quarta-feira, 22 de abril de 2009
Mulheres que se humilham demais
Essa é uma história real, contada com nomes fictícios. Vamos lá: Ana ficou casada durante 15 anos com Roberto. Hoje é uma trintona, ainda não fez 40. No máximo uns cinco anos depois do casamento, Ana foi demitida do banco em que trabalhava. Desde então, é dona de casa. Terá sido uma opção em nome da maternidade, por exemplo? Não, foi uma questão de acomodação mesmo. Ana nunca fez nem a lição de casa com seus filhos (ela tem dois). Bonita que era, se descuidou completamente da aparência. E engordou, por baixo, uns 15 quilos.
Separada há dois anos, Ana vivia um casamento em frangalhos há pelos menos dez. Sabia que era traída e o marido sequer segurava a sua mão na rua. Era tratada grosseiramente. Mesmo assim, não queria se separar. Isso aconteceu por decisão dele. E ela até hoje não aceitou o fato. Já armou todo tipo de barraco, com direito a perseguir a ex-amante, hoje mulher de seu ex-marido pelas ruas aos gritos de “rapariga”, sinônimo de vagabunda no Nordeste. Foi parar na polícia por conta do episódio. Até hoje liga de madrugada para ele, mesmo que seja para não falar nada. Provoca, arruma motivo, reclama, não supera. Mesmo já tendo ouvido dele, com todas as letras, que já passou da hora de partir para outra.
Eu pergunto: por que algumas mulheres se humilham tanto? Se deixam pisar de tal maneira? Há quem diga que é preciso lutar por aquilo que se quer, mas, peraí, tudo na vida tem limite. Tem gente que não consegue entender quando é preciso partir para outra. E que não há nada de mal nisso. Muito pelo contrário. Como dizia um professor de história do teatro incrível que eu tinha na faculdade, Marco Camarotti, a gente tem o direito de abrir mão de tudo na vida, menos da própria dignidade.
Você não vai ler esse texto, Ana. Nem sonha que está servindo de anti-exemplo neste blog. Mas, aqui do meu teclado, mando vibrações positivas para você. E sinceramente espero que você não demore a deixar o time das mulheres que se humilham demais.
Um beijo,
Isabela – A Divorciada
Separada há dois anos, Ana vivia um casamento em frangalhos há pelos menos dez. Sabia que era traída e o marido sequer segurava a sua mão na rua. Era tratada grosseiramente. Mesmo assim, não queria se separar. Isso aconteceu por decisão dele. E ela até hoje não aceitou o fato. Já armou todo tipo de barraco, com direito a perseguir a ex-amante, hoje mulher de seu ex-marido pelas ruas aos gritos de “rapariga”, sinônimo de vagabunda no Nordeste. Foi parar na polícia por conta do episódio. Até hoje liga de madrugada para ele, mesmo que seja para não falar nada. Provoca, arruma motivo, reclama, não supera. Mesmo já tendo ouvido dele, com todas as letras, que já passou da hora de partir para outra.
Eu pergunto: por que algumas mulheres se humilham tanto? Se deixam pisar de tal maneira? Há quem diga que é preciso lutar por aquilo que se quer, mas, peraí, tudo na vida tem limite. Tem gente que não consegue entender quando é preciso partir para outra. E que não há nada de mal nisso. Muito pelo contrário. Como dizia um professor de história do teatro incrível que eu tinha na faculdade, Marco Camarotti, a gente tem o direito de abrir mão de tudo na vida, menos da própria dignidade.
Você não vai ler esse texto, Ana. Nem sonha que está servindo de anti-exemplo neste blog. Mas, aqui do meu teclado, mando vibrações positivas para você. E sinceramente espero que você não demore a deixar o time das mulheres que se humilham demais.
Um beijo,
Isabela – A Divorciada
21 comentários:
Pois eu acho é que só mesmo a Ana para entender o real significado do amor e da devoção que as mulheres devem ter pelos homens!!! Tá na biblia e mesmo assim a mulherada esquece. Isso ai Ana, amor próprio para vcs mulheres e servir eternamente aos seus machos, mesmo que esses não queiram, mantenhan-se castas e eternamente disponiveis aos seus respectivos homens!!!! (Sem engordar é claro, tem que ser saradinha senão a gente bota pra correr!!!)
