainda de escrever sobre o ódio. Mas há momentos na vida que se a gente não desabafa ao menos no nosso próprio blog, tem um burnout. Eu amo ser jornalista – e prometo um dia escrever as dez coisas que eu amo. No entanto, em se tratando de uma profissão um tanto estressante e quase esquizofrênica, pode nos deixar malucos. E eis as coisas que mais me irritam no geral:

1. Se deixar sempre pautar pela Time ou pelo NY Times como se tudo o que eles dissessem fosse lei. Mesmo quando o que eles dizem não faz o menor sentido para o Brasil.
2. Achar que uma notícia é velha demais e não dar. E resolver dar depois que o Fantástico deu.
3. Achar que uma tendência é vanguarda demais e que o leitor não está preparado para aquilo. E resolver dar depois que o Fantástico deu.
4. Achar que os entrevistados são pessoas que estão disponíveis 24 horas por dia.
5. Achar que “personagem” é coisa que se compra por R$ 1,99 em uma máquina de depoimentos que tem em qualquer esquina. Como se não fossem seres humanos, como se não fosse a vida deles em jogo na revista/jornal/TV/internet/rádio.
6. É a profissão que mais exige sensibilidade. E é onde mais tem gente insensível (MAFÊ, ESSA EU ROUBEI DE VOCÊ, TÁ?).
7. É a profissão que mais exige uma mente aberta. E é onde mais tem gente preconceituosa.
8. A obsessão por números. Ofereça uma matéria sobre velhinhas que usam piercing e teu chefe te perguntará: tem número mostrando que cresceu o número de velhinhas usando piercing?
9. As coisas serem sempre ao gosto do patrão e nunca ao gosto do freguês (depois não entendem porque tem tanta gente fazendo blog...). 10. A falta de respeito e de delicadeza no trato dos chefes com seus subordinados. E, algumas vezes, entre colegas.**


Débora – A Recasada


*Matéria fria, para quem não sabe, é matéria que não precisa de nenhum fato atual para ser publicada.
** Até que nesse item tive, no geral, muita sorte, tive muitos chefes incríveis e colegas maravilhosos! Tanto que tenho entre meus melhores amigos gente que fui conhecendo pelo caminho das redações (Né, Belita?).

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Piriguete que é piriguete...

Dizem que o termo surgiu em Salvador, da união de “piranha” e “cat”. Em bom baianês, virou piriguete. Antes de começarmos a descrição de como uma representante da categoria se comporta, uma observação: a palavra também pode ser usada em tom de piada. Eu, por exemplo, já brinquei várias vezes com as minhas amigas falando coisas como “vai piriguetar, hoje?”, “Mas é muito piriguete, viu?”. Isso com carinho, fazendo graça. Para mim, piriguete no mau sentido, a perigo mesmo, é aquela que, de tão desesperada para conseguir um homem, passa por cima de qualquer coisa. Inclusive das outras mulheres. Mas vamos em frente:

Piriguete que é piriguete....

Põe uma foto seeeeeeeeeeexy no perfil do Facebook (ou do Orkut). De preferência fazendo biquinho. Não importa a pose, a legenda sempre poderá ser: me janta!!!


Destrata todas as outras mulheres que dela precisam. E atende bem os homens, claro. Uma vez, tendo problemas ao ligar para uma agência bancária, comentei a situação com Guarda Belo, que, na tentativa de me ajudar, ligou para o mesmo local. A telefonista, estúpida comigo, foi fofa com ele. Piriguete com P maiúsculo!!!


Dá em cima do homem alheio sem se preocupar se a parceira dele está do lado. Como diz uma amiga minha, toda mulher tem o direito de investir no homem que quiser. Tá certo: se eles são comprometidos, que cortem as asas das bruacas, cada um com a sua consciência. Agora, na minha modesta opinião, fazer isso com a fulana por perto é descer mais fundo que o fundo do fundo do poço. Categoria fim do mundo. Como diria Leão Lobo, dignidade já!!!


