terça-feira, 15 de setembro de 2009
O peso do papel
Hoje quem escreve é uma recém-casada, leitora nossa das antigas. Um dia depois do casamento, ela sacou que juntar e casar no papel são experiências bem diferentes.
beijos
Débora - A Desjuntada
Aqui quem vos fala é uma moça que já passou dos 30 e já viveu junto e hoje casou no papel.
Hoje em dia o mundo é muderrrno, a maioria junta, é mais prático, é mais rápido, é mais barato e se quiser se separar é só cada um ir para o seu lado.
Eu sei o que é isso, pois vivi uma situação desta. Do tipo: as coisas aconteceram naturalmente... Quando a gente viu já era isso mesmo. E quando eu vi já era isso mesmo também, da mesma forma que juntei, separei. Andei para frente sem olhar para trás.
Sinceramente, hoje vivendo uma situação totalmente oposta, digo o quanto é importante sonhar, planejar, viver o stress do dia “D” e concretizar. A emoção existe, é impossível não cair lágrimas. É muito bom sentir-se bem-vinda na nova família que está entrando.
É muito louco, pois é como se o “papel” fosse o passaporte para a "felicidade" de um casal, pode soar meio quadrado, mas é assim que eu me senti. Desde o começo, quando me foi feito o pedido, depois as preparações, as opiniões de familiares, madrinha, amigos... Tudo foi muito válido e o mais gostoso foi ter o carinho dos amigos abençoando esse enlace.
Não fizemos nenhuma festa de arromba, foi um jantar em um restaurante bacana e os presentes foram os pais, irmãos e padrinhos, no máximo 10 pessoas. Foi muito gostoso, é um casamento em que os noivos também aproveitaram, comemos a vontade e demos atenção a todos. A cerimônia com o Juiz de Paz não durou mais que 20 minutos, entretanto foi uma cerimônia bonita, singela e emocionante. Ouvir da sogra “FILHA” não tem preço e saber que o sogro assim que bateu os olhos em mim disse: “é essa!” São emoções que sem um “auê” de jantar + papel + convidados + fotógrafo, não existiria.
Esse post não é para convencer ninguém a nada, apenas para dizer que o papel tem o seu peso e a sua importância, se ele existe é preciso ser respeitado, tem as suas compensações. Se fosse tão ruim seria uma instituição falida ;)
Isso nada tem a ver com relações falidas que perpetuam devido a um pedaço de papel. Muitas vezes pode pesar, entretanto, para um começo de vida a dois é essencial. Diria que todos os seres poderiam passar por isso algum dia. É uma emoção que realmente toma conta de nosso ser, diria que indescritível.
Entretanto, o casamento é o dia a dia, é o acordar todos os dias, ser companheiro um do outro nos bons e maus momentos, ser fiel, ter respeito e ser feliz sozinho e principalmente em conjunto.
Casada
13 comentários:
O papel faz parte dessa mitologia do casamento, que não é mais do que um rito, um símbolo.
15 de setembro de 2009 às 08:34Pra quem acredita nesses rituais, o papel tem sim um grande peso. Eu, particularmente, não ligo. Acho que as mulheres, no geral, são mais ligadas em simbolismos.
Concordo com você, vivi as duas experiências. Um relacionamento juntado e dez anos que resultou em três filhos e um casamento de dez anos com os mesmos três filhos do relacionamento anterior. Digo com certeza, que o ritual fez toda a diferença em nossas vidas, inclusive na das crianças. Entrar na igreja acompanhada de dois filhos com a outra fazendo a trilha sonora da cerimônia foi muito forte. O 'papel' trás não sei porque mais comprometimento das pessoas na relação. Mas convenhamos que alguns relacionamentos são feitos para durar e outros não, papel aí talvez seja apenas um detalhe. Beijocas!
15 de setembro de 2009 às 08:56Meu primeiro casamento foi no papel. O segundo não foi. Mas sabe que eu me senti mais casada na segunda vez?
15 de setembro de 2009 às 09:13É que, mais madura, sabia que estava ali por opção,por afinidade e sem as expectativas infantis e tolas de antes.
Pois é, eu nunca casei no papel e pode ser que isso seja mesmo verdade. Mas uma coisa eu posso afirmar com CERTEZA: separar, quando não se casou no papel, não é tão simples assim como você diz...
