segunda-feira, 16 de abril de 2012
2006, 2008, 2010, 2012
Seis anos. Quanta coisa cabe nesse tempo.
Fazia mais sentido eu fazer uma retrospectiva em maio, que é
quando começa meu ano novo. Simplesmente aconteceu.
Aconteceu porque eu me lembrei que eu estava na Nova
Zelândia em abril de 2008 quando a Bela me mandou um e-mail falando de sua
separação. Junta da tristeza de não poder estar por perto, me veio a sensação
boa daquela fase. Lembrei da vibe gostosa de estar naquele lugar tão distante e
entre uma gente que prezava tanto o bem-viver, o frugal, o tempo livre. E não
essa maratona diária e doida dos workaholics paulistanos.
Foi ali que eu decidi que eu queria ser assim também.
Puxei na memória e tentei me lembrar o que eu estava fazendo
nos outros “abrils”. Dois anos após a NZ, eu estava começando na Istoé.
Empolgadíssima, cheia de gás e ideias, conhecendo aquelas pessoas que, mal
sabia eu, seriam meus grandes amigos. Eu também estava, naquele abril de 2010,
tentando reatar meu casamento.
Quatro anos antes, era o início do meu casamento. Abril de
2006. Fazia poucos meses que eu tinha me mudado para a casa do meu ex e tava toda
feliz brincando de casinha, cheia de planos. Tinha saído de uma redação grande
e ido para uma agência pequena, com um ritmo mais tranqüilo. Na verdade, aquela
decisão tomada na NZ de ter uma vida menos complicada foi gestada já na essa
época.
E eis me aqui, em abril de 2012 num movimento parecido com o
desses outros anos pares. Troquei a vida agitada por uma mais tranqüila, estou
brincando de casinha de novo – dessa vez, sozinha; estou empolgada e cheia de
gás para outros projetos, vou lançar meu primeiro livro e faço planos com um
novo amor.
Confesso que já achei que estava vivendo um retrocesso
quando a vida parecia repetitiva. Mas a danada é cíclica: traz e leva coisas
que parece que já vimos e vivemos. São os tais recomeços. O que não quer dizer que não
existe a evolução. A caminhada nos leva sempre por uma nova picada, por mais
que pareça velha conhecida.
Importante é saber que olharei com doçura para esse momento agora
quando abril de 2014 chegar (se passarmos desse ano claro =P).
Débora – A Divorciada
7 comentários:
Nada como dias após outros. Para renascer, reviver ou simplesmente redescobrir. Sucesso imenso e muitas histórias maravilhosas nesse espaço tão delicioso que é o 3x30!
16 de abril de 2012 às 00:28Achei o máximo suas memórias datadas, pois sempre penso nas épocas vividas, nos momentos mas nunca com datas, nem mês e ano...Muito bom e gostoso de ser lido seus textos Débora.Bjão.
16 de abril de 2012 às 11:34Sem dúvida, uma vida cheia de aventuras.
16 de abril de 2012 às 12:40Bela retrospectiva. O importante é que emoções vc viveu, amiga!!!
16 de abril de 2012 às 12:55Adorei, adoro fazer parte desses seus ciclos. Vc só esqueceu de dizer que o 3xtrinta nasceu num deles, em 2008, dos nossos papos sobre a minha separação, com vc na Nova Zelândia.
Besos, besos,
Bela - A Casada
Hahaha, verdade, Bela. É porque a gente já contou essa história aqui várias vezes =)
17 de abril de 2012 às 11:17Brigada, Bruna!
bjks
deb
E ainda queremos planejar a longo prazo essa vida... gostei do texto.
18 de abril de 2012 às 11:33Beijos
Evelin
Debora,
18 de abril de 2012 às 14:51Vc como sempre arrasa escrevendo. Quero ler esse livro!!
Bjinhos
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