segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Depois daquele torpedo
Eram 18h, quase final de expediente, quando o celular fez aquele barulho de que acabou de chegar mensagem. Ela nunca podia imaginar que reagiria daquele jeito, nervosa, meio tonta, tomada por uma dor de barriga instantânea. Era ele, seis meses depois de tudo, aparentemente retomando contato a partir de um torpedo banal, dizendo que se sentia cansado de tanto trabalhar.
Voltemos a fita: ela é uma amigona minha. Ele, um amor repentino e intenso, que surgiu no momento em que ela se sentia mais feliz ao lado do marido, vejam que coisa doida. Se conheceram do jeito mais inusitado: ele foi o advogado indicado para cuidar do divórcio da irmã dela, um processo complicado. Era um homem lindo e uma espécie de salvador da família numa situação delicada. Estamos falando do advogado perfeito, eficiente, atencioso e gentil. Foi fulminante. Logo, trocaram olhares e números de celulares, torpedos que entregavam o jogo mesmo que ambos tentassem evitar o óbvio. Depois de várias mensagens de aproximação mais sutis, ele deu o primeiro passo e escreveu que ela era especial. Tentaram marcar um encontro, nunca deu certo. Até que, ao se despedir da irmã após uma reunião no escritório, numa tarde dessas, ela decidiu ir à casa dele, a convite do próprio.
Foi sexo do bom e do melhor. Puro instinto e vontade. Não importava a falta de planejamento, a calcinha que não combinava com o sutiã, o fato de estar traindo o marido. Ela não podia evitar aquela situação. Não conseguiria se tentasse, tinha certeza. Daí por diante foram semanas de amor nos tempos do cólera, ideia fixa, muita expectativa. Acontece que, ao contrário do que se podia esperar, o advogado se retraiu, não deu mais notícias. E ela achou melhor deixar quieto, já que amava o marido, afinal. Tinha sido apenas um flerte, alguém que veio para despertar nela o sentido da paixão, da beleza, da vaidade. Que mulher não quer ser cortejada por um homem lindo? Sentir-se absolutamente desejada?
Tudo resolvido. Pelo menos era o que ela pensava até se ver diante do dilema: afinal, o que leva um homem a retomar contato assim, seis meses depois? Pura e simples demarcação de território? Vontade de ter de novo aquele ótimo sexo casual? Mas foi só uma mensagem, um oi praticamente. Ele não a convidou para sair, não foi além nas semanas seguintes, voltou a ficar mudo. Comunicação zero. As dúvidas continuam. Certeza, ela só tem uma: a de que nada mais será como antes depois daquele torpedo.
Isabela - A Divorciada
Voltemos a fita: ela é uma amigona minha. Ele, um amor repentino e intenso, que surgiu no momento em que ela se sentia mais feliz ao lado do marido, vejam que coisa doida. Se conheceram do jeito mais inusitado: ele foi o advogado indicado para cuidar do divórcio da irmã dela, um processo complicado. Era um homem lindo e uma espécie de salvador da família numa situação delicada. Estamos falando do advogado perfeito, eficiente, atencioso e gentil. Foi fulminante. Logo, trocaram olhares e números de celulares, torpedos que entregavam o jogo mesmo que ambos tentassem evitar o óbvio. Depois de várias mensagens de aproximação mais sutis, ele deu o primeiro passo e escreveu que ela era especial. Tentaram marcar um encontro, nunca deu certo. Até que, ao se despedir da irmã após uma reunião no escritório, numa tarde dessas, ela decidiu ir à casa dele, a convite do próprio.
Foi sexo do bom e do melhor. Puro instinto e vontade. Não importava a falta de planejamento, a calcinha que não combinava com o sutiã, o fato de estar traindo o marido. Ela não podia evitar aquela situação. Não conseguiria se tentasse, tinha certeza. Daí por diante foram semanas de amor nos tempos do cólera, ideia fixa, muita expectativa. Acontece que, ao contrário do que se podia esperar, o advogado se retraiu, não deu mais notícias. E ela achou melhor deixar quieto, já que amava o marido, afinal. Tinha sido apenas um flerte, alguém que veio para despertar nela o sentido da paixão, da beleza, da vaidade. Que mulher não quer ser cortejada por um homem lindo? Sentir-se absolutamente desejada?
Tudo resolvido. Pelo menos era o que ela pensava até se ver diante do dilema: afinal, o que leva um homem a retomar contato assim, seis meses depois? Pura e simples demarcação de território? Vontade de ter de novo aquele ótimo sexo casual? Mas foi só uma mensagem, um oi praticamente. Ele não a convidou para sair, não foi além nas semanas seguintes, voltou a ficar mudo. Comunicação zero. As dúvidas continuam. Certeza, ela só tem uma: a de que nada mais será como antes depois daquele torpedo.
Isabela - A Divorciada
20 comentários:
MiistériiOooS...
3 de agosto de 2009 às 14:45Foi só pra deixar ela na agenda, caso ele precise ligar pra alguns números qquer dia desses.
3 de agosto de 2009 às 15:17Esses torpedos ... aiaiiaiai...
3 de agosto de 2009 às 15:36Fim de semana de torpedos e emails! O que antes poderia ser o tal "correio elegante"!
3 de agosto de 2009 às 15:38Talvez esse texto que escrevi hoje não sirva pra nada, mas fiz algum link com sua história ;)
http://linkinterno.blogspot.com/2009/08/sophie-calle-gregoire-bouillier.html
Gente, ADORO esses causos!!! Escrevam sempre!
