Dez pagodes dos anos 90 que eu adoro



Dia de convidada especial. Muito especial. Dona Carol, Carolzinha, amiga e leitora. Eu amei a seleção musical dela. Com as devidas análises sobre os intérpretes em questão. Não percam!!!
 Beijos, Carolzinha. Thanks, thanks, thanks, viu? Beijos a todos.
 Isabela – A Casada
 Uma coletânea dos melhores pagodes da década de 90.  Eis aqui os Caetanos, Buarques, Jobins e Vinícius do pagode brasileiro. 

Paparico - Sim, Molejão é melhor que Beatles. Andersão e Andrééézão conseguem agradar a todas as tribos e estilos musicais.  São muitos os hits de sucesso, mas esta canção me emociona. Quanto esforço para conquistar a mulher amada... “Te levei num motel 5 estrelas, passei um cheque voador, minha paixão é verdadeira, faço tudo pelo nosso amor”. Ah, o amor...

Cilada - Quem samba com Molejo, samba diferente! por isso, eles merecem duas músicas neste post. Além de Andersão, quem mais poderia transformar uma cilada amorosa em poesia, com tamanha maestria? “Ela me usou o tempo inteiro/ Com seu jeitinho sedutor /Eu fiz serviço de pedreiro, de bombeiro, encanador
”. 

Pimpolho  - Eu morria de medo dessa figura tão enigmática e lúdica, o pimpolho. Pensava que pimpolho era um anão e vivia agachado, a espreita, embaixo das saias alheias.  Depois, descobri que, sim, pimpolho é um cara bem legal, pena que não pode ver mulher.
PS: Cantam as mas línguas: “Steven Wonder é um cara bem legal, pena que não pode ver mulher.”

Que se chama amor - Só quem já se afogou num copo de cerveja e voltou para casa embriagado, com a maior dor de cotovelo, sabe o quão profunda é esta canção. “Como é que uma coisa assim machuca tanto? Tomou conta de todo o meu cê” (assim mesmo, cê – no mais legítimo minerês).

Lua Vai - Ah, Lua... Quando é que você atenderá nossa súplica? Num coral, junto com Salgadinho, lhe
dizemos: “Oh, Lua... vai, vai iluminar os pensamentos dele....” Uma poesia.

Pensamento verde - Sabe quem perguntou por você? Ninguém. Em algum momento, você já fez essa brincadeira marota, eu sei.

Caroline - Eu acho que todas as letras do RN foram compostas especialmente para valorizar o efeito sonoro da língua presa do vocalista. Esta canção, em especial, fez parte da minha infância. Hoje, ouvindo, penso que poderia ser pior... Graças a Deus, o meu nome não é Jéssica. (eu já falei pra vocês...).

Lá vem o negão - Um milkbar, por favor?   “Só alegria, pode se arrumar... chegou o negão”

O teu chamego - Saudoso Grupo Raça, que Deus o tenha em bom lugar.  Além da malemolência, fico arrepiada com a filosofia Raça de ser...”Eu minto pra te ver contente, mas, na hora de fazer amor, nós somos só verdade.” Ah, muleke.

Marrom bombom - Sociologia pura, uma verdadeira aula de gênero, raça e etnia (tsc tsc)... “Na areia nosso amor/No rádio o nosso som/Tem magia nossa cor/Nossa cor marrom/Marrom bombom”

Carol – A Google dos bregas

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É pedir demais? Parte 2


Ela voltou. Nossa leitora e colaboradora, autora do post É pedir demais?, publicado na semana passada, Clarice Moraes, agora discute o que devemos esperar ou não dos homens. Ótimas reflexões, eu achei.

Fiquem com ela. Thanks, Dona Clarice! Beijo procê!

