Feliz 2010!!!


Chegou a hora, estamos quase em 2010!!! Antes de mais nada, a gente agradece o carinho e toda a bombação em 2009. E, claro, promete muito mais no ano que vai nascer. Abaixo, os nossos votos.

Estourem a melhor champagne, cerquem-se dos melhores amigos e abracem os queridos. Comecar o ano bem é o primeiro passo! Persistam nos sonhos e só se satisfaçam com o melhor em todos os sentidos.


Feliz Ano Novo!


Beijos,

Giovana – A Solteira

Se fosse escrever como foi o meu 2009 em uma sequência curta de palavras, eu diria algo assim: tristeza, novidade, alegria, paixão, prazer, frustração, apatia, suor, concentração, dispersão, honra, respeito, saudade, chopp com pastel, vinho qualquer dia, nutella no pão, lágrimas e risadas, amigos 24 horas. E amor. Muito amor.


O que desejo para vocês em 2010? Tristeza, novidade, paixão, prazer, frustração, apatia, suor, concentração, dispersão, honra, respeito, saudade, chopp com pastel, vinho qualquer dia, nutella no pão*, lágrimas e risadas, amigos 24 horas. E amor. Muito amor.
Um beijo e que venha 2010!!

Deb - A Descasada

*pode trocar por coca se você não beber álcool e a nutella pelo doce que mais te faz feliz =D

Que 2010 traga para vocês, nossos queridos, todas as emoções de 2009. Aquelas que fazem chorar ou sorrir, não importa. Vale a viagem, não é mesmo? O importante é ter histórias para contar e, nunca, deixar de acreditar que amanhã pode ser melhor. Que seja!!!!

Muito amor, saúde e sucesso. E um pouquinho de glamour, claro, que a gente merece. Hahaha!!!!

Avante. Feliz Ano Novo procês!!!

Much love,

Isabela – A Divorciada

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Promessas de Ano Novo: a hora da verdade

Sim, sim, estamos quase lá. E eu, como todo mundo, já comecei a fazer o balanço dos últimos 365 dias. E a pensar em 2010. Dessa vez, nada de planos inéditos. Decidi rever a lista de projetos para 2009, aqui publicada, checar o que fiz e o que deixei de fazer. Divido as minhas reflexões com vocês:

Em 2009, eu vou...

  • Conhecer a Itália nas férias, em setembro. Yes, eu fui!!!!! E amei. E vou voltar um dia.
  • Manter o meu peso (emagreci 9 quilos em 2008 e não vou voltar a ser rechonchuda de jeito nenhum). OK, não estou exatamente gorducha. Mas ainda preciso perder quatro quilos para chegar no peso de 2008. A luta continua.
  • Conseguir o título de mestra em Comunicação na PUC (não sem antes me matar de estudar para fazer uma dissertação bacana. Vera querida, se eu tirar 10 vou dedicar o feito a você. E à sua luxuosa torcida). Siiiiiiiiiiiiim, eu agora sou mestra!!!!! Fico devendo o 10, Vera. Como você sabe, fiquei nos 9.5. Compenso no doutorado, pode deixar. Beijo!
  • Fazer alguma aula de dança no segundo semestre (Flamenco? Dança do ventre? Samba? Frevo? Me ajudem a decidir).Huuuuuum, não fiz nada disso. Mas já decidi: em fevereiro entro na academia. Agora vai.
  • Escrever mais para esse blog que, como diria a minha amiga Solteira, é a “nossa cachaça”. Objetivo atingido!!!
  • Arrumar tempo para fazer reportagens ótimas para o jornal em que eu trabalho, saindo um pouquinho da edição. Meta não cumprida. Quem sabe em 2010, né?
  • Falar mais com a minha mãe. Tudo certo.
  • Falar mais com a Tia Leda. Tudo certo.
  • Instalar o Skype para bater papo com os amigos que moram longe, da Suíça ao Rio Grande do Norte. Objetivo não atingido, ridículo. Projeto urgentíssimo para 2010.
  • Rever o Recife (Mona, acredite, eu morro de saudades). Não foi dessa vez....Mas, em 2010, vai rolar. Eu juro.
  • Deixar o amor chegar quando ele quiser, como fiz em 2008. Sim, sim, esse objetivo eu cumpri direitinho. E deixei crescer o amor que já tinha chegado no final do ano passado. Beijão, Guarda Belo!
  • Frequentar mais o teatro. Meta atingida.
  • Continuar me abrindo para o mundo e conhecer pessoas bacanas. OK.
  • Encontrar mais os meus amigos. Bem menos do que eu gostaria, mas OK.
  • Fazer valer uma lição lida ontem, no livro Para Francisco, inspirado no blog de mesmo nome, indicado na nossa listinha abaixo: “Tenha medo da não-intensidade, do não viver, do sobreviver. Seu pai me mostrou isso em que eu já acreditava. Viver tem que ser muito, inteiro, ou não é vida”. Missão cumprida!!!!!
É, 2009 foi maravilhoso. E 2010 será melhor ainda. Para nós todos!!!!!
Beijos, guardando os votos oficiais de felicidades para amanhã,
Isabela - A Divorciada

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Até demais

Maceió, ontem, ali pelas 11h, no alto-mar, aproveitando o dia na piscina natural da Pajuçara, uma das praias mais famosas da minha cidade.

Para lá e para cá, passa, nadando, o garçom que serve os turistas, equilibrando, sabe-se lá como, um prato de petiscos numa das mãos.

Impressionada, comento com Guarda Belo: "Como é possível nadar e levar um prato assim?". No que ele responde: "É a experiência". Lisonjeado, o garçom aquático emenda: "Até demais".

Adorei. Daqui por diante, sempre que alguém me fizer um elogio sincero assim, vou reforçar o sotaque alagoano e dizer: "Até demais". Hahaha!!!!

Beijos,

Isabela - A Divorciada

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Palavras do Papai Noel


Recebemos uma mensagem muito fofa do Papai Noel via twitter. E ele pediu para a gente retransmitir:

Ele disse que é para vocês não se comportarem direitinho em 2010. Que esse negócio de se comportar bem é coisa de quem não sabe viver. Disse para vocês se acabarem de comer peru e beber champagne hoje à noite. Rir muito da piada sem graça do seu tio metido a engraçado. E rolar no chão com suas crianças. Se amanhã der dor de cabeça e ressaca, tudo bem. Você tem o dia todo para dormir.

Santa disse também que não precisa se sentir culpado se não gostar do presente que tua mãe deu. Porque você é humano e é normal ter expectativas e se frustrar. Mas que é para você tratar de disfarçar e dar um puta abraço (ele usou esse termo, juro!) gostoso nela em agradecimento.

Por fim, ele disse que espera que todo mundo seja mais leve, risonho e esbanje amor em 2010. O resto, garantiu ele, acontece naturalmente.

Nós, do 3x30, fazemos das palavras do Papai Noel as nossas.

Tenhamos todos uma linda noite. E um 2010 brilhante.

beijos

O trio

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Meu presente de Natal

Passei o dia pensando no que poderia escrever aqui um dia antes da comemoração do Natal. E lembrei de uma história boa, de um casal de amigos da minha tia Ângela. Uma história de amor que eu registrei, em 2005, no jornal Diário do Comércio, de São Paulo, onde trabalhava. A seguir, a reportagem que escrevi sobre Yolanda e Kojy, meu presente de Divorciada- Noel procês.

Much love,

Isabela – A Divorciada

“A pacata Diadema da década de 60 ficou pequena demais para eles. Era preciso uma São Paulo inteira a servir de cenário de dias e noites clandestinas e deliciosas como foram aquelas. A história de Yolanda e Kojy Shimizu foi uma história de amor proibido. Um folhetim que incluiu 13 anos de namoro e outros três de casamento sem que os pais dele, japoneses, soubessem que tinham uma nora loira e falante. A família queria que o filho casasse com uma boa representante da colônia.

“Nunca tinha olhado uma brasileira do jeito que olhei para ela”, lembra ele. Yolanda foi surpreendida pelo charme contido daquele moço de olhos apertados, na época estudante de Direito no Largo de São Francisco. “O Kojy falava pouco, mas falava bem. Era culto, educado, tinha uma voz ótima e cantava boleros para mim quando estávamos a sós”, conta ela.

Os dois se conheceram nos corredores da Câmara de Diadema, local de trabalho de Kojy e da mãe de Yolanda. Decididos a levar adiante o namoro, ele tratou de pedir permissão à família da moça. Seus parentes, no entanto, permaneceriam sem saber. Diante da clandestinidade daquele amor, o casal começou a procurar locais charmosos para se encontrar no Centro da capital paulista, longe do ABC. Então, foram ótimos momentos nos restaurantes perto do Largo de São Francisco ou nos cinemas da região.

Depois de dez anos de namoro escondido e da informação de que seus sogros estariam planejando o casamento de Kojy com uma moça de origem nipônica, Yolanda decidiu largar tudo e foi trabalhar em Peruíbe, no litoral paulista. “Passei três meses deprimida. Até o dia em que ele apareceu na escola em que eu trabalhava e disse que não podia viver sem mim”, explica ela.

A próxima etapa dessa novela inclui o casamento dos dois, escondido. “Moramos uns três anos sem que os pais dele soubessem. Kojy passava a semana com os pais e os finais de semana comigo”. E tudo seguiu assim até o nascimento de Lygia, a primeira filha do casal. “Ele entrou na casa dos pais, fez as malas e comunicou que estava indo morar com a mulher e a filha”, diz ela.

O desfecho? Uma visita dos pais de Kojy num domingo pela manhã. “Yolanda foi nobre ao abrir a porta e receber os dois com um ‘bem-vindos’”, diz ele. O saldo de tantas reviravoltas é de 44 anos juntos, três filhos, um neto e lembranças de um amor vivido em São Paulo para toda a vida.”

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A sexless way of life

Uma conversa por e-mail entre duas mulheres que se separaram esse ano

- Sexo? Também não sei mais o que é isso não! Compartilho da sua abstinência dos prazeres carnais.

- Pois é, menina...após a separação, eu bem que tentei, viu? Aí veio aquela galeria bizarra. Aquele que uivava, aquele que se recusava a pagar motel e aquele que se achava o rei da cocada preta e que, antes de me comer, me contou – em detalhes – todas que ele já tinha papado.

- Nem fale. Depois do menininho que sequer terminou a faculdade, também tentei um aqui outro acolá. Mas dá uma preguiiiiça.

- Dá, né? Dizem que para as mulheres é mais fácil “conseguir” sexo aí no mercado. Só abrir as pernas e pá...não é bem assim não. Veja o caso do rei da cocada. Quase disse a ele: que tal se você me passar essa lista de mulheres por e-mail e irmos logo aos finalmentes? Mas eu teria sido terrivelmente machinho se tivesse feito isso, não?

- Ah, fora que a gente ainda tem que lidar com os machismos...um homem está sempre afim de sexo, logo é normal que se comporte daquele jeito meio “te comendo com os zoio”. Vai você comer os caras com os olhos...”Ih, olha só, tá desesperada”.

- Hum. Se você tem 30, então, danou-se. “Olha a tia, meu! Precisando dar!!”. Oras bolas, e que mulher não precisa?

- Já tentou vibrador?

- Joguei o meu fora. Muito impessoal. Nem me ofereceu um vinho antes...

- Também não curto muito. Mas quando bodeio desses tipos aí do mercado, aciono meu consolo.

