terça-feira, 11 de novembro de 2008

A casada na balada

A casada na balada é um evento anual tal qual a Páscoa e o Natal. Algumas vezes chega a ser semestral. Exige um esforço, uma força de vontade e uma determinação sobre-humana. Não estou falando de conversa em mesa de bar e nem de pizza na casa dos amigos - afinal, essa sim é a balada da casada! Mas sim de sair para dançar, se acabar e voltar cinco da matina relembrando os bons tempos da faculdade.

E eu, que já sou preguiçosa por natureza, tenho tendência a ficar em casa vendo A Favorita fácil, fácil. "Você troca uma balada com muita cerveja, música boa e animação pela novela das oito? SIIIIIIIM".

E o mais contraditório é que sou uma pessoa festeira por natureza. Gosto de farra. Sou a animadora - ao lado de uma prima maluca - das festas de família, sou chegadinha numa cerveja e a-do-ro requebrar ao som das músicas mais cafonas do mundo.

Mas a balada me dá preguiça. Mesmo nos tempos de solteira eu já era assim. Essa coisa de fila para entrar, consumações mínimas a pagar e o clima de guerra total, putz, nunca gostei muito disso.

Agora, então, quando eu saio, parece que está escrito na minha testa: sou casada, não bula comigo! Nem preciso usar aliança para afastar xaveco de noitada. Mas ainda assim, quando algum insistente avança, e acabo dizendo que sou casada, sou fuzilada. O forfo reage de uma forma que parece dizer: "então o que a SENHORA está fazendo aqui??". Como se balada fosse um território de azaração pura. Nada mais, nada menos.

Pois há umas duas semanas, saí com amigas muito queridas. Fomos nessa mesma Choperia Liberdade de onde minha amiga Divorciada foi expulsa. Fui lá para beber e cantarolar. Eu estava num clima tão bom de curtir as minhas amigas que a noite foi uma delícia. Não teve guerra e nem fuzilamento. Simplesmente curti a farra. Cantei (mal) pacas. E até banquei a cupido para uma amiga recém-separada.

Cheguei em casa quase quatro da matina com muita cerveja na cabeça. Maridão roncava profundamente. E pela primeira vez caiu a ficha de que é perfeitamente possível ser uma casada na balada. Por que não?

Considerei até em aumentar a frequência de saídas para 3 vezes por ano.

Mas que dá uma preguiça, ah isso dá!

A Casada

5 comentários:

3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Amiga Casada: adorei saber que a freqüência de baladas vai aumentar!!! Vamos fazer a festa de final de ano do blog na Choperia?

Além de Fábio Júnior, vou querer cantar Luan e Vanessa, tá?

Beijos,

A Divorciada

11 de novembro de 2008 às 10:50
Anônimo disse...

Eu fui uma das amigas que estava na balada. Confesso: eu sou uma divorciada com uma alma de casada...heheeheh...também tenho muita preguiça. mas, às vezes, o esforço vale muito. Aquele dia foi bacana demais. Inesquecível! bjos
Paloma C.

11 de novembro de 2008 às 12:17
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Ahahahahaha! FoRfo! Nossa, esse espécime noturno merece um post. Preciso sair na balada para me inspirar. Pode ser algo assim: O dia que encontrei um foRfo!
beijos,
A Solteira

11 de novembro de 2008 às 23:23
Anônimo disse...

Concordo com a amiga casada, sou praticamente casada, mas desde que me conheço o meu lance sempre foi um barzinho, boa música e ótima conversa com os amigos. Dá preguiça se arrumar, ir até o local e enfrentar aquele povo todo, mas depois que está lá é só alegria! O único incômodo é chegar em casa fedendo cigarro, mas faz parte ;)

12 de novembro de 2008 às 09:02
Felipe Gomes disse...

Me identifiquei muito com o texto. Também estou muito preguiçoso pra essas coisas.

8 de dezembro de 2008 às 13:41