Beijos a todos,

Isabela – A Casada

Meus amigos gays que eu amo me dizem que nós mulheres sofremos de um tipo de esquizofrênia quando escolhemos um homem. Eles têm que ser:

1 –Lindos

2 – Inteligentes

3 – Gostosos

4 – Ricos

5 – Bem humorados

Não apenas parece impossível, mas o é efetivamente. Não porque não existam homens que reúnam todas estas qualidades. Mas porque além de serem múltiplos os critérios, há o fato de que a valoração de pelos menos 4 deles é totalmente subjetiva. O que é bonito para mim, pode não ser bonito para outra pessoa.

A solução dos meus amigos é simples: se o candidato reunir pelo menos dois desses atributos, tente, querida.

Mas não é tão simples assim. Pelo menos não para mim, que acredito que não há receita de bolo para paixão – ela vem quando, como e de que forma quiser. Minha lista é mais singela: tenho que sentir admiração pela pessoa. Isto, na fase 1.

De novo, não é tão simples assim. Depois da admiração, algo se acende dentro de mim e vem a fase 2, que me parece uma peneira, como a citada no início, mas ao menos me reservo ao direito de entender que meu processo é mais democrático.

A fase 2 consiste em nivelar expectativas. Acho justo para mim, por exemplo, não me envolver com um homem comprometido, assim como com um que seja paranoico de ciúmes. Assim como é importante saber se estão ambos na mesma página. É ficar ou namorar? É uma noite só?

Todos entendidos quanto às expectativas do outro, pode-se seguir tateando, deixando a paixão tomar seu curso natural, seja nascendo e criando raízes, seja fenecendo ou sequer aparecendo.

Não procuro marido, pai para filho, nem namorado, tampouco descarto (outro) casamento, ser mãe e viver uma relação estável.  Ocorre que gosto de pensar que não há nenhuma regra pré-estabelecida, que vale (quase) tudo. 

Quero olhar para alguém e saber que uma relação de afeto, respeito e tesão está nascendo, juntamente com as possibilidades que uma vida comum pode trazer.

Quero ser arrebatada pela certeza de que meu sentimento é correspondido.

Quero ser surpreendida e me encantar pela dedicação dele.

Quero um companheiro para viajar pelo mundo, para experimentar novos sabores, entender novas gentes, línguas e culturas.

Quero um amigo que entenda minhas manias, respeite meu espaço e minhas necessidades, confiante de que retribuirei o esforço.

Quero um homem que, de fato, faça amor comigo e me ajude a descobrir nossos próprios botões e como ajustá-los de forma a tornar o sexo efetivamente prazeroso para ambos.

Quero saber que posso contar com ele, assim como espero que ele saiba que pode contar comigo para o que der e vier. Companheiro é companheiro.

Quero poder desfazer-me das máscaras, dividir qualquer medo e até a menor das angústias, sem nenhum receio de ser julgada ou ridicularizada, da mesma forma que espero ter a inteligência emocional necessária para devolver a gentileza.

Eu poderia escrever outros tantos quereres...

É pedir muito?

Clarice Moraes   

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A gargalhada dela


Quando ela entrou na minha vida, minha vida tava precisando da gargalhada dela. Faz dois anos, parece mais. Fazer dela a mais nova integrante do 3x30 foi mais que garantir vida longa ao blog. Foi um jeito de tê-la pertinho de mim mesmo que nossos caminhos se desencontrassem. Eles se desencontraram, nosso ponto de encontro virou passado, mas jamais vou esquecer nosso cotidiano de risadas, piadas, desabafos e até atritos.

Parabéns, Pat! Que você tenha um lindo dia de aniversário, uma ótima semana, um novo ano novo iluminado!

Sua vida já deu uma guinada gostosa nos últimos meses. Que só melhore a cada dia =)

Beijos e felicidades para a nossa Solteira! 

Débora - A Divorciada 

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Meu casulo tem vista para o mar

Aprendi isso no meu grupo de meditação. O casulo. Esse lugar igualmente confortável e tenebroso. Mais popularmente conhecido como “zona de conforto”. Quem não tem seu próprio casulo? Desde que me joguei na deliciosa jornada de tentar conhecer a mim mesma, comecei a criar consciência de quais seriam os meus casulos.


