quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

As mal-amadas




Sabe aquelas mulheres que fazem de tudo para ter uma migalhinha de amor? Que se submetem a situações horrorosas em troca de um “eu te amo”? (na hora do sexo selvagem, claro). Que tratam o marido ou namorado como se eles fossem bebês? Então, são todas elas mulheres incríveis, fortes, independentes e lindas. E só se esquecem disso ao idealizarem – demais – o amor romântico com o qual sempre sonharam. Quem afirma isso é uma psicanalista venezuelana que de tanto ver mulher assim em seu consultório, escreveu o livro Mujeres Malqueridas (ainda sem tradução para o português). A Folha fez uma entrevista bacana com ela faz um tempinho. Veja aqui.

Eu já tive meu momento amor-migalha, mas tive que botar o racional para funcionar se não me transformaria num membro permanente do clube das mal-amadas. Isso porque eu sempre tive para mim que amor é para agregar, fazer evoluir, transformar. Não que ele seja 100% cor de rosa. Não é, mas também não pode fazer sofrer 95% do tempo. Eu acompanhei durante um bom tempo uma mulher que poderia ser a presidente desse clube. Diria que ela tem PhD em amor-migalha de tanto que se sujeitou aos maus tratos e maus momentos com seu ex-marido em nome de um "casamento sólido". Em nome dos raríssimos momentos de quase-ternura que ele dava a ela. Na verdade, ele nem dava. Mas se ele ria de uma coisa que ela dizia, aquilo soava como um “eu te amo”.

Um dia, enfim, ela se olhou no espelho e finalmente viu que ela era incrível, linda, independente e cheia de amor para dar. Deu tchau ao marido e foi viver a vida de uma nova forma.

Hoje, sozinha, se sente bem-amada.

Débora – A Separada

13 comentários:

Vê Guimarães disse...

Ainda bem que sempre há esperança pra mudança não é?

17 de fevereiro de 2011 às 00:56
Borboleta no Casulo disse...

Realmente, as mulheres mal amadas são todas lindas, fortes e intelentissimas, mas sofrem tanto, tem tanta baixa autoestima q se substimam a qualquer coisa...já fui assim!
Bjs

17 de fevereiro de 2011 às 08:40
Andarilho disse...

Fiquei com vontade de ler o livro.

17 de fevereiro de 2011 às 08:59
O Divã Dellas disse...

Por isso eu sempre digo: Ou sou muito bem amada ou permaneço sozinha.
Beijos,
Cinthya
http://odivaadellas.blogspot.com

17 de fevereiro de 2011 às 09:20
Mãe disse...

Quem mantém o casamento, enquanto quer ou se submete, é a mulher. Às vezes a cohabitação (pensei em 'união' mas união é diferente) se arrasta por motivos circunstanciais. Aconteceu comigo e as circunstâncias (impeditivas à separação) não eram materiais.
O dia em que me separei foi o dia mais feliz da minha vida. Depois? A melhor época da minha vida. Só quem se liberta de um traste - e da impressão de que tem que suportar aquilo - conhece a sensação!
Bjs,

17 de fevereiro de 2011 às 09:24
Drika disse...

Amei o post de hj, li a materia tb....parabéns vc são demais
bj
Drika

17 de fevereiro de 2011 às 09:51
Olívia disse...

Também quero ler...
mas tenho medo de ser uma dessas ahahahahahahahahahahah

.Olívia.

17 de fevereiro de 2011 às 10:01
SIL...Jasmim Flor ... disse...

Esse post me fez repensar minha postura no amor, acho que me sinto uma da mal amadas. Mesmo quando sou amada fico com a sensação de que falta algo, acabo me envolvendo com pessoas problemáticas e o retorno é sempre aquém do que gostaria. Sou perfeccionista e em tudo crio expectativas acima do normal. Foi muito bem colocado o assunto preciso repensar esse meu jeito de amar.
BJS

17 de fevereiro de 2011 às 11:32
Merlaine Garcês disse...

Gostei daqui!

Seguindo vcs!
Bjs!

http://wwwautenticidade.blogspot.com

17 de fevereiro de 2011 às 13:29
Márcia de Albuquerque Alves disse...

Também tive meus momentos assim Deb. E como é difícil olhar e vê o quanto você fez por migalhas.

adorei o texto. bjs

17 de fevereiro de 2011 às 14:31
Anônimo disse...

Nem quero ler, pq, como disse a Olívia, medo de ser uma dessas.

Bjs da Solteira confusa

17 de fevereiro de 2011 às 17:49
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Nossa, muito interessante esse trabalho, eu achei.

Vamos entrevistar a autora para o blog quando lançarem no Brasil?

Besitos,

Bela - La Divorciada

17 de fevereiro de 2011 às 18:41
Frô disse...

E quem é que nunca agiu assim, pelo menos uma vez na vida? Ainda bem que a vida ensina.

Adoro amar, mas o que eu adoro mesmo é ME amar.

Beijocas meninas,

Frô

21 de fevereiro de 2011 às 09:09