15 de setembro de 2009 às 09:34É simples do ponto de vista burcrático. Mas do ponto de vista dos sentimentos, ser "muderrrrrna" não me ajudou em nada.
Digo com conhecimento de causa porque ainda estou vivendo esse processo. =)
beijo e valeu pelo post!!
Deb
Pois é,sou "juntado" a 12 anos,tenho 30,então nota-se que estou no mesmo relacionamento desde "menino".Um grande amigo meu uma vez me disse "..a unica vantagem de se casar é que você pode escolher comunhão total ou parcial de bens..." Bem,não sou tão radical assim ao ponto de concordar com esse comentário,mas faz sentido...Casar é bonito?Sim,muito bonito!Casar deixa a familia mais tranquila?Sim,deixa seus pais bem mais tranquilos...
15 de setembro de 2009 às 09:50Porem nosso mundo hoje esta evoluindo,e cada vez mais queremos praticidade.Não acredito que uma pessoa "juntada" não seja abençoada...
Mas essa é só a opinião de um simples mortal,não sou dono da razão viu gente!"!!!
BEJO GRANDE
É, na verdade nada garante a duração e a felicidade. Mas acredito que ritos de passagem sejam importantes e fazem um bem danado!
15 de setembro de 2009 às 10:41Mas, sabe lá... o que mantem um relacionamento é a cumplicidade , o compromisso e o amor!
bj
Aqui quem vos escreve é alguém
15 de setembro de 2009 às 13:03que já casou várias vezes, mas
descobriu "em tempo", que viver
livremente é mesmo a melhor coisa
do mundo, a melhor escolha!
Beijos!
Sorry Girls...
15 de setembro de 2009 às 18:23Mass... eu particularmente não acredito que um papel faça diferença ou não!
Justamente pelo fato de um casamento ser feito inicialmente por duas pessoas que se amam e desejam compartilhar uma vida juntos.
E eu acredito que um papel não é a coisa mais necessária em um casamento. Quer dizer que vai faltar comprometimento e responsabilidade apenas porque um papel não foi assinado??
Ou quantas pessoas acreditam no casamento apenas porque um papel foi assinado, e não porque ainda exista amor e cumplicidade na relação?
Sinceramente...acho uma perda de tempo assinar um papel apenas para provar um casamento.
Hoje em dia papel é apenas a garantia de direitos (financeiros e morais *socialmente e juridicamente falando*) e de toda e qualquer forma, ja morando juntos esses direitos são validos da mesma forma, com ou sem papel assinado.
Também não sou dona da razão, mas essa é a minha opinião e é o que eu sei ate agora.
Beijokas =)
Calma aí, ela ressalta que o que leva um casamento é o sentimento, é a relação dia-adia. Não disse que o papel é que faria a diferença na relação dela. Só veio trazer um relato, de um processo que ela passou, de acolhimento pela família, de uma pequena cerimônia, de uma pequena festa, e no meio disso a assinatura do papel. Veio compartilhar conosco a importância que isso teve pra ela, como um momento legal, que marcou a passagem dela pra vida de casada, só. Óbvio que ela não disse que isso seria determinante pro casamento, não sejamos tão radicais com a opinião da colega... Que trouxe muitíssimo a acrescentar...
15 de setembro de 2009 às 19:19ó pra avisar q voltei :)
15 de setembro de 2009 às 23:47depois leio direitinho e comento mais.
Querida casada,
16 de setembro de 2009 às 01:00adorei o relato do casório. Puro, singelo, direto, honesto. Livre de qualquer discurso pronto ou frase de efeito para agradar a tudo e a todos.
Foi a sua experiência, foi incrível, valeu a pena e você aproveitou. Tem coisa melhor? Eu acho que não. Muitas felicidades nesta nova fase que você, tenho certeza, saberá aproveitar com grande sabedoria.
Beijos, Gio - A Solteira
Eita Deb! Ta que nem eu? Separados mas morando na mesma casa?
16 de setembro de 2009 às 15:46Dé , adorei o desjuntada !!!!!!!!!
25 de setembro de 2009 às 17:45Bjks da casada q. separou e mora só na mesma casa ...arruma um neologismo p. isso???? Futura divorciada ?????? rs............
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