Tenho, e tive, vários. Já tentei me esconder neles várias vezes. Por puro medo, claro. No livro “Shambhala – A Trilha Sagrada do Guerreiro”, do monge budista Chögyam Trungpa (nossa referência constante na meditação), há um capítulo todinho dedicado ao casulo. Diz o autor: “O caminho da covardia consiste em nos embutirmos num casulo, dentro do qual perpetuamos nossos processos habituais.


Reproduzindo constantemente nossos padrões básicos de conduta e pensamento, jamais nos sentimos obrigados a dar um salto ao ar livre ou em direção a um novo campo”. O casulo traz, como ele mesmo diz, aquela sensação gostosa e segura do ventre materno. Estamos protegidos dos perigos do mundo, sem perceber o perigo disso.


Creio que foi com medo de “encasular” que criei o hábito de me jogar por aí: pedir demissão, ficar sem dinheiro, ficar sem casa, ficar sem rumo. Só que nossa mente, zás-trás, cria casulos sem a gente nem perceber. Outro dia me peguei caindo da cilada do ciúme, do medo da perda, do apego, das certezas reconfortantes. Que ingênua. Ali estava eu de novo, tão corajosa e igualmente medrosa.


A verdade é que os casulos sempre hão de pintar por aí. Assim sendo, tá decidido. Meus casulos sempre terão vista para o mar (ou para a Serra da Cantareira, como de fato tenho), que é para eu jamais esquecer do horizonte, da brisa, do cheiro de sal e do desconhecido.


Débora – A Encasulada

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A vida que existe à tarde

São 17h30 de uma quinta-feira. Essa era a hora em que, até duas semanas atrás, eu atingia o auge da minha concentração no trabalho. Não via o sol se pôr, não sentia o dia esfriar, não via a agitação da vida que volta do trabalho a partir das cinco. No máximo, ia tomar um lanche fora da revista e via alguns fragmentos disso tudo. E logo voltava à baia. Nessas minhas duas primeiras semanas sem trabalho, me dei a chance de simplesmente observar a vida que existe à tarde.


São velhinhas na porta do SESC e crianças voltando da escola – os principais personagens que deixam de existir para quem bate cartão. São donas de casa ou mães trabalhadoras que se desdobram em mil para estar na porta da escola do filho na hora certa. São os adolescentes que fazem cursos extracurriculares após a escola. São universitários que ainda não conseguiram o estágio, o primeiro emprego e - fazer o quê, né? - ficam nas chinelas, lendo um livro na livraria cultura ou no café.


A cidade vibra à tarde. Uma vibração diferente daquela da manada que entulha os trens de manhã e no fim do dia. A cidade vive. Bom recordar isso de vez em quando.


Débora – A Divorciada

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Promoção: O Homem Lésbico




Senhoras e senhores,

A Editoral Global gentilmente nos cedeu um exemplar do livro O Homem Lésbico, de Helio Santos, para uma promoção com os leitores do blog, ou seja, com vocês.

A obra narra a saga de um homem que passa pela história de doze mulheres e discute, entre outras coisas, as relações entre os sexos. Tudo conduzido pela figura do protagonista masculino que sabe bem do poder que o seu eu feminino tem.

Curtiu? Então participe do nosso concurso cultural. Basta enviar para nós por e-mail (3xtrinta@gmail.com) ou registrar nos comentários no blog mesmo a sua resposta para a seguinte pergunta: “Em que situações os homens deveriam ser assim, um pouco lésbicos?”. Isso em respostas curtas, de até cinco linhas. O autor da frase mais criativa ganha o título. Nós seremos as juradas. 

Prazos e entrega do livro: o envio das respostas poderá ser feito até o dia 29 de março. O resultado sairá na segunda-feira seguinte, dia 2 de abril, no blog. Nós cuidaremos do envio, pelo Correio, com postagem feita até 9 de abril.

Fechado então? Esperamos as respostas sempre ótimas de vocês.

