quarta-feira, 11 de abril de 2012
Sobre solteirice, felicidade e solidão
Me fez
muito bem entrevistar, para o blog da revista Herbarium, a psicóloga
norte-americana Bella dePaulo. Especializada em solteirice, ela levantou pontos
muito interessantes sobre a vida sem marido (ou mulher). Não que eu nunca
tivesse refletido sobre o assunto, claro. Já refleti bastante e inclusive
registrei pedaços da minha opinião aqui, mas Bella (Com esse nome, ela só podia
ser ótima, né? Hahaha!!!) me fez pensar além.
Em
primeiro lugar: por que tanta gente se incomoda com o fato de que o mundo está
cheio de pessoas que não se casaram? Por que os casados são aqueles que mais querem
arrumar casamento para os outros? “(...) Algumas pessoas consideram assustador
que tanta gente esteja vivendo só e amando essa escolha. Isso vai contra a
crença delas de que é preciso estar casado para ser feliz”. Achei perfeito. É a
velha história da diferença que incomoda. Por que é tão difícil aceitar que os
outros tenham feito escolhas opostas às nossas? Ai gente, que preguiça dessa
superficialidade. Que preguiça de lembrar o óbvio: exibir uma aliança na mão esquerda não é garantia de felicidade para ninguém, nunca foi.
Outra
questão que eu achei ótima: abaixo o mito de que os solteiros estão fadados à
solidão na velhice. “Alguns estudos feitos nos Estados Unidos apontaram que os
solteiros ajudam mais seus parentes, amigos e vizinhos do que muitos casados.
Isso além de manter contato com esses grupos com mais freqüência. Muitas vezes,
os casais dedicam quase todo o seu tempo e atenção para o parceiro. Nesse caso,
quando o casamento acaba, eles descobrem que estão sozinhos, que não têm
ninguém ao lado deles já que, até então, só tiveram olhos para o companheiro.
Já os solteiros, especialmente as solteiras, normalmente dedicam parte do seu
tempo aos parentes e amigos ao longo de toda a vida adulta. Isso significa que
eles têm menos chances de ficarem solitários na velhice.” Viram só? Eu só tenho
a acrescentar um comentário: para mim, ter um filho ou permanecer ao lado do
marido só para ter quem cuide da gente lá na frente é de um egoísmo sem
tamanho. Melhor economizar para poder pagar um bom lar de idosos no futuro. Eu
já fiz matéria sobre um tão luxo, glamour e riqueza perto da Av. Paulista que fiquei
com vontade de me mudar no dia seguinte.
Obrigada
pelas reflexões, Bella! Vamos tratar de ser felizes. E, como a gente adora
registrar aqui, independentemente do estado civil.
Besos a todos,
muito amor,
Isabela –
A Casada que acredita que a solteirice pode ser ótema também
6 comentários:
É o famoso 'antes só do que mal acompanhado(a)'.
11 de abril de 2012 às 09:51A maioria das pessoas que conheço, esquecem dos amigos quando estão com namorado/noivo/marido. Sempre considerei um erro. Aí termina, lembra que amigos existem.
11 de abril de 2012 às 10:22Minha ex chefe é um exemplo de solteira feliz. Não teve filhos nem marido e já está na casa dos 60. É a pessoa mais bem resolvida que conheci na vida.
E que bom que podemos ser feliz "sozinho" srs
beijos
Evelin
Moro sozinha e sou solteira. Quando me perguntam algo como "nossa, mas vc não se sente sozinha?", costumo responder: "só me lembro que estou sozinha quando alguém me pergunta".
11 de abril de 2012 às 12:33daí, depois é notar as caras de céticos qdo vc tenta explicar que "está tudo bem".
É... tudo o que contraria a corrente encontra resistência. Quando li a matéria pensei que os casados sem filhos também passam por preconceito semelhante. Outro dia comentei com uma prima que se eu não engravidar (não tá rolando) também não vou adotar. Eu e meu marido seremos um casal sem filhos e pronto. Ela ficou visivelmente chocada e falou: mas com tanta criança órfã por aí você não vai adotar??? Ou seja, você é obrigado a casar pra ser feliz e ter filhos pra não ser chamado de egoísta. E se não adotar é um desalmado sem compaixão.
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12 de abril de 2012 às 18:47Lágrimas de Areia
25 de maio de 2012 às 21:59Lá estava ela, triste e taciturna.
Testemunha de efêmeros conflitos,
Com um olhar perdido no tempo,
Não exigia nada em troca
A não ser um pouco de atenção.
Sentia-se solitária, oca,
Os homens admiravam-na pelos seus dotes.
As crianças, em sua eterna plenitude,
Admiravam-na muito mais além...
... Mais humana!
De sua profunda melancolia
Lágrimas surgiram.
Elas não umedeceram o seu rosto,
Mas secaram o seu coração,
O poço da alma,
Aumentando cada vez mais
A sua sede.
Lá ela permaneceu; estática, paralisada!
Esperando que o vento do norte a levasse
Para bem longe dali!
O dia começou a desfalecer.
Seu coração, outrora seco e vazio,
Agora pulsava em desenfreada arritmia.
Desespero!
A maré estava subindo...
Em breve voltaria a ser o que era:
Um simples grão de areia.
Quiçá um dia levado pelo vento,
Quiçá um dia... Em um porto seguro.
Do livro (O Anjo e a Tempestade) de Agamenon Troyan
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