segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A enfermeira e o doutor

Eles se olhavam com paixão. Era evidente. Dançaram coladinhos a noite toda. Conversaram e trocaram sinais pelo olhar. Quando ela dançou com outros – e foram muitos outros que a convidaram – ele ficou meio sem saber para onde ir, para onde olhar. Ficou enciumado. E decidiu ir embora cedo sob o argumento de um plantão pesado no dia seguinte. Ela ficou chateada. Quando saímos da balada, eu apertei: vocês estão gamados um pelo outro, não? E ela me disse: não dá, não posso, ele é noivo. E então me contou que há tempos que eles cultivam essa amizade colorida, que ele já lhe confessou que nada mais sente pela noiva de cinco anos, que ele já até tentou morar com ela e eles quase se mataram, mas que seguem com a proposta de casamento porque “as famílias muito se gostam e apostam muito nesse casamento”. Contou também que às vezes eles ficam das 21h até as 2h da manhã conversando pelo MSN – coisa de gente muito apaixonada. Fiquei chateada pela enfermeira. Um amor que não pode ser vivido por causa das convenções. E fiquei com pena do doutor, que vai se meter numa roubada até que a morte o salve por puro medo de ser feliz.

Débora - A Descasada

10 comentários:

.Olívia T. disse...

Eu acho que as mulheres são mais corajosas...

Homens Bundões - Tô fora!!!!

23 de novembro de 2009 às 16:39
Paloma Varón disse...

Nesta história, não consigo ver as coisas de forma romântica. Médicos adoram transar (ter caso, amizade colorida, o que o valha) com enfermeiras, mas não as assumem, porque pega mal. Elas são consideradas de uma classe inferior, ele não vai manchar a reputação dele. Vai se casar com uma que a família aceita (bonitinha, de família etc.) e continuar fazendo isso com ela e com outras, quer apostar? E ela romantiza, talvez por inexperiência, uma relação claramente fadada ao fracasso. Pena.

23 de novembro de 2009 às 16:50
Gabriela disse...

Não vejo a história como romantica e nem como não romantica. Hj em dia as mentes avançaram e os tempos são outros. Na modernidade nos hospitais de uma forma geral, não tem mais espaço o preconceito, eles formam uma equipe, e o relacionamento é incentivado e digamos até mesmo visto com bons olhos! Pra mim a tal história, mais do que um conflito por baixo dos panos e piramidal, é a demonstração do comodismo que um relacionamento estável que já perdeu sua paixão, trás... E o medo que as pessoas têm de se aventurar. Até mesmo a história pode ser fogo de palha, so pelo sentimento de carência que a consciência de que seu relacionamento chegou ao fim, causa... vai saber?!?

23 de novembro de 2009 às 17:08
Anônimo disse...

hahaha...viajou Gabriela....raça inferior...hahaha

23 de novembro de 2009 às 17:17
Andarilho disse...

Ah, que vontade de dar um tapão na orelha desse doutor.

Ando meio intolerante ultimamente.

23 de novembro de 2009 às 17:52
Anônimo disse...

Concordo com o "Andarilho".

Se conselho fosse bom a gente vendia: mas cai fora, essa cara não vale nada.

23 de novembro de 2009 às 19:14
g e r a disse...

Olha eu li essa definicao no blog de voces e nao tinha como nao expressar ela aqui nesse meu comentario!!!
De homem pra homem:
Esse doutor e um " bundao!!!
Como dizemos la no sul, eh um "baita cagalhao" (com o perdao da palavra)!
Pior e imaginar a pressao emocional que esse cara deve ta passando!
Deve ta cheio de vontade de ficar com a enfermeira !!Que tortura...

23 de novembro de 2009 às 20:22
SAL disse...

Medo de não dá certo, medo de não dá tempo, medo de não fazer o certo, medo de não ser o melhor, medo de mostrar medo, medo de sofrer, medo de gargalhar alto, medo de arriscar, medo de engordar, medo de não agradar, medo de luxo, medo de lixo, medo de esquecer, medo de lembrar, medo de perder, medo de amar... Medo de ser feliz!


Felicidade é o que o mundo inteiro quer... mas são poucos os que correm atrás dela. São poucos os que vivem num mundo real, que o que importa é o sentimento, e que a fobia não atormenta tanto porque arriscar faz parte... E ou se abre a porta para o novo, para o que não conhece, para o que não é seguro... ou se vive numa ficção uma vida inteira!

Esse medo de um leque de possibilidades incríveis, custa caro porque não é fácil se desfazer do medo... O comodismo é uma fuga dos que temem a intensidade das emoções.

23 de novembro de 2009 às 21:34
Fernanda Gomes de Sá Paulo Poli disse...

Desculpinha mais esfarrapada essa do médico, não?? Quem tá apaixonado de verdade larga tudo!!!!

24 de novembro de 2009 às 12:03
Ana Paula Sá disse...

Claro que é historinha do Doutor para pegar a menina!!!
Por favor.... péssimo ele.....

24 de novembro de 2009 às 14:41