Beijos do Trio! 

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É pedir demais?


Hoje tem convidada especial, a advogada Clarice Moraes, amiga de uma super amiga minha. Muito fofo o texto dela, muito sincero. Na pauta, amor, maternidade, romantismo, parceria, entre outros dilemas nossos.

Vamos dar juntos boas-vindas para ela? Thanks, Clarice! Beijo procê, volte quando quiser.

Beijos, beijos, boa semana para nós todos,

Isabela – A Casada

Tenho 36 anos e amor em mim, mas nunca o encontrei.

Cresci vendo novelas e lendo romances (tinha 11 anos quando li todos os livros do Sidney Sheldon possíveis...shame on me).  Amor idealizado, do tipo perfeitinho, portanto, me fala à alma: de Camões a Aguinaldo Silva – todos têm o condão de me fazer acreditar que sim, existe uma tampa para cada panela, ou um chinelo para cada pé cansado.

Provei a mim mesma, por quatro vezes, que esta máxima pode não ser verdade. Descobri que, na real, o casamento precisa de mais do que paixão. É feito com dedicação e com a atenção ao encontro de homem com mulher, mesmo sendo pai e mãe. Ser mãe nunca foi meu objetivo. Devo ser honesta e admitir que crianças não me comovem. Talvez, me falte tolerância ou mesmo maternagem, mas o fato é que tenho medo de não ser uma boa mãe. Sempre sonhei com mãe de comercial de margarina, aquela que se entrega por ter nascido moldada para a função. Numa comparação metafórica, desejo ser mais como a Dona Benta do que como a Cuca. Portanto, para mim, é nova a ideia de ter filhos. Resultado de terapia que iniciei aos 34 anos, significa pulsão de vida: desejo de vencer os padrões e me permitir a experiência, que dizem ser transformadora, de ser mãe.

Mas, para tanto, considerando meus medos e preconceitos, sinto necessidade de que um homem me inspire a ter filhos. Alguém que eu admire tanto que me deixe segura o suficiente para dar-lhe filhos. Cresci num lar que, embora disfuncional, era composto por pai e mãe e isto me parece definitivo para a criação de uma família, especialmente quando ambos trabalham.

O ponto nevral aqui é que tenho lá minhas ideias sobre casamento. A monogamia parace-me artificial. Digo, não é natural pensar que se vai ter desejo por uma única pessoa por uma vida inteira, ainda mais neste mundo de constantes encontros e desencontros, por tanta informação, por tamanha oferta. Sexo casual é uma das coisas mais simples hoje em dia.

No entanto, eu cansei de banalizar meu sentimento, meu corpo e em consequência, meu desejo. Sexo por sexo não me interessa mais, já tive o suficiente para uma vida inteira. Agora, busco um companheiro, um amigo e um amante numa mesma pessoa. Alguém que vai entender e compartilhar meus medos, minhas angústias, alegrias, conquistas e idiossincrasias.

Gosto da solidão. Gosto de ter um tempo só para mim, mas quanto mais vivo, mais percebo que há espaço para o Outro na minha vida. Alguém que me dê a mão e me leve para vida a dois, entendendo minhas reservas quanto aos relacionamentos e à materninade, sendo meu companheiro na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.

Assim, chego à conclusão de que sou romântica e ainda espero o amor descrito por Jane Austen ou pelos folhetins. Quero o amor que arrebata, que designa, que se impõem ante todas as adversidades. Quero ser a rainha de um homem, e deixá-lo ser o governador dos meus desejos. Quero cultivar, cuidar de uma relação, e espero descobrir neste processo que sou perfeitamente capaz de me realizar como esposa e como mãe de uma família, por isto pergunto:  será meu desejo possível ?
  
Devo admitir: ainda sonho com o vestido de noiva e com o amor de uma vida inteira, ainda que transformado em algo fraternal, digo, sem desejo sexual. Louca? Talvez. Confusa, certamente. Estou mudando, e a terapia tem me ajudado a descobrir quem eu sou. E esta nova pessoa entende que merece uma chance de amar de verdade, de construir uma família, de ser uma boa mãe.

