terça-feira, 25 de janeiro de 2011
3xSãoPaulo
São Paulo é o principal cenário das aventuras e desventuras destas três blogueiras aqui. A terra da Debs, a única nativa do trio, o lugar que a Pat (made in Bauru) e eu (maceionse, sim senhor) escolhemos para viver. A nossa cidade. Abaixo, numa homenagem aos 457 anos da maior metrópole brasileira, comemorados hoje, os nossos roteiros e cantinhos prediletos na capital paulista. Salve Sampa!
Isabela - A Divorciada
Sinto às vezes que soa até ofensivo para os meus amigos caiçaras que eu me sinta tão feliz morando em São Paulo e que nunca reclame dos inconvenientes da cidade. Mas é que para mim alguns transtornos são apenas detalhes diante do que ela me oferece. Gosto principalmente do "tudo junto e misturado", como um bar GLS na rua de uma igreja, um restaurante caro ao lado de uma sex shop, uma mulher fina fazendo compras na 25 de Março ou uma alfaiataria em frente ao shopping center. E me faz muito bem presenciar o inesperado, como beijos apaixonados na roleta do metrô, uma passeata na paulista, uma reportagem na Rua Ipiranga e um ensaio fotográfico no Minhocão. São só 14 meses por aqui, mas já me emociono quando desço na Estação da Luz, olho para o Edifício Itália, observo a imensidão do Ibirapuera, me deparo com a grandiosidade da Catedral da Sé ou vejo as nuvens refletidas nos prédios espelhados da Berrini. Surpreendo a mim mesma enxergando tanta beleza urbana, seja cruzando o Viaduto do Chá, caminhando pelo Anhangabaú, percorrendo as ruas agitadas da Vila Madalena e até decifrando os grafites dos muros dos cemitérios. Vejo muita coisa triste também. Muita. Mas meu amor por São Paulo já é tão grande que me flagro otimista, pensando que tudo isso logo vai passar e só a beleza irá ficar.
Patrícia – A Solteira
Tenho 31 anos de vida. Todos vividos em São Paulo. A maior parte deles passei no pacato bairro Parque Continental, coladinho em Osasco. Ali passei infância e adolescência, bem à vontade na minha rua sem saída, numa região só com casas e árvores. Não entendia bem porque as pessoas de fora achavam minha cidade insuportável. Aí, aos 23, comecei a rodar e entendi melhor a má fama. Morei com dois amigos em Pinheiros, bairro com o qual simpatizo muito. Um ano depois, fui morar numa avenida horrorosa, a Jaguaré, mas que me proporcionou ótima qualidade de vida: fiquei dois anos indo a pé para o trabalho. E então casei e virei dondoca, fui morar em Moema. Foram cinco deliciosos anos vividos ali. No processo de separação, muitas mudanças, novos bairros. Uma rápida passagem por Higienópolis, uma volta meteórica para o Continental e, atualmente, vivo no olho do furação: Praça da República. Amo o Centro de paixão. A fauna local é das mais interessantes. Mas, confesso, para a menina criada no “interior” da capital, faz falta a vida de bairro. Quem sabe minha próxima parada não é a Vila Mariana, vizinha da Bela?
Débora – A Separada
Foi em 2004 que eu, definitivamente, encontrei meu oásis paulistano. Na cidade de todas as caras e estilos, é na Vila Mariana que eu sou mais feliz. Nada contra Pinheiros e Paraíso, meus endereços anteriores, adoro ambos, aliás, mas a combinação de charme de bairro com tudo o que a gente precisa ali pertinho me fisgaram para sempre. Daqui não saio, daqui ninguém me tira. Ou dá para abrir mão do luxo das ruas arborizadas, do ‘bom dia, Bela’ do jornaleiro, da minha rua ter várias casas pequeninas, dos dez cinemas do shopping a 600 metros do prédio, do metrô que me leva para o Centro em 15 minutos, das luzes do Ipiranga que vejo na janela, do capuccino mais doce do mundo, servido na cafeteria da sala de cinema mais fofa e exclusiva do mundo, lá no Museu Lasar Segall (como se só as obras do próprio não valessem a visita....). Não tem preço o galeto do almoço de domingo sem a fila de espera típica dos restaurantes mais badalados. Nem estar a 20 minutos de caminhada do Ibirapuera e ver, quando em quando, um beija-flor sentado numa das folhas do cactus do meu irmão, na varanda. Só na Vila Mariana, só na minha Vila. Só no bairro predileto, da cidade predileta, que eu escolhi para mim.
Isabela – A Divorciada
PS: Acima, a Vila Mariana retratada por Guarda Belo, meu fotógrafo favorito. Com as nossas sombras numa das muitas caminhadas que fazemos por essas paragens.
