terça-feira, 10 de agosto de 2010
Sobre pais e mães
Datas são sinônimos para as mais variadas reações. Sugerem lembranças, recuperam ou reforçam laços. Mas também revelam aquilo que se partiu faz tempo. Um dia das mães tem este efeito, um dia dos pais também.
Aos ausentes, resta o esquecimento ou a obrigação de telefonar, ou seja, restam os restos. Aos sempre presentes, nada melhor do que a renovação do afeto eterno. Há também outro aspecto interessante destas datas. O de legitimar quem conquistou o título por direito e dever. O pai que cuidou dos filhos abandonados pela mãe merece celebrar um dia dos pais em dobro. E também jamais ser esquecido no dia das mães. Ele foi as duas coisas mesmo... Nada mais justo.
O mesmo para elas que, hoje, podem olhar para trás e dizer sem exagero que foram "pai e mãe". Cumpriram o seu papel de direito com excelência, e também o que lhes foi atribuído por dever, ou melhor, pela falta do dever de quem o possuía por direito. E, calma, muita calma antes de crucificar quem abriu mão do seu papel. Pode ter sido por pouco caso sim.
Porém, há outro motivo, este muito mais difícil de lidar; o daqueles que abriram mão de exercê-lo plenamente por pura inaptidão. Sim, isso acontece e os motivos disso não cabem em um divã, mas sim em vários e sem garantia de respostas ao final do processo.
Quem tem pai ou mãe do gênero "híbrido" deveria se orgulhar. Bom, eu me orgulho bastante. No dia dos pais, minha mãe dormiu lá em casa.
Giovana - está solteira
12 comentários:
Giovana, gostei!
10 de agosto de 2010 às 00:12Meu dia dos pais, também foi com minha mãe! rs
Um beijo!
Que lindo, Giovana. Me faltaram até adjetivos para expressar na dimensão correta como o texto me tocou. Eu tive pai e mãe presentes. Mas me sinto um ser híbrido como você colocou.
10 de agosto de 2010 às 09:20Parabéns!
Giovana que texto lindo!
10 de agosto de 2010 às 10:22As datas ligitimam realmente esse título adquirido, título de pai, mãe, amigo, amor... não importa o nome certo, importa seu significado e essência na nossa vida!
bjs
Eu fico pensando que pai, mãe, irmão, tudo é mais papel do que indivíduo. Ou seja, fato da pessoa fazer o papel de, é mais significativo do que a pessoa somente 'ser', por mero acidente biológico.
10 de agosto de 2010 às 10:43Gio, q lindo o post! Adorei, coisa boa q a Tia Rô dormiu contigo...to com saudades da minha Tia querida!
10 de agosto de 2010 às 11:30Milhoes de beijossss
quem dera todas as maes q sao pais tb fossem reconhecidas como tal.
10 de agosto de 2010 às 11:31Ótimo texto!
10 de agosto de 2010 às 14:09Faço das palavras de "Andarilho" as minhas palavras. Não fico preso a esses rótulos e não me sinto na obrigação de fazer por ser quem são ou porque a sociedade nos "obriga" a seguir certos ritos.
Beijos
Gio,
10 de agosto de 2010 às 15:03eu sei exatamente do que você está falando. E também acho que tem gente que simplesmente não nasceu para a coisa. Mas como a sociedade não dava - e ainda hoje não dá muito - espaço para uma vida que não seja o pacote "casamento + filhos", muita gente seguiu o script e meteu os pés pelas mãos. No geral, os homens.
Claro que graças a gente assim cá estou eu, você, todos nós...Mas hoje penso que nem todo mundo deveria ter filhos. Especialmente aqueles que continuam se comportando como se fossem filhos o resto da vida!
Esses, definitivamente, não deveriam ser pais...
Ótimo post!!
beijo
Dé
Que lindo, querida!
10 de agosto de 2010 às 15:32Parabéns para a sua "pãe".
Beijos às duas
Meu pai foi e é bem presente na minha vida e faz parte do que eu sou, sem sombra de dúvida, mas apesar disso minha mãe também foi pai e mãe. Na realidade costumo dizer que os papéis se inverteram um pouco lá em casa.
10 de agosto de 2010 às 16:48Bela reflexão. Do tipo que costumo fazer em datas assim. Afinal, sou "híbrida" e minha mãe também...
10 de agosto de 2010 às 18:19Abs!!
Giovana, reconhecer isto já é super legal! Parabéns!
10 de agosto de 2010 às 19:47E super parabéns a sua maravilhosa mãe! Parece que ela f3ez um excelente trabalho né? beijocas,
mari.
Postar um comentário