segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Patroa, não!
Descobri que a vida pode ser melhor quando se tem uma Nancy por perto. Nancy é a diarista que trabalha lá em casa. Apesar de diarista, ela só vai de 15 em 15 dias porque senão o dinheiro é que vira pó. Diria que ela é quase uma mãe. Lava, passa e deixa a casa que é um brinco só. Depois de Nancy, percebi que a vista lá de casa melhorou muito, porque os vidros deixaram de fazer parte dela.
Sim, porque antes de Nancy, a faxineira era eu. Economia mais burra não há. O chão até que ficava bonitinho, mas os vidros ficavam com aquelas marcas de quem tentou, inutilmente, limpá-los, o topo da geladeira e os armários da cozinha eram as autênticas "terra de Marlboro", não viam um pano há séculos. Ou vocês acham que eu ia ter saco de pegar uma escada, subir lá em Deus me livre para limpar o que ninguém vê? Ah, sim, esqueci de mencionar um pequeno detalhe: Nancy tem mais de 1,75m, enquanto euzinha estacionei nos 1,60m há muitos e muitos anos. O mundo é ingrato com as baixinhas às vezes...
Neste pouco tempo de convivência, já descobri que ela quase foi modelo na juventude. Mas o pai, intransigente, teve um ataque histérico quando descobriu que Nancy clicava aqui e acolá. "Ah se eu tivesse escutado a minha intuição", disse. Infeliz de nós que perderíamos Nancy, a maga dos panos e removedores, capaz de transformar qualquer pardieiro em casa digna de revista de decoração.
Confesso que, apesar da maravilha que é ter Nancy na vida, sempre me perco depois da faxina. Nancy é a estrela do lar, ou seja, arruma tudo do jeito dela. Só que casa de solteiro ou solteira é praticamente habitação de deficiente visual. Um pente sai fora do lugar e não sabemos mais onde estamos. Pois é, e não é que da última vez que Nancy esteve lá o meu pente de madeira - e de estimação - desapareceu.
Sem tempo para procurar e achando que o regalo tinha sido raptado por algum gnomo escabelado, resolvi deixar rolar. Que o destino pusesse o dito cujo novamente no meu caminho, mesmo que o mundo não tivesse mais de 40 metros quadrados neste caso. O mistério só foi elucidado quando recebo uma ligação, quase uma semana depois da faxina, e às 11 e bolinha da noite. Era Nancy...
Nancy: "Ô fia, sou eu, Nancy"
Solteira: "Oi Nancy, tudo bem? O que houve?"
Nancy: "Ô fia eu fiz uma coisa horrível, você não vai acreditar. Não reparou nada estranho aí na sua casa?"
Solteira (achando que já sofria de intoxicação de gás): "Na-não... Nancy, o que aconteceu?!??!"
Nancy: "Ô fia eu levei seu pente, tava embolado na minha roupa. Devo ter jogado as minhas coisas em cima dele e, na hora de guardar, o pobre veio junto."
Solteira (rindo de alívio): "Ô Nancy, que isso? Traz na semana que vem, ué."
Nancy: "Eu levo, eu levo. Fiquei tão preocupada. Pôxa, o que a patroinha ia pensar de mim."
Naquele momento, me senti a dona Scarlett, de O Vento Levou. Ô Nancy, patroa, não!!
A Solteira
6 comentários:
Na minha casa a patroa é dona Maria! Toda quinta ela baixa aqui em casa e já chega me dando bronca.
2 de fevereiro de 2009 às 21:02- Ih, lavou pouca roupa hein? Não tem quase nada para passar!!
"Maria, vou almoçar fora"
- Ah, hoje você não vai fazer a comida?
"Maria, quem quebrou essa luminária?"
- Não sei. E você me pergunta? deve ter sido o "Junho" (Junior, o Charlie)
"Maria, você pode limpar as portas hoje?"
- Hoje não é dia de limpar as portas. Limpo a cada quinze dias (ãaah?)
E quem é mesmo a diarista??
A Casada que não sabe dar ordens na diarista...
Quantas histórias teríamos destas incríveis mulheres milagreiras q limpam inúmeras casas e voltam depois às suas para cuidar de 7-8 filhos e do marido (as vezes um homem não homem).
2 de fevereiro de 2009 às 21:46Minha diarista está aqui há um bom tempo, nem lembro quanto. Mas ela não limpa nada. E não conseguimos despedí-la. Maldosamente, admito, a chamo de DinoSaura, já que seu nome é Isaura. Ela deve ter perto dos 70 anos. Fazemos uma certa caridade ao mantê-la aqui. Limpamos a casa no dia anterior a sua visitinha semanal.
E olhe que espanto. Semana passada a mãe dela ligou!!! A dino ainda tem mãe e que voz forte!!! Adoro as mulheres, todas que conheci tem um que de milagreira.
HAUEHUAHEUAHEUAHUEHAUEHAUHEUA
2 de fevereiro de 2009 às 22:18não tou só no Mundo...achei que era a única que queria degolar a faxineira, diárista...sei lá o que...aquela coisa muda tudo de lugar...mas limpa bem graças a deus..´.
a Minha Coisa Fofa Imprescindível na Vida dessa Dona de Casa que abomina mortalmente cuidar de casa chama-se Johny...não me olhem em pânico...é homem...tá é gay...e consegue limpar a casa toda e tem unhas que deixam as minhas nos chinelo...juro!
tá só há 6 anos comigo...mandão, desobediente, as vezes relaxa um cadim no serviço, mas sempre de confiança...e limpa direitim...
eu e o Johny que vai levar bronca na sexta...pq deixou meu armário de panelas/plásticos/tudo que num coube em mais lugar nenhum, uma zona!
Beijos Meninas
Amiga Solteira,
2 de fevereiro de 2009 às 23:06Adooooooooro Scarlet, hahaha!!!! E tenho em casa não uma faxineira, mas um anjo chamado Marilda. Qualquer dia escrevo sobre ela tb.
Beijos,
A Divorciada
Meninas
3 de fevereiro de 2009 às 07:48Eu tenho a PopStar, creiam, é assim que ela se chama. Realmente é uma economia que eu nao farei mais em toda minha vida,vale a pena pagar pra ter o sábado livre, porque a Pop deixa tudo límpido, lindo e "quase-perfeito" o problema da pop é que na hora da limpeza ela pega tudo quanto é roupa que vê espalhada e "empurra" no guarda-roupa... Mas, tenho paciência e com o tempo ela aprende como se faz com as roupas...
Mas meu anjo da guarda que adorava era uma gaúcha, sabia o que tinha de lavar, passar, limpar e nunca me lembro de ter dito o que devia e o que nao deveria ser feito, ela sabia tudo, conhecia a casa melhor que eu, quando eu chegava no final do dia ainda tinha uma comidinha que ela fazia e deixava pra mim e a casa era um perfume só... ah que saudades da gaúcha...agora ela mora anos-luz de mim snif, snif
beijos
Beta,
3 de fevereiro de 2009 às 17:05onde vc arranjou um diarista gay???
SENSACIONAL!
Isso vale um post, hahaha.
bjsss
A Casada
Postar um comentário