segunda-feira, 20 de junho de 2011

O amor do bem-estar X o amor da evolução

Lendo a Claudia desse mês, no meio de um dossiê imenso sobre amor, achei uma entrevista fantástica com o psicólogo Roberto Gambini sobre fim de relacionamentos. Uma única resposta dele disse muita coisa sobre a minha própria história e sobre o que penso do amor no geral. Instintivamente, sempre fui atrás do amor da evolução - que é o que me supre. E, de fato, na hora de terminar ele é doloroso, claro, mas bem mais suave que algumas pacandarias que se vê por aí. Antes que pareça que eu sou doida, copio abaixo a explicação dele:

"O término depende de como foi o começo. Existem dois tipos principais de relacionamento. No primeiro, o casal busca bem-estar, quer adquirir bens, aumentar o prestígio social, construir uma família bem-sucedida. Um fica puxando o outro para cima: 'eu queria que você fosse mais isso, mais aquilo'. No segundo, as pessoas se juntam para evoluir. Às vezes, nem há riqueza material. Eles se amam porque são do jeito que são. Não estou julgando nenhum tipo porque ambos são baseados no amor. Aquele que vive do bem-estar acaba em litígio por causa do patrimônio. O que era motivo de orgulho vira troféu de guerra. No outro, o amor se transforma em aceitação.

(...)

Sempre há tristeza - mas de formas diferentes. Para quem preza o material, tem de ter raiva, porque é da natureza daquela relação. Senão, vira doença emocional e depois física. Para quem está no outro modelo, a perda é como um tecido que se rasga. Dói porque dói, não importa se há objetos ou dinheiro na história. Não estou dando receita. Apenas observe que o ser humano funciona dentro de estruturas sociais. É preciso descobrir qual delas você tem escolhido."

Boas reflexões e ótima semana, pessoal!

beijos

Débora - A Separada

7 comentários:

Andarilho disse...

Adorei essa frase "O término depende de como foi o começo."

Vou começar a usá-la pra tudo. ;)

20 de junho de 2011 às 09:22
João do Espírito Santo disse...

Era do Biquini Cavadão a musica que tem um trecho: "tudo bem, quando termina bem"?

Acho que barracos só deixam mais tristes os rompimentos e já que estou usando trechos de musicas, por que não "ficar amigos, sem rancor" ?

20 de junho de 2011 às 13:23
Anônimo disse...

Sensacional esta abordagem. Acho que ia detestar estar com alguém que ficasse o tempo todo dizendo que eu tenho que ter ou que ser isso e aquilo. Prefiro o caminho da evolução.

Bjs da Solteira

20 de junho de 2011 às 15:22
Carol disse...
Este comentário foi removido pelo autor. 20 de junho de 2011 às 16:15
Carol disse...

Da-lhe amor evolução!

20 de junho de 2011 às 16:17
Juliany Alencar disse...

Gostei desse trecho: "a perda é como um tecido que se rasga. Dói porque dói, não importa se há objetos ou dinheiro na história". No amor da evolução é assim mesmo!

21 de junho de 2011 às 09:20
Cilo Roberto disse...

Gostei do texto todo... otima reflexão... beijos

21 de junho de 2011 às 22:15