É pedir demais?

Clarice Moraes

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Amor nos tempos dos bytes

Você é mesmo um hacker.

Espalhou-se na minha vida como um vírus, impregnando tudo.

Está no meu e-mail, no meu celular, nas minhas redes sociais.

Até no meu café da manhã, no almoço e no jantar.

Invadiu tudo. Dia da semana. Sábado e domingo.

Agora não consigo mais limpar.

Não sei mais onde fica mesmo minha casa, que horas são e me confundo que dia é.

Deu pane na HD.

Não tem conserto, antivírus ou upgrade que dê jeito.

Mas que bom que é ficar desprogramado, desmemoriado e com o chip danificado.

Melhor ainda é, ao acabar do dia, desligar tudo da tomada, e só deixar uma luzinha ligada, a que faz pulsar o coração.

Patrícia, A Solteira

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Sobre pessoas que não passam

Depois de 16 anos nesta vida de “jornaleira”, já posso dizer que passei por um bocado de lugares. Nesta carreira instável que escolhi, é um eterno começo e recomeço, num jornal aqui, numa revista ali, outro frilinha (lê-se trabalho freelancer) cá... E me dei conta de que a maioria das pessoas com quem convivi ficam só na memória. Assim como as reportagens viram vagas lembranças (a maioria nem me lembro, confesso) ou guardadas (perdidas) no armário, ou apenas dentro do Google mesmo.

Mas outros não. Muitos transcenderam as dificuldades, a pouca grana ou os chefes pentelhos e se transferiram para um patamar mais elevado do que simples colegas de redação.

Lembro-me com saudade da Nêga Deise, a diagramadora faz tudo do primeiro jornal que trabalhei. O sorrisão dela sarava qualquer cansaço de fechamento e me fazia esquecer que o salário nunca durava até o final do mês. A Deise economizava no almoço, mas estava sempre linda graças ao investimento em dezenas de cremes à base de manteiga de karitê para os cabelos.

Outra redação e mais gente inesquecível. A voz doce da Fernanda (hoje uma especialista em gastronomia que enche os colegas de orgulho) acalmava os meus dias atolados de pautas. Na primeira assessoria de imprensa, a Thais, loira e linda, era meu muro das lamentações a cada intervalo, e me fazia gargalhar com suas estratégias para dormir sentada sem ninguém perceber, depois de uma noite de balada.

No jornal que durei mais tempo, há uma coleção de pessoas que guardo no coração, e até hoje elas me fazem pensar que, sim, valeu a pena todo o sacrifício. E que bom que elas estavam lá para me ajudarem a enfrentar os momentos difíceis. Sem a Tati, com sua doçura e alegria com a vida, eu não teria conseguido tocar meus dias ali, ao mesmo tempo que encarava uma das fases pessoais mais difíceis da minha vida.

Quando morei fora do País, a Luciana me dava força para suportar o frio e a solidão todos os dias naquela loja de loucos. E o Iago, um brasileiro gente boa do centro de lazer onde eu era salva-vidas (ainda preciso contar esta história pra vocês), era a fonte de risadas para eu esquecer que ali naquele lugar nem jornalista mais eu era. Na volta para o Brasil, teve a Carol, numa pequena assessoria de imprensa no Centro de São Paulo, com seu cotidiano repleto de cursos e compromissos e sua paixão por cabelos e canto em coral. Ainda espero vê-la à frente de um bombado salão de beleza ou fazendo turnê cantarolando pelo País.

E depois veio a Débora, sem a qual eu não estaria escrevendo estas linhas aqui, e também seria alguém bem mais dura com a vida. Como vocês que nos acompanham sabem, ela é especialista em auto-deboche e tive o privilégio de receber lições diárias desta técnica própria que ela desenvolveu de tirar sarro dela mesma. Sem falar nas sessões de tarô, das cachacinhas no boteco e das joaninhas (ela é viciada em joaninhas).