22 de abril de 2009 às 22:30ass: Canulhus Para Sempre Eterno.
Eita, Divorciada, vc. pontuou as questões com clareza e sensibilidade. Bom seria que a Ana e todas as Anas repensassem esta condição em que se colocaram na vida. Afinal, a vida é tão curta e rápida prá tanto sofrimento, não é?
22 de abril de 2009 às 22:50Inté,
Marcia A.(agradecendo o dia de chuva aqui em Maceió, oba!)
A Ana é o tipo de mulher que me faz ter vergonha de ser mulher.
22 de abril de 2009 às 23:23É da categoria "mulheres que envergonham o gênero".
Fazer loucuras por amor, perder a cabeça, são coisas que todo mundo já fez uma vez na vida. Mas perder a dignidade, se humilhar dessa forma, é realmente lamentável.
Tb espero que ela volte a viver a vida dela...
bjsss
Debs
Não sei nem o que dizer. Lindo texsto, péssima história.
22 de abril de 2009 às 23:58Triste história de falta de amor próprio, de falta de devoção a si mesma, de dignidade. Mas fazer o que se ela gosta de se humilhar e ser capacho dele? Fazer o que se ela acha que vai reconquistá-lo?
23 de abril de 2009 às 04:07Ela não irá reconquistá-lo, precisa antes reconquistar a si mesma e, principalmente resgatar a si mesma. Mas talvez ela não consiga, porque é cega demais, surda demais, burra demais para perceber que capacho fica do lado de fora da casa e, quando estamos cansados de vê-lo o jogamos na lixeira.
Excelente texto Divorciada
Patifa
Não acho que se trata só de "falta de amor próprio".
23 de abril de 2009 às 08:41Acho que é uma complementariedade patológica..ou seja, a pessoa envolvida "precisa" da relação (e não do outro) para viver. Veja que não se fala dos filhos, do auto-cuidado, dos interesses. O objetivo é apenas ter essa relação (mesmo em frangalhos, mesmo conflituosa, mesmo fragmentos).
Muitas pessoas se comportam assim. Infelizmente.
Não tenho pena da protagonista. Entendo que é comportamental e não nos cabe julgar se é falta ou ausencia de dignidade.
Em resposta ao anonimo que se confundiu todo (ou toda) falando de devoção, bíblia, castidade e para não engordar), meus profundos sentimentos pelo seu raso grau de compreensão da alma feminina e de todos os sentimentos envolvidos em uma relação bitaleral.
Lu Giusti
Amor próprio já. Primeiro vou me amar, depois te amo!!!! A vida é uma só, vamos despirocar, amar, se aventurar como se não houvesse amanhã.... Chega de querer agradar tanto aos outros... Bem egoísta mesmo... Bjoca
23 de abril de 2009 às 09:21Olha...não cheguei a tal ponto mas já tive meu amor próprio e diginidade meio aos frangalhos...até hj não sei o que me levou a isso...e nem tento mais entender...mas no dia que viajei para visitar uma Amiga e quase arruíno meu passeio, choro feito uma tonta e deixo a coitada preocupada comigo ví que não tinha sentido e propósito...que não valia a pena! me doeu chegar aquele ponto, me doeu muito me recuperar...levou um bom tempo...mas tenho como máxima de Vida...se eu não me amar, me cuidar e me respeitar quem é que vai?!
23 de abril de 2009 às 09:59espero que essa Moça se olhe um dia no espelho, se ame, se respeite...e vá a luta...por ela e pra ela...e realmente a frase do seu Professor foi Maravilhosa...roubá-lo-ei-la!
hihi
Amor Próprio tem de ser Item de Fábrica...não opcional de luxo!
Beijos Meus Amores
ps: me dando conta agora que está fazendo praticamente 1 ano dessa revirada!
Que deprimente essa moça. Até um 1/5 disso já seria degradante. Lamentável.
23 de abril de 2009 às 12:48beijos,
Gio
isso será a minha tese de mestrado serio mesmo! o coisa complicada!