- A verdade é que eu acho que tudo é fase. E eu agora entrei numa fase ermitã urbana. Meio monja. Fico lendo livros de meditação, medito na pracinha, corro feito uma retardada e vejo House horas seguidas. E de vez em quando trabalho também. Vida tranquila...

- E passa a vontade de sexo?

- Definitivamente...não! Mas ao menos não penso tanto sobre isso.

- Hum...vou tentar.

- Você acha que era melhor quando estava casada?

- Taí uma pergunta que não sei te responder. Posso responder em 2010? É que agora vou sair com um gatinho que inté que rola uma química. Talvez eu nem precise compartilhar dessa sua vida “monja”, hehe.

- Vai na fé, irmã!

- Amém!

Débora – A Descasada

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Pois é, acabou

Já estava decidido: a viagem curta serviria de janela para encerrar de vez aquele assunto. O "assunto" começou como um casinho e evoluiu para a ocupação de metade do armário com roupas, uma escova de dentes dividindo espaço na pia e uma agenda social cheia de cobranças.

Não houve convite "fica aqui em casa". O sujeito chegou, chegando e ficou, ficando... Conversas sobre cada um no seu quadrado terminavam em quebra pau, e em uma dor de cabeça insuportável. Voltar para a casa tinha virado um tormento para aquela mocinha. O "assunto" pertencia a mesma roda de amigos, assim tinham se conhecido. Apelar para a caixa de papelão e com os pertences do rapaz na portaria colocava em risco a convivência com a tal roda de amigos, sempre tão divertida.

As caraminholas sobre como resolver a situação sem fim só aumentavam. Mas não resistiram a quatro perguntas óbvias:

_ Chamei o cara para morar na minha casa? Não

_ Estamos namorando ou tendo um relacionamento mais sério? Não

_ Gosto dele? Não

_ Se esses amigos gostarem de mim, vão me entender? Sim

O plano estava traçado. Enquanto estivesse viajando, ela trocaria a chave da porta e arrumaria as roupas que o "assunto" não tinha levado para a viagem numa caixa de papelão e deixaria tudo na portaria. Se encontrariam antes e, em mais um quebra pau, ela comunicaria o fim. Só que devidamente resguardada de qualquer possibilidade dele, mais uma vez, virar a chave e se acampar na vida dela de novo; sem o seu consentimento.

Já sabia até como terminaria a última discussão:

"Mas eu ainda tenho coisas na sua casa, preciso buscá-las", diria ele.

"Não precisa não. Sei onde você mora e mando entregar tudo lá", responderia ela.

E ponto final.

Giovana - A Solteira

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Entre flores e fel


Tem umas picuinhas de casais que são difíceis de entender. Quando sozinhas, as pessoas querem se encontrar. Quando juntas, parecem fazer de tudo para se separar. Às vezes, me solidarizo com os homens. Eles tem a cabeça mais objetiva que a nossa, que muitas vezes entra numas divagações eternas sobre coisa alguma capazes de enlouquecer qualquer um por perto.

Tudo bem que eles também pisam na bola, acho até mais que a gente, e com o agravante de não saberem se livrar dos ossos. Se é que me entendem... Mas errar é humano não é mesmo? Há escorregadas, assim como também existe o tal fundo do poço. Não dá é para tratar um deslize com a profundidade de um buraco de vulcão. Aí, não há santo que aguente.

Aliás, falando em ossos, cuidado com os seus esqueletos no armário. Tem gente que coleciona um diferente a cada relacionamento e, uma vez terminada a história, pega o seu esqueletinho e guarda para a coleção. O próximo protagonista - ou próxima protagonista - que trate de administrar a herança maldita que não lhe pertence... Você encararia uma dessa?

Em português bem claro, o resumo dessa história é: para uma cagada ou mal-entendido, nada como um bom papo sincero para resolver. Ah sim, flores costumam ser um bom remédio para quem anda com o coração amargo. Se surtirem algum efeito é sinal verde para seguir em frente.

Giovana - A Solteira

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O Comando Bob












Eu as conheço desde 1989. Ou 1990, no caso da Nana, que entrou no colégio, o bombado Maria Montessori, lá em Maceió, Alagoas, um ano depois. Estão entre as minhas grandes e melhores amigas desde então. Somos eu, Lynne, Sandra, Mel e a já citada Nana. Mas pode chamar de Comando Bob. Aos fatos: sempre muito próximas, éramos companheiras em muitas coisas, inclusive no que toca ao fator "vigilância do comportamento dos namorados". Tínhamos até um acordo: cada uma manifestava, antes, a vontade de saber ou não, pelas outras, de alguma eventual escapada do parceiro. Se não estou enganada, todas queriam saber, eu inclusive. Um belo dia a Sandra começou a namorar um dos meninos mais populares e galinhas da escola. Como estávamos sempre ligadas nos passos do moço, logo passamos a ouvir "pega, Bob!", dos amigos dele, como se fôssemos cães de guarda do mala. O melhor da história é que a gente gostou tanto da piada que resolveu assumir o apelido. E Bobs somos até hoje.

Assim, são 20 anos de "monitoramento de homens" (se precisar de ajuda, aliás, é só falar, temos colaboradoras em várias cidades do Brasil, incluindo sucursais na Argentina e na Suíça), alegrias, tristezas, carinho, choros, risos, saudades, farpas, brigas. Quando realmente existe amor numa relação, seja ela qual for, também existe conflito. O importante é conseguir superá-los e, a partir deles, reforçar os laços que nos unem. Conosco, sempre foi assim. Juntas, já nos esbaldamos na festa de formatura do colégio (onde morremos de chorar ao som de Amigos para Sempre. Atire a primeira pedra quem nunca se rasgou ao ouvir esse clássico brega, hahaha!!!), comemoramos formaturas, empregos, viagens, romances, casamentos, segundos casamentos até!!!!! Que a gente não brinca em serviço. Já choramos separações, foras, traições, rasteiras de todos os tipos, vindas de todas as direções. Até a morte de algumas das pessoas mais queridas do mundo, como a Dona Lurdes, a avó da Lynne, esse ano (para vocês terem uma ideia da figura, basta dizer que eu a chamei de piriguete, por telefone, na última vez em que nos falamos, quando ela brincou dizendo que queria conhecer o meu namorado, Guarda Belo).

Não importa o contexto, não importa o cenário, nem a situação. Longe, perto, somos sempre nós, Bobs vida afora. Irmãs de espadas. Cinco mulheres totalmente diferentes e, justamente por isso, tão afinadas entre si. Eu, por exemplo, sempre fui a Bob contadora de histórias, aquela que colocava no papel as desventuras do Comando. Lembram do galinha destacado no primeiro parágrafo desse post? Virou o protagonista de "A incrível história do príncipe que virou xuxuzinho", sobre o fato de que, bem feito, o cara entrou na lama total depois do fim do namoro com a Sandra. A ponto de se envolver com uma chatinha que o chamava de... "xuxuzinho!!!!". As más línguas também vão dizer que eu sou a Bob mais durona, mas isso é mentira, hahaha!!!

I love you, girls. E sou muito grata à vida por ter vocês. Saudades!!!!! Nos vemos na folga do Natal.

Sandra, queridona, esse post é dedicado a você. Estou completamente arrasada porque não vou estar em Maceió no sábado, vendo a sua entrada na igreja, absolutamente chiquérrima de vestido de renascença (achei um luxo isso). Mas, saiba, mandarei somente vibrações positivas para a sua nova vida ao longo do dia. Vou rezar, vou pedir, vou torcer. Arrasa. Demais Bobs: vou fazer um escândalo se, no domingo de manhã, não tiver milhares de fotos do casório no meu e-mail. Tenham compaixão de mim. E nada de subir na mesa e tirar a roupa na festa, hahaha!!!

Much love and much kisses,

Isabela - A Divorciada (ou Bob Bela)

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Por causa dele

Eu sou assim. Avessa à gente histérica, surtada, nervosa, irada. Gente que fala alto e que acha que está sempre fazendo um discurso. Gente que nunca ouve os outros e, o pior de todos, que quer sempre ter razão. Detesto os donos da verdade. Gente que sempre põe a culpa nos outros e mente até o fiofó fazer bico. Que tortura quem está por perto. Que maltrata funcionários e familiares. Que não tem um pingo de respeito pela própria mulher. Por causa dele passei a duvidar do casamento. E, por causa dele, passei a apostar no amor verdadeiro. Mas, se estou aqui, é por causa dele. E alguma coisa boa venho tentando aprender com isso tudo.

Débora - A Descasada

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Inveja branca não existe

Seu trabalho vai bem, os amigos são incríveis, os projetos andam a contento. Mas sabe quando não dá vontade de alardear? Preservar o que se tem de bom é importante, necessário. Olhe ao redor e observe, ela está aí. A inveja é silenciosa, corrói aos poucos e de forma constante. Inveja branca não existe. Ela é verde, vibrante e aproveita as brechas que a gente dá.

Quando nos deixamos afetar, ela fica mais forte. Quando nos sentimos culpados pelas coisas irem melhor do que o esperado, ela se faz presente com um único objetivo: o de colocar a gente pra baixo. Nada melhor para a inveja quando nos faz de capacho. Quando nos sentimos um lixo e ela fica sabendo, sai de perto porque lá vem petardo. Ou melhor, petardos, artilharia pesada. Tudo disfarçado num pacotinho de palavras doces para pulverizar os caquinhos espalhados pelo chão.

Mesmo forte, a inveja é insegura e, quase sempre, muito agressiva. E é aí que ela se revela para quem anda adormecido. Sim, porque ela, a inveja, trai a si mesma quando mostra as suas armas de forma espontânea. O que foi de precavida nos comentários e nas aproximações, é de fulminante e de violenta na hora de dar o bote. Nessas horas, um leve jogo de cintura tem efeito desbaratinante na pobre.

Sem ação, ela vira ira e começa a atirar todos os seus dardos, sua vontade escondida aparece e fica claro qual é dela, a da inveja. Saia da mira, coloque um espelho, deixa ela se ver. A inveja não gosta de olhar para a própria cara. Claro, quem gostaria de reconhecer algo tão pequeno em si mesmo? Como alvo potencial, corte relações, pule esta etapa, deixe a inveja falando sozinha e não tenha pena. Ela não merece mesmo a sua atenção.

Giovana - A Solteira


Obs: tem blog novo na lista dos nossos favoritos. Chama Arte Como Arte. Gastronomia, Arte e Endorfina. Recomendo total!
:O)

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Mulheres que amamos amar: Elza Soares


Por mim, ela poderia estar aqui só pelo merecido fora que deu em Ary Barroso, quando ele comandava um programa de calouros na tevê, na década de 50. Querendo fazer graça da figura daquela candidata a cantora mirrada e vestida de forma muito simples, ele perguntou: “de que planeta você veio?”. No que a moça respondeu: “do planeta fome”. Nem preciso dizer que ela calou a boca do bobão de um jeito incrível, né?

Pois essa é Elza Soares. Uma diva de 72 anos, cujo show fui conferir no último sábado. Um exemplo de força e amor-próprio. Isso para não falar do suingue, do vozeirão, da atitude de entrar no palco e arrasar mesmo com o tornozelo quebrado, como aconteceu nessa temporada agora. Dores à parte, ela estava lá, gostosona de vestido de cetim vermelho (adoooooro), cantando lindamente e morrendo de rir ao contar suas histórias.

