segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Toco com humor
“O problema sou eu, não tem nada a ver com você”. “Não quero me envolver”. “Eu te amo, mas não posso ficar com você agora”. Quem nunca ouviu ou falou estas frases para alguém? São tipos bem conhecidos de “tocos”, vulgo “pé na bunda”. Dói dar um toco e dói mais ainda receber. Mas dá para lidar com essa frustração de uma forma bem humorada e tirar lições com eles. É o que acreditam as jornalistas Letícia Rio Branco e Fabi Cimieri, que acabam de lançar o livro “O Guia do Toco”. Morri de rir com a descrição dos mais variados tipos. Elas separam os foras em clássicos, sinistros e esfarrapados.
Os clássicos são os mais conhecidos, como o “Bina” (não atende mais ligação), o “A gente se fala”, o “Mr. M”, o da “Ex”, o “Bula” (quando a desculpa é uma doença), o “Coração Fechado”, o “Não Sou Apaixonado” e o “Toconfuso”.
Os esfarrapados são mais os mais fáceis de serem perdoados, segundo as autoras, como o “Toco celular que não pega”, o “Tribalista” (não sou de ninguém), “O problema sou eu”, o “Tocosono” e o “Tocopressa”.
Os piores são os sinistros. Aqueles que não deixam dúvidas e precisam ser digeridos por dias, meses ou anos. Um deles é o “Máximo”, quando você se descabela para não terminar e acaba ouvindo uma verdade. Tem também o “Eu sou Gay”, o “Amnésia” (quando a pessoa não lembra de você) e o “Não te conheço mais”, ideal para terminar uma relação longa.
A lista é interminável e faz a gente lembrar que um toco sempre joga a gente para frente. Ou pelo menos nos obriga a seguir para algum lado, menos para trás!
Patrícia - A Solteira
13 comentários:
Patricia,
27 de dezembro de 2010 às 00:12Sabe que até fiquei mais animadinha depois do seu post.
Vou encarar com mais humor os tocos,rs.
Beijos !!
Segura é a mulher do saci... Sabe que se levar um pé na bunda, quem cai é ele!
27 de dezembro de 2010 às 00:44Beijo, beijo!
Usina de Compostagem de Idéias!
Quanto toco, dei muita risada!
27 de dezembro de 2010 às 05:40E o comentário da mulher do Saci? hahahaha.
E quando você leva um toco na maior e de graça? Eu, queta no meu canto, chega uma criatura do além que nunca vi na vida, dizendo: Você é atraente, parece ser super legal, e eu queria muito te ficar com você. Mas, tenho namorada, mora na França e amanhã estou viajando para encontrá-la. É uma pena, me desculpa.
OI???? Pense numa cara de ué...rsrs. Toco sem nem saber de onde e pq veio. Rsrs.
Beijooo
Hahaha, adorei os 'tocos'.
27 de dezembro de 2010 às 08:50Quem nunca levou um toco q atire a primeira pedra.
27 de dezembro de 2010 às 09:30Beijos, meninas!
Verônica
hahaha
27 de dezembro de 2010 às 09:53legal^^
Evelin
Rir é o melhor remédio...Sempre!!!
27 de dezembro de 2010 às 13:14Beijos,
Bela - A Divorciada
Acho que o que eu tomei pode ser enquadrado na categoria SINISTRO. Eu vinha num relacionamento meio morno mas ele começou a se mostrar mais carinhoso, fazer planos e culminou me pedindo em casamento. Viajei por 18 dias e, na volta, após um jantar (feito por mim e que ele papou muito bem) surgiu o assunto. Ele falou: "Mas eu tava BRINCANDO! Você acreditou que eu queria casar com você? desculpa ter te magoado..." (!!!!!)
27 de dezembro de 2010 às 14:08Finaliszou com as tosquices de sempre,dizendo que eu sou bonita,vou encontrar alguém,que o problema está nele e não em mim(concordei,lógico) e que ele não ia me fazer feliz.
Ôh Coisa Triste!!!
27 de dezembro de 2010 às 17:34Aqui se chama de "fora"... Levei um "fora", ou dei um "fora".
Um que nunca esqueço foi quando cheguei toda esquisita na casa do namorado, recusando beijo, me saindo do abraço e ele rindo: "O que é, conheceu outra pessoa?" e eu séria: "Conheci!" E ele pasmo: "Porqeu não terminou comigo antes de ficar com ele?" e eu aliviada: "Por que não tinha te visto. Mas estou aqui justamente para terminar.".
Beijos,
Cinthya
Cinthya,
27 de dezembro de 2010 às 18:13aqui também é fora!!! kkkk
Eu nunca tinha ouvido falar em "toco", mas curti a expressão =)
Rafaela...que história!!! Vc terminou ali mesmo, né??
baccios, lindonas e lindões
deb
A história da Cinthya é demais. Ri muito. Tinha ouvido "toco" só uma vez aqui em SP. O cara me disse: "Pô, vc me deu um toco" e eu não entendia kkk. Enfim, muda o nome, mas a dor é a mesma rs.
27 de dezembro de 2010 às 18:25Bjs da Solteira
Divertido é ler ou lembrar dos tão temidos tocos!!!
27 de dezembro de 2010 às 21:57Mas na hora não tem que fique cheio de humor.. kkkkk
Adorei seu post!!!! bjosssssssss e feliz ano novo!!!
Você estava apaixonado por alguém e levou um fora. Acontece mais do que acidente de avião, desastre com romeiros e incêndio na floresta. Corações partidos é o grande drama nacional. O que fazer? Ainda não lançaram um manual de auto-ajuda que consiga eliminar nossa fossa, e dos amigos só podemos esperar uma frase, repetida à exaustão: tire esse cara da cabeça. Parece fácil. Mas alguém aí me diga: como é que se tira alguém de um lugar tão cheio de mistérios?
28 de dezembro de 2010 às 00:52Gostar de alguém é função do coração, mas esquecer, não. É tarefa da nossa cabecinha, que aliás é nossa em termos: tem alguma coisa lá dentro que age por conta própria, sem dar satisfação. Quem dera um esforço de conscientização resolvesse o assunto: não gosto mais dele, não quero mais saber daquele prepotente, desapareça, um, dois e já!
Parece que funcionou. Você sai na rua para testar. Sim, você conseguiu: olhou vitrines, comeu um sorvete e folheou duas revistas sem derramar uma única lágrima. Até que começa a tocar uma música no rádio e desanda a maionese. Você não tirou coisa alguma da cabeça, ele ainda está lá, cantando baixinho pra você.
Táticas. Não ficar em casa relendo cartas e revendo fotos. Descole uma festa e produza-se para matar. Você bem que tenta, mas nada sai como o planejado. Os casais que se beijam ao seu lado são como socos no estômago. Você se sente uma retardada na pista de dança. Um carinha puxa papo com você e tudo o que ele diz é comparado com o que o seu ex diria, com o que o seu ex faria. Chamem o EccoSalva.
Livros. Um ótimo hábito, mas em vez de abstrair, você acha que tudo o que o escritor escreve é para você em particular, tudo tem semelhança com o que você está vivendo, mesmo que você esteja lendo sobre a erupção do Vesúvio que soterrou Pompéia.
Viajar. Quem vai na bagagem? Ele. Você fica olhando a paisagem pela janela do ônibus e só no que pensa é onde ele estará agora, sem notar que ele está ali mesmo, preso na sua mente.
Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. Permitir-se recordar, chorar, ter saudade. Um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la. Com fórceps é que a criatura não sai.
Postar um comentário