quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Seu dilema: Para ficar perto, viramos casais amigos

O dilema de hoje traz uma história bastante complicada de uma leitora. À primeira vista, parece mais um caso comum de duas pessoas apaixonadas, mas que não têm coragem de abandonar seus parceiros para viver esta paixão. Mas, no caso dela, a situação ficou ainda mais enrolada. Decididos a não abandonar seus casamentos, mas incapazes de ficarem longe um do outro, resolveram apresentar seus respectivos um ao outro, de uma forma que viraram casais amigos, daqueles que viajam juntos e comem pizza no sábado à noite. Apesar da solução aparentemente prática, atração e culpa permanecem rondando a vida deles. E tem mais um detalhe: Eles nunca foram para a cama juntos. Confiram e ajudem com seus comentários.

O Trio

"Há dois anos, durante um trabalho, conheci um homem que acabou se tornando uma pessoa importante na minha vida, apesar de eu ser casada e ele também (inclusive com filhos). Mas ninguém nem imagina a profundidade do nosso relacionamento, apesar de nunca termos nos relacionado sexualmente. Quando nos vimos pela primeira vez, de imediato, nos sentimos atraídos um pelo outro.

No começo, trocávamos e-mails. Dezenas deles. Todos os dias. Depois, passamos a conversar por celular. Várias ligações. Todos os dias. Aí, começamos a nos encontrar no carro. Alguns minutos, algumas vezes, com semanas de intervalo. No começo, ele até falou que sentia algo por mim. Mas que não trairia a mulher. Depois disso, eu me declarei algumas vezes. E ele sempre dizia que não sentia nada. Mas continuava a me ligar. Todo dia.

No ano passado, ele começou a insistir para que tornássemos “oficial” nossa amizade. A ideia era que, se déssemos um jeito de eu conhecer a mulher dele e ele, meu marido, seríamos amigos e poderíamos continuar conversando, só que de forma “normal”. Conseguimos “oficializar” a amizade. Só que, depois disso, continuamos a conversar por e-mail e celular sem os outros saberem.

Ele me liga todo dia. Três, quatro vezes no mesmo dia. Quer saber tudo o que eu faço. Me manda ter juízo quando vou a alguma lugar sozinha. De vez em quando, nos encontramos para tomar um café e conversar. Brigamos várias vezes já. Falamos que não vamos mais continuar com essa amizade paralela. Mas depois ele me liga e voltamos a conversar. Paralelamente a isso, saímos juntos quase toda semana: eu e meu marido e ele com a família.

Nunca nos tocamos. Nunca nos beijamos. Mas sempre que estamos sozinhos, ele dá um jeito de mexer comigo: pega na minha perna, fica falando que estou magra, que preciso engordar. Passo semanas muito bem, obrigada. Mas tem dia que tenho recaída e o “se” fica na minha cabeça. Sei que se fôssemos livres já teríamos ficado juntos. Mas também sei que não iria durar. E ele também sabe. Talvez por isso tenhamos optado por “oficializar” nossa amizade. Se tivéssemos um caso, já teria acabado e não nos veríamos mais. Por mais absurdo que possa parecer, gosto da mulher dele e não quero estragar o que eles têm. Mesmo assim, ainda me sinto atraída por ele. E sei que ele também se sente por mim. Sei que isso não nos levará a nada. Mas não conseguimos colocar um ponto final nessa história. O que eu faço?"

17 comentários:

Giselle Mota disse...

Desculpa a sinceridade, mas acho que essa amizade eh um grande ATRASO DE VIDA! No seu caso, ou eu decidia logo se fico com ele ou nao, ou me afastaria de vez, acabava a amizade mesmo e deixava essa historia pra la...senao, vcs vao ficar como aqueles amores platonicos adolescentes pra vida toda...e assim, continuam "casados" mas nao curtem o casamento! Sera que ficar no "se" ao inves de curtir o "ter", vale a pena?

8 de setembro de 2011 às 06:35
Anônimo disse...

Querida, da uma analisada na frase "Mas também sei que não iria durar", referindo-se a possibilidade de ficarem juntos de verdade. Entao, flor, porque nao pensa em fazer um esforco em acabar com esta amizade idealizada?
Tente rever seu casamento, se vc e seu marido ainda se amam (amam, nao vale medo, inseguranca etc), vale a pena que os dois se enxerguem, com mais transparencia. Vc esta apenas mostrando uma parte de vc e seu marido, provavelmente, faz o mesmo.
Beijos B.