Isabela - A Divorciada
Sinto às vezes que soa até ofensivo para os meus amigos caiçaras que eu me sinta tão feliz morando em São Paulo e que nunca reclame dos inconvenientes da cidade. Mas é que para mim alguns transtornos são apenas detalhes diante do que ela me oferece. Gosto principalmente do "tudo junto e misturado", como um bar GLS na rua de uma igreja, um restaurante caro ao lado de uma sex shop, uma mulher fina fazendo compras na 25 de Março ou uma alfaiataria em frente ao shopping center. E me faz muito bem presenciar o inesperado, como beijos apaixonados na roleta do metrô, uma passeata na paulista, uma reportagem na Rua Ipiranga e um ensaio fotográfico no Minhocão. São só 14 meses por aqui, mas já me emociono quando desço na Estação da Luz, olho para o Edifício Itália, observo a imensidão do Ibirapuera, me deparo com a grandiosidade da Catedral da Sé ou vejo as nuvens refletidas nos prédios espelhados da Berrini. Surpreendo a mim mesma enxergando tanta beleza urbana, seja cruzando o Viaduto do Chá, caminhando pelo Anhangabaú, percorrendo as ruas agitadas da Vila Madalena e até decifrando os grafites dos muros dos cemitérios. Vejo muita coisa triste também. Muita. Mas meu amor por São Paulo já é tão grande que me flagro otimista, pensando que tudo isso logo vai passar e só a beleza irá ficar.
Patrícia – A Solteira
Tenho 31 anos de vida. Todos vividos em São Paulo. A maior parte deles passei no pacato bairro Parque Continental, coladinho em Osasco. Ali passei infância e adolescência, bem à vontade na minha rua sem saída, numa região só com casas e árvores. Não entendia bem porque as pessoas de fora achavam minha cidade insuportável. Aí, aos 23, comecei a rodar e entendi melhor a má fama. Morei com dois amigos em Pinheiros, bairro com o qual simpatizo muito. Um ano depois, fui morar numa avenida horrorosa, a Jaguaré, mas que me proporcionou ótima qualidade de vida: fiquei dois anos indo a pé para o trabalho. E então casei e virei dondoca, fui morar em Moema. Foram cinco deliciosos anos vividos ali. No processo de separação, muitas mudanças, novos bairros. Uma rápida passagem por Higienópolis, uma volta meteórica para o Continental e, atualmente, vivo no olho do furação: Praça da República. Amo o Centro de paixão. A fauna local é das mais interessantes. Mas, confesso, para a menina criada no “interior” da capital, faz falta a vida de bairro. Quem sabe minha próxima parada não é a Vila Mariana, vizinha da Bela?
Débora – A Separada
Foi em 2004 que eu, definitivamente, encontrei meu oásis paulistano. Na cidade de todas as caras e estilos, é na Vila Mariana que eu sou mais feliz. Nada contra Pinheiros e Paraíso, meus endereços anteriores, adoro ambos, aliás, mas a combinação de charme de bairro com tudo o que a gente precisa ali pertinho me fisgaram para sempre. Daqui não saio, daqui ninguém me tira. Ou dá para abrir mão do luxo das ruas arborizadas, do ‘bom dia, Bela’ do jornaleiro, da minha rua ter várias casas pequeninas, dos dez cinemas do shopping a 600 metros do prédio, do metrô que me leva para o Centro em 15 minutos, das luzes do Ipiranga que vejo na janela, do capuccino mais doce do mundo, servido na cafeteria da sala de cinema mais fofa e exclusiva do mundo, lá no Museu Lasar Segall (como se só as obras do próprio não valessem a visita....). Não tem preço o galeto do almoço de domingo sem a fila de espera típica dos restaurantes mais badalados. Nem estar a 20 minutos de caminhada do Ibirapuera e ver, quando em quando, um beija-flor sentado numa das folhas do cactus do meu irmão, na varanda. Só na Vila Mariana, só na minha Vila. Só no bairro predileto, da cidade predileta, que eu escolhi para mim.
Isabela – A Divorciada
PS: Acima, a Vila Mariana retratada por Guarda Belo, meu fotógrafo favorito. Com as nossas sombras numa das muitas caminhadas que fazemos por essas paragens.
20 comentários:
Amei a foto. Parabéns Belo. Parabéns São Paulo.
25 de janeiro de 2011 às 00:12Bjs e bom feriado a todos
A Solteira louca pela capital
Ê São Paulo querida!!
25 de janeiro de 2011 às 01:00Adoro essa cidade... apesar de não visitá-la a alguns anos...
Parabéns pra SP... e pra vcs pelos belos textos!!
Bjos.
Só pessoas com alma de artista possuem sensibilidade suficiente para perceber coisas tão belas e tão singelas que nos cercam, principalmente numa megalópole onde o relógio não anda, corre.
25 de janeiro de 2011 às 09:56Parabéns São Paulo, por ter moradores tão nobres e apaixonados por ti.
Parabéns meninas, vcs conseguem tranformar a cidade de vcs num paraíso prticular.
Beijos e bom feriado!
Verônica
Aeeeee parabens pelo POST...
