segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
A paz invadiu o meu coração
Minha mãe estava arrumando umas coisas e encontrou uns cadernos meus do ano passado. Eram de trabalho, nada demais. Ia jogar fora quando vi uma carta que escrevi para uma pessoa em novembro do ano passado. No fundo, a carta era para mim mesma. Era um desabafo doído de tão triste. Falava de um amor não concretizado, de uma falta que deixou um rombo no meu coração e de uma não perspectiva de felicidade em relação àquela história. Uma carta que nunca chegou a seu destinatário e que fez a remetente feliz um ano depois. Senti um alívio tão grande ao perceber que aquele sentimento não mais me pertencia. Quase que não me reconheço naquela letrinha miúda. Cheguei até a sentir pena daquela Débora de 2009. Dei um suspiro de satisfação e conclui: apaixonar-se é muito bom, mas sentir paz no coração é sem igual.
Débora - A Separada
16 comentários:
Ai, Débora...
13 de dezembro de 2010 às 00:08Sei bem como é isso...
Sensação de libertação.
Libertar-se de um sentimento.
Estranho isso.
Também tenho cartas sem resposta.
Eu nunca as enviei.
Aliás, assim como você, acho que as escrevi para mim.
Nem sempre elas me fazem bem numa primeira leitura...
Enfim... Bom sentir-se em paz!
Beijocas!
Deixo para você, Debora, um trecho do livro Como ler Lacan, de Slavoj Zizek: "Lacan bem expressou no final do seu 'Seminário sobre A carta roubada', uma carta sempre chega ao seu destino. Podemos dizer até que a única carta que chega completa e efetivamente ao seu destino é a carta não enviada (...) A conservação da carta não enviada é sua característica impressionante. Nem a escrita nem o envio são notáveis (com frequência fazemos rascunhos de cartas e os jogamos fora), mas sim o gesto de guardar a mensagem quando não temos nenhuma intenção de enviá-la. Ao guardar a carta, nós a estamos enviando de algum modo, afinal."
13 de dezembro de 2010 às 01:12Deb!
13 de dezembro de 2010 às 03:50Que lindo.
O melhor, é ver ainda, como as coisas se transformam, né?!
Será que a Débora de 2009 imaginava que um dia aquelas palavras trariam alegria e um bom suspiro de satisfação?
Ainda bem que tudo passa, até uva, né?! rs.
Eu estava conversando essa semana com um amigo, que me contava sobre sobre a dor de estar apaixonado e não ser correspondido, e a angústia de viver em função desse sentimento, pensei o mesmo que vc...paz, que delícia...rs.
PS. Muitas cerejas na carta com letrinha miúda? ;) hehe.
PS 2. Amo essa música do Gilberto Gil. =)
Um beijão!
Uhulll! Disse tudo...
13 de dezembro de 2010 às 06:23Nossa, eu tô me sentindo tão melhor depois que meu coração está em paz, em stand by. E espero, sinceramente, que ele demore mais um pouquinho para se apaixonar novamente.
Engraçado como o tempo cura, mesmo não a gente não acreditando nisso. Eu, como amigo, não poderia ficar mais feliz com seu post. Mas, por outro lado, me senti estranho o lendo, pois este esquecimento sem perceber tomou conta de mim também. Eu mal lembrava desta história e de todo seu desenrolar... É realmente maravilhoso ver como terá uma virada de ano diferente. E voltei a confiar no tempo :) Há!
13 de dezembro de 2010 às 08:46A carta então cumpriu seu objetivo. Mesmo que um ano depois.
13 de dezembro de 2010 às 09:17Tenho procurado há mais de 3 anos por essa Paz. Não consegui ainda me libertar desse fardo de um amor não correspondido.
13 de dezembro de 2010 às 09:55Não há dinheiro que pague a nossa paz de espírito, Deb. E essa paz, cabe a nós, só a nós. É responsabilidade nossa cultivar a nossa paz interior.
13 de dezembro de 2010 às 11:09Beijos, e muita paz pra todos.
Verônica.
Deb,
13 de dezembro de 2010 às 12:43Fico feliz com a sua felicidade. É muito bom levantar a poeira e dar a volta por cima.
Não sei porque tem gente que insiste em permanecer parado. Admiro pessoas como vc que sabem se renovar.
Tenho sentido isso esses dias e até escrevi algo a respeito:
http://conviteaosilencio.blogspot.com/2010/12/clima-de-dezembro.html
“Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver."
"Feche a porta, mude a música, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era e se transforme em quem é.”
Fernando Pessoa.
Vejo que vc soube bem se transformar em quem é.
Beijokas
A gente fica mesmo em um estado irreconhecível nestas horas. Apesar do sofrimento, quando o coração está vazio, sentimos falta deste estado de irracionalidade. Lembro agora de uma charge que vi ontem muito legal. Um homem na mesa de cirurgia pra tirar a flecha do cupido que tava em seu coração. Quando tiram, ele grita: "PÕE DE VOLTA, PÕE DE VOLTA". Achei ótima.
13 de dezembro de 2010 às 12:59Beijos da Solteira
Maravilhoso! Isso está estampado em vc, amiga. Essa felicidade.
13 de dezembro de 2010 às 15:35Cubra-se de glórias.
Beijão,
Bela - A Divorciada
Débora,
13 de dezembro de 2010 às 15:52Tenho tantos emails nos "Rascunhos" ou enviados para amigas antes de ir para o destinatário final... Tudo para escutar uma segunda opiniãozinha, etc e tal. Concordo com o que a Anita disse... "Podemos dizer até que a única carta que chega completa e efetivamente ao seu destino é a carta não enviada (...) A conservação da carta não enviada é sua característica impressionante". Pode guardar a carta, mas liberte seu coração! Completo com a mensagem de um email que recebi esta semana sobre o desapego no feng shui. É preciso deixar um espaço, um vazio, para que novas coisas cheguem à sua vida. "Os bens necessitam circular. Limpe as gavetas, os armários, o depósito... A mente... Quando se guarda se considera a possibilidade de falta, de carência...acredita-se que amanhã poderá faltar e não haverá maneiras de suprir as necessidades. Com este pensamento, estás enviando duas mensagens ao teu cérebro e sua vida: a de que não confias no amanhã e a de que o novo e o melhor não são para ti...
Então, deixa entrar o novo dentro de você, Deb e guarda a carta só para ver como você evoluiu e as coisas renovaram :)
Sonho isso para mim tb!!
q legal!!! parabéns!!!
13 de dezembro de 2010 às 22:14É tão bom quando a gente vê as fotos de um furação depois de tudo reconstruído e percebemos como tupo realmente passou e fizemos as coisas ainda melhores!!
13 de dezembro de 2010 às 23:20Assim é a vida... muito linda a sua partilha!
Super beijos
Essa paz não tem preço. Curta muiiitoo ela!!! Nenhuma pessoa pode te dar essa paz, só vc mesmo.
14 de dezembro de 2010 às 08:30Bjs!! Giu.
Ai Débora...parabéns querida que ótimo!
14 de dezembro de 2010 às 18:40feliz por vc!
beijocas,
Mari
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