8 de setembro de 2011 às 08:16
Sara Lima Saraceno disse...

De repente, o que vcs precisam um do outro é justamente esse relacionamento de amizade e apoio emocional, sem a parte física, independentemente da atração que vc possa sentir... invista no seu casamente e continue sua amizade com o rapaz, já que, ao meu ver, vcs não estão fazendo nada de mais...
Bjo

8 de setembro de 2011 às 09:27
Reeducação Postural Global disse...

Muitas vezes a fantasia é melhor do que a realidade. Aproveite o máximo da fantasia, viva sua realidade e não se preocupe tanto. :)

8 de setembro de 2011 às 10:15
Evelin disse...

Uau. Sem opnião. Desculpe.

Sorte.

Evelin

8 de setembro de 2011 às 12:02
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Impulsiva como sou, teria aproveitado a "deixa" para terminar o casamento, mesmo que não ficasse com a minha paixão platônica. Mas é difícil julgar. Sorte e siga seu coração sempre.

Obrigada por colaborar com o Dilema.

Bjs da Solteira

8 de setembro de 2011 às 12:11
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Putamerda!

Como Evelin, tb não tenho opinião...fácil dizer para cair fora, mas...

pensando bem, tenho uma opinião sim: transa com ele. Só dá para saber se é algo a mais mesmo se rolar química. Mas aí, hum, veja bem, tudo pode degringolar de vez...

beijos e boa sorte!

deb

8 de setembro de 2011 às 12:39
Anônimo disse...

Geeeeeeeente, que difícil! É complicado pq vcs não estão tendo um caso DE FATO,estão só...meu Deus,estão só o q? haiuhaiua, uma amizade mas segundas intenções e respeito aos parceiros,mas ao mesmo tempo não...que complicado!

Eu não sei bem o q faria...eu tenho uma paixonite platônica por um amigo (q namora a menina mais legal e linda q eu conheço,aliás!) mas a)ele não sabe b)não é correspondida...sendo assim,me contento só com a amizade dele e fico de boa tendo contatos inocentes...agora seu caso já é BEM mais complicado então só consigo desejar sorte,MTA sorte e MTA iluminação! Tô torcendo pra dar certo,seja como for,juro!

=*

8 de setembro de 2011 às 13:37
Andarilho disse...

Eu acho que esse é o caso mais complicado que eu li aqui. Mas eu fico com a Deb, experimentem transar de uma vez. E o resto se resolve depois.

8 de setembro de 2011 às 13:40
A. Marcos disse...

Bom, para mim, amizade e sexo não se escluem.

Amizade sem sexo, menos ainda.

Não consigo entender porque uma relação "platônica" não pode prosperar.

Fiquei aqui me lembrando de um filme romântico que vi hoje: "A Minha Versão Do Amor"!

Amizades pode evoluir para romance, romances podem se reduzir a amizade.

Amizades acabam , romances também, mas tudo sempre vale a pena ser vivido quando é saudável.

8 de setembro de 2011 às 16:24
Maria Lúcia disse...

