terça-feira, 11 de novembro de 2008

Profissão: tia

Quando se passa dos 30, e ainda se é solteira, percebe-se que a Natureza é mesmo uma força implacável. Afinal, que lei divina imporia a todas as mulheres balzacas (ou quase todas) que não tem filhos o destino mais certeiro de todos: gente, solteira depois dos trinta é exercer o papel de... tia!

Eu mesma sou tia de três figurinhas, sendo dois deles gêmeos e um deles afilhado - esqueci de citar que solteira trintona é tia, e madrinha em algum momento também. E detalhe: o quarto sobrinho, ou sobrinha, vem por aí.

E você, quando pensa em ser mãe? Não, não me fizeram esta pergunta ainda. Mas deixa essa prezepada começar... Terei prazer em exercitar a criatividade como já feito no caso das perguntas de cunho update amoroso. :O/

Eu gosto de ser tia. De verdade. E olha que não sei cozinhar direito, nem fazer crochê, muito menos escolher para as crianças coisas como roupas entre outras tralhas que a gente odeia ganhar quando se é pequeno. Outro dia, entrei numa loja de brinquedos e surtei.... Testei todas as traquitanas do mundo moderno - e pequeno. Gente, como se pode presentear uma criança com roupas?!?! Isso deveria ser crime!

Até uma Barbie morena eu achei nessa tal loja. Isso na infância dos anos 80 era impensável! Só tive Barbies branquelas, louras ou ruivas. Ou seja: nada a ver com a minha pessoa. Só uma menina ricaça que era minha amiga tinha uma Barbie morena. Ficava dentro de uma das gavetas do quatro de brinquedos dela. Sim, ela tinha um quarto só de brinquedos e com uns gavetões dos quais saltavam todos os brinqueditos mais maravilhosos e inesquecíveis do universo. E ela deixava todas as meninas brincarem com eles.

Aliás, foi quando entendi o que era amizade. Porque a menina, mesmo riquinha e com todos os rococós possíveis, era desapegada daquilo tudo. Só entrava no tal quarto "ilha da fantasia" quando as amigas estavam lá. E deixava a gente curtir tudo como se fossem nossos os brinquedos dela.

Voltando ao assunto original do post, é o seguinte: ok, é possível curtir ser tia e pensar em maternidade em algum momento da vida. Mas com alguém que realmente valha a pena. Nada de wrong man target para esta missão! Aliás, isso merecerá um post...anotado! Entrar numa loja de brinquedos de vez em quando é uma catarse, vale a pena. E, na boa: quando pensar em comprar uma roupitcha para o seu sobrinho, simplesmente entre na loja de brinquedos mais próxima. Você pode até comprar aquele par de meias que ele irá usar até furar. Só que este presente, por favor, entregue diretamente aos pais do pimpolho, combinado?

Daqui uns 15 anos, você vai achar incrível o seu sobrinho(a) lembrar de você como aquela tia porreta que deu aquele brinquedo sensacional. O que é um brinquedo perto de uma lembrança dessa, heim?

A Solteira

3 comentários:

Anônimo disse...

Taí uma coisa que não me arrependi até hoje: opção de não ser mãe. Acho linda a relação dos filhos com seus pais, em toda sua riqueza, adoro observá-las, mas acredito piamente que nem todos nasceram para tal façanha, assim como nem todos nasceram para ser padres, gerentes, cantores, motoristas, médicos, advogados. Maternidade não é obrigação, é opção,né moçada?

Marcia A.

12 de novembro de 2008 às 00:09
Anônimo disse...

Ontem mesmo fui a ginecologista, e a segunda coisa que ela me perguntou, pois antes foi a minha idade. - Você não pensa em ter filhos? Depois, durante a coleta do material para os exames rotineiros, começou a contar-me uma história de uma paciente que perdeu a mãe porque ficou muito triste com a perda do filho (irmão da paciente). Tipo: quando você terá filhos? Olha pensa bem hein! Que mulher louca! Mas enfim, eu sou tia, adoro meu sobrinho mas penso em ter filhos sim!!!
beijos
Rita

12 de novembro de 2008 às 09:08
3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Eu acabei de ficar para titia e estou muito feliiiiiiiz!!!

A Casada - sem filhos

19 de novembro de 2008 às 21:06