Do local em que estava na platéia, pude ver o beijo que ela ganhou do namorado, Bruno, antes do início do show. O moço tem 27 anos e, para quem possa achar bizarro, registro aqui que conheço milhares de mulheres de 20 e poucos sem um terço da energia da setentona mais aclamada da MPB. Uma musa que muito já amou, sofreu, perdeu (incluindo um filho, Garrinchinha, e um grande amor, Garrincha). E que, lição para nós, não perde a alegria de viver.

Boa semana, gente. Que a força da Elza Soares esteja com vocês.

Isabela – A Divorciada

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Julie&Julia


Vai uma dica de cinema aí? Algo bem leve e gostoso para o finde? Pois o meu voto vai para..... Julie & Julia. O filme conta a história de duas mulheres: Julia Child, que de tanto adorar comer virou uma super cozinheira, autora do primeiro livro sobre a culinária francesa em inglês (Mastering the Art of French Cooking) e Julie Powell, ex-secretária que virou blogueira e escritora depois de se propor o desafio de preparar, no período de um ano, as 524 receitas da obra de sua ídola.

Total identificação com Julia no que toca ao amor pela comida e com Julie pelo prazer de dividir histórias com tanta gente num blog. Amei a cena em que ela vibra quando começa a receber comentários. Igualzinho a mim e às minhas companheiras de 3xtrinta (vocês não imaginam como a gente fica feliz com cada mensagem recebida), hahahaha!!!

Isso para não falar das imagens de tantas delícias saindo do fogão. Até agora não esqueci de umas bruschetas lindas que a Julie prepara logo no começo do filme. Impossível não sair do cinema com fome. E, acreditem, não vai ser de pipoca.

Bom finde e beijos,

Isabela – A Divorciada

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Entrevista

- Oi, prazer, tudo bem? Me desculpe! Estou todo enrolado, mas acho que dá tempo de fazermos isso hoje.

- Ah, sim, sem problemas...não vou tomar muito seu tempo não.

Meu Deus! Que homem lindo!! Pensando bem, adoraria tomar todo seu tempo...por que não me avisaram que você era bonito assim? Teria vindo de vestido, passado esmalte vermelho! Há! Foco, Débora, foco!

- Na verdade, só preciso que você me explique esse novo posicionamento da empresa...

...e como você conseguiu nascer com esses olhos tão incrivelmente azuis! Eu tava esperando um barrigudo-careca-azedinho, como costumam ser os executivos como você, mas não...uau...

- Claro, claro, deixe-me achar o arquivo. Então, eu ainda estou me habituando com tudo isso aqui. Tudo muito novo para mim...exige uma certa humildade, por mais experiência que eu tenha.

Oh Lord! E ainda por cima é humilde! Hum...checando...sem aliança na mão esquerda. Nada de fotos de crianças sobre a mesa. Será que ele é gay? Quantos anos ele tem, hein? 45, 48? Normalmente acharia muito velho para mim...mas abriria uma exceção, ho ho ho...céus, qual é a minha próxima pergunta??

- E o que está sendo efetivamente feito nesse momento de mudança?

Ai, que chatice, vamos falar de coisas mais bacanas: para que time você torce? Qual seu signo? Gosta de vinho ou prefere um chopp no botecão? Você não tem a menor cara de boteco...corre? Malha? Faz power yoga? Alguma coisa você faz, tão esguio...

- ...e se a gente melhorar esse setor, fidelizaremos nossos clientes, porque, afinal, isso é a...como posso dizer?

- A porta de entrada da empresa?

- Isso! Nossa, você está por dentro...sabe mais que eu.

- Pode me contratar já! Estava mesmo pensando em mudar de área...

Shut up, Débora! Só faltou dizer: “E nem precisei estudar na GV para saber isso, hein?”. Você e sua espontaneidade podiam dar um tempo de vez em quando...

- Para finalizar, o que você acha da iniciativa do departamento em...

...a gente podia terminar essa entrevista em outro lugar, sabe? Mas como eu sou uma jornalista muito séria, que não mistura trabalho e lazer (ninguém sabe que eu conheci meu ex-marido no trabalho, sabe?), vou me retirar discretamente e fingir que nem te achei tão lindo assim.

- Obrigada pela entrevista!

...até que essa minha profissão é divertida de vez em quando...

Débora - A Descasada

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A presença da ausência

Os olhos encheram de água na mesma hora que pisou naquele lugar. O visual de paredes pintadas e cheio de manchas de tintas davam conta de que, por ali, passou alguém cheio de criatividade. A memória dos potes vazios de cola, pingos de cores no chão e anotações jogadas pelas mesas disparavam a memória das conversas, risadas, olhares e ideias. Alguém especial cruzou o caminho e a ficha só caíra mais tarde.

Agora, só havia ausência naquela lugar. E ela ocupava todo aquele espaço, fosse ele os metros quadrados daquele cômodo, mais ainda as lembranças que sucediam freneticamente na memória. Quando a ausência se faz presente é um soco no estômago, mas ao mesmo tempo, um sacode na alma também. Deixamos passar algo? Há chance para resgate? De uma forma ou de outra, uma coisa é certa: não somos mais os mesmos e é preciso fazer alguma coisa, pois é impossível ser indiferente à ausência.

Ignorar alguém desagradável é tarefa fácil quando comparamos a missão inglória de diminuir a ausência de alguém especial. "A falta de" torna tudo presente. Se houver espaço para construir uma nova chance, deve-se agarrá-la, sim, e com unhas e dentes. No final das contas, é ou não é isso o que importa?

Giovana - A Solteira

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A separação da Ana Maria Braga


“Você viu que a Ana Maria Braga se separou?”

“Vi, tia. Saiu uma nota no jornal hoje”.

“Mas também aquele cara parecia ser uma pessoa muito ruim. Era o terceiro casamento dela...”

“Eu sei, tia. Mas deixa ela. Tudo bem se já são três casamentos, deixa ela tentar ser feliz. E eu é que não posso criticá-la por ter um ex-marido mala, hahaha!!!!”

Foi assim, fazendo graça, que eu fiz a minha muy amada tia Leda, que veio de Maceió passar alguns dias comigo em Sampa, parar de ficar triste com a separação da Ana Maria Braga. Não existe peso maior para alguém que termina um relacionamento do que essa pressão do “não deu certo, que horrível”. Na primeira vez há uma certa tolerância, parentes e amigos se compadecem da nova divorciada, o que também não é lá muito bom, ninguém merece se sentir digno de pena, mas vá lá. Na segunda, a coisa já complica. Imagine na terceira!!!!

O mais revoltante é que, no caso dos homens, a situação se inverte. Se ele já foi casado três vezes, é um matador irresistível que já derrubou muitos corações por aí. Agora, se estamos falando de uma mulher, trata-se, definitivamente, do caso de alguém que não tem, nem nunca terá, sorte no amor.

Pois que fique registrado: essa divorciada aqui acredita que é melhor ter se casado 30 vezes, sempre tentando ser feliz, do que manter por anos a fio uma história sem graça, que já morreu. Ou não casar por medo do amor, por não ser capaz de se entregar.

Seja bem-vinda ao time outra vez, Ana Maria. Que o seu quarto casamento, se você quiser juntar as escovas de dente com outro homem um dia, seja incrível.

Beijos,

Isabela – A Divorciada

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Eternos insatisfeitos

Vovó Dolores é que sabe das coisas. Aos 99 anos, de tanto ouvir o povo se queixando de tudo, ela segue repetindo: “Ninguém tá feliz como está...”. A bisa Lola é a avó do Charlie. Tenho saudade daquela carinha boa dela, meio cansada da vida, meio assustada com tanta novidade. Fora a disposição de se levantar da mesa e ir lavar a louça após os almoços familiares.

Lembrei da bisa Lola porque chegou dezembro e, com ele, uma certa tristeza no peito. Vai ser meu primeiro Natal e Reveillon sem Charlie depois de oito anos de festanças de fim de ano juntos. Um vazio do tamanho do buraco do metrô linha amarela se abriu no meu peito. No ano passado, no entanto, o sentimento era outro: “ai, que saquinho, lá vamos nós de novo negociar o fim de ano...”. E já rolava uma certa tensão. “Reveillon na praia de novo?...”

E agora me deu uma puta-saudade-danada daqueles reveillons na praia.

Por que a gente é tão insatisfeito assim? Só dá valor quando não tem mais? O que é fácil e está à mão não tem tanta graça assim? É isso mesmo?

Hoje cedo, consegui me lembrar de cada Reveillon ao lado dele. O primeiro lá em Conchas, quando ele conheceu minha pequena-gigante família, o terceiro em Roma, vestidos de preto por causa do frio e cercados de desconhecidos no Panteon (a gente se desejou Feliz Ano Novo umas quinhentas vezes já que estávamos apenas os dois) e os demais em Juquey com a família dele. Teve também aquele em Barra do Una, que choveu tanto que a gente nem se arriscou a ir para a praia. Nesse ele ficou meio mal-humorado. E o último...o “Reveillon festa no apê”, em São Paulo mesmo, quando agregamos todos os amigos que também não foram viajar.

(E o que foi que eu pedi mesmo naquela noite para ter me acontecido tudo o que aconteceu esse ano?)

Pois agora, nesse momento de saudade e belas recordações, só posso pedir uma coisa pro Papai Noel neste fim de 2009: um Natal docinho ao lado da minha família e um Ano Novo "feliz do jeito que eu estiver". O primeiro sem ele em oito anos. O primeiro da minha nova fase.

=D

Débora – A Descasada

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A titular do coração

Na reportagem A titular do coração, publicada pelo jornal Diário de S. Paulo ontem, sobre infidelidade, a antropóloga Mirian Goldenberg (adooooooro, ela tem estudos ótimos sobre relacionamentos) fez uma observação super interessante sobre a figura da “outra”. Segundo Miriam, muitas mulheres levam a condição de amante a partir da crença de que são, na verdade, as musas de seus amados. E que as oficiais, as traídas, seriam as grandes coitadas.

Será? É claro que o coração não conhece regras e que, em matéria de amor, tudo acontece. A outra pode sim ser a mais amada da história, mesmo que o parceiro em questão seja um tanga frouxa que não consegue abrir mão de um casamento fracassado. Mas, ainda assim, basta sentir-se a mais querida? E a vida real? O dia a dia? A vontade de ficar junto plenamente, sem restrições? E nas noites de Natal e Ano Novo? Existe amor que justifique limitações dessa ordem? Como? Alguém já viveu histórias assim? Quero saber.

Ao longo da reportagem, outros especialistas alertam que, passado o tempo da paixão, quando os amantes só querem o bem um do outro, o romance clandestino pode virar uma fonte de angústia cujas consequências podem ser imprevisíveis dependendo da personalidade de cada um.

Não atiro pedras em quem quer que seja. Conheço mulheres maravilhosas, amigas queridíssimas e especiais que, sim, já foram as outras. Falo exclusivamente por mim quando digo que tenho medo desse negócio de ficar nos bastidores. Mesmo se for para ser a titular do coração.

Isabela – A Divorciada

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Não se pode querer tudo


Reflexões para o fim de semana! rsrs

beijos

Deb

ps: extraída de Malvados

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Dez anos

Tem certas cenas que nem o tempo apaga da memória. Lembro-me como se fosse hoje. O telefone tocou às três e pouco da manhã. Meu estômago revirou - ele já sabia do que se tratava. Ao meu lado, minha irmã e minha prima dormiam como duas pedrinhas. Levantei subitamente e fui até o outro quarto, junto da minha mãe, que falava baixo ao telefone, chorando. E ali eu tive certeza. Tinha acabado.

Ela tinha morrido.