Eu sempre leio os dilemas aqui narrados e aprecio os comentários. Mas este me chamou a atenção. Motivo? parece que alguém vive o mesmo dilema que eu. Eu sei bem o que é este tipo de "amigo" que, desculpem a expressão, nem trepa, nem sai de cima. O meu " amigo" me cercava por todos os lados, adorava monitorar meus passos, aconselhar( aí de mim se não seguisse os conselhos dele), me seduzia de todos as maneiras. Eu quando comecei com esta amizade era solteira e ele gostava de uma moça. Ele começou a namorar. Inventou que me adorava e que adorar é muito mais forte que amor. Me cozinhava em banho-maria e fantasiar que um dia ele seria meu era dormir nas nuvens. Nunca nos beijamos, mas rolava um tesão enorme nas nossas conversas. Ele adorava me manipular com fantasias e eu me deliciava nesse joguinho de sedução. Ele tinha a namorada por quem era apaixonado e uma amiguinha sempre pronta para os seus momentos de solidão, estresse ou seja lá o que fosse. Quando algum homem me paquerava, ele dizia logo que o cara não estava a minha altura e blá blá blá... Aí depois de um loooongo tempo nesse relacionamento tóxico, eu arrumei um namorado. Ele disse que foi apaixonado por mim, mas muitos eram os empecilhos( não sei quais) e por isso não me namorou. Ele diz que sou uma das pessoas mais importantes da vida dele. Que ninguém no mundo me adora mais que ele e faz de tudo pra que eu sempre esteja por perto. Sádico, manipulador, falso amigo. Brincou o quanto pode. Cansei dele e da amizade dele. As conversas que antes me faziam sorrir ficaram chatas. Tomei um abuso tão grande que quando o vejo dou um jeito de sair rapidinho de perto. Na última vez que o vi, ele disse que eu estava fria e tentou iniciar uma briga. Até pensei em jogar coisas na cara dele , mas percebi que o que ele queria era isso, afinal, saber coisas sobre mim, meus pensamentos e sentimentos fazia um bem enorme ao ego dele que era maior que tudo no mundo. Apenas ignorei a conversa e disse que descobri o quanto meu namorado me faz bem, me protege e estou apaixonada. Sinto que realmente estou me envolvendo com meu namorado e aos poucos me curando dessa " amizade" que tanto me sugou as forças e me adoeceu por 2 anos.
Só quando você perceber o mau que esta amizade te faz e o quanto esse amigo brincou com você é que irá enjoar dele. O fim da amizade será fácil depois disso.

8 de setembro de 2011 às 17:13
Joana disse...

Concordo plenamente com a Maria Lúcia no seu comentário aqui de cima!! Homem que procura amizade assim está só querendo aumentar o seu ego pessoal!
Pule fora o mais rápido possível!
Qd vc perceber já estará tão fora da situação que nem sentirá mais falta...

8 de setembro de 2011 às 17:59
Anônimo disse...

Tive também uma amizade assim, e concordo com a Marcia pura manipulação.Acordei depois de 2 anos, credo nem gosto de lembrar.

9 de setembro de 2011 às 11:50
Anônimo disse...

Obrigada pelos conselhos, sugestões, alertas... Fiquei aliviada por ver que meu caso é mesmo meio complicado - às vezes, achava que eu é que complicava o negócio... Bom, não sei se ele me diria "não" se eu avançasse o sinal. Talvez ele até espere isso, já que aí poderia se isentar da culpa ou algo assim. De qualquer forma, ao menos nesse momento, não penso fazer isso. Por enquanto, me faz bem conversar com ele. E fico mal, admito, quando brigamos e ficamos um tempo sem nos falar. Já passei também da fase da culpa, do remorso. Outro dia, conversávamos sobre isso e falei pra ele: "você não deixa de sair com sua mulher por minha causa; não deixa de transar com ela; eu não deixo de fazer nada com meu marido por tua causa; então, isso não os prejudica em nada". Será mesmo que precisamos contar tudo da nossa vida para nossos parceiros? Sinceramente, não sei. Vou esperar e deixar que o tempo se encarregue de dar um rumo àquilo que até hoje não consegui enxergar um norte. Daqui um tempo, volto aqui para contar a quantas anda minha amizade paralela. Beijos a todos.

9 de setembro de 2011 às 17:25
Ana disse...

Quando acabei de ler o dilema, a primeira coisa que pensei foi que vc já tinha tido algo com ele (fisicamente), mas não tinha coragem de falar porque o que mais tem é gente para julgar se tá certo ou errado...
Bom, já tive paixonites platônicas, mas nada que durasse tanto tempo.
Quando li o comentário da Deb e do Andarilho, pensei: é isso!
Mas é fácil quem tá de fora falar...Se cuida para não se machucar ainda mais nessa relação e não machucar os respectivos.
Beijos e sorte!

11 de setembro de 2011 às 20:58
Adriele disse...

amiga, esse cara eh erro total, um bundao ze ruela. sai dessa

13 de setembro de 2011 às 23:19
Anônimo disse...

Uma história muito interessante, mas extremamente perigosa. O proibido, o gostoso, a fantasia...
Sugiro rever sua relação,procurar renovar e inovar seus laços.
Amigo só presta ter sem atração, senão é confusão,brigas,cobranças,ciúmes e manipulações.
O fato de você de aproximado as famílias torna a relação muito mais delicada de se administrar. É confusão garantida se não mudar o foco desta relação.
Boa sorte e evite falar tanto de sua vida amoroso e pessoal com este seu AMIGO.

Maceió-Al

20 de outubro de 2011 às 11:56