3 de agosto de 2009 às 15:39Não sei...sempre existem TANTAS possibilidades pra qualquer situação.Desde as mais inusitadas,passando pelas mais batidas até as mais óbvias.
3 de agosto de 2009 às 17:10Mas sempre acho que não importa muito o que ou porque o outro faz...e sim como a gente reage.
AÍ sim está o X da NOSSA questão!
bjo
Para mim é muito simples e o Andarilho já disse: ele quer ter ela na agenda. Homem não gosta de fechar portas,quer ter opções para a hora da seca, hehehe!
3 de agosto de 2009 às 18:17Coitado, gente, bateu uma solidão repentina e ele ficou meio desesperado. Tomara que ela guarde o melhor dessa história, as boas lembranças, e devem ser booas.
4 de agosto de 2009 às 08:24Ai que liiiiiindo!!
4 de agosto de 2009 às 09:08Acho que a gente deve sejogar em mais histórias assim, sem racionalizar antes ou depois. Deixa o cara mandaros torpedos dele, deixa ela suando frio, deixa o mundo rodar, afinal, um dia, tudo pode mudar!!!
Simples...
4 de agosto de 2009 às 10:24Ele adorou o sexo!
Ela era casada...
E acho q eles merecem bis!!!
Hahaha
Bjs!
Tb acho!!
4 de agosto de 2009 às 10:30BIS! BIS! BIS!
Tô com a mulherpolvo, sou da turma do "se joga e vê onde isso vai dar depois". E se não der em nada, ao menos deu...hahaha...que danadinha que eu tô hoje :-P
beijoca
deb
advogados são os piores ... sempre estão cheirosos e conseguem te dobrar com meia dúzia de palavras bonitas. por isso eu amo todos eles rs
4 de agosto de 2009 às 18:12Quer um conselho. Deixa para lá. Melhor deixar o passado no passado e olhar para frente.
4 de agosto de 2009 às 21:40Tem gente que adora reviver mortos...
Que merda....o Andarilho provávelmente tem razão...nao querendo ser pessimista....mas realista.
4 de agosto de 2009 às 22:21De qq forma, o que importa é ser feliz, mesmo q ás vezes...
Bjs
Gente,
5 de agosto de 2009 às 00:17Sou eu a mulher da história. Estou com o anonimo. Acho que o belo só quer meu número na agenda pra ligar num dia de chuva. é desses que gosta de saber que alguém está a sua volta, ainda que à distância. Mas, no fundo, se pudesse, eu faria BIS, sim
Tenho que concordar com a dona da história hein...
6 de agosto de 2009 às 14:20Se desse mato nao sai mais coelho, paciencia, pelo menos ja saiu. hahahaha
Como diria uma amiga minha. "ah deleta esse torpedo pra vc nao cair em tentacao de ligar, pq mulher é besta"hahaha
Bjos
Tudo lindo e maravilhoso.
8 de agosto de 2009 às 09:43Inclusive acho que a anônima dona da história também poderia consultar o marido dela, só para ver o que ele acha do assunto.
Certamente, ele adoraria conhecer melhor a mulher dele, e faria um baita bem pra relação ele saber que ótimo uso ela faz de torpedos e advogados da família, essas coisas.
Porra, quer trepar por fora, trepe, mas saiba que é covardia e não se vanglorie ou romantize a parada.
Palavra de quem já traiu pra caralho, mas sempre soube que fazia por fraqueza e era mesquinho e covarde com o outro.
Abç,
Transar fora do casamento não significa que fazemos isso contra o marido ou a mulher. Simplesmente isso pode acontecer. Como foi o meu caso. Não fui atrás da história. Ela pintou e foi mais forte. Covardia seria não encarar isso de frente, jogar pra debaixo do tapete, transar com o marido pensando como seria transar com o outro. Ir em frente não é covardia. Mas é preciso assumir os riscos. Eu assumi. Quanto aos torpedos, caro anônimo, é preciso dizer que não se deve dividir tudo com o marido ou a mulher. Mesmo casado é preciso preservar o seu espaço, a sua privacidade.
8 de agosto de 2009 às 19:53Não leve o anônimo aqui a mal, minha cara anônima, pois percebo que é apenas uma questão de ponto de vista divergente.
9 de agosto de 2009 às 04:49No texto, a Divorciada coloca felicidade conjugal, amor ao marido e traição com o advogado que é bonito e deu trela, mexendo com a vaidade feminina, tudo no mesmo prato. Pura bizarria.
A mim, ou faltaram ou sobraram elementos. Ou a felicidade não era assim tão feliz ou o amor era de papelão ou papel crepon.
Mas como explicou que trair o outro não é exatamente covardia, que transar fora do casamento não é exatamente algo contra o seu par e que coisas assim podem simplesmente acontecer, repito, me enganei, não há nada errado, apenas discordância de opiniões.
Você pensa assim, eu penso diferente. O que apenas sugeri, claro, por pura brincadeira sacana, é que consultasse a opinião do seu marido sobre a história.
Acho que ele também iria discordar do seu ponto de vista.
Sobre privacidade e torpedos, o assunto do post, concordo, nem tudo deve ser dividido com o outro, principalmente quando isso pode nos comprometer.
Beijo e boa sorte.
Ah ele só queria deixar ela em stand by, na reserva.
25 de agosto de 2009 às 18:30Ele não levaria a sério uma mulher casada que diz amar o marido e o trai.
Isso que ele fez foi bem normal, coisa de cafa.
Lais
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