23 de abril de 2009 às 14:30sim, estou pesquisando. inclusive, pq isso e revoltante. minha mãe passou por isso vejo amigas passando por essas situações, tenho alguns textos, algumas teses. esta em reformulação.
23 de abril de 2009 às 14:45acredito que devemos amar primeiro a mim depois o outro. mas a dependencia da presença do outro e algo complicado. mesmo sendo solteira no termino de um namoro longo também existe o sofrimento, a humilhação. por mais que colocamos a modernidade feminina acabamos por assumir um papel de fraqueza e baixa-estima perante ao sexo oposto. aceitar as perdas não é facil, mas não devemos viver fingindo ser feliz.
Queria lembrar e - na minha experiencia propria - afirmar: existem os "Ano's" por aí também. E olha, assim como é horrível ser uma Ana, é péssimo ser um Roberto, independente do sexo!
23 de abril de 2009 às 18:02Esse post retrata a realidade de muitas, impressionantemente muuuuitas mulheres que eu conheço. Mesmo algumas sendo lindas e bem sucedidas, no lado amoroso são desastrosas, se humilham, se fazem de tapetinho. E o incrível é que não adianta falar isso mil vezes na cara delas, se é pra algum dia aprenderem, deverão faze-lo por elas mesmas.
23 de abril de 2009 às 20:59Adorei o blog! Beijão
Convivo com algumas meninas-mulheres que agem dessa forma.
23 de abril de 2009 às 22:59Diz que sofre, que não aguenta mais as coisas que os namorados-maridos aprontam com elas. E mesmo assim por "amar" não aguentam fic ar longe.
Antes de mais nada, acho que qualquer um deve amar-se para poder amar alguém!
BeijoooO
Brigada Belinha!
24 de abril de 2009 às 09:09e bora combinar a Virada Cultural! fale com as Meninas!
Beijoooooo
As pessoas que agem assim não conseguem se enxergar sem o outro, não conseguem se assumir como pessoas.
24 de abril de 2009 às 12:47Convivo na minha casa com uma mulher assim, e morro de pena. mas como não se ensina a viver...
Eu não consigo entender, sinceramente, me parece tão doente.
25 de abril de 2009 às 11:33Eu só acho que todos devemos ficar atentos, pois uma pessoa desse tipo acha que não tem mais nada a perder e é capaz de qualquer coisa. Isso não é privilégio das mulheres, existem homens assim também. Deixar uma pessoa dessa entrar na sua vida arrisca a paz, e essa não tem preço! Bjs
huuummmmmmmmmm....
27 de abril de 2009 às 02:00às vezes fazemos coisas que a gente mesmo acha 'deplorável'.
Verdade é que muitas coisas dependem do que sentimos, não do que pensamos sobre elas.
E as vezes se ama 99 vezes e na de número 100 perdemos o controle sobre nossas emoções.
Eu nunca passei por uma situação como a dela...Mas já passei por outras onde me vi fazendo coisas que, fora daquele contexto, eu podia jurar que não faria.
Mas com certeza a Ana e pessoas que reagem como ela reagiu diante da situação precisam de ajuda porque provavelmente sabem que estão erradas, devem querer ser diferentes mas simplesmente não conseguem.
Certos comportamentos são tão viciantes quanto bebida e cigarro.
e fazem tanto mal quanto qualquer outra droga.
Bjos
Atrê
Me chamo Ana, sou do NE, passei por situação semelhante... O importante é a dar volta por cima! Nunca é tarde demais p descobrir o amor próprio!
27 de abril de 2009 às 20:08PS. Estou acompanhando o Blog de vcs!
Bjs!
http://garatujasazuis.blogspot.com
Quando a gente lê algo assim a tendência é ficar pasmo, criticar.
20 de janeiro de 2011 às 17:49Mas vc está resumindo a seu modo a vida de uma pessoa. Na verdade, só ela sabe o que passou, detalhes que fazem a diferença,todos passam por situações que aos olhos dos outros é fácil de resolver, aliás todo mundo "resolve" os problemas alheios com meia dúzia de palavras, quero ver quando for com vc.
Não julgue os outros assim tão rápido.Pro problema dos outros todo mundo tem solução.
20 de janeiro de 2011 às 19:22Postar um comentário