25 de janeiro de 2011 às 10:19mto legal!
Eeee SP...como eu amo esse caos diário rsrsrsrs
ADOREIIII =)
Eu amo essa cidade com tudo o que ela é!
25 de janeiro de 2011 às 11:55E quem sabe esse ano, eu venha de novo habitar o seu ser!
Parabéns Sampa!!!
Lindos textos garotas!!!
Beijos!
Silvinha
Meninas, A-DO-GAY
25 de janeiro de 2011 às 12:25Que coisa bonita.
Com esse solzão, céu azul, e depois de ler nossa sampa e minha Vila retratadada tão lindamente por vocês, estou desligando agora o pc e saindo para apreciar as belezas e loucuras da cidade que não para.
Um beijo para as três.
Simplesmente belas homenagens!
25 de janeiro de 2011 às 12:54A gente acaba sendo parte do lugar onde a gente escolhe viver e ele nos acolhe. Bjsssssss
Meninas, adorei o texto!
25 de janeiro de 2011 às 13:05Já trabalhei um tempo em Sampa. Sempre que estava aí eu sentia falta do céu azul daqui (Salvador) e sempre que eu chegava aqui eu sentia falta do tudo misturado daí...
Enfim! Cada cidade tem suas maravilhas e que bom que vcs são felizes aí. Isso é o mais importante.
Beijos nas três!
HAUHEUAHEUA
25 de janeiro de 2011 às 14:22brincou que a Patrícia é Bauruense...e daaaalheee êxodo rural!
desculpa Patrícia...mas se tem uma cidade que pra mim podem explodir é Bauru...buraaaco...já SP e Eu são ttaaaas emoções! amor e ódio total...adoro passear...jamais moraria...
paraéns megalópole!
André - o viúvo
25 de janeiro de 2011 às 14:40Nunca tinha ido a SP, mas nada me fascinava do pouco que eu conhecia: muita gente, muito cinza, muito barulho, muito corinthiano. Nem os versos de Caetano me fascinavam, pareciam por demais provincianos, coisa de mulato deslumbrado com a metrópole. No entanto, fui atrás de Sofia - o amor consegue tudo. Cheguei em Congonhas por volta das quatro da manhã, peguei um taxi e fui direto prum hotelzinho na Zona Sul. Me registrei com identidade falsa, como tinha planejado. No dia seguinte, mesmo sem dormir, fui ao trabalho dela. Esperei do lado de fora, sem pressa. No final do expediente a segui. Foi muito rápido, na saída do metrô, no meio da balbúrdia, a acertei na barriga, com um punhal. Não olhei para trás.
Lindas as três ! EU SOU louca por essa minha cidade tão maluca e gigantesca...amo, amo, amo...
25 de janeiro de 2011 às 16:52E amo passar por aqui ! Beijo nas três e para a que é maceioense, digo também que sua cidade é maravilhosa e amo passear por lá, parte das minhas férias de infância vivi entre Sampa e lá. Bons tempos...
Para amar Sp tem q. fazer muito turismo urbano e humano, e só aqui encontramos um mini-contista como o viúvo do post anterior....mega abraço paulistano c. todo orgulho e respeito p. as 3x30 !
25 de janeiro de 2011 às 16:56Linda fotooooo
Parabens pra Sampa!!!uhuuuuu
25 de janeiro de 2011 às 20:01Sou santista, mas na volta do Japao vou pra SP estudar e morar, amoooo a loucura de SP!!!rsrs
beijos
Me deu ate vontade de morar em sampa agora, vontade que nunca tive rsrs
25 de janeiro de 2011 às 20:42Mas parte da minha infancia-adolescencia foram em sampa: sé e santana.
Tenho boas lembranças tb...
Beijos meninas. Adorei o texto.
Evelin
Adorei a homenagem. Apesar de ser paulistano, não consigo ver a cidade com esses olhos (talvez pq tenha saido daí ainda criança).
25 de janeiro de 2011 às 21:43Como boa maceioense, assim como a Bela, e que mora em sampa há 23 meses, concordo plenamente com os encantos que esta cidade nos traz. Adorei o texto meninas, parabéns!
26 de janeiro de 2011 às 07:52Adorei os textos e a foto do Guarda Belo! Muito!
26 de janeiro de 2011 às 16:33Beijos,
Irma
Sao Paulo tbem é celebração de ano novo chinês, nesta miscelania etnico cultural estive lá para comemorar e por essas e outras coisas que amo e odeio Sampa.
31 de janeiro de 2011 às 12:45Beijos, Bia Santos
Mulher apaixonante: assim sou, assim serei
São Paulo é uma cidade boa para ter aventuras. Eu era solteiro e não poderia ter uma namorada. Uma noite eu saía para beber e acabou em um restaurantes em higienopolis. Eu conheci uma garota que estava sozinho, então começamos a conversar. Agora ela é minha esposa!
3 de outubro de 2012 às 21:53Postar um comentário