sexta-feira, 26 de março de 2010
A romântica Simone de Beauvoir
Aviso aos navegantes: este é um post para os muito românticos. Para aqueles que sentem e têm vontade de dizer. A ponto de se perguntar se não tem açúcar demais na receita do bolo. Eu sou assim. E descobri que Simone de Beauvoir, intelectual-símbolo do pensamento feminista, também era. Tanto que as suas explosões de paixão renderam um livro lindo, cuja leitura retomei esta semana: Cartas a Nelson Algren – Um amor Transatlântico 1947-1964. Na obra, que reúne as missivas de Simone para aquele que teria sido o seu grande amor, o escritor americano Nelson Algren (com ela na foto acima), está registrado todo o sentimento de uma mulher apaixonada. E muito mais. É claro que eu tinha que compartilhar isso com vocês. Pelo menos alguns trechinhos:
“Gostaria de lhe dar tanta felicidade quanto amor, e você, sem dúvida, seria o mais feliz dos mortais, se eu pudesse transformar o meu amor em felicidade para você.”
“Preciso estar segura de que você não é um sonho confuso. Você não se desvanece de modo algum, mas às vezes tenho dificuldade de me convencer de que você é uma realidade de carne e osso, de que não estou contando a mim mesma um conto de fadas. Meu distante, silencioso, marido de sonho, sinto-me na obrigação de acreditar em você do mesmo modo que tinha fé em Deus quando era menina. A diferença é que com você não haverá decepção, um dia você me apertará de novo em seus braços e nossos lábios se encontrarão”.
“Que carta adorável, fiquei tão agitada de amor que não preguei os olhos a noite toda, nem consegui trabalhar durante o dia. Sonhei com você, de olhos fechados e depois com eles bem abertos. Sinto demais a sua falta.”
“Ontem à noite contei para mim mesma um belo conto, nossa história completa, desde nosso primeiro encontro no pequeno café até nossa última separação. É uma bela história, Nelson, meu amor. Que sorte possuir lembranças como essas, esperanças como essas. Boa-noite. Sinto-me bem, no calor, deitada em seus braços quentes, junto de seu coração quente, sou sua rã, sua amiga, sua mulher”.
Beijos, gente. Que o final de semana seja romântico para nós todos.
Isabela – A Divorciada
PS: Quer saber mais sobre Simone de Beauvoir? Vale a pena reler o Mulheres que Amamos Amar escrito pela nossa super leitora Márcia Albuquerque em julho do ano passado. Falando nisso, beijão, Márcia!
“Gostaria de lhe dar tanta felicidade quanto amor, e você, sem dúvida, seria o mais feliz dos mortais, se eu pudesse transformar o meu amor em felicidade para você.”
“Preciso estar segura de que você não é um sonho confuso. Você não se desvanece de modo algum, mas às vezes tenho dificuldade de me convencer de que você é uma realidade de carne e osso, de que não estou contando a mim mesma um conto de fadas. Meu distante, silencioso, marido de sonho, sinto-me na obrigação de acreditar em você do mesmo modo que tinha fé em Deus quando era menina. A diferença é que com você não haverá decepção, um dia você me apertará de novo em seus braços e nossos lábios se encontrarão”.
“Que carta adorável, fiquei tão agitada de amor que não preguei os olhos a noite toda, nem consegui trabalhar durante o dia. Sonhei com você, de olhos fechados e depois com eles bem abertos. Sinto demais a sua falta.”
“Ontem à noite contei para mim mesma um belo conto, nossa história completa, desde nosso primeiro encontro no pequeno café até nossa última separação. É uma bela história, Nelson, meu amor. Que sorte possuir lembranças como essas, esperanças como essas. Boa-noite. Sinto-me bem, no calor, deitada em seus braços quentes, junto de seu coração quente, sou sua rã, sua amiga, sua mulher”.
Beijos, gente. Que o final de semana seja romântico para nós todos.
Isabela – A Divorciada
PS: Quer saber mais sobre Simone de Beauvoir? Vale a pena reler o Mulheres que Amamos Amar escrito pela nossa super leitora Márcia Albuquerque em julho do ano passado. Falando nisso, beijão, Márcia!
11 comentários:
Aiii que lindo...
26 de março de 2010 às 08:55e triste também.
Eu não conheço a história, mas pelo jeito ele morreu e ela escreveu cartas para ele...
Enfim, lindo!
Eu, quando quero, sou romântica também.
.Olívia.
Esse post tem que ter um aviso para os diabéticos! :)
26 de março de 2010 às 09:36SIMPLESMENTE LINDO!
26 de março de 2010 às 10:33Realmente, lindos trechos! Agora você mexeu com minha curiosidade, vou ler tudo kkkk
bjs e ótimo final de semana!
Ps.: Fds romântico prá todos!
Ai, agora preciso ler o livro inteiro também! Isso é muito melhor que açúcar.
26 de março de 2010 às 13:05Beijos
Isabela, adorei muito o post e a partilha. E acredito, como nosso poeta, que "todo grande amor só é bem grande se for triste".
26 de março de 2010 às 14:41Adorei, deu uma vontade de copiar e enviar para alguem!
26 de março de 2010 às 14:46Bjao e otimo final de semana!
Lá vem a contestadora... eu também sou romântica... mas me pergunto: será que ele gostava de ser amado assim?
26 de março de 2010 às 15:49Prova de que as feministas também amam!!!!
26 de março de 2010 às 16:16kkkkkkkk
Lindo mesmo.
Como isso daqui:
http://www.theworldofadam.com/mystery.html
bejuss
debs
Ai, ai, ai, é tão bom amar e ser amada. E Simone é Simone, né moçada? A gente se surpreende com intelectuais apaixonados, pois o trabalho acadêmico os encobre. Que venham mais livros como este, né Isabela?
26 de março de 2010 às 18:38Abração a todos,
Marcia A.
Oiê!
26 de março de 2010 às 21:21Tô de volta à blogosfera e tem PROMOÇÃO lá no blog:
http://coisasdamaura.blogspot.com/2010/03/em-abril-o-coisas-completa-1-ano.html
Passa lá!
Um abraço, Maura
Também achei lindo e triste ao mesmo tempo!
27 de março de 2010 às 09:47E posso afirmar:toda mulher apaixonada tem dentro de si as mesmas frases,não?
me vi em todas as que ela escreveu!!!
beijo!
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