Agora, espero novamente ver este atual emprego passar um dia, mas tendo a alegria de carregar um monte de gente pra sempre marcada em mim.

Houve muito mais pessoas especiais nestes lugares todos, mas através destas que citei, espero que todas se sintam homenageadas neste meu singelo post.

Muito obrigada por terem cruzado meu caminho e me ajudarem a ir tentando ser alguém um tiquinho melhor a cada dia.

Patrícia, A Solteira

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Eu me sinto uma velhinha quando...


Acho surreal que as pessoas façam de seus perfis no Facebook verdadeiras colunas sociais de si mesmas. E que não deixem de fotografar e postar na rede uma pizza com os amigos sequer.

Não entendo como alguém pode ir a um show para fotografar o evento com o celular, ao invés de relaxar e ouvir o artista.

Prefiro ir a um baile da terceira idade no Sesc Vila Mariana com a Debs (outra velhinha, hahaha!!!) que a uma dessas baladas bombadinhas com música eletrônica.

Ouço palavrão em novela. Nada contra quem fala, eu não falo porque não falo mesmo, porque não tenho hábito, porque os meus pais não falavam na minha casa, não por querer levantar bandeiras, mas, confesso, acho um horror na TV.

Começo qualquer conversa ao celular perguntando se a pessoa pode falar no momento, mesmo que a interlocutora seja a minha mãe.

Acho a Audrey Hepburn, até hoje, de todas, forever, a mais elegantérrima.

Procuro responder todos os e-mails que recebo.

Não entendo as coisas que o meu irmão de 26 anos, Miguelito – O Gato, escreve nos torpedos ao celular, como “tow” ao invés de “tô”.

Penso nos outros antes de agir.

Fico horrorizada quando vejo criancinhas fazendo escândalo para conseguir o que querem dos pais na rua, na frente de todo mundo. Tudo bem que eu sou uma dinossaura, mas, no meu tempo, ai de mim se me atrevesse a fazer gracinhas do tipo...

Isabela – A Casada e A Velhinha

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A primeira rosa



Para todas vocês, hoje, uma rosa. Mas não uma rosa qualquer: trata-se da primeira a brotar na roseira lá de casa, presente de Guarda Belo, logo que nos mudamos. Linda, rubra, feminina, viva. Especial, como especiais somos nós.

Duvido que ela tenha brotado de graça na semana do 8 de Março. Duvido. 

Beijos, beijos, Feliz Dia da Mulher, que a data sirva de reflexão a respeito dos nossos direitos e possibilidades, sempre,

Isabela – A Casada 

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Ô lá em casa!




Atendendo a pedidos, a minha amiga Neide Martingo (fofa, querida, lindona, gente boa, malemolente, como eu costumo dizer) assina o post de hoje. Na pauta, homens lindos e maravilhosos que merecem o nosso “Ô lá em casa”! Fiquem com a Neidinha. E com esses bonitões todos aí.

Beijos, queridona! Super obrigada pelo texto. Seja bem-vinda, escreva sempre. Beijos a todos!

Isabela – A Casada
Dificilmente eu vou encontrar uma oportunidade melhor para escrever sobre a frase “Ô lá em casa” quanto nessa temporada pós-Oscar 2012. Uma expressão um tanto quanto machista, digamos assim... Mas que se aplica muito bem ao mundo feminino.

São tantos os homens charmosos, lindos, bem vestidos, cheirosos no tapete vermelho (sim, a nossa imaginação é tão estimulada que nós, mulheres, conseguimos até sentir aquele perfume gostoso, masculino...) e bem arrumados, que a exclamação não poderia ser outra: Ô lá em casa!!!