Tudo havia sido feito. Sessões torturantes de quimioterapia, tratamentos alternativos à base de babosa, rezas em catoliquês, espiritês e evangeliquês e a tão aguardada solução decisiva: o transplante de medula. Mas como se diz no jargão do mundo da leucemia: a medula não pegou.

No dia 23 de outubro ela tinha comemorado 19 anos. E no dia 3 de dezembro, ela morreu. Eu tinha 20 anos. A parte mais difícil após saber da morte da minha prima Cíntia foi comunicá-la à irmã dela, que vivia com a gente em São Paulo e que dormia ao meu lado naquela noite. Como se conta a uma pessoa que a irmã dela morreu? Acordamos a Mi e minha mãe só a abraçou. E ela se acabou de chorar. Um choro de soluço e angústia desses que a gente tampa o ouvido para não se deixar abater.

Fomos todos para Conchas para mais um velório. Mas dessa vez não era de nenhum tio-avô que eu sequer conhecia e nem da minha bisavó de noventa e tra-la-lá. Era o velório da Cíntia. De alguém de 19 anos. Deus meu, como isso era permitido, me perguntava pelo caminho.

Ver meus tios no velório foi a terceira parte mais difícil. Queria poder dizer a eles: tio, tia, acabou o pesadelo, daqui a pouco ela levanta. Que impotência que nos assola diante da morte. Que certeza horrível que é jogada na nossa cara.

Foi um dezembro bem triste. Um Natal no qual somente uma pessoa se permitiu comemorar e pedir a todos que celebrassem: meu avô, que já estava com câncer também e que morreu um ano depois.

De todo o meu tesouro pessoal, guardo comigo as cartas que trocávamos quando tínhamos 10, 11 anos. Faltavam conhecimentos gramaticais e sobravam sonhos e projetos. Duas meninas novas com um futuro imenso pela frente. Era o que parecia.

Em 1999, a internet ainda era uma novidade. Não existiam Orkuts, blogs e afins. Não existiam homenagens virtuais aos mortos. Pois hoje, no aniversário de sua morte, resolvi dar um Google com o nome dela para ver se, por acaso, vinha algo. E apareceu um único registro: em 2000, o nome dela foi usado para batizar o programa de saúde da família do município de Conchas. E só para ser caprichosa, deixo aqui o segundo registro na internet: Cíntia Fernandes Zanin, que saudade de você, menina!

Débora – A Descasada

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Stefhany, a absoluta


OK, ela não é bonita. Nem canta bem ou usa roupas bacanas. Eu diria até que ela é brega, o que não diminui em nada a minha admiração. Com a produção caseira de um clipe bem tosco, Stefhany bombou na internet. E não foi só pelo caráter, digamos, um tanto ridículo da coisa. A moça chama a atenção também porque tem uma autoestima a ser imitada, porque acredita em si. Quantas mulheres lindas e interessantes você conhece que não se dão o menor valor? Que tratam a si mesmas como farrapos? Pois todas perdem pontos para meninas de atitude como a absoluta do Cross Fox.

Aliás, muito boa essa ideia de se denominar assim. Segundo uma amiga minha, que leu uma entrevista com a cantora sobre o assunto, ela escolheu o termo por acreditar que essa é uma expressão forte, que a gente usa para explicar que está muito seguro de algo. "Quando você tem certeza de uma coisa, você não fala certeza absoluta? Pois eu tenho certeza do que sou, por isso me chamo assim", disse Stefhany, num voto de confiança em si mesma que toda mulher devia se dar.

Adorei, Stefhany. E estou torcendo por você.

Beijos,

Isabela - A Divorciada

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Francesca e Robert


Francesca era só mais uma dona-de-casa do interior dos Estados Unidos nos anos 60. Robert, um fotógrafo andarilho, cheio de histórias para contar. Um dia, a encruzilhada da vida coloca um diante do outro. E a paixão é inevitável.

A primeira vez que vi As Pontes de Madison fiquei com aquela sensação de que era só mais um filme de amor. Decidi rever como quem se propõe a fazer uma lição de casa sentimental. Para entender que histórias de amor podem sim ser marcantes e eternizadas mesmo quando não vividas “para sempre”. Tava meio com medo de ver. Mas vi mesmo assim.

Quase me afoguei em minhas próprias lágrimas. A hora que ela decide não ir com ele por causa da família é angustiante. Eu comecei a gritar com a TV: “Vai, Francesca! Vai”. E fiquei balançando a cabeça, concordando com Robert (Clint), quando ele olha para trás e diz: “Esse é o tipo de certeza que só se tem uma vez na vida”. Fiquei arrasada.

Ela não teve coragem. O que falariam dela? A família dela sobreviveria à fofoca? Os filhos a perdoariam? E o marido dela, o que ele tinha feito de errado para “merecer aquilo”? Clint-Robert fica devastado. Nunca, em suas andanças pelo mundo, tinha vivido nada igual. Era mesmo o tipo de história única. Mesmo com pesar no coração, ele a entende. Ele compreende a escolha dela, por mais que esta o exclua completamente.

Na carta aos filhos, Francesca confessa: desde então, não passou um só dia sem que ela pensasse nele e naquele amor de quatro dias. Os filhos, ao descobrirem a grande história de amor da mãe (da qual o pai deles não fazia parte) ficam em choque. Aos poucos, começam a se sentir tocados por ela.

E Francesca-Maryl Streep termina sua carta dizendo a eles algo do tipo: “Eu fiz a opção pela minha família. Vocês tratem de fazer de tudo para serem felizes”. Não é bem isso, mas foi assim que eu entendi. E eles se dão conta de como a vida deles anda estagnada.

Se você nunca viu, veja. Se você já viu, reveja. Definitivamente não é só mais um filme de amor.

Débora – A Descasada

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Breve fábula sobre um casinho de nada

Ela estava no radar do cara fazia tempos. Ela era tudo o que ele mais queria. Pelo olhar dela, ele não passava de mais um daqueles sujeitos simpáticos, gente boa e que não despertavam tesão nenhum. Nessa dinâmica, a maior conquista do cara era o status de "mala". O rapaz era insistente, incansável e empenhado em tornar-se presente de todas as formas na vida daquela mulher; para ele, era assunto de carne, osso e espírito mesmo.

Viam-se vez por outra, numa daquelas interseções de círculos sociais sobre as quais não se tem controle. Ele sempre arrumava um jeito de chamá-la virtualmente, queria estreitar o contato e lançava mão de todos os recursos. Sim, o rapaz já tinha adicionado o obscuro objeto do desejo em todas as comunidades virtuais possíveis e imagináveis que participava. Falar com ela, nem que fosse para comentar do tempo, já tinha virado hábito obsessivo.

Só que um dia a fantasia virou realidade. Ela resolveu dar uma chance para ver qual é, nem que fosse para o sujeito largar do pé dela de vez. A noite no motel foi ok e terminou com a dupla rachando a conta. "Ué, não é justo?", pergunta o sujeito. Ela não disse nada. Só teve a certeza de que, outra vez, nunca mais.

Giovana - A Solteira

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Encontro marcado

Data: 29 de novembro

Hora: tardinha

Local: laje

Convocados: Solteira, Descasada e Divorciada + A Profissional + O Videomaker + agregados

Motivo: SURPRISE!!!

beijos!

O trio

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Festa de Separação


Aproveitei a minha folga na quarta-feira para assistir Festa de Separação: um documentário cênico, no Teatro Imprensa, aqui em São Paulo. Do que se trata? Hoje descasados, a atriz Janaína Leite e o músico e filósofo Felipe Teixeira Pinto decidiram montar um espetáculo a partir de seu processo de separação. A ideia era registrar aquela etapa da vida e preservar as boas lembranças de tudo o que eles viveram juntos, numa encenação que refletisse ainda sobre tudo o que envolve o nascimento e o fim de um amor.

Gostei. Principalmente pela atitude corajosa de ambos, mesmo que o trabalho tenha elementos de ficção. Você já se imaginou dividindo um palco com o seu ex, passando a limpo parte da intimidade e dos sentimentos de vocês? Pois foi o que Janaína e Felipe fizeram. E sob a premissa de querer terminar aquela relação com respeito pelo outro.

Talvez por estar tão envolvida com a apresentação, fui abordada pela Janaína, a atriz, duas vezes ao longo da peça, naqueles momentos de interação com a platéia. No primeiro deles, fui perguntada sobre que presente daria para alguém que se separou. Respondi que daria um sapinho de brinquedo ou decoração, para dar sorte. No outro, ela quis ouvir de mim uma situação fofa de início de relacionamento. Olhei para Guarda Belo, meu namorado, pedi autorização e contei para todo mundo a História de uma florzinha. Causei, claro. Causamos, o povo gostou do nosso relato.

Está em São Paulo? Ficou interessado? Pois a peça está em cartaz às terças e quartas, às 21 horas, no Teatro Imprensa. Mas só até o dia 2 de dezembro.

Bom final de semana e beijos,

Isabela – A Divorciada

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Que triste

Outro dia eu ouvi de uma mulher de cinquenta e poucos anos: “Nunca amei ninguém na vida. Tive momentos de encantamento, mas amor, só pelos meus filhos”. Fiquei triste por ela. Porque eu, com vinte anos a menos, me orgulho muito de ter me permitido amar intensamente.

Débora - A Descasada

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O ciclo das divorciadas

“Fiquei com um baby de 22 anos na balada ontem. Hahaha!!!!”

O barulhinho do torpedo, enviado por volta do meio-dia de um sábado qualquer, me fez acordar curiosa. Era uma amigona, separada há uns seis meses, me contando o que tinha aprontado na noite anterior. Mal sabe ela o quanto eu gostei de ler aquela mensagem. Aquelas poucas palavras me fizeram ter certeza: minha querida chegou à fase 2 do ciclo das divorciadas, que bom. Não entendeu? Bem, tendo a mim mesma como referência, além de várias amigas que viram seus casamentos terminarem, posso concluir que, no fim das contas, o processo do divórcio traz experiências bem parecidas para todas nós. Etapas que, do ponto em que me encontro, eu resumiria assim:

Fase 1: O baixo-astral. Paralisadas, não temos outro assunto além do fim daquela história, da ansiedade por ouvir quem já passou pelo mesmo processo, do querer saber por quanto tempo mais a gente vai pensar nisso 20 horas por dia, além dos sonhos que a gente tem nas cinco horas em que consegue dormir.

Fase 2: A pegação. Resolvidas a virar a página, decidimos aproveitar a vida. E fazer regime, e ficar lindas, e pintar as unhas de vermelho. Nos permitimos agir como meninas descobrindo a balada e os homens. As noites voltam a ficar curtas, só que agora porque a gente está na farra. Uma covardia com as outras a gente querer ter 18 anos tendo a experiência dos 30, não perdoamos ninguém.

Fase 3: Apaixonada outra vez. Acontece sem que a gente espere, geralmente do jeito mais imprevisível. E lá se vão os nossos nervos de aço pro chão outra vez. Sim, dona pegadora, não há nada que você queira mais do que ser de um só outra vez. Que programa tira você de casa agora, hein? Uma divorciada apaixonada, que acabou de começar a namorar, não está nem aí para o resto do mundo. E se joga ao sabor dos ventos de um amor novo. E arrebatador....

Fase 4: Tem alguém aí para completar a lista? A mocinha aqui se encontra no estágio 3, mas está muito curiosa para saber o que vem depois. Contem-me tudo, meninas mais experientes do que eu.

Debs, Cris, Geo, Robert e Margarete: vocês são as divorciadas mais incríveis do Brasil. Muitos beijos.

