segunda-feira, 2 de março de 2009

Banheiro: a última fronteira


Uma vez li uma declaração dessas modelos-atrizes que me deixou intrigada... "A relação que tenho com o meu marido é de tanta cumplicidade que vamos ao banheiro de porta aberta". Tempos depois, os dois se separaram. Claro! Eles desrespeitaram os limites da última fronteira. No banheiro, não há disfarces. Somos o que somos e o banheiro é prova cabal disso.

Entre pensatas fisiológicas e a bagunça inegável de quem só sabe tomar banho igual a um pato, não há relação que flua direito quando este território torna-se pequeno demais. Ainda mais para quem já curtiu um banheiro todinho seu, coisa que só a solterice permite sem culpas.

Que alegria é um banho demorado sem uma criatura do lado de fora batendo na porta desesperadamente. :O)

Coisa maravilhosa é poder dormir mais cinco minutos porque ninguém vai levantar na sua frente e ocupar ad eternum aquele espaço sagrado, enquanto a bexiga está explodindo, a barriga é uma revolução francesa do jantar da noite passada e a cama te expulsou tarde demais para chegar no trabalho na hora.

Toc-toc. "Vai demorar muito?!?! Tô atrasada!"

O ícone do casal unido que escova os dentes um ao lado do outro, e em pias separadas, é ridículo. Porque ao invés de duas pias não mostram logo duas privadas dentro do mesmo banheiro? Não mostram, né? O banheiro é território que exige respeito e deveria ser usado de forma mais inteligente. Se o dinheiro permitir, "dois quartos de banho, por favor!", pode ser a senha para a felicidade. Cada um com seu quadrado de azulejo até o teto. Ao outro, o acesso é livre desde que usado com parcimônia e uma dose de aventura. Aí, o banheiro pode ser divertido. Como parte da rotina, se possível, jamais!

O banheiro também dá sinais. Ducha logo depois da cama é sinal de que a história tem grandes chances de não ter futuro. Como alguém realmente interessado trocaria um spooning time por um chuveiro? Já aquela escova de dentes que parou ali do lado da sua como quem não quer nada, sei não....

Pedaço egoísta do lar, campo de batalha para muita gente. Aos que tem que conviver com toalha molhada que não é sua no chão, a gilete enferrujada cheia de pelos, a patinação no box por causa do óleo de banho que não lhe pertence, ao shampoo aguado porque "alguém" deixou a tampa aberta, a cueca (ou calcinha) pendurada no chuveiro, só resta contar até mil. Dizem que o amor pode tudo... Se nem isto for mais viável, há sempre a opção de mudar de estado civil e restaurar a paz neste pedaço de chão.

A Solteira

8 comentários:

Roberta disse...

nós dois somos dois! e tenho dito...

mas a escovinha no mesmo copo chega a ser meiga...hahaha

Beijos

3 de março de 2009 às 09:41
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Amiga Solteira,

Concordo com a Beta: escovas juntas no banheiro são fofas. Dividir o toalete nem sempre é fácil, mas, desde que vc não se case com um ogro, essa não será a parte mais difícil de um casamento.

Beijão,

A Divorciada

3 de março de 2009 às 11:46
Anônimo disse...

Adorei o texto. Não tinha pensado em 2 privadas, mesmo adorando a idéia das duas pias :D. Na falta de espaço um biombo não rola, né :) ?

3 de março de 2009 às 13:09
Paloma disse...

Puxa, em casa, só temos um banheiro!!! Eu e Isa dividimos na boa, afinal, somos duas meninas, mãe e filha. Mas, com a chegada do namorado, que passa uns dias por lá, o assunto banheiro já entrou em pauta. E já comecei a delimitar o que pode e o que não...heheeheh...
bjos
Paloma e Isa

4 de março de 2009 às 09:41
Renata Dunshee disse...

Quando era solteria vi uma matéria com a Luma de Oliviera dizendo que tinha dois banheiros no mesmo quarto... achei ridículo! Que intimidade fajuta!

Quando me casei, que lindo o conjuto de toalhas combinado! Até que vieram outras crises e api até o banheiro virou campo minado!

Agora separada me vejo meio Paloma e Isa, mas meu pequeno é menino e o banheiro está super em pauta pq estamos no desfralde... mas baanho em paz demorado, barrigada tranquila nunca mais... tem sempre alguénzinho pendurado por perto.

5 de março de 2009 às 23:18
Frances disse...

seguinte , jah vi por experiancia propia e de outros cuecas amigos meus ,que balheiro de muhler ,eh realmente algo que não se brinca, mais isso nun passa um pouco por um exesso de pudor ? que vem desde pequenininhas encinadas pelas mamães ?
"muitas mulheres tem vergonha de adimitir q cagam ! "
todos nos fasemos coco

7 de março de 2009 às 22:28
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Oi Felipe,
tudo bem? Sim, é verdade. Mas, ogramente falando, já basta nós mesmos termos que lidar com nossa própria caca, né?

E eu dispenso ter que lidar com a caca dos outros de porta aberta.

Já basta a dos filhos na fralda, quem sabe um dia...

beijos, A Solteira

8 de março de 2009 às 11:47
Sempre Que Penso... disse...

Pois é Felipe,
Duvido qeu voce queira ou goste de se deparar com um belo absorvete usado
bem no cantinho certo: A lixiera! rs
TODO MUNDO faz, mas NINGUEM precisa ficar sabendo!

bJo'

10 de março de 2009 às 14:59