Mas o que será que desperta essa “explosão” de elogios quando vemos um moço bonito? George Clooney, Brad Pitt, Hugh Jackman (lindo na foto acima, meu preferido – cadeira cativa na série – sim, virou série, “ô lá em casa”), Robert Downey Jr., Jude Law, Johnny Depp e tantos outros? E os meninos que estão por aqui, como o Reinaldo Gianecchini, Malvino Salvador, Rodrigo Hilbert, Thiago Lacerda, e o português que chacoalha corações, Paulo Rocha...

Bem, todo o ânimo feminino ao se deparar com tanto estímulo pode não ser apenas visual. Esses moços representam sonho, romantismo, cavalheirismo, sentimento, maturidade emocional, entrega. Egoísmo? Nos filmes e nas novelas os homens lindos, os galãs, não sentem.

Se fosse assim, na realidade, as mulheres talvez nem gostassem – eles ficariam chatos. Mas nas artes, eles são o nosso ideal de beleza e perfeição. Por isso, nós sempre os saudamos com o bom e velho “ô lá em casa!!

Neide – A Malemolente

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Deselegância total

1. Chego na estação Luz de trem, tento desembarcar, mas sou levada de volta pela turba afoita – a maioria, mulher - que quer garantir um assento. Quase caio. No dia anterior, uma mulher perdeu o sapato ao tentar sair. Deselegância total.

2.
Uma colega é chamada para ajudar a outra num trabalho problemático, mas ao ler o relatório feito pela que começou, só faz críticas e reclama do que já foi feito. Deselegância total.

3. Um homem para na faixa de pedestre e, ao ouvir um pedestre reclamando, avança nele. Mais que deselegância total. Agressividade total.

4.
Funcionários de uma empresa criam uma concorrente usando a estrutura do seu empregador. E abandonam o emprego todos ao mesmo tempo. Deselegância total.

5.
Um homem escarra na rua. Deselegância total.

6.
Um homem mija na rua. Argh. Nojura total.

7.
Uma pessoa cobra dinheiro da outra na frente de todo mundo. Deselegância total.

8.
Baladeiros que ficam gritando na frente da sua casa, às 4h. 5h ou 6h da manhã. Durante a semana...educação zero.

9.
Mães que dão broncas escandalosas, com direito a tapinhas na mão do no filho pequeno, na frente de todo mundo. O mesmo vale para briga de cônjuges. Uó.

10.
Papel ou absorvente cheio de sangue escancarado na lixeira do banheiro. Xixi e cocô que foram esquecidos na privada.

O mundo anda um pouco deselegante.

Quer continuar essa lista?

Obrigada!

Débora - A Divorciada

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Último dia


Hoje é meu último dia de trabalho. Depois de um ano e onze meses na revista, me despeço com um sentimento de missão cumprida e gratidão. Afinal, nesse período eu conheci pessoas incríveis que mudaram e moldaram minha nova vida. Da recém-divorciada, sem rumo, sem casa e sem grandes projetos, com um certo pesar das frustrações que eu carregava no peito no começo de 2010 à uma mulher de 32 anos cheia de ideias, projetos, vontade de viver novas experiências. Nesse período, tentei uma volta com o ex, fui solteira (e adorei!), fiz amigos maravilhosos e descobri que delícia é namorar alguém ainda na casa dos 20. Fiz matérias das quais me orgulho, muitas outras protocolares (“é do jogo”, diz a, agora, ex-chefe) e me dei conta dos assuntos dos quais eu realmente gosto de escrever. Afinei minhas certeza do que não quero, já sei um pouco mais o que quero.

Saio porque não vejo mais por onde evoluir. E porque sou assim, digamos, um bocado irrequieta. Não gosto de estagnação porque me acomodo muito fácil. É um perigo! Preciso manter o movimento e aprender sempre. Do contrário, me entedio.

Não é que eu não goste de ter emprego. Eu adoro! Quem não gosta da certeza do salário pingando na conta todo mês? Mas preciso de novos desafios. E isso não há salário que pague.

Saio assim, com espírito de ronin, samurai som dono.

E sigo.

Espero voltar aqui em breve para contar boas novidades sobre essa jornada.

Débora - A Divorciada

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