É arroz de festa, figurinha fácil em qualquer evento. Não perde batizado de boneca, bota fora de desconhecidos, aniversários de quem sequer conhece direito. Tem homem? Aqui vou eu. Fala sério!!!


Odeia trabalhar com outras mulheres. Há muito tempo, entrevistei uma médica que me disse que, quando fosse abrir a própria clínica, não ia contratar uma profissional sequer do sexo feminino. Apenas homens. Piri-piri-piri-piri-piriguete!!!


Tem por hábito secar as outras mulheres com olhares de cima abaixo, sem disfarçar. Eu, que já me irritei muito com essas coisas, agora tomo como um elogio. Se me olhou muito, é porque gostou.


Trata homens com os quais não tem a menor intimidade com...intimidade!!! Roberto, por exemplo, vira “Robeeeeeeeeeeeeerto”. Isso falando ou escrevendo, tanto faz. Vergonha alheia é pouco.

E aí, esqueci algum item importante neste breve manual das piriguetes? Pois podem me ajudar a completar a lista nos comentários.

Beijos, beijos (mas sem piriguetice, hahaha!!!),

Isabela – A Divorciada

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O lado trash de cada um

Já ouviu falar em lado sol e lado lua? É como alguns especialistas em gente costumam classificar nossos talentos e desafios. O sol corresponde a tudo que, onde botamos a mão, somos os melhores. Já a lua é o lado que exige mais dedicação por não termos aquela aptidão natural que nos faz executar certas coisas com um pé nas costas.

Um exemplo raso: escrever bem e ser um desastre em matemática. Só que antes de entender dos astros, nada como conhecer o próprio lado trash; aquele que aflora ao “assassinar” uma frente única com um sutiã de alça de silicone. Já aprontou uma dessa consigo mesma? Pois é, era o seu lado trash aflorando em rede nacional.

Consciente ou sem querer, o lado trash está aí e esperto é quem sabe a hora de fazer o seu aparecer, ou sumir na ventania. Ele se manifesta naquele brigadeiro de panela detonado sem dó, sem piedade e de pijamas, claro que na paz inabalável do seu lar. Na espera inútil do telefone que não vai tocar, e você já deveria ter ido para o cinema sozinha faz horas.

Ou naquela balada-roubada que você vai e tem como desfecho uma fila interminável, acompanhada dos epílogos dor no pé, bêbados inconvenientes e aquela fome que te faz parar no primeiro posto de conveniência para tomar um Toddynho com pão de queijo. Nesta hora, a maquiagem já dá coceira nos olhos.

Mas para algumas modalidades do tipo humano, o lado trash é que faz toda a diferença. É quem ganha onde deveria perder. Por isso, fique de olho naquela conhecida de cabelo detonado, desenganada pelos cabeleireiros e pelas melhores fórmulas de shampoo, mas que tem a auto-estima e seu próprio séquito em dia.

Fique ligada naqueles que erram feio como quem palita os dentes na mesa, e acha que ninguém vê. Mesmo assim, essa galera segue adiante e faz a diferença com o tal do seu lado trash. Auto-estima vários tons acima e uma boa pitada de ingenuidade podem fazer a receita funcionar. Se não desse certo para alguns, o sutiã com alça de silicone já teria saído de linha.

Giovana - está solteira


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Por que eles fazem isso?

Sabe uma coisa que eu acho meio besta? Homem que esconde que tem namorada. Aliás, vamos começar do começo: como eles conseguem esconder? Por que, quando a gente convive muito com as pessoas, inevitavelmente a gente acaba falando do nosso consorte (às vezes, sem sorte, rs). Eu não consigo contar uma história do meu passado, de uma viagem, uma cena engraçada, uma mania de dia a dia, sem citar o Charlie. Ele faz parte da minha vida há nove anos, oras, é meio difícil não citá-lo. Mas os homens – incrível – conseguem.