Isabela – A Divorciada

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A enfermeira e o doutor

Eles se olhavam com paixão. Era evidente. Dançaram coladinhos a noite toda. Conversaram e trocaram sinais pelo olhar. Quando ela dançou com outros – e foram muitos outros que a convidaram – ele ficou meio sem saber para onde ir, para onde olhar. Ficou enciumado. E decidiu ir embora cedo sob o argumento de um plantão pesado no dia seguinte. Ela ficou chateada. Quando saímos da balada, eu apertei: vocês estão gamados um pelo outro, não? E ela me disse: não dá, não posso, ele é noivo. E então me contou que há tempos que eles cultivam essa amizade colorida, que ele já lhe confessou que nada mais sente pela noiva de cinco anos, que ele já até tentou morar com ela e eles quase se mataram, mas que seguem com a proposta de casamento porque “as famílias muito se gostam e apostam muito nesse casamento”. Contou também que às vezes eles ficam das 21h até as 2h da manhã conversando pelo MSN – coisa de gente muito apaixonada. Fiquei chateada pela enfermeira. Um amor que não pode ser vivido por causa das convenções. E fiquei com pena do doutor, que vai se meter numa roubada até que a morte o salve por puro medo de ser feliz.

Débora - A Descasada

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Um mau ano

E, finalmente, o terceiro lugar. Emílio Yamane e sua história de uma paixão não correspondida.

Devo começar dizendo que não foi um período de 365 dias muito agradável, afinal, não herdei nenhum vinhedo no sul da França. Algumas coisas aconteceram, marcantes pra mim, sem dúvida, mas que dependendo da definição de "especial", podem ser assim classificadas ou não.

Em outubro do ano passado eu era apenas mais um carinha mediano poraí. Ia pro trabalho, ia pra academia, fazia curso de línguas (japonês, só pra não dizer que era totalmente "padrão"). E mais importante de tudo: estava apaixonado. De verdade. Coisa rara pra mim (até agora, nesta vida, contam-se duas vezes).

Aí acabei passando em um concurso, mas pra outra cidade, Curitiba. Salário melhor, trabalho melhor. E eu não fui. O motivo "oficial" é que eu não quis mudar da pacata Floripa pra cosmopolita Curitiba. O motivo de verdade é que nessa época eu ainda tinha esperanças idiotas.

Nessa mesma época, acabei fazendo algo inédito (pra mim, claro, pra tanta gente é coisa tão banal...). Me declarei pra 'ela'. E como já esperado, levei um fora. Com aquele terrível papo de "você é uma pessoa especial", "vamos ser amigos" etc... Na época, até tentei. Como diria o Chaves, "que burro, professor, dá zero pra ele". Certas coisas simplesmente não funcionam.
Sabe, um pedaço de mim morreu naquela hora, mas eu só vim a ter consciência disso depois de uns tempos...

E assim, as coisas foram se tornando insípidas, sem graça nenhuma. Aos poucos, parei de fazer quase tudo o que era da minha antiga rotina, exceto ir trabalhar (afinal, preciso do dinheirinho todo mês). Ir trabalhar, se não era tão mal assim, se tornou um suplício, pois trabalho na mesma empresa que ela.

Me tornei (mais) mal-humorado do que de costume, nervoso, com raiva do mundo. Pessoas lidam com a tristeza de diferentes maneiras, a minha maneira é transformá-la em raiva. Como parei com a academia e de fazer qualquer outra coisa, engordei uns 10 quilos. Deixei a barba crescer,toda desgrenhada, assim como o cabelo. E principalmente, deixei de acreditar. Em esperanças, em tudo.

Nessa época, comecei a assistir o seriado do House. Me identifiquei muito com o personagem, especialmente pela infelicidade que o acompanha. Se bem que não considero 'infelicidade' a melhor palavra para tal, prefiro a palavra 'miséria', que em português geralmente as pessoas associam mais ao aspecto financeiro, mas que expressa melhor o que o House é (ou era): um miserável, no sentido mais amplo da palavra.

E assim como o House (spoilers!), uma hora a gente tem que deixar de ser (pelo menos tão) miserável. Não é fácil, e nunca vai ser como era antes.

Van Gogh disse, usando suas últimas palavras, que "a tristeza durará para sempre". Apesar de não ser acalentador, nem reconfortante, eu concordo com ele. Esse tipo de tristeza a gente leva pra sempre, mesmo que guardada numa caixinha escondida lá no fundo. Mas não, eu ainda não guardei a minha numa caixinha.

E chegando aqui, percebo que não sei como terminar esse texto. Queria poder dizer que tudo vai passar, que tudo vai melhorar, mas não acredito mais nesse tipo de palavra. Mas também não queria terminar o texto muito deprê (de deprê, basta eu).

Então, vou terminar o texto com um desejo: de que pra você, tenha sido um bom ano. Com ou sem uma boa safra de vinhos.

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O casamento com meu melhor amigo

O segundo lugar, Fernanda Gomes de Sá Paulo Poli, e seu texto (um tanto sensato) sobre casamento.

Em um ano a gente consegue redesenhar nossa vida de uma maneira tão incrível que jamais admitiríamos sonhar antes.

Colocando como ponto de partida meados do ano passado, posso dizer que mudei de casa duas vezes, enfrentei a doença do meu pai, planejei meu casamento e casei, perdi meu pai, investi em minha vida como advogada, desisti temporariamente do jornalismo, vi minha mais nova sobrinha nascer, assumi incumbências no comércio. Fora alguns contratempos que eu e meu marido merecemos ter tido porque não soubemos escolher nossos ex. Bem, pelo menos eles são ex!

Prendendo-me ao fato casamento, no entanto, creio que fazer um ano de casada foi uma vitória e tanto.

Apesar de concordar que é difícil encontrar um amor de verdade, acredito que manter esse mesmo amor é que são elas.

Quando a gente casa passa a dividir a própria vida com o outro. Conhece, verdadeiramente, suas manias e chatices, seus pontos fracos e ou aprende a lidar com todo esse excesso de informações ou abandona o barco.

Casar é muito bom, mas não é fácil.

Eu tive que me habituar, entre outras coisas, a acordar com o cachorro me lambendo, a caçar meias e cuecas pela casa, a perder completamente o domínio sobre a programação de TV. Mas aprendi que a vida pode ser bastante divertida quando a gente consegue enxergar o companheiro como um parceiro e passa a viver ao lado de alguém que é, em primeiro lugar, seu amigo. Alguém com quem a gente pode sentar do lado no boteco e passar horas a fio falando bobagens, discutindo novela, esporte e admirando como a vida pode ser bacana quando os dois se esforçam para isso.

Talvez, almas gêmeas não tenham tantas diferenças quanto nós dois temos. Ou não. Fora que deve ser extremamente chato viver com alguém exatamente igual a você. E improdutivo também.

Aconselho minhas amigas a arriscar. Casar não é uma loteria. É um teste de paciência! Dois tentando ser um e um todo querendo respeitar a individualidade de dois.

Acho que a Nicete Bruno já quis enforcar o Paulo Goulart muitas vezes. Mas duvido que conseguiria pensar em ter outra vida sem ele. Sempre penso em enforcar meu marido, mas ele tem sorte de conseguir me fazer rir antes que eu chegue às vias de fato.

Primeiro a gente aprende a dividir com os irmãos. Depois a gente aprende a abrir concessões com o marido.

O casamento é uma viagem, com momentos muito difíceis e outros tantos inesquecíveis que eu sei que jamais viveria se não tivesse me aventurado.

As pessoas são únicas e a gente demora para aprender a entender cada uma delas, principalmente aquelas com as quais convivemos intimamente. E é essa a graça de casar.

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O meloso, o fofo e o amor por mim mesma

Com vocês, Cibelly Goulart, primeiro lugar da nossa promoção, e sua saga dos últimos 365 dias.

Em 11 de novembro de 2008, eu estava com 24 anos, trabalhando e vivendo um amor um tanto meloso fazia sete meses - que já estava começando a me irritar. Nesse dia eu ganhei uma aliança enorme que tampava metade do meu dedo e estava sendo forçada a pensar em uma data para o nosso noivado (ele era um tanto apressado). Com tanta coisa me incomodando e a partir da decisão de que nunca mais eu iria ficar calada quando algo me perturbasse - baseada em relacionamentos anteriores - eu resolvi abrir o jogo com o “Ser” e falar tudo o que eu não aguentava mais.

Ouvi desculpas e pedidos de compreensão, além da frase “eu te amo tanto que só não ficaremos juntos se você acabar com tudo”. E eu, tonta que sou, resolvi dar mais um tempo e ver se as coisas melhoravam. No início de dezembro, num belo domingo, o “Ser” me chama para conversar. Diz que por motivos financeiros terá que voltar para a casa dos pais em Minas Gerais e pergunta se estou disposta a namorar à distância e nos vermos a cada 15 dias. Lembrou-me ainda de que precisávamos pensar em guardar dinheiro pra casar etc. Confesso que fiquei em estado de choque e que não sabia se estava preparada para tudo aquilo, principalmente para planejar o casamento.

E eis que uma semana depois – sim, caros leitores, apenas uma semana depois - o mesmo “Ser” que jurou amor eterno termina nosso namoro por MSN. Eu, nos primeiros dias, fiquei péssima, ainda mais porque isso ocorreu na mesma semana em que minha irmã passou por uma cirurgia e que minha conta bancária foi clonada. Sim, é como dizem, sempre vem tudo de uma vez. Chorei tudo o que tinha pra chorar e resolvi dar um rumo para minha vida. Em vez de curtir minha fossa ou me acabar numa balada, resolvi me arrumar mais, me levar pra passear, me levar ao cinema - foi um momento de superação entrar no cinema apenas com minha Coca-Cola e meu pacote de pipoca.

Passei a me valorizar mais e poucos dias depois eu já estava ótima. Criei um blog, encontrei o 3xtrinta e fiquei me perguntando por que havia começado a namorar uma pessoa tão confusa e dependente. Pra melhorar ainda mais meu humor, no final do ano a minha orientadora se ofereceu para orientar meu Doutorado. Eu faço aprimoramento em um Instituto de Pesquisa. Isso foi o máximo! Amo o que faço e ter meu esforço reconhecido foi como uma explosão de fogos de artifícios.

E assim acabou meu ano de 2008. Iniciei 2009 com o pique total, muito trabalho, muito estudo, muito esforço. Deixei minha vida emocional um pouco de lado e me dediquei totalmente à vida profissional. Passei boa parte do meu tempo lendo artigos, escrevendo resumos e projetos, até que surgiu a oportunidade de participar de um congresso em Salvador e mostrar um pouquinho do que tinha feito. Quando todos do meu laboratório desistiram de ir para o congresso veio a grande dúvida: será que eu vou sozinha? Sozinha? Para uma cidade que não conheço? Decidi ir. Peguei o avião (minha primeira viagem de avião!) e desembarquei em Salvador!! Salve Salvador!

Que cidade maravilhosa. Amei aquele lugar, que cá entre nós, tem uma magia diferente no ar.
O congresso foi muito bom, mas o resto da viagem melhor ainda. Depois de tempos me escondendo de todos que se aproximavam de mim, foi preciso ir a Salvador para me dar a chance de conhecer um cara legal que, por coincidência (ou não), mora em uma cidade próxima da minha. E a faculdade na qual estudei durante cinco anos fica na rua dele. Ele estava lá a trabalho e ficaria por mais um mês e meio ou dois.