No trabalho, uns caras ficaram meses “escondendo” suas respectivas de um grupo grande de meninas. Quando descobrimos, a reação foi geral: uau, mas eles não se comportam como se tivessem namorada! Minha única conclusão é de que o cara que faz isso tem sempre alguém do grupo de quem ele esconde a namorada como uma “marmitinha” em potencial (desculpem, foi meio caminhoneiro isso, mas é bem real...). O cara prefere não se dizer comprometido porque...vai que rola algo, né?

Pior que esse, só aquele que é comprometido e mesmo assim dá em cima geral. Esse é campeão. Uma coisa, para mim, é certa. Um cara desses já despenca várias posições no ranking de “caras bacanas que eu conheço” quando fico sabendo dessas coisas.

Débora – A Recasada

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Mas eu te amava

Ela já esteve por aqui antes. E abalou com o post Como ir das nuvens ao calabouço da manhã para a tarde. Agora, a Solteira à procura de um novo grande amor volta com um texto lindo sobre um sentimento que já se foi. Mas que foi grande enquanto durou. Obrigada pela colaboração, queridona. Amei. Volte sempre.

Beijos,

Isabela – A Divorciada

Mas eu te amava

Quando te conheci, seus cabelos cheiravam a escapamento e seu perfume era o do desodorante mais barato da farmácia da esquina. Mas eu te amava.

Quando te conheci, nosso ninho de amor era um colchão já ondulado pela idade avançada e nossa trilha sonora vinha de fitas cassete gravadas de discos de vinil. Mas eu te amava.

Caetano, Cult, U2 estavam todos na mesma seleção após longas horas em frente ao aparelho de som. Suas camisetas muitas vezes cheiravam a gaveta e você fazia a barba com espuma feita de sabonete Lux. Mas eu te amava.

Lembro que te amava mesmo quando usava uma zorba sem elástico, uma camiseta com furo ou uma meia trocada. Quando te conheci, as flores que ganhava vinham do fundo do quintal e comer pizza fora era em ocasiões especiais. Mas eu te amava.

Quando te conheci, você usava tênis, não sabia dar nó em gravata nem limpar direito a unha do pé. Mas eu te amava.

Naquela época, seus cabelos batiam no ombro, seu peito cheirava a parafina e eu tinha que passar horas te esperando na praia. Ainda assim, te amava.

Te amava até com touca de banho cor-de-rosa, blusa do avesso ou calça um número maior. Até quando esquecia as datas especiais, pechinchava cinquenta centavos ou alugava um filme repetido.

Naquela época, eu acabei concordando que não ter carro era descolado, que ir à praia com chuva podia ser interessante e que acampar era super confortável. Mas porque eu te amava.

Quando você contava a mesma história milhares de vezes, não ria da minha piada ou não levava a sério minha TPM, ainda assim eu te amava.

Quando te conheci, só te chamavam pelo primeiro nome, seus amigos chegavam sem avisar e no fim do ano você foi papai Noel.

Hoje, não te conheço mais. Mas, por favor, nunca se esqueça:

Eu te amava.

A Solteira à procura de um novo grande amor

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O batom e o salto alto


Eu não tenho nada contra o gloss. Pelo contrário, sempre levo um na bolsa, rosinha, para manter os lábios protegidos sem ter trabalho quando preciso. Agora, para encarar a vida e levantar o visual, de domingo a domingo, no trabalho ou fora dele, não conheço nada melhor do que batom. E vermelho, em 99,999999999% das situações.

Por isso mesmo adorei ler, na Criativa, uma entrevista com o diretor criativo da linha de maquiagem da Chanel, Peter Philips, que disse:

“Para mim, usar gloss é como calçar chinelo de dedo. Já o batom é como um sapato de salto.”

Bom domingo, meninas (e meninos também). De preferência com batom caprichado nos lábios. Beijos!

Isabela – A Divorciada

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