Após conhecê-lo, fugi dele por um dia e meio (puro medo, afinal, ele já tinha mexido comigo). Depois de muita paciência e umas três horas de um papo muito bom, me rendi. Um cara diferente de todos que já fiquei. Um fofo escondido atrás de uma cara de durão. Foram os melhores três dias do meu ano. Com direito a matar um dia de serviço (ele) e de congresso (eu).

Difícil foi voltar pra Sampa. Voltei a minha vida de trabalho, com o telefone e o e-mail do carinha na minha agenda e a grande dúvida: ligar ou não ligar? Eis a questão! Não liguei, mas mandei um e-mail para não ficar assim tão desinteressada – e isso também foi uma superação. Ele deve voltar pra cá ainda esse mês, quem sabe... Se vamos nos encontrar e se vai rolar algo, eu não sei. Mas aquela viagem foi muito boa. Descansei minha cabeça, exercitei outras partes do corpo e voltei com o pique todo novo para continuar minha jornada de trabalho.

O ano já está quase acabando e hoje me sinto realizada. Me livrei de um encosto, aprendi a gostar mais de mim, me permiti viver uma paixão e continuo trabalhando com muito amor pelo que eu faço.

2009 está sendo muito bom, mas 2010 promete.

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Resultado da promoção!

Em primeiro lugar, gostaríamos de agradecer a todos que participaram da nossa promoção de um ano de blog! Mas, gente, preciso confessar uma coisa para vocês: eu gostei de todos os textos!! Para uma geminiana indecisa e confusa como eu, foi difícil escolher apenas três. Sorte a minha ter ao meu lado duas mulheres decididas e práticas como a Bela e a Gio.

Então, vamos aos felizardos:

1º lugar - Cibelly Goulart
2º lugar - Fernanda Gomes de Sá Paulo Poli
3º lugar - Emílio Yamane

Agora, conforme nosso super regulamento, Cibelly precisa entrar no site da Biodolce, escolher cinco produtos, e no site da Essência para escolher um livro.

Fernanda e Emílio também devem entrar no site da Essência. Fernanda escolhe três livros e Emílio, dois.

Enviem para a gente suas escolhas e não se esqueçam de mandar o endereço também!

Os textos premiados serão publicados ao longo dos próximos dias.

Obrigaduuuuu!!

beijocas

Débora - A Descasada

ps: nós gostamos tanto de tantos textos que temos uma proposta para vocês que participaram e não ganharam: podemos postar suas histórias?

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O expurgo de 2009*


Uma galera vestida de branco invade o Credicard Hall. O Reveillon antecipado era, na verdade, a gravação do Show da Virada da Globo. E, sim, eu estava lá naquele micão. Mas veja bem: de camarote, tomando espumante e comendo presunto Parma. Olhando o show bem de frente e de cima. Sem nenhum risco de ser filmada. Mas, também, se fosse, iria mais era mandar um “Manhêeeee, te amo! Feliz 2010!!!”. Ou então erguer um cartaz escrito: “É a turma de Osasco no Reveillon da Globo!!”. Eu sou da teoria de que se é para avacalhar, bora pagar o mico completo.

E o show começa com CPM 22. Puxa, essa banda tá durando, não? Depois vem mais um monte de banda parecida. Canto junto com NX Zero aquele hit que eu jurava que era do CPM 22: “Sei que um dia a gente vai se encontrar, tenho certeza numa bem melhooooor”. Aí vem o Skank e canta umazinha só! Poxa, podiam ter dado o direito de mais um playback para eles. Daí em diante o negócio foi ficando cada vez mais divertido. E eu, cada vez mais bêbada.

Percebo que não conheço as músicas da moda. Sejam elas pops ou sertanejas. Estou ficando velha. Mas eis que entra Claudia Leitte (é com dois Ts, né?) e ataca de Michael Jackson. Pô, não é que foi divertido? Quem nunca sonhou em fazer a coreografia de Thriller? Me acabei de rebolar com Calcinha Preta com o hit do ano – você não vale nada mas eu gosto de você – e confesso que chorei cantando com o cutoco-Daniel: “Meu amoooooor, ah se eu pudesse te abraçar agora, poder parar o tempo nessa horaaa”. Ah, a bebida é uma merda.

Latino e Perla? Rick Valen? O que é isso, Deus meu? Quando o Belo entra no palco eu digo a mim mesma que aí já é demais e vou respirar no sofazinho do camarote ultra mega vip. KLB chega e eu penso: desses aí eu não conheço nada mesmo! Mas...opa...isso me soa tão...90’s! Bon Jovi!! Aí eu solto a voz: “IT'S MY LIIIIIIIFE, IT'S NOW OR NEVER, I AIN’T GONNA LIVE FO-RE-VER”. Ooops, denunciei minha idade agora. (Reparo que meus coleguinhas de camarote eram criancinhas nos anos 90).

A Claudia Leitte volta e faz a farra. Numa noite de playbacks, ela arrasa na espontaneidade e chacoalha a galera. Mesmo tendo que repetir tudo na sequência. A galerinha do camarote se empolga e extravaaaasa. Zeca Pagodinho entra e eu descubro que te amo demaaaaais. E eis que chega a grande e última atração da noite: Victor e Leo e seu pout-porri "Deus-e-eu-no-sertão-Borboletas-sempre-voltam-e-Sempre-fui-um-grande-amigo-seu". Ah, essas eu sei todas!

A gravação acaba. O vestinho branco tomara-que-caia usado no último Reveillon se comportou bem. E eu também, apesar de altinha. Foi a noite mais brega da minha vida. E também uma das mais divertidas. E assim, em plena terça-feira de um dia qualquer de novembro, comecei a me despedir de 2009.

Obrigada, Zuzu! Obrigada, chefinho! Obrigada, estagiária!

Débora – A Descasada

ps: Du, valeu pela carona...no meu próprio carro! Há!
*agora com foto e com os devidos agradecimentos!

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Sobre cuecas na gaveta das calcinhas. Ou vice-versa...

Se encontraram por acaso, saíram poucas vezes e se divertiram muito. Enquanto o cara tomava banho, ela entreolhou o guarda-roupa com a porta encostada. O convite para dar uma espiada foi irresistível. Levantou, abriu a porta e tomou um susto. Estava tudo milimetricamente no lugar, sem exceção.

Camisas impecavelmente passadas e dependuradas na arara. As gavetas eram de dar inveja a qualquer um com ph.D em organização. Cada camiseta estava dobrada exatamente do mesmo jeito, a maioria da cor branca, tinindo de limpas. As meias ocupavam parte de uma das gavetas, todas agrupadas num canto, um grupo de bolinhas branquinhas, iguais flocos de neve. Um gato ali iria ter motivos para se esbaldar por meses.

O cara era organizado e de raciocínio analítico e o guarda-roupa era o raio x mais fiel de sua personalidade. Fechou a porta, voltou pra cama e viu na parte debaixo do criado-mudo o livro de cabeceira; que atendia pelo instigante título de "Matemática Financeira". Abriu o compêndio e fechou na mesma hora. Só de imaginar aquele assunto, sentiu um tédio enorme.

Sei lá, mas teve a estranha sensação de que suas calcinhas jamais compartilhariam o mesmo espaço daquelas cuecas. Era tudo arrumadinho demais para o seu gosto. Não havia espaço para erro, para algo fora do lugar, para o acaso. Ali, o acaso de uma camisa escorregar do cabide, de uma meia ir parar no meio das cuecas, de qualquer coisa que pudesse estar fora do lugar. Aquela arrumação toda era perturbadora.

Só que naquele instante, este pensamento não ocupou a cabeça por mais de cinco segundos. Tempos depois, quando tudo terminou, aquele guarda-roupa disse mais que qualquer palavra. Dizem que homens solteiros quando são organizados se tornam mais maníacos por arrumação do que as mulheres em situação semelhante. É, pode ser...

Giovana - A Solteira

PS: este post foi inspirado num artigo enviado pelo Gerassimos, que já foi entrevistado aqui. Gera, obrigada pela dica! :O)

PS: Confira o artigo neste link.

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Casamento no automático

"Conversamos poucos dias antes do casamento. Ele estava mal, desanimado. E disse que só ia casar porque era mais fácil se separar depois do que terminar tudo em cima da hora". Essa é mais uma da série "as verdades que a gente escuta nas mesas de bar". Um comentário que eu ouvi ontem, sobre pessoas que sobem ao altar sem empolgação, no automático, para ver no que dá depois, mesmo achando que pode dar em nada.

A análise da Divorciada: meninos e meninas, não casem, jamais, se não estiverem absolutamente felizes da vida com a relação. Mesmo com toda a esperança do mundo pode ser difícil, decepcionante. Imagine sem!!!!!!! E não, definitivamente, não é mais fácil terminar depois do que cancelar uma festa. Por mais complicado que isso seja.

E tenho dito.

Isabela - A Divorciada

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Saldo positivo

Na casa das quatro mulheres o final de semana rendeu para todas. Dona Lucinda fez uma viagem romântica por vinhedos com seu esposo. Lilica fez consulta de madrugada com o dentista. Claire Marie conheceu o lado mais moderno e intenso do Marrocos. E a balzaca atacou de supernanny.

Débora - A Descasada

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O cálculo do desbunde

A silhueta ainda não tinha voltado a forma. Mas o cigarro sim. "Pois é, voltei. Mas só fumo à noite". A balzaca estava feliz, tinha acabado de ser mãe. O rebento tinha só um mês, é a cara dela e estampa a tela do celular. Claro que a nossa heroína saca o aparelho na menor chance que tem de mostrar o filho. Está curtindo o seu momento.

"Ué, mas você ainda amamenta?", pergunto. O leite tinha secado. Aí, ela voltou a fumar. Será que foi a frustração de não poder mais dar o peito para o bebê? Fiquei meio sem graça de perguntar.

A criança foi planejada, depois de sete anos de vida em comum. Típica história onde tudo se encaixa. Ela e o marido desbundaram até não poder mais. Quando encheram o saco e viram que iam ficar juntos mesmo, resolveram embarcar na aventura dos filhos. Nem enjoo ela sentiu na gravidez. E, para completar, ela diz ser o pai e chama o marido de mãe. O pai da criança é artista e faz de um tudo, se bobear, até melhor que ela quando o assunto é cuidar do pequeno. O casal encontrou seu ritmo.

Agora, ela rolou de rir mesmo quando resolvi fazer umas continhas básicas. Reparem: ela e o marido desbundaram sete anos e depois resolveram ter o bebê. Jogando isso para a minha quilometragem isso significa que teria que conhecer alguém tipo ontem, para desbundar sete anos e ter o primeiro filho aos 40. Aglupt! Engulo em seco.

Diante da matemática do absurdo, nada como fazer algumas ressalvas na hora de passar da teoria à prática. "Ah, mas você tem tempo! Desbunda dois anos e tenha filhos a partir dos 35." Reduzindo a vida a pura aritimética parece tudo bem mais simples não é mesmo?

Giovana - A Solteira

PS: vejam que interessante essa calculadora abaixo, rs.

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O sorvete de 2 euros

Sexta-feira à noite, eu e Adri, minha companheira de viagem, estamos na fila da sorveteria Old Bridge, em Roma. Enquanto penso nos sabores que vou pedir, tenho um súbito peso na consciência e decido ficar com a menor porção do gelato, que custava 1,5 euro, não a de 2 euros, um pouco maior, que eu vinha pedindo desde o início da viagem.

"O que? Você vai pedir o menor? Essa não é a Isabela que eu conheço".

A Adri não precisou fazer muita força para me convencer a me jogar naquela delícia. Às vezes, é muito bom ter por perto alguém que nos lembra quem nós realmente somos quando a gente esquece. Obrigada, amiga. Os gelatos italianos, como você bem sabe, valeram todas as calorias ingeridas. E até o regime que eu estou fazendo agora, hahaha!!!!

Bom final de semana. E muito sorvete procês.

Beijos,

Isabela - A Divorciada

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Eu confio

"O-Negai Shimasu". Com essa expressão e um cumprimento, iniciamos o treino com o colega no Aikido. É um ritual repetido diversas vezes durante um único treino. Inúmeras vezes em uma vida dedicada à prática. E mesmo que já me pareça quase automático, ainda considero um dos momentos mais lindos da aula.

A expressão tem dois significados. Um deles é "por favor". E se quiser deixar mais bonitinho, pode pensar assim: "Por favor, conceda-me o prazer desta luta". Mas o outro significado, tradução literal da expressão, é ainda mais profundo. "Eu entrego minha vida em tuas mãos". Não é lindo isso? Eu fico emocionada toda vez que digo e que escuto. Significa que, a partir daquele momento, você confia plenamente no colega. Ele não vai te machucar, não vai te ferir. Vai treinar com você vigorosamente, mas te preservando.

Eu confio muito nas pessoas. Até naquelas que não conheço. O Charlie (meu ex-marido, para quem não se lembra), costumava dizer que eu sempre parto do princípio que as pessoas são todas confiáveis. Depois, aos poucos, vou desconfiando caso se mostrem pouco fidedignas. E que ele é o contrário: primeiro desconfia e, aos poucos, vai baixando a guarda. Ele brincava que tinha medo de um dia chegar em casa e eu ter acolhido uns desabrigados ou levado uns desconhecidos para jantar.

Acho o procedimento de Charlie mais seguro. E mais saudável. Mas não sei ser assim. Nasci dizendo O-Negai Shimasu à vida. E pago um preço alto por isso. Porque se eu confio até nos mais carrancudos, que dirá naqueles que me abrem os braços ou me estendem a mão? Se alguém me diz "eu te amo", eu acredito. E confio. E me entrego. Se alguém me diz "eu te ajudo", eu acredito. E confio. E me entrego. Porque quando me dizem isso, é como se estivessem dizendo: pode vir, eu estou aqui e te ajudo a segurar a onda.

Talvez porque eu seja assim, acredito que os outros também vão ser. Quando estendo minha mão, abro meus braços, minha casa, minha vida. Meus sentimentos. Algumas leitoras do 3x30 já perceberam isso. Desconhecidas distantes me agradecem pelas minhas palavras e me contam suas histórias. Eu, sem cerimônia, conto a minha de volta. Nessas, fiz uma grande amiga virtual. Sou também a que mais fala da vida pessoal aqui nesse blog. Minha irmã briga comigo. Diz: "Ah, já dividiu isso com seus 400 leitores diários?" (São trezentos. Ela exagera)

Passei minha vida me cobrando para ser mais fechada. Mais reservada. Não me abrir tanto para quem não conheço, nem que fosse para preservar ao menos aqueles que estão a minha volta. Esse ano eu tomei umas pauladinhas educativas nesse sentido. Me serviram para mostrar muita coisa. Principalmente que nem todo mundo segura a onda. Nem todo mundo tem força o suficiente para lidar com os sentimentos e continuar estendendo o braço. Que ninguém é mesmo 100% altruísta, benevolente. E não é que eles mentiram quando se mostraram confiáveis. Mas que são humanos. E humanos erram, tropeçam, têm medo, se traem. Humanos recuam.

Mas eu, estranhamente, continuo dizendo O-Negai Shimasu.

Eu confio.

Débora - A Descasada

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Agora é oficial

Agora é oficial: sou uma mulher divorciada. Já me explico: quando este blog nasceu, em outubro do ano passado, o meu estado civil, segundo a legislação brasileira, era “separada consensualmente”. O divórcio, divórcio mesmo, os papéis finais, saíram há pouco mais de um mês. Já posso até casar de novo! Lembro bem que, na primeira reunião sobre o 3xtrinta, uma das meninas perguntou se eu não preferia assinar “A Separada” simplesmente. De cara, achei que não cabia: o meu sentimento em relação ao meu antigo relacionamento já era, naquele momento, de ruptura total, de quebra, ponto final, já era. E, como sempre me disse o meu amigo Nivaldo, divorciada é uma nomenclatura poderosa. Era, tinha que ser, a minha assinatura aqui.

Ter resolvido as últimas pendências do babado me trouxe uma sensação de alívio. E a oportunidade de refletir, mais uma vez, sobre tudo o que aconteceu, sobre como a vida mudou, felizmente, para melhor. Sobre como eu sou uma mulher mais madura, mais alerta ao comportamento do outro, mais pé no chão. Uma mulher sem certezas absolutas e planos mais que definidos (sim, eu já acreditei em certezas absolutas, a própria Alice vendo o mundo em cima do cogumelo no país das maravilhas).

Agora, vale a intensidade do que trago no coração, o amor saboreado a cada dia para que, assim, o hoje se multiplique por muitos e muitos dias mais. E a vida valha a pena. Sempre vale, quando a alma não é pequena. E a gente recebe de braços abertos as reviravoltas que cruzam o nosso caminho.

Isabela - A Divorciada

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A Uniban desistiu de expulsar a loira

A última da novela da Uniban, onde, no campus de São Bernardo do Campo, a estudante Geisy Villa Nova Arruda, de 20 anos, foi hostilizada em 22 de outubro por assistir aula usando um vestido curto. No último final de semana, Geisy foi expulsa da instituição, que decidiu readmiti-la ontem, sem dar maiores explicações para o recuo. Sabe-se apenas que a decisão foi do reitor Heitor Pinto Filho.

Antes tarde do que nunca, é vero, menos mal que eles tenham mudado de ideia. Agora, fica claro, claríssimo, que o anúncio foi baseado na péssima repercussão que o caso teve. Prevaleceu o medo de ter a imagem manchada e ainda ter que dar explicações a órgãos como o Ministério da Educação, por exemplo. Como se isso já não tivesse acontecido!!!! Como se a Uniban já não estivesse marcadíssima por esse episódio de volta à Idade Média, ao tempo em que uma mulher era punida e julgada pela roupa que vestia.

Outro ponto que me chamou a atenção: na tarde de ontem, durante um protesto na porta da universidade contra a expulsão, que ainda não havia sido revogada, os manifestantes foram vaiados por alunos da instituição, que diziam quer apenas “estudar”. Ou seja, a lógica que fez Geisy ser colocada para fora após ser agredida encontra respaldo entre alguns alunos (prefiro acreditar que esses não sejam maioria).

A universidade promete, para a próxima sexta-feira, a realização de um debate em torno do assunto. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) vai participar. E já se ofereceu para fazer a ponte entre Geisy e a Uniban. Pois tomara que a discussão aconteça mesmo. E de forma limpa, democrática, respeitosa. Que seja uma chance para conversar de forma ampla sobre o linchamento moral pela qual a estudante loira do vestido vermelho tem passado desde 22 de outubro. Um fio de esperança de que não sejamos tão selvagens assim.

Estamos de olho.

Isabela – A Divorciada











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Tic tac...tá acabando o tempo!!

Mandem seus textos da nossa promoção de um ano até quinta (dia 12)! Já recebemos vários textos beeeeem legais. Mas queremos muito mais!!

=D

beijocas do trio

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É verdade: eu detestava buffet infantil...







...até eu descobrir o que é bão!!! Flagrantes do aniversário de um ano da minha sobrinha Marina.
Débora - A Descasada

ps: pelo visto eu não fui a única a me divertir, hehehe

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Expulsaram a loira da Uniban

Acabo de ficar sabendo que a estudante Geisy Villa Nova Arruda, de 20 anos, do curso de Turismo do campus da Uniban em São Bernardo do Campo, foi expulsa pela universidade. Para quem não lembra ou não ficou sabendo, Geisy é a moça do vestido vermelho, alvo de xingamentos e que se viu em meio a um tumulto generalizado envolvendo os cerca de 700 estudantes que se encontravam no prédio da instituição no dia 22 de outubro, só por ter ido à aula usando um traje curto. Quando a confusão veio à tona, escrevi um post sobre o assunto aqui.

Pois é, bem-vindos à idade média. Se a única coisa que poderia ter sido feita para encerrar esse episódio com um mínimo de dignidade, que seria a punição rigorosa dos agressores de Geisy (um grupo entre seis e oito alunos será suspenso apenas), foi ignorada, o que esperar da humanidade? A vítima foi a maior penalizada pelo caso. Além de ter sido hostilizada e ouvido gritos de “Pu-taaa, Pu-taa!” e “Vamos estuprar!” em plena faculdade, ela ainda foi expulsa!!!!!!!! Dá para acreditar???????

Os argumentos da Uniban? A aluna frequentava a universidade com “trajes inadequados”, “fez um percurso maior do que o habitual, aumentando sua exposição pública e ensejando, de forma explícita, os apelos de alunos” e “buscou chamar a atenção por conta de gestos e modos de se expressar”.

Eu ainda não acredito que Geisy foi expulsa porque usava roupas curtas. E porque, na cabeça dos responsáveis pela instituição, isso dava o direito à manifestação dos “apelos dos alunos”. Em todas as faculdades que eu já frequentei, mulheres de diferentes idades usam saias, vestidos e shorts bem acima dos joelhos. E daí? Só para lembrar, estamos no Brasil, país onde, felizmente, temos uma relação muito saudável com o corpo, e reforçando o óbvio, faz calor.

O que não dá para aceitar é o uso de argumentos frágeis para esconder o caráter machista da coisa, a violência contra a loira do vestido vermelho. E, por tabela, contra todas as mulheres. O 3xtrinta repudia a atitude da Uniban, que terá sua imagem manchada para sempre por conta do episódio, os selvagens que ao invés de estudar foram para os corredores gritar contra Geisy e qualquer um que ache que uma jovem de vestido curto dê o direito aos outros de se voltarem contra ela.

Isabela – A Divorciada

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Pronto para uma nova corrida

A corrida era do trabalho para a aula de espanhol. Atrasada como de costume, me meti no táxi e telegrafei o endereço de destino. Dei um minuto para tomar ar e engatei um "moço pode ligar o ar e o rádio?" Não sei porque os táxis aqui de São Paulo acham que não faz calor aqui nesta cidade. Parece que as temperaturas próximas as do Inferno são prerrogativa do Rio de Janeiro...

Aos poucos, percebi que o motorista era um senhor, educadíssimo por sinal, e de fala muito tranqüila. E também que o banco de táxi era um divã para ele. Pois em apenas três quadras já soube que era taxista havia uns cinco anos, adorava o trabalho e encerraria a sua carreira por ali mesmo.

Antes do táxi, foi alto executivo de uma multinacional de brinquedos por quase três décadas. Com a venda da empresa no início dos 90, entrou na lista dos demitidos em massa. Abriu um negócio próprio e, pelo que contou, bem próspero. Confesso que até o momento aquele papo era um monólogo que entrava por um ouvido e saía pelo outro. Só que isso foi até ali.

Com a morte da esposa, ele entrou em desgosto. Vendeu tudo, viveu um luto de três anos e depois casou de novo. "Sabe, homem não nasceu para viver sozinho. Nem homem, nem mulher. O ser humano é um ser gregário. Mesmo assim, é necessário tempo para se acostumar com a nova companheira. Já vai fazer nove anos que perdi a minha esposa."

A última frase me deixou sem fala. O tom de voz do taxista tinha sido melancólico desde o começo. O final da conversa fazia referência à esposa morta. Digam o que quiserem, ele ainda não esqueceu o grande amor. O cerne de tudo está ali. E isso não quer dizer que ele não goste da atual esposa.

Vi ali o reconhecimento de algo bonito, que deixa saudade quando acaba e tem o seu devido lugar dentro da alma. Assim como enxerguei, coexistindo ali, uma força que é inerente a todos nós: a do recomeço mesmo que seja a duras penas. Ele deu oportunidade a si próprio de não morrer junto. Tenho certeza de que não se arrepende e é feliz com a vida que segue. Sábias decisões as do senhor de fala mansa.

Giovana - A Solteira

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O carnezão de 60 e a pressa da vida

Na semana passada eu vivi uma situação que não esperava. O passado bateu à minha porta e eu e a minha porta ficamos um bocado surpresas. Minha cabeça ameaçou dar nó e me cobrar uma posição, uma resposta àquela nova (velha) situação. Mas aí cheguei em casa e olhei o carnê de 60 parcelas do meu carro, o Tião. Olhei de novo, folheei aquelas páginas que me levam até novembro de 2014, e pensei: qual é a pressa? Por que tenho essa mania de querer resolver as coisas no ato? Tenho cinco anos para pagar o carro. E em cinco anos terei 35 anos. Estarei longe de ser caquética. Terei uma vida e tanto pela frente. A não ser, claro, que o Barba me leve antes por motivos de força maior.

Esse ano eu tive pressa. Muita pressa. De fazer muita coisa. De resolver muita coisa. Agora, a dois meses do fim do ano, não sei nem o que vou fazer no Natal e no Reveillon. Não faço planos. E, pela primeira vez em meses, isso não me soa angustiante. Pelo contrário, parece é bem gostoso. Meu quartinho novo acaba de ficar pronto. Quanto tempo ficarei aqui? Não faço a menor ideia. Mas nesse exato momento, ele parece o lugar mais gostoso do mundo (e, pelo visto, para minha família toda também: eles não saem daqui!).

Esse ano tudo pareceu provisório. Meus relacionamentos, meus trabalhos, minhas moradas. Mudei duas vezes de casa. Carreguei malas para aqui e para lá. Tive tanta dúvida e chorei um rio São Francisco inteiro de lágrimas. E também dei muita risada. Estive, e estou, em permanente movimento. Me mexendo e recuperando o meu centro. Do movimento ao centro. E tô quase chegando lá.

Mas agora, toda vez que eu tiver pressa, volto a olhar pro meu carnezão de 60.

=)

Débora - A Descasada

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É preciso ser sexy

"É preciso ser sexy."

Ouvi a frase acima ontem, de um jornalista que explicava a outros jornalistas o que escutou de um consultor de internet num papo sobre como um site pode fazer sucesso no ciberespaço. O tal especialista defendia a tese de que, nesse caso, era preciso, em primeiro lugar, ser atrativo, interessente, bonito, feito com empolgação, gostoso de ver.

Eu concordo. E acho que essa lógica vale para muitas outras situações. É preciso ser sexy. E ter tesão, sempre. No trabalho, na vida pessoal, a sós, a dois, na frente do espelho, no meio da multidão. Sexy e melhor. Sexy e feliz.

Beijos,

Isabela - A Divorciada

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A herança da França e outras histórias

Três dias longe da civilização, da internet, só bebendo muita cerveja, à beira da piscina, ouvindo meus primos falando besteira e tendo alucinações com tatus gigantes, eis-me de volta! Posto um textinho que fiz na semana passada, antes de viajar. Não postado antes por pura falta de tempo.

beijos e boa semana!

Débora - A Descasada

Sábado de manhã, após minha primeira noite na minha velha nova casa, saí para caminhar com minha mãe e seus dois cachorros – o que exige mais braço que um treino de cinco horas de aikido. Conforme ia revendo meu antigo bairro, minha mãe ia contando as histórias das pessoas que ali viveram ou ainda vivem. “Tá vendo aquela casa ali? Então, a dona dela...”. Nessas, ela me contou várias histórias interessantes de mulheres que ela conheceu ao longo dos 30 anos que meus pais vivem ali. Divido com vocês as duas que mais me chamaram a atenção.

A primeira é a da mulher que um belo dia surtou, largou marido e filho, e foi viver na França. Ficou lá uns dois ou três anos e viveu uma grande paixão com um francês. Depois de um tempo nessa vida de fuga, decidiu voltar e tentar reconquistar marido e filho. Eles a receberam de volta e ela tocou a vida. Alguns anos depois, recebeu uma carta da França informando-a de que sua paixão francesa tinha morrido e deixado sua casa de herança para ela. Como ela nunca tinha contado nada do que se passara na França ao marido, deu um jeito de contornar a situação e recusou a herança. Anos depois ela se mudou para o interior para cuidar da mãe doente. A última notícia que mamãe teve foi a de que ela morreu logo após a morte da mãe.

A outra é mais triste. Uma japonesinha discreta e tímida já nem falava com o marido fazia anos. Nesse período de silêncio, arranjou um amante, também casado. Viveu anos com essa história paralela até que um dia o amante adoeceu. E ela não podia visitá-lo, nem sequer saber dele. Quando ele morreu, ela ficou arrasada porque não pôde se despedir. A agonia dela era tanta que acabou desabafando com a minha mãe, que ela mal conhecia, porque precisava colocar aquilo para fora.

Fiquei pensando o quão misteriosa pode ser a vida de uma pessoa que a gente vê saindo de casa logo cedo, para trabalhar, imaginando que a rotina dela é só um eterno ir e vir para casa. Quantos segredos, aventuras, mistérios e sentimentos podem conter o coração de pacatas mulheres suburbanas como essas duas?

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Sobre chacretes e mulheres-objeto


Aproveitei o feriado para ir ao cinema e ver Alô, Alô, Terezinha!, documentário de Nelson Hoineff sobre o Chacrinha. Estava curiosa para ver o filme, do qual nem gostei muito: achei superficial e pouco informativo, vale mais pelas imagens da época em que o apresentador fazia sucesso e pela bizarrice que eram os shows de calouros e apresentações musicais na tevê. Agora, se teve alguma coisa que me tocou na fita, foram as entrevistas com as chacretes. Aquelas que foram ouvidas pelo diretor devem ter lá os seus 50, 60 anos, não menos. Mas, até hoje, vivem presas à imagem de gostosas, ao estereótipo de mulher-objeto.

Eu não tenho nada contra o fato de uma mulher se achar gostosa. A gente tem que se achar mesmo, se amar! E isso inclui o corpo, por que não? Somos forma e conteúdo sim. A questão é que o tempo passa. E ninguém terá 20 anos para sempre. Assim, ver a ex-chacrete Índia Potira, hoje uma senhora fora de forma, rindo e dançando para as câmeras sem roupa, só com alguns acessórios, dentro de uma fonte de uma cidade do interior, achando que ainda é a boazuda de outrora, me pareceu uma cena bem deprimente.

Índia Potira, você não precisava dessa apelação. Imagino que, ao longo dos anos, tenha feito muita coisa boa, vivido, experimentado, trabalhado, viajado, casado, descasado, tido filho. Tudo bem se você não for mais jovem, quem disse que as mulheres não podem ser lindas na maturidade?


É triste, bem triste ver a máscara de mulher-objeto colada no rosto de uma senhora. Como se o passado fosse limitado à lembrança daquilo que um dia foi um corpo perfeito.

Isabela – A Divorciada

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Sobre o ter ou não ter

Outro dia, recebi a triste notícia que uma grande amiga havia se separado. A relação já durava quase uns dez anos, os dois tinham muito em comum, e ainda veio com um enteado super querido a tiracolo. Ela criou um laço com o menino, primeiros contatos na infância dele. Agora, o menino já é um adolescente e, tenho certeza, a separação não vai balançar a conexão entre os dois.

A novidade me lembrou de um papo nosso, coisa de um ano atrás, no qual ela falava sobre ter filhos. Durante muito tempo não pensou no assunto, aliás, protelou a decisão de sequer pensar na tema fraldas e afins o quanto pode. Na ocasião, com quase 40, vivia uma relação estável. À sua volta, todos os aspectos eram favoráveis para a vinda de um bebê. A surpresa foi que, mesmo assim, ela estava em dúvida. Será que desejava mesmo ter filhos? Se queria, já não tinha muito mais tempo, precisava resolver rápido e agir. O problema é que ela precisava de mais tempo.

Essa coisa de filhos deixa a gente sempre pensativa. Pensar no assunto é importante. Afinal, temos um relógio biológico e ele determina o nosso prazo. Por mais que sejamos independentes, donas dos nossos lindos narizes e auto-suficientes, quanto a isso, queridas, não tem papo, nem deixar para depois. Há que se ter em mente que, num determinado momento, seremos colocadas em xeque sobre esta questão.

Agora, tem uma coisa fundamental quando a encruzilhada chegar. Não cabe ao parceiro, família, convenções sociais, nem ao nosso ego decidir isso. Os três primeiros são fáceis de identificar. O quarto é que é um tanto quanto traiçoeiro. Quem nunca teve o sonho irresistível de ter um bebê que é a sua cara, o seu temperamento, e é lindo como o cara que você escolheu para partilhar essa experiência?

A cilada dessa situação é achar que é só isso. É só para cumprir tabela, fazer bonito na festa da família, gabaritar este item da agenda social e familiar, satisfazer a sua própria ideia de mulher perfeita, fértil, mãe, profissional, e por aí vai. Mulheres sem filhos não são menos mulheres. Algumas, acredito, fizeram um grande favor para si e para os filhos que não tiveram.

Sim, queridas, porque ser mãe é para o resto da vida. É amar alguém mais do que qualquer coisa no mundo, de forma incondicional, doadora e sincera. Nem todo o mundo está preparado para isso, ou sabe muito bem que o buraco é mais embaixo e não quer mesmo. O não ter é também uma forma de ser feliz.

Uma criança pode acontecer na vida de alguém. Assim como uma relação estável e ser mãe não são causa e consequência. Claro que ter filhos dentro de uma relação de amor, afeto, carinho, admiração e respeito é muito melhor. Mas, sejamos realistas, há mulheres com suas crias independentes, outras que recorreram a bancos de sêmem e vivem muito bem com seus rebentos e tantas outras que não tem filhos de sangue, mas puderam escolher os seus pela adoção. É sempre uma questão de escolha.

Acho curiosa a pressa de algumas mulheres - e até de alguns homens - em colocar os filhos no mesmo balaio das decisões sociais mais bestas. Algo como receber um convite para uma festa e decidir a melhor roupa. Coisas como "quero ter filhos antes dos 30" ou "já estarei muito velha para ser mãe depois dos 35. Quando ele for adolescente, já terei passado dos 50, o que vou aproveitar?" são algumas das bobagens que já ouvi e, o que mais me assusta, de meninas muito mais novas.

Pensar no assunto é ter a sensibilidade de tomar a decisão na hora certa, sem precipitações, nem quando já é tarde demais, o que pode ser muito doloroso. E a tal hora certa é quando ser mãe vira uma vontade sua, genuína, de ter alguém ao seu lado que, um dia, vai sair debaixo da sua asa para seguir o próprio rumo.

Giovana - A Solteira

PS: a foto é uma provocação, pra deixar todo o